Vontade de vencer

O Lusitânia continua a oferecer ao basquetebol terceirense jogadores de qualidade e com ambição e Pedro Matos é mais um destes casos.

Associações
19 JAN 2006

Pensa em chegar ao topo e acredita que a equipa tem valor para chegar longe.

“A equipa tem um objectivo: a presença na Taça Nacional de Cadetes. Treinamos forte para fazer o melhor e queremos estar bem na prova nacional, para pôr o nome dos Açores bem alto”… As palavras são da nossa figura da semana, que aos catorze anos cumpre a sua primeira época na equipa de Cadetes do Lusitânia e sonha já com uma participação da equipa na prova nacional. Para ele, a competição de ilha e a prova regional (que dá acesso à Taça Nacional) são apenas etapas rumo ao continente.“O Campeonato da Terceira está quase ganho… O Regional não vai ser fácil, porque vamos a casa do adversário, mas se trouxermos a final para a Terceira acredito que vamos ganhar, até porque temos um treinador que conhece os adversários. Acho que este ano o União Sportiva tem uma boa equipa, formada também com jogadores que vieram da equipa da Universidade dos Açores, mas de qualquer maneira vamos ao Regional para vencer”, refere Pedro Matos com a mesma confiança com que abordou a subida de escalão no início da época e que deu frutos, face à boa campanha que está a realizar este ano… “É um escalão diferente, mais competitivo, onde é preciso treinar mais, mas não senti muitas dificuldades, até porque já conhecia alguns colegas. O ritmo é mais forte mas a adaptação foi fácil”, refere o atleta, revelando o segredo para tamanha confiança no desempenho da equipa, mas adiantando também que ainda há muito trabalho a fazer… “Temos bons triplistas, boa capacidade de penetração e quando queremos também defendemos bem, mas nem sempre à vontade… A melhorar? Há sempre algo a melhorar, sobretudo na defesa, mas também noutros capítulos do jogo”. SELECÇÃO NO HORIZONTE “Estudos não são lá grande coisa… Joga-se um bocadinho de computador… Net, e passa-se alguns bons tempos na Escola também… Quanto ao futuro, gostava de algo que não desse muito trabalho (risos), mas ainda é cedo e tenho tempo para pensar nisso”, desabafa Pedro Matos, deixando a ideia de que o que está a dar é mesmo… o basquetebol e as novas tecnologias. Passa a ideia deter pouca vontade, sensação desmentida logo de seguida, quando o tema é o desporto. “Eu tenho tentado arranjar o meu espaço e vou continuar a trabalhar sempre, até porque temos muitos jogadores com capacidade para entrar na equipa, o que é bom porque nos obriga a evoluir. Tenhome sentido bem. Alguns jogos estou melhor, outros pior,mas tento sempre dar um bom contributo à equipa”, refere de pronto. Aliás, capacidade de trabalho é algo que não falta ao atleta, que deixa uma critíca aos menos empenhados quando lhe falamos do Centro de Treino da ABIT, actividade que também frequenta. Segundo Pedro Matos, “para alguns os Centros de Treino são uma seca e por isso não aparecem, o que não só os prejudica a eles como também aos outros que querem trabalhar e aprender, porque isso é um espaço importante para evoluir”. Outro espaço importante para a nossa Figura da Semana é a Selecção Açores, que trabalha no Projecto Córsega 2007. Pedro Matos acredita que pode ir aos Jogos das Ilhas e apesar da exigência dos treinos acredita no grupo de trabalho. “Estamos todos empenhados, gostamos dos treinadores e vamos vêr como correm as coisas, apesar de sabermos que não vai ser fácil. Os adversários são mais evoluidos e vai ser uma competição muito difícil. Temos de trabalhar muito,mas vamos lutar porque isto é uma experiência boa e que nós queremos aproveitar, para mais tarde tirar frutos disto”, conclui. Objectivo: Liga “O meu objectivo é chegar o mais longe possível. Gosto muito de jogar basquetebol e por isso quero chegar até onde me deixarem ir. Trabalho sempre para conseguir mais e melhor”, confessa Pedro Matos. O atleta quer completar a sua formação no Lusitânia, chegar à equipa B e dar o salto até aos seniores. “Este é o meu sonho… Sei que não é fácil, até porque temos a concorrência dos jogadores do continente e dos estrangeiros. Mas acho que com trabalho e ajuda é possível chegar lá”, acredita a nossa Figura da Semana. Uma opinião corroborada por Pedro Fagundes. O dirigente lusitanista responde desta forma ao Pedro e a todos os que alimentam o mesmo sonho… “Claro que no nível em que o Lusitânia está é difícil, mas não é impossível… Tudo depende da vontade e da qualidade do jogador e também pelo trabalho do clube. Mas é difícil… Para nós que os formamos e para eles, que têm de assumir a opção de quererem ser profisionais debasquetebol”…

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19 JAN 2006

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