Trabalho intenso

Os técnicos gostaram do empenho dos atletas, mas apontaram alguns aspectos em que é preciso melhorar.

“É preciso mais atitude”… As palavras são do técnico João Ávila, que em conjunto com Rui Fonseca forma a dupla de treinadores responsável pela Selecção Açores – Projecto Jogos das Ilhas (Córsega 2007), e devem ser entendidas como um conselho para os jogadores. O grupo esteve reunido no mês de Dezembro (16 a 22 do mês passado), na Ilha Terceira. Mostrou alguma evolução, mas os técnicos querem mais. “Temos alguns jogadores que tiveram uma franca evolução, em pontos que não estavam tão bons e que foram bem trabalhados, quer na selecção quer nos clubes. Mas temos um grupo de atletas que na nossa opinião não teve uma grande evolução”, lamenta o técnico, que aponta de seguida os aspectos que têm de ser mais trabalhados, com vista a uma boa participação no torneio que reúne arquipélagos de vários pontos do mundo: “Até final a componente táctica vai estar presente em todos os estágios. Outros aspectos a trabalhar vão ser aqueles em que não estamos tão bem. Nomeadamente a defesa, em que ainda deixamos muito a desejar, a agressividade (em todos os aspectos do jogo), a velocidade… No fundo a atitude… Mas ainda temos um ano e meio pela frente e acredito que podemos melhorar estes aspectos”, re fe re Jo ã o Á v i l a c o m esperança no futuro, até porque o estágio correu bem… “Contente a 50%? Não, estou contente a mais do que 50%. Nós gostamos bastante do trabalho efectuado. Foi uma semana muito dura para os miúdos em que houve competição, treinos bi-diários e pensamos que houvesse uma quebra de rendimento na parte final do estágio, mas isso não aconteceu e ficamos bastante satisfeitos por isso. Aliás, na própria competição (Torneio de Natal de Juniores) os melhores jogos foram osúltimos”. OITO TREINOS EM SEIS DIAS Para além da participação no Torneio de Natal da ABIT, a Selecção treinou durante toda a semana em Angra. Um trabalho que versou já alguns aspectos tácticos, depois de dois estágiosem que a observação das qualidades técnicas foi a componente principal. Ostécnicos confessam que sentiram algumas dificuldades iniciais, bem ultrapassadas no decorrer do trabalho. “Não é fácil nestas idades trabalhar os aspectos tácticos, mas é notório que alguns já trabalham estes aspectos nos clubes. Para estes é óbvio que é mais fácil… Os outros têm de acompanhar, porque ainda falta algum tempo para 2007, mas as coisas têm de ser trabalhadas com tempo e acho que eles também estão a evoluir neste aspecto. Há alguns enganos, alguma falta de atenção, mas estamos a conseguir implementar as nossas ideias”, refere João Ávila, que lança já o trabalho para o resto do ano: “Até 2007 ainda há muito a fazer. Na Páscoa temos mais um estágio, também com competição (Torneio Nacional de Cadetes) em que vamos contar com jogadores novos (já que alguns jogadores deste grupo vão ao Encontro Regional de Iniciados) que vão ser observados até lá, na Terceira e noutras ilhas”… Ou seja, adivinham-semexidas num grupo que foi formado neste último estágio por dois atletas de São Miguel e onze da Terceira, todos entre os 13 e os 14 anos de idade. A saber: Hugo Botelho, Rodrigo Freitas (C.U. Sportiva); André Vieira, Pedro Matos, Rodrigo Mendes, Luís Silveira, Pedro Mendes (S.C. Lusitânia); Albino Ribeiro, Bruno Fernandes (C.D.E. Os Vitorinos); Hugo Pôla, Filipe Teles, Pedro Freitas e Alexandre Costa (Angra- Basket).