Ambições distintas

O AngraBasket B quer vencer, os Vitorinos aprender, mas sempre de olho nas vitórias… Formas diferentes de abordar uma prova que arranca já no próximo dia 4 de Fevereiro e promete luta feroz pela vitória.

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19 JAN 2006

Duas equipas de São Miguel. Duas equipas da Terceira… Só isto bastava para ter uma Série Açores do Campeonato Nacional de Basquetebol 2 ‘interessante’. Mas a este factor juntam-se outros, que fazem antevêr uma competição renhida e de qualidade. O valor das equipas é um deles, a incógnita quanto ao vencedor é outro, talvez o principal. AngraBasket/Picaporte B e União Desportiva são candidatos assumidos, aparecendo na segunda linha os terceirenses dos Vitorinos e os micaelenses do Laranjeiras Clube. Um raciocínio formado a partir das declarações dos técnicos das equipas da Terceira, que transcrevemos a seguir. A prova começa daqui a duas semanas (ver calendário na página 3), com um ‘explosivo’ U.Sportiva-AngraBasket B, que promete incendiar o Pavilhão da Escola Canto da Maia e um não menos interessante Vitorinos-Laranjeiras. Até lá segue a preparação de ambas as equipas que, para já, corre dentro da normalidade. ANGRA AMBICIOSO “O que nós esperamos é vencer”, refere Luís Brasil, técnico dos ‘Bês’ do AngraBasket, alicerçado no conhecimento que tem dos adversários e nos objectivos que tem para a sua equipa… “Os Vitorinos são conhecidos e o União Sportiva ainda anda à procura de reforços, no mercado regional e nacional… Mas independentemente destes reforços o nosso objectivo é sempre ganhar, de forma a seguir para a fase final da CNB2 e proporcionar aos nossos atletas o máximo de competição de outro nível”, conclui o técnico. Para tal conta com os Juniores do clube e alguns atletas mais jovens da equipa principal, casos de Pedro Magalhães, Rúben Amaral e Hélder Barbosa, que serão um apoio determinante para os mais novos e dão confiança acrescida ao técnico, que pensa já na Fase final da CNB2, à qual tem acesso o vencedor da Série Açores. “A fase final da CNB2 tem dois cenários. Se ficarmos na Zona Norte vai ser muito difícil ganhar jogos, já que esta está muito forte. Se ficarmos na Zona Sul podemos vencer mais jogos”, refere Luís Brasil, que no entanto ressalva que o objectivo principal é outro que não a subida de divisão: “Se tivermos hipóteses de subir é óptimo, mas o nosso objectivo é proporcionar competição aos juniores, de forma a preparálos para integrarem o grupo da Proliga”, termina o técnico FORMAR SEMPRE Mais comedidas são as expectativas da equipa dos Vitorinos. O clube tem sobretudo o objectivo de formar atletas e nesta prova as metas são as mesmas das restantes. Segundo José Oliveira, “estamos à espera que seja mais um espaço competitivo que sirva para os nossos atletas da formação ganharem experiência. Não temos nenhum objectivo definido, esperamos apenas que seja um espaço de qualidade para adquirir-mos mais algumas competências”. Sobre os adversários são poucas as palavras, embora o técnico espere equipas de qualidade e com objectivos diferentes dos seus. Para combater isso a equipa vai recorrer a alguns elementos mais experientes, que normalmente se limitam ás funções de treinador e à qualidade do produto da sua formação. “Não vamos entrar para perder, mas não vamos ter a pressão de ter de ganhar todos os jogos. Pelo que conheço das outras equipas acho que os nossos jogadores têm qualidade suficiente para fazer uma boa prova, mas vamos ver… Se por acaso as coisas nos correrem mal e não conseguir fugir ao último lugar, descendo da Série Açores, isto só quer dizer que a qualidade dos atletas que estamos a formar não é suficiente para estar neste quadro competitivo. Andamos ao sabor do nosso valor e esta Série Açores pode funcionar como uma avaliação do nosso trabalho”, conclui o técnico.

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19 JAN 2006

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