Uma oportunidade a não perder…

É desta forma que a jovem atleta do Boa Viagem encara a presença na “final-four” da Taça de Portugal feminina e também a oportunidade, que agarrou há quatro anos, de fazer parte do plantel sénior do clube do Corpo Santo.

Associações | Atletas
2 FEV 2006

“Acho que são estas as duas coisas que mais gosto, por isso acho que estou a cumprir os meus sonhos. Daqui a uns anos espero jogar basket, ter o meu emprego e se calhar já estar casada…(risos)”… É com boa disposiçãoe sensação de dever cumprido que Bárbara Silva fala dos seus dois amores: o basquetebol e o curso de Educadora de infância. A acabar o 12º ano, a Universidade chega no próximo ano lectivo. Quanto ao basket, mostra-se feliz por estar no topo da modalidade a nível nacional. “Eu gosto de jogar basquetebol, mas não pretendo saír da ilha para jogar noutrolado. Quero ficar cá, jogar cá, aproveitar a Universidade para tirar o meu curso e quero, acima de tudo, continuar no Boa Viagem. Ficar neste plantel já é um sonho tornado realidade… Mais alto do que isso em Portugal não há, por isso estou muito bem aqui”, refere a atleta, que estranha o facto de outras não seguirem o mesmo caminho… “As atletas na Terceira têm oportunidade de estar numa equipa da Liga e jogar basket ao mais alto nível, por isso não compreendo que muitas não o queiram aproveitar… Algumas têm oportunidade mas não querem vir… Não sabem o que estão a perder (risos)… Eu compreendo que haja atletas que tenham preocupações com os estudos, mas acho que é possível conciliar tudo, com força de vontade, porque quem gosta de basket não pode perder estas oportunidades”, conclui a nossa figura da semana, que começou aos dez no Núcleo Sportinguista, passou para o Boa Viagem aos treze, integrando o plantel sénior com 16 anos de idade. MINUTOS IMPORTANTES Bárbara é um exemplo de que é possível chegar longe, mesmo não saíndo da Terceira. Para já está contente com o patamar atingido, mas não descarta a hipótese de ganhar o seu lugar no cinco inicial. Segundo a atleta, “não é impossível ter uma base terceirense no Boa Viagem, mas para já vai ser difícil, porque ainda preciso trabalhar muito. Mas sinto que estou a progredir. Já estou há quatro anos nas seniores e vejo que de ano para ano estou a evoluir”. Para já vai dizendo que, “o que é preciso é mais experiência e mais trabalho”, e encara esta época como mais um ano de aprendizagem. “Todos os minutos são importantes, porque são uma oportunidade para aprender. Já aprendemos muito nos treinos e evoluimos bastante a treinar com estas jogadoras, mas nos jogos é que conseguimos ver se o trabalho dos treinos está ou não a dar resultado”, por isso vai lutando para garantir minutos de jogo, numa época difícil mas que está a correr bem à equipa do Corpo Santo…“Foi um pouco difícil no início… Habituar toda a gente, falar com as estrangeiras… Mas damo-nos todas bem. É difícil mas é muito bom”, refere a jogadora, que salienta a importância de ter um bom grupo… “Eu acho que estamos a encarar bem as coisas e estamos a fazer um bom esforço. É óbvio que temos um bom plantel, mas acho que nem sempre isto é o fundamental. O facto positivo é que conseguimos transformar isso numa boa equipa e estamos a fazer um bom campeonato”. A terminar Bárbara Silva deixa a ideia de que seria bom ter mais atletas da ilha no plantel, mas reconhece quepara estar no patamar em que está o Boa Viagem essas não são suficientes e acredita que esta é uma situação que trás benefícios para a modalidade. Quanto a si própria, acredita que pode “fazer mais minutos até ao final da época. O treinador aposta nas atletas mais jovens, gosta de dar oportunidades e a verdade é que este é também um reconhecimento da nossa aplicação e dos sacrifícios que fazemos todos os dias para estar aqui”.

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2 FEV 2006

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