Artigos da Federaçãooo
Antevisão ao Eslovénia x Portugal com Mário Gomes e Miguel Queiroz
“Podem querer tanto quanto nós, podem ser tão duros como nós. Mais, não”. As palavras fortes de Mário Gomes, selecionador nacional, na véspera do reencontro entre Portugal e a Eslovénia, a contar para a segunda janela de qualificação para o EuroBasket 2025. Portugal já treina na Arena Bonifika, onde jogará na condição de visitante amanhã, 25 de novembro, pelas 17 horas (transmissão RTP2).
O técnico da equipa das quinas reforçou em antevisão que, devido ao resultado do encontro de sexta-feira, em que Portugal venceu pela primeira vez a Eslovénia na sua história, este segundo encontro será “muito diferente”: “Não vamos ter um palmo de terra”, acredita.
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“Vai ser um jogo fundamentalmente mental. Não vamos mudar nada, vamos procurar repetir o que fizemos bem e procurar não cometer alguns erros mais evitáveis que outros”, frisou ainda. Mário Gomes fala de “um jogo duríssimo” e muito diferente: “Não vai acontecer uma primeira parte como foi a primeira parte, nem uma segunda, em reação à primeira, como aconteceu” em Almada na sexta-feira.
Intensidade, dureza e desejo de ganhar. Este é o lema e a mensagem que o técnico passou aos jogadores. “O jogo de Basquetebol não dá saúde a ninguém”, finalizou, entre risos, na conferência de imprensa da última partida.
Já se treina na Arena Bonifika 🇵🇹#SomosBasquetebol #GigantesDePortugal #OsLinces #EuroBasket #MakeYourMark pic.twitter.com/d7SjXDugTN
— Basquetebol Portugal (@fpbasquetebol) November 24, 2024
Já o capitão, Miguel Queiroz, mantém-se confiante. Aliás, o mais internacional dos atuais Linces (118 internacionalizações), frisou na passada semana que esta Seleção queria “ser a primeira equipa portuguesa a ganhar à Eslovénia”. A ambição mantém-se: “Gosto muito da maneira como a equipa pensa. Foi uma grande vitória na sexta-feira, mas isso faz parte do passado, não gostamos de olhar para o passado, gostamos de olhar para o futuro e para o presente, e neste momento temos mais um jogo para vencer. Sabemos que eles estão magoados, que vão tentar reagir e tentar entrar fortes no jogo, como fizeram na segunda parte, temos de estar preparados para isso, ser tão ou mais agressivos quanto eles e temos de fazer o nosso jogo. Será difícil para nós, mas também será difícil para eles”.
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Portugal joga amanhã, 25 de novembro, em solo esloveno, na Arena Bonifika (Koper). O encontro tem transmissão RTP2 a partir das 17 horas.
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A Seleção Nacional já está na Eslovénia
Depois da histórica noite de ontem, Portugal tem agora pela frente uma Eslovénia que não pode – nem quer – voltar a perder. O segundo confronto desta dupla jornada na janela de novembro vai ter lugar esta segunda-feira, dia 25 de novembro, na Arena Bonifika, em Koper – uma das sedes do EuroBasket 2013 – e a Seleção Nacional já está em solo esloveno a preparar o encontro. A transmissão do duelo, na segunda-feira, estará a cargo da RTP2 – e inicia pouco antes das 17 horas, quando está agendada “a bola ao ar”.
Portugal, a Seleção precisa do vosso apoio para esta 2.ª mão
O apoio em Almada foi fantástico, com as bancadas cheias, mais de 2500 fãs que catapultaram a Seleção para um dos resultados mais históricos dos últimos anos – se não o maior, mesmo tendo em conta que este coletivo ultrapassou a albiceleste Argentina no II Torneio Internacional de Guimarães no verão. Os Linces contam com o mesmo apoio para o encontro fora de casa, sabendo que todos os comentários deixados são mais um alento para uma equipa que tem como objetivo claro a participação no primeiro EuroBasket dos últimos 14 anos.
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Nota ainda para as 50 internacionalizações do base Diogo Ventura no seu “regresso a casa”. Há mais um internacional português na calha para chegar aos 50 jogos pela Seleção Nacional – Gonçalo Delgado. O MVP do Portugal-Eslovénia celebrou 49 internacionalizações na sexta e volta ao campo dia 25.
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Portugal vence a Eslovénia pela primeira vez e alcança segunda vitória na qualificação para o EuroBasket 2025
Portugal defrontou e venceu a Eslovénia por 82-74 esta sexta-feira, no Complexo Municipal de Desportos Cidade de Almada, no terceiro jogo da equipa das quinas para a qualificação do EuroBasket 2025 e o primeiro frente aos eslovenos no grupo A da competição. Note-se que as duas equipas não se defrontavam no EuroBasket desde 2002.
A partida começou da melhor maneira para “Os Linces”, que agradeceram às 2453 pessoas presentes no pavilhão alcançando uma vantagem de sete pontos (8-1) com a partida a ditar ainda 6:25 por jogar no 1.º período. O excelente ritmo e intensidade dos atletas portugueses no início do encontro resultou numa vantagem de 12 pontos após os primeiros dez minutos (22-10).
Os comandados de Mário Gomes não tiraram o pé do acelerador e continuaram a pressionar tanto ofensivamente como defensivamente a seleção visitante e conseguiram vencer o 2.º parcial da partida por 25-14, dirigindo-se para o intervalo com quase o dobro dos pontos do adversário (47-24).
No intervalo foi realizada uma homenagem ao árbitro Fernando Rocha, que recebeu a Medalha de Mérito Desportivo emitida pelo Secretário de Estado do Desporto. Presentes nesta distinção a Fernando Rocha estiveram a Secretária de Estado Adjunta e da Igualdade e Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, Manuel Fernandes.
A segunda parte do duelo começou de maneira adversa para Portugal, que acabou por não vencer o primeiro parcial no encontro (15-24), valendo cinco pontos marcados nos últimos segundos para manter a vantagem de 16 pontos na entrada do último período (64-48).
No último quarto da partida, onde tudo se decide, ambas as seleções estavam a ter dificuldades em encontrar o fundo do cesto, com um parcial de 5-11 a 3:10 do final da partida, que ditava uma vantagem de dez pontos para “Os Linces”. Os eslovenos ainda conseguiram reduzir a partida para cinco pontos a 40 segundos do fim mas Diogo Brito e Travante Williams foram cruciais a aumentar a vantagem para sete pontos (78-71), que rapidamente passou para 78-74 após três lances livres da Eslovénia. Com 17 segundos para terminar o encontro, a equipa das quinas conseguiu ainda marcar quatro pontos que selaram a vitória por 82-74.
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Grande destaque para a partida de Gonçalo Delgado, que registou 16 pontos, nove ressaltos, duas assistências e um roubo de bola (19 valorização). Nota ainda para a partida de Travante Williams com 12 pontos, sete ressaltos, uma assistência, dois roubos de bola e um desarme de lançamento (15 valorização). Do lado da Eslovénia, destacou-se Klemen Prepelic com 23 pontos, dois ressaltos, cinco assistências e um roubo de bola (20 valorização).
Portugal volta a entrar em ação dia 25 de novembro, na Eslovénia, naquele que será o quarto jogo no grupo A e na qualificação do EuroBasket 2025.
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Portugal x Eslovénia: tudo o que precisas de saber
Chegou o dia. Portugal prepara-se para enfrentar a forte seleção da Eslovénia, no primeiro de dois jogos a contar para a janela de qualificação de novembro. Destino final: EuroBasket 2025. Garante já o teu bilhete (não prometemos que ainda haja) ou assiste ao encontro na televisão, em canal aberto, na RTP2. Os Linces precisam do teu apoio para fazer história e voltar, 14 anos depois, ao Campeonato da Europa. As portas abrem às 18 horas.
O que está em causa?
A qualificação para o EuroBasket 2025, o quarto para Portugal (o primeiro foi em 1951, o último em 2011). O selecionador nacional, Mário Gomes, acredita que “tudo se resolverá apenas em fevereiro”, mas, caso Portugal vença os dois jogos e a Ucrânia não ultrapasse Israel no Grupo A da prova, pode ficar já garantido o apuramento, de acordo com a FIBA. Portugal é neste momento 3.º, com uma vitória (frente aos ucranianos) e um desaire (face a Israel), e a Eslovénia é 1.ª, só com vitórias.
Qualificam-se os três primeiros de cada grupo (excepto nas séries onde participam países anfitriões, o que não é o caso). Podes verificar o calendário completo aqui e o os atuais grupos aqui.
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Quero apoiar Portugal, onde posso assistir?
No Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, onde decorre a primeira partida desta dupla jornada de novembro. Às 19 horas desta sexta-feira, 22 de novembro – e os bilhetes estão quase a terminar. Se não conseguires deslocar-te ao pavilhão, há transmissão televisiva na RPT2. E, mesmo que não consigas ver o jogo, o teu apoio conta na mesma. Até porque segunda-feira, dia 25, voltamos a defrontar os eslovenos – e aí só mesmo no canal público, já que se jogará em Koper, no leste da Europa.
Vou ao pavilhão: como chegar?
De carro ou de transportes públicos. Optando pelo primeiro, importa referir que o trânsito em Almada não vai ser fácil e o estacionamento deve ser feito no Parque da Paz, Avenida Arsenal do Alfeite, ou no estacionamento do Centro Sul (Rotunda Centro Sul, Avenida Bento Gonçalves). Se quiseres apanhar o metro de Almada, a paragem mais próxima é a António Gedeão.
Há alguma coisa que tenho de levar (e não levar)?
Boa disposição, alegria, fair-play e muita energia para apoiar a Seleção Nacional.
Quanto a não levar, colocam-se de facto algumas restrições para o público nos pavilhões.
Estão proibidos vários objetos perigosos e/ou que possam obstruir a visão dos outros espetadores. A FIBA impõe também restrições sobre equipamento fotográfico, alimentação, geradores de ruído, qualquer objeto ou roupa com mensagens proibidas (“declarações ou outras ações que exibam uma mensagem nacionalista, política, religiosa, étnica ou racista ou que, na decisão razoável da FIBA, não sejam adequadas para uma competição desportiva”).
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Paulo Marques convocado para apitar duelos no EuroBasket 2025 Qualifiers
Diversas competições masculinas encontram-se em pausa para se dar mais uma janela de Qualificação para o EuroBasket 2025. “Os Linces” entram em campo amanhã, dia 22 de novembro, pelas 19h frente à Eslovénia. Mas, há outro português que irá participar nesta janela de qualificação, mas com uma função diferente. O árbitro Paulo Marques foi convocado para arbitrar duas partidas durante este fim de semana de seleções.
O primeiro encontro onde marca presença é no Polónia versus Estónia, que tem data marcada para as 17h de hoje, dia 21 de novembro. A segunda partida onde irá participar será no domingo, dia 23, pelas 19h, jogo que coloca a Sérvia frente à Dinamarca.
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Diogo Ventura regressa ao campo que o viu crescer
“Foi aqui neste pavilhão que eu comecei a dar os primeiros passos como atleta e como jogador de Basquetebol. Para mim é muito engraçado voltar agora a ser palco dos meus sonhos, para jogar pela Seleção”. As palavras são do internacional português Diogo Ventura, que se estreou na modalidade precisamente no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, campo que voltará a pisar, amanhã, 22 de novembro. Desta feita não será a defender as cores do CR Feijó, mas da Seleção Nacional, que joga frente à Eslovénia o primeiro encontro desta janela de qualificação de novembro para o EuroBasket 2025.
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“Vou ter aqui a minha família toda a ver, os meus amigos, e vai ser muito especial”, frisou o base do coletivo das quinas em antevisão à FPBtv, afiançando que quer “trazer as boas exibições” que tem feito com o Sporting CP na Liga Betclic Masculina e na FIBA Europe Cup para a Seleção.
Já Diogo Brito, que também regressa à equipa após ter falhado o II Torneio Internacional de Guimarães, por lesão, apresenta igualmente uma motivação elevada e procura igualmente trazer a sua excelente forma esta época no Ourense (LEB Ouro, Espanha) para ajudar Portugal a ultrapassar os eslovenos. “O objetivo é poder ajudar a equipa o máximo possível, se for com boas exibições a nível individual estarei contente, eu confio no trabalho que faço no meu dia-a-dia”.
“São jogadores com qualidade, com muita experiência a nível internacional, mas nós também temos as nossas armas e não temos medo de quem quer que seja e eles também vão ter de nos defender a nós, por isso vamos com tudo e venha quem vier, vamos estar prontos para eles”, acrescentou, com confiança, o extremo d’Os Linces.
Os bilhetes estão disponíveis aqui. Estás convocado.
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Miguel Queiroz: “Queremos ser a primeira equipa portuguesa a ganhar à Eslovénia”
Terceiro dia de preparação d’Os Linces para a dupla jornada frente à Eslovénia e, desta feita, o mote parte do capitão. Miguel Queiroz, no auge das suas 117 internacionalizações sénior, não esconde as altas ambições: “Nós estamos focados no jogo de sexta-feira, não podemos pensar no de segunda [em Koper] sem pensar no de sexta [em Almada]. Queremos muito ganhar”.
Com esse objetivo em mente, a equipa só depende de si própria, acredita: “Se falharmos a preparar estamos a preparar-nos para falhar”, acrescentou, parafraseando o selecionador nacional, Mário Gomes. E uma máxima preparação é essencial para o que se espera ser um embate de peso entre Portugal e Eslovénia. Queiroz (que é o melhor marcador português nestes Qualifiers) terá pela frente o poste esloveno Ziga Dimec num matchup de excelência, o que não é preocupação.
A única certeza é que esta Seleção quer ser “a primeira equipa portuguesa a ganhar à Eslovénia”, contrariando o que diz a História: o último encontro Portugal x Eslovénia – a contar para qualquer das fases do EuroBasket – foi em 2002, relativo à meia-final da pré-qualificação. A primeira mão ficou 77-65 e a segunda 99-106, ambos para a equipa dos Balcãs.
O treino da Seleção Nacional contou ainda com uma presença muito especial: Andrii Melnychuk, filho do histórico técnico Valentyn Melnychuk, que liderou Portugal aos seus dois primeiros EuroBasket (2007 e 2011), esteve presente, na companhia de um dos jovens que atua atualmente no CNT Ponte de Sor (onde Melnychuk é o treinador principal). O convite partiu do professor Mário Gomes, que frisa a ambição de querer “fazer, das várias Seleções, uma [só] equipa”.
Melnychuk aproveitou para desejar “os parabéns pelo treino” a que assistiu, com boas perspetivas de futuro: “Acho que a equipa está muito unida e concentrada. Queria desejar boa sorte e não só sorte, porque no desporto não é preciso só sorte”. “É muito importante para o Basquetebol que a equipa sénior consiga aqui o apuramento”, acredita o técnico.
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Mário Gomes: “Sabemos que só podemos contar com o Neemias [Queta] no Verão”
Cumpriu-se o segundo dia no estágio da Seleção Nacional, na preparação da dupla jornada frente à Eslovénia. O objetivo é “claro”: “estar na fase final do Campeonato da Europa” de 2025, diz Mário Gomes. O selecionador nacional, em antevisão à FPBtv, e frisando a qualidade do adversário (campeão europeu em 2017), acredita que “as coisas só se vão resolver em fevereiro”, mas garante que Portugal entrará em jogo sabendo que pode competir. “E, sabendo que temos capacidade para competir contra eles (…), podemos sempre ganhar”, acrescentou.
A motivação é “elevada”. “Neste momento dependemos só de nós. Qualquer jogo que ganhemos reforça essa posição”, frisou o técnico. Mário Gomes deixou ainda uma nota sobre a especulação à volta de Neemias Queta, que, fruto do apertado calendário competitivo da NBA, não integrou este lote de convocados: “O Neemias quer muito estar na Seleção, sempre que conseguir estar na Seleção, estará. Há muito tempo que sabemos que só podemos contar com o Neemias [Queta] no verão.”
De referir ainda que, após avaliação clínica, foi determinado que o atleta Daniel Relvão não se encontrava apto a integrar os trabalhos da Seleção.
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Francisco Amarante: “Para chegar à ACB, tenho que mostrar o meu valor”
Aos 24 anos, Francisco Amarante é um dos talentos portugueses em ascensão no basquetebol europeu. Em entrevista à FPB, o internacional luso fala sobre os desafios de jogar em Espanha, o impacto do trabalho mental na sua carreira, a determinação de voltar ao topo após superar um ano complicado e o sonho do EuroBasket e da ACB.
Tens vivido anos intensos desde que saíste de Portugal para jogar em Espanha. Mas, agora, estás a jogar, bem e feliz. Concordas?
Sim, sem dúvida. O ano passado foi um ano muito atípico, complicado mentalmente. Como jogador, queremos sempre estar a jogar, e nem sempre foi possível. Mas já passei essa fase, deixei para trás esses momentos. Agora, estou focado em seguir em frente, e, felizmente, estou a jogar, que é o mais importante para mim.
Vamos voltar um pouco atrás e falar sobre o que fizeste em Portugal antes de ires para Espanha. Começaste no Gafanha e depois foste para o FC Porto, o que para muitos poderia ser um passo complicado. No entanto, conseguiste estar lá cinco temporadas, crescendo cada vez mais. O que aprendeste nesse período que te ajudou a afirmar-te?
Eu comecei no Gafanha, onde aprendi as bases e descobri o prazer de jogar. Aos 15 anos, tive a oportunidade de ir para o FC Porto, e entrei num projeto sólido. Comecei logo na Proliga, e isso deu-me uma bagagem importante, porque tive de treinar e competir contra homens, o que não estava habituado. Senti que precisava de encarar isto de forma séria e trabalhar para ser melhor todos os dias. Essa mentalidade de trabalho e disciplina ajudou-me a conquistar o espaço na equipa e a confiança dos treinadores e colegas. Esse processo foi essencial para o meu crescimento.
É interessante, porque muitos atletas de alta competição mencionam que, em algum momento do desenvolvimento, enfrentaram um contexto desconfortável. No teu caso, aos 15 anos, já estavas a jogar com homens. O que te motivava a continuar, mesmo nos momentos difíceis?
Foi um choque, sem dúvida. Lembro-me bem do primeiro dia em que fui treinar, estava convencido de que ia jogar com a minha equipa de sub-16. Mas colocaram-me a treinar com a equipa B, e foi um choque. Passei por momentos difíceis, mas o prazer de treinar, evoluir e competir com jogadores melhores do que eu foi o que me fez querer continuar. O gostar de jogar mantinha-me motivado, e isso fez-me superar os momentos de desconforto.
Nem sempre é fácil para um jovem lidar com essas situações aos 15 ou 16 anos. Tiveste algum apoio externo ou essa visão mais a longo prazo veio de forma natural?
Veio naturalmente, mas também tive sorte com o ambiente. Tínhamos uma equipa jovem, com jogadores como o Pedro Oliveira, o Diogo Araújo e o Nuno Sá. Havia uma dinâmica em que acreditavam em mim e queriam ajudar-me a crescer. Aproveitei essa oportunidade, senti que queriam o meu desenvolvimento, e isso deu-me a confiança para evoluir e afirmar-me.
Em algum momento, pensaste em procurar outros projetos para ter mais tempo de jogo? Ou sempre soubeste que o FC Porto era o lugar ideal para ti?
Houve momentos em que pensei nisso, especialmente quando não estava a jogar tanto. Mas foquei-me no trabalho diário, no objetivo de estar entre os melhores e disputar títulos. Aprendemos muito nesses momentos. Claro que é tentador procurar um lugar onde se jogue mais, mas sempre acreditei que o FC Porto era onde queria estar e onde podia dar o meu melhor.
Aos 22 anos, foste eleito o Melhor Jogador Jovem da Liga. Sentiste que foi uma validação do teu trabalho?
Sem dúvida. Foi um ano em que senti que dei muito à equipa e que evoluí bastante. Esse prémio foi uma motivação extra para continuar a trabalhar e querer ser ainda melhor. Fiquei feliz, mas queria continuar a progredir.
Depois, mudaste-te para Espanha. Sentias-te mais preparado para lidar com esse tipo de incertezas de começar num contexto novo e desafiante?
Sim, é uma realidade distinta e muito competitiva. Percebi que a intensidade e o aspeto mental são fundamentais aqui, além do talento. Decidi sair da zona de conforto no FC Porto para dar este passo. Este ano, estou mais focado, e, apesar das dificuldades do ano passado, sinto que fiz a escolha certa e que vai correr bem.
Falaste na importância do treino mental. Como treinas esse aspeto, que é tão importante, mas nem sempre visível?
Para mim, a parte mental trabalha-se no esforço diário e nas repetições, que nos dão confiança. Mas há um nível mental que separa os jogadores comuns dos grandes jogadores, os melhores do mundo. O nosso treinador também trabalha muito esse lado, incutindo competitividade e resiliência, e isso ajuda a manter o foco e a não ficar preso a momentos maus ou bons.
E como é enfrentar uma lesão quando queres começar numa nova equipa? Como lidaste com a incerteza de não saber se o Oviedo continuaria contigo?
Foi muito complicado. Parti o pé, depois o processo demorou, precisei de imobilização e eventualmente de cirurgia. Concentrei-me em fazer o que podia para recuperar e no apoio que o treinador e a equipa me davam, o que me deu alguma tranquilidade. Sempre me deram a indicação de que queriam contar comigo, e isso ajudou a manter-me focado.
Agora que estás totalmente recuperado, sentes uma vontade extra de retribuir essa confiança a dirigentes e equipa técnica do Oviedo?
Com certeza. Quero fazer as coisas bem, ajudar a equipa a alcançar os seus objetivos e mostrar o meu valor. É uma oportunidade que valorizo muito, e tenho muita vontade de retribuir.
E tens retribuído. Ainda recentemente foste eleito para o 5 ideal da jornada, depois de um ano tão duro. Dá-te um orgulho especial?
Sim, foi um jogo que me deu muito prazer. Ver o meu nome no 5 ideal dá aquele sentimento de que vale a pena todo o trabalho. Quero repetir mais vezes, sem dúvida.
Mas o Diogo Brito, do Ourense, ainda te ofuscou nessa jornada ao ser MVP, certo?
É verdade! Quando vi o Diogo lá como MVP, ri-me. Mas ele jogou muito bem, foi merecido. Fiquei contente só de estar no 5 ideal. Cada coisa a seu tempo.
Vocês, portugueses, acabam por se reencontrar muitas vezes. Quando se encontram, é uma festa? Conseguem estar juntos?
Quando há oportunidade. Por acaso ainda não tivemos muitas, porque a malta volta para as cidades onde joga. Mas já combinámos, eu e o Vlad (Voytso), que está aqui perto, de estarmos juntos num fim de semana de folga. É sempre bom chegar num jogo e poder falar um bocadinho de português. Dá sempre aquela alegria de encontrar a malta, falar do que está acontecendo na vida e tudo isso.
Acabam por torcer uns pelos outros…
Eu sinto que há essa união entre nós. Estamos todos aqui para fazer o nosso melhor. Eu, pelo menos, tenho muito prazer em ver a malta jogar bem e sinto que é uma coisa boa, uma espécie de núcleo português que está a lutar pelos nossos sonhos e pelo sonho dos basquetebolistas em Portugal de jogar fora. Então, sim, acho que há esse apoio.
Quando saíste de Portugal, já querias ir para Espanha? O sonho era a ACB?
Sim, sempre tive essa curiosidade e ambição. Sabia que para chegar à ACB, teria que passar pela LEB Oro (agora Primera FEB) e mostrar o meu valor. Sempre gostei muito de Espanha e queria ter essa experiência. Foi por isso que escolhi vir para cá.
Este ano está a correr muito bem para o Ourense, do Diogo Brito e do Rafael Lisboa. E eles têm um treinador que conheces bem.
Sim, o Moncho (López) foi quem me deu as maiores oportunidades que tive e me ajudou a crescer como jogador. Torço para que tudo corra bem para ele e para a equipa… exceto quando jogam contra nós, claro! Eles já nos ganharam, mas sim, desejo tudo de bom para eles.
No vosso jogo contra o Ourense, chegaste a defender o Diogo ou o Rafael? Houve algum momento de confronto direto?
Sim, tanto com ele quanto com o Rafa. É engraçado ter um matchup direto com alguém que conhecemos e com quem nos cruzamos tantas vezes.
E há trashtalk em português?
(Risos) Não, não fiz nenhum trashtalk, mas devia ter feito!
O que é que seria uma boa temporada para ti?
Em primeiro lugar, gostaria de ter uma época sem lesões. Ajudar a minha equipa a chegar aos playoffs, que tem um ambiente diferente e tenso, com pavilhões cheios. Individualmente, gostaria de sentir que melhorei como jogador, não só tecnicamente, mas também mentalmente.
Quais são as tuas prioridades?
Neste momento, minha prioridade é o aspecto mental, que tenho trabalhado e acredito que é importante para o meu futuro. Como jogador, quero melhorar em tudo um pouco e ser mais constante. Também quero ser mais agressivo, sólido na defesa e melhorar o drible.
E do ponto de vista tático? A Primera FEB é muito exigente?
Nem acho que seja tanto do ponto de vista tático. Sempre trabalhei com treinadores que focam na tática, e gosto disso. Mas a maior diferença que sinto é o ritmo e a intensidade, além do talento de alguns jogadores, que fazem a diferença na liga.
Tantos portugueses na Primera FEB beneficia a seleção nacional, certo?
Sim. Todos temos o objetivo de estar no EuroBasket e que isso tem dado um boost extra para a seleção. Sabemos que isso pode representar muito para o basquete em Portugal.
E há confiança mesmo sem Neemias Queta? Sentem que podem ganhar?
Claro que, com o Neemias, daríamos um passo gigante, e tivemos essa experiência quando jogou connosco há dois verões. Ele está num nível superior, e isso faz diferença. Mas a confiança está lá. Se conseguirmos chegar a esses momentos e ganharmos os jogos para estar presentes com ele, vamos dar um passo maior.
Agora vão ter um confronto com a Eslovénia sem o Neemias… e sem o LukaDoncic!
Sim, ajuda muito o Luka não estar. (Risos) Claro que outros jogadores estarão lá, mas se ele estivesse, as coisas seriam mais difíceis. Ele está bem lá em Dallas.
Estás preparado para defender quem quer que seja?
Sim, não lhes vou largar os calcanhares, senão eles também não param de meter a bola lá dentro. Estou com muita vontade de chegar a esse momento.
Estás em Espanha, mas ainda acompanhas o basquete português?
Vejo os resultados todos os fins de semana. No FC Porto, tenho amigos com quem joguei, portugueses e americanos. Quando posso, vejo jogos na FPB TV.
A última entrevista que fiz foi com a Joana Soeiro, que falou do campo de basquete em comum que vocês têm.
A minha casa está a cinco minutos desse campo. Passo sempre lá para ver se há alguém a jogar, e fico muito feliz de ver que a minha cara e a dela estão ali, como que a inspirar outros a jogar basquete. E no verão, quando posso, vou lá jogar com amigos.
Mostras quem é que manda naquele campo?
Sim! (Risos) Significa muito para mim e acredito que para a Joana também. Dá-me um prazer enorme jogar ali.
Agora, depois de um ano difícil, estás a sentir outra vez aquela alegria do miúdo que começou a jogar basquete no Gafanha?
Sim, estar a jogar e a seguir o meu sonho, ter o basquetebol como trabalho é um privilégio.
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Quatro matchups a não perder no Portugal x Eslovénia
Aproxima-se o Portugal x Eslovénia, a contar para a janela de qualificação de novembro para o EuroBasket 2025, e na comitiva eslovena apresentam-se vários nomes de relevo – que certamente irão dar matchups de excelência com o coletivo luso.
Ao comando de Aleksander Sekulić apresentam-se inclusive sete jogadores que estiveram no Verão a competir em Paris 2024, nomeadamente Klemen Prepelic, Edo Muric, Miha Cerkvenik, Luka Ščuka, Ziga Dimec, Zoran Dragic e Leon Stergar. Luka Dončić não foi convocado (à imagem de Neemias Queta, já que o calendário competitivo da NBA não permite que os jogadores da liga norte-americana folguem para brilhar com as respetivas Seleções), mas a qualidade eslovena é inegável, quaisquer que sejam os jogadores apresentados, e procuram repetir o feito de 2017, em que foram campeões europeus.
Para esta janela, há alguns nomes que têm brilhado nos Qualifiers e que prometem uma elevada dose de espetáculo no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, como Jaka Blazic, Klemen Prepelic e Ziga Dimec. Zoran Dragic não esteve na janela de qualificação de fevereiro, mas foi chamado por Sekulić para a dupla jornada de novembro.
Diogo Ventura vs. Klemen Prepelic – O base português, de regresso aos convocados depois de ter falhado o II Torneio Internacional de Guimarães, vai ter pela frente um dos nomes mais reconhecidos do Basquetebol esloveno, com uma longa e prolífica carreira. Klemen Prepelic é atualmente o melhor marcador da Eslovénia nestes Qualifiers (25.5 pontos de média nos dois jogos já efetuados), assumindo o papel de base grande parte do tempo (principalmente quando descansa o jovem Ziga Samar, que não foi chamado para esta janela) e promete ser uma “dor-de-cabeça” para o internacional português, que se tem destacado esta época ao serviço do Sporting CP na Liga Betclic Masculina.
Travante Williams vs. Zoran Dragic – Duelo de shooting guards em Almada. Do lado português, Travante Williams vai ter pela frente Zoran Dragic. O apelido, para quem anda nas lides do Basquetebol, não engana. O esloveno, irmão do ex-NBA Goran Dragić, ainda não cumpriu nenhum jogo nestes Qualifiers, mas esteve no verão em Paris e, a jogar em Bilbau nas duas últimas temporadas, espera-se que seja uma ameaça ofensiva na equipa dos balcãs. Já o internacional português mudou-se esta época para a Roménia, onde tem sido uma das principais armas no ataque do CSM Oradea. No plantel luso, foi o segundo mais utilizado em fevereiro (30 minutos de média por jogo), e é o segundo melhor pontuador (13 ppj).
Diogo Brito vs. Jaka Blazic – Diogo Brito tem estado em grande forma no Ourense (LEB Ouro), onde tem tido a companhia do “Lince” Rafael Lisboa. O extremo fez dois excelente jogos na última janela de qualificação e, apesar de não ter estado com o grupo no verão (devido a lesão), está mais que preparado para ser o matchup de Jaka Blazic, um dos pilares desta seleção eslovena (12.5 ppj e 7 rpj). Nas palavras do internacional luso, quando questionado sobre a qualidade adversária: “Eles também vão jogar contra nós”. Confiança é a palavra-chave para este confronto de extremos em Almada.
Miguel Queiroz vs. Ziga Dimec – Na ausência de Mike Tobey, deverá ser Ziga Dimec a assumir o papel de poste principal na equipa dos Balcãs – ele que esteve em Paris 2024 e na última janela de qualificação. A jogar em Taiwan, nos Tainan TSG GhostHawks, o poste esloveno vai ter pela frente o capitão luso, Miguel Queiroz, que se tem destacado nestes Qualifiers (15.5 ppj e 7.5 rpj, com cerca de 31 minutos de utilização média, o melhor marcador e ressaltador luso). O único dos Linces com mais de 100 internacionalizações vai encontrar o gigante dos Balcãs (2,10m), no que será um matchup de elevada qualidade na área restritiva em Almada.
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Os Linces já retomaram os trabalhos
Mário Gomes já comanda os 14 atletas ao serviço da Seleção Nacional. Os Linces estão reunidos em Almada para jogar esta sexta-feira (22) frente à Eslovénia, primeira classificada do grupo de Portugal, em mais uma janela de qualificação para o Campeonato da Europa. Joga-se às 19 horas no Complexo Municipal de Desportos “Cidade de Almada“, e os bilhetes estão disponíveis com a Smartfan – e estão “a voar”.
O selecionador nacional frisou, em antevisão à FPB, que “tudo se vai decidir só na janela de fevereiro” de 2025, quando se disputarem os últimos dois jogos desta qualificação para o EuroBasket – o terceiro para Portugal, depois das presenças em 2007 e 2011, mas não retira a responsabilidade da equipa se apresentar em máxima força perante a poderosa Eslovénia. Já o capitão, Miguel Queiroz, deixou o repto para que os portugueses se desloquem a Almada, na sexta-feira, para aplaudir e acarinhar uma equipa “que deixa tudo em campo”.
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Mário Gomes: “Os adeptos de Basquete reconhecem que esta equipa deixa sempre tudo em campo”
“Toda a gente que tem conhecimento de Basquetebol sabe” que o adversário é “de altíssima qualidade”, mas “as expectativas são as habituais” – deixar tudo em campo. As palavras são do selecionador nacional, Mário Gomes, em entrevista à FPB, quando estamos a sensivelmente sete dias do regresso da Seleção Nacional ao “campo de batalha”. O “pelotão” está pronto e junta-se em breve nas “trincheiras” do Complexo Municipal de Desportos “Cidade de Almada”; a hora está marcada (19 horas) e o dia também (22 de novembro). Apenas uma semana para o confronto entre Portugal e Eslovénia, o primeiro desta janela de qualificação de novembro, e os bilhetes estão a voar – garante já o teu aqui, com a Smartfan.
“Isto é uma competição relativamente curta, apesar de ser muito espaçada no tempo, e em que todos os jogos são muito importantes. Nós neste momento estamos na luta, dependemos só de nós, mas essa é uma situação que é comum às outras equipas”, acrescentou o selecionador. “O que eu prevejo é que as coisas se decidam só em fevereiro do próximo ano e até lá qualquer vitória é um passo em frente e qualquer derrota é um passo atrás”.
Para já, a ambição mantém-se, mesmo que haja algum favoritismo para a Eslovénia, que se apresenta com sete jogadores que estiveram no Verão a competir nos Jogos Olímpicos de Paris (nomeadamente Klemen Prepelic, Edo Muric, Miha Cerkvenik, Luka Suka, Ziga Dimec, Zoran Dragic e Leon Stergar).
“Vamos para este jogo com o mesmo espírito como fomos para os jogos anteriores, sabendo que (…) temos capacidade para competir”. Nesse sentido, Mário Gomes dá o mote e convida os portugueses a marcarem presença no pavilhão, à imagem do que aconteceu em fevereiro em Odivelas. Sendo “Almada uma terra já com tradição no Basquetebol”, o selecionador espera que o fator casa seja uma “vantagem” para o coletivo das quinas.
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Noticias da Federação (Custom)
“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”
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Miguel Maria
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