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Depois de uma época histórica ao serviço da University of South Florida, a FPB falou com Beatriz Jordão e Sara Barata, sobre o título conquistado e a participação na prestigiada “March Madness”.

No seu terceiro ano ao serviço das “Bulls”, Beatriz Jordão foi uma das atletas mais experientes da equipa, sendo opção regular a sair do banco. “A nível individual, andei na disputa por mais minutos de jogo, por vezes nem sempre foi fácil, mas para o fim já estava a jogar um pouco mais, e foi bom para mim”, afirma.

Num ano que culminou com o primeiro título da conferência AAC (American Athletic Conference) da história da Universidade e a participação na fase final do torneio universitário de basquetebol norte-americano, a poste lusa confessa: “Quando estava em Portugal acompanhava a March Madness e estar a vivê-la foi incrível. Estava com borboletas na barriga, mas depois de estar em campo só queria aproveitar o momento e desfrutar!”.

A entrar para o seu quarto ano na universidade, a atleta de 22 anos muda o foco para a pré-temporada e para os aspetos que tem que aperfeiçoar. “Sinto que tenho que melhorar a defesa do bloqueio direto, e parte disso tem que ver com a minha disponibilidade física. Portanto vou focar-me na preparação física e agilidade”, explica.

 

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Por outro lado, Sara Barata chegou esta época aos Estados Unidos vinda da Quinta dos Lombos. “Estamos na história da Universidade”, considera a base.

“Foi desafiante estar ao lado de jogadoras incríveis e jogar a este nível”, salienta a atleta de 19 anos que foi opção em nove partidas ao longo da temporada.

Embora a época tenha terminado há pouco tempo – South Florida foi eliminada por NC State na 2.ª ronda do torneio universitário – Sara demonstra já saber no que tem de se focar para poder continuar a evoluir: “Tenho que continuar a trabalhar, especialmente no meu físico e também na minha rapidez e eficácia de lançamento”, destaca.

Para a internacional pelos escalões jovens de Portugal, a participação na famosa “March Madness” também foi o realizar de um sonho: “Foi um sonho tornado realidade estar naquele ambiente, com todas as equipas e jogos a acontecerem ao mesmo tempo. Era onde queríamos estar”, conclui.

Terminada a fase regular da Liga Skoiy, chegou o momento de fazer o balanço estatístico das principais individualidades que mais se destacaram ao longo das 22 jornadas.

Com médias de 15.4 pontos, 14.4 ressaltos, 2.7 assistências, 1.1 roubos de bola e 1.2 desarmes de lançamento, a norte-americana, Nike McClure, é a MVP Tissot da fase regular com uma valorização média de 25.8. A poste do CAB Madeira foi a MVP Tissot em duas jornadas, e contabilizou nove presenças no cinco ideal. Ao título de MVP, McClure também acrescenta a distinção de mais ressaltos por jogo conquistados

Em declarações à FPB, a atleta de 25 anos confessou ter ficado surpreendida com a distinção: “Fiquei chocada e positivamente surpreendida por ter conseguido apresentar-me a um nível tão elevado dadas as circunstâncias”, e acrescentou que: “Não esperava vencer o MVP no meu primeiro ano em Portugal. O meu único objetivo era vencer o máximo de jogos possível”.

Na marcação de pontos, ninguém se apresentou a um nível tão elevado quanto a Chelsie Schweers, base do AD Vagos, que apontou 19.8 pontos por jogo e ajudou o clube aveirense a chegar aos playoffs da Liga Skoiy.

“Fico entusiasmada por saber que todo o trabalho continua a compensar. Continuo focada em melhorar todos os dias e em levar a equipa longe nos playoffs” afirmou a atleta norte-americana, que se encontra na sua segunda passagem por Portugal.

Abordando o capítulo das assistências, Carolina Bernardeco assumiu as despesas no CAB Madeira e terminou a época regular com a melhor média de passes certeiros por jogo: 4.9.

No seu primeiro ano como profissional, a base portuguesa mostra-se grata pela oportunidade dada pelo clube madeirense: “Sinto que evoluí nas minhas tomadas de decisão tanto no controlo de ritmos de jogo (também devido à nossa situação) mas também na procura de vantagens ofensivas”, e aponta a consistência defensiva como um fator a melhorar.

Defensivamente, Martha Burse foi das jogadoras mais disruptivas. A norte-americana foi um perigo para as adversárias e terminou a temporada com 3.5 roubos de bola. “Sempre senti que ser agressiva defensivamente ajudava a equipa a entrar no ritmo do jogo. Todos têm tendências. Se as perceberes e apanhares as adversárias quando estão mais relaxadas, então vais sempre conseguir”, salientou a atleta do CPN/Imopartner.

A proteger o cesto, Djenifer Monteiro, poste do CB Queluz, mostrou-se um obstáculo duro de ultrapassar. A atleta cabo-verdiana apontou 2.1 desarmes de lançamento por jogo, e foi um dos esteios defensivos da equipa lisboeta ao longo da temporada.

Mariana Carvalho, jogadora do SL Benfica, foi a mais eficaz da linha de três pontos ao converter 45.5% dos seus lançamentos. Vânia Sengo, atleta do União Sportiva mostrou ser certeira nas zonas interiores, ao acertar 62.7% das suas tentativas, e Catarina Mateus, base do Vitória SC, manteve a consistência da linha de lance livre, ao terminar a fase regular com um aproveitamento de 91.9%.

O projeto Time Out 2.0 é uma iniciativa da FIBA Europa que pretende ajudar ex-jogadores ou atletas em final de carreira a integrarem-se melhor no mercado de trabalho. Neste âmbito, a ex-internacional lusa, Sofia Ramalho Gomes, organizou a conferência “Mulher no Desporto” que terá lugar no próximo sábado, 3 de abril.

Em declarações à FPB, a jogadora do SL Benfica reconheceu que o programa TimeOut 2.0 tem sido desafiante, mas que a experiência tem sido uma mais-valia: “A experiência tem sido muito enriquecedora. O curso está muito bem conseguido, ajuda os ex-atletas ou aqueles em final de carreira na transição que é sempre difícil. Enquanto atletas não pensamos nisso, mas de facto o curso está muito bem conseguido. Divide-se em três áreas, uma das áreas é liderada pela Northumbria University, em Newcastle, e está ligada ao autoconhecimento, liderança e “coaching”. Para mim foi surpreendente, mesmo que seja uma aprendizagem através de e-learning, consegue passar-nos tanta informação sobre nós próprios. Depois temos a parte da “TASS” (Talenter Athlete Scholarship Scheme), focada nas carreiras duais, um dos pontos que mais valorizo e que nunca me passou pela cabeça. Eu tomei a decisão de deixar os estudos no último ano de faculdade para poder perseguir o meu sonho e ir jogar para fora. Depois há ainda a área mais ligada à FIBA que se relaciona  com a organização e gestão de eventos. Algo que nos dá mais informação relativamente ao universo do basquetebol, às opções que podemos ou não tomar. Aguça-nos a curiosidade em relação a estes temas. Muitas vezes os atletas não dão valor ao trabalho que é feito por trás, sobretudo a FIBA e principalmente o que a nossa Federação tem feito tem sido incrível. Agora que estou mais deste lado e por dentro da realidade, reconheço que as coisas nem sempre são fáceis, há que reconhecer o valor”, contou.

O projeto TimeOut 2.0 ajusta-se à realidade do fim de carreira de basquetebolista e é o veículo necessário para a ligação à modalidade se perpetuar, ideia que a antiga internacional portuguesa e formanda do programa partilha: “Os atletas são muito ajudados a continuar ligados à modalidade, porque também nos faz pensar e querer mudar algumas coisas no basquetebol. Com todo o conhecimento e informação que nos são dados, há sempre melhorias a fazer. Estas opções tornam tudo mais fácil. Acabamos a carreira desportiva e temos de pensar noutros ofícios, algo que nos afasta da nossa vida feita até aí. Com este programa acabamos por ter mais opções que nos mantêm ligados ao desporto, mas sem sermos atletas. Há uma vasta lista de opções que podemos tomar. É algo muito importante. Esta iniciativa da FIBA deveria ser ainda mais apoiada pelas federações. Não é necessário ser apenas um atleta de excelência, até porque há muitos que não o são e podem aportar muito à modalidade. Sem dúvida que é uma mais-valia para a modalidade”, conta.

No que toca às valências adquiridas ao longo do programa, Sofia Ramalho Gomes não esconde que a mesma tem sido desafiante, mas reconhece que é uma oportunidade cativante para alguém que sempre esteve profundamente ligado à modalidade: “O projeto está a ser muito intenso. Estou a adorar, mas é intenso no bom sentido. O autoconhecimento que nos fornecem é incrível. Estou a conhecer-me muito melhor, sempre fui muito intensa como atleta e no meu quotidiano, mas agora consigo controlar-me mais mediante as situações… foi um dos pontos que me marcou desde o início. Fiquei pasmada com o inquérito que nos é feito, conseguir revelar tanto de nós. Além disto, a gestão do tempo, organização, cumprir datas e prazos… não é fácil. Sou mãe de duas crianças, voltei à competição este ano e depois com os treinos e viagens é difícil, mas não é algo que me seja alheio. Como atletas temos isso presente, mas é preciso um autocontrolo maior. As experiências que vamos tendo e que nos são passadas por outras pessoas que também integram a formação são muito valiosas. Debatemos muito entre todos e há sempre algo a fazer, aqui ou lá fora. A partilha de experiências tem sido ótima. O mais importante de tudo são as portas que nos abrem e todo o conhecimento que nos passam. Sinto que posso ter mais do que uma opção, continuando ligada à modalidade que tanto gosto e que tem sido a minha vida até hoje”, esclarece.

Sobre a conferência deste sábado, Sofia Ramalho Gomes acredita que o mais importante é dar a conhecer os exemplos das dez oradoras presentes na “Mulher no Desporto”: “A conferência enquadra-se no meu projeto de curso (TimeOut 2.0). No início, quando nos abordaram com esta proposta, vieram-me imensas ideias a cabeça, mas passado pouco tempo percebi que este tema é essencial para a FIBA e nesse momento decidi que seria sobre a Mulher ia falar. A ideia passa por dar a conhecer as nossas mulheres de sucesso. A conferência é na sua grande maioria ligada ao basquetebol, mas vamos ter convidadas de outras modalidades. É a “Mulher no Desporto” precisamente porque o objetivo é dar a conhecer as referências para que estas sirvam de motivação a outras mulheres e atletas. As oradoras vão contar as suas histórias, vão contar a transição da carreira desportiva para as profissões que ocupam agora. Vamos falar das dificuldades que surgem por sermos mulheres, mas também explicar que esses obstáculos podem ser ultrapassados. Num dos “webinars” da FIBA ouvi esta frase que me marcou muito, “If a girl can see it, she can be it”. Quero que esta seja a mensagem passada, que olhem para as oradoras e vejam nelas os exemplos de sucesso. Que ninguém deixe de sonhar ou lutar por aquilo que quer. Se for possível mudar a mentalidade de uma ou duas pessoas já valeu a pena”, finalizou.

A conferência “Mulher no Desporto” é gratuita, creditada pelo IPDJ e aberta a todos os interessados. Inscrições, aqui!

Realizou-se, na sede da Federação Portuguesa de Basquetebol, o sorteio da Final 4 da edição 2020/21 da Taça de Portugal Alfaloc, marcada para os dias 10 e 11 de abril no CDC Matosinhos, entre Sporting CP, FC Porto, SL Benfica e Imortal LUZiGÁS.

José Pinto Alberto, diretor de competições, Cátia Mota, diretora de Marketing e eventos, e Rui Domingues, diretor comercial da Alfaloc, levaram a cabo o sorteio. Ditou a sorte que SL Benfica e Imortal LUZiGÁS protagonizem o embate da primeira meia-final, marcada para dia 10 de abril pelas 15 horas, e Sporting CP e FC Porto se encontrem no segundo jogo, a realizar no mesmo dia, pelas 17h30. A grande final está marcada para domingo, dia 11 de abril, pelas 16 horas.

Todos os encontros têm transmissão, em direto, na FPBtv e na RTP2.

🏆🇵🇹 Eis o “bracket” das meias-finais da Taça de Portugal Alfaloc!

O sorteio da Final Four ditou o embate entre o Imortal LUZiGÁS e o @SLBenfica, enquanto o @Sporting_CP enfrenta o @FCPorto.#SomosBasquetebol pic.twitter.com/EJJon8SX9q

— Basquetebol FPB (@fpbasquetebol) March 31, 2021

Na passada segunda-feira deu-se a assinatura do protocolo que oficializa a parceria entre a FPB e a Ocean Medical, empresa de formação profissional na área da Emergência Médica, e que possibilita a aquisição de desfibrilhadores e formação na área.

A FPBtv marcou presença neste importante momento para o basquetebol nacional e recolheu declarações de Manuel Fernandes (presidente da FPB), Marco Castro (CEO da Ocean Medical), Mário Gomes (selecionador nacional masculino), Laura Ferreira (jogadora internacional portuguesa), Valério Rosa (especialista em medicina desportiva) e Tiago Costa (fisioterapeuta da Seleção Nacional masculina).

O próximo sábado, dia 3 de abril, fica marcado pela conferência “Mulher no Desporto”, projeto edificado pela ex-internacional portuguesa, Sofia Ramalho Gomes, no âmbito do programa TimeOut 2.0 da FIBA.

A conferência será moderada por Cecília Carmo, nome incontornável do jornalismo desportivo em Portugal, que conversou com a FPB sobre o evento: “É essencial porque promove a prática desportiva e a Mulher no Desporto. Ou seja, tem havido um aumento, apesar de não ser exponencial, no número de praticantes femininos no desporto português, mas ainda é preciso fazer muito. Quando refiro praticantes digo também treinadores, juízes, dirigentes, toda a envolvente humana que é necessária para a prática desportiva. Esta conferência vem na melhor altura, porque são exemplos de mulheres empreendedoras, lutadoras, pessoas que estão muito bem nas suas áreas profissionais e que lutaram e trabalharam para chegar onde chegaram e que podem servir de mote para outras lhes seguirem os passos. É fundamental que haja esta conferência organizada pela Sofia, mas que haja muitas mais também. São momentos de grande importância”, explica

Para a Cecília Carmo, o mais importante desta ação será mesmo a mensagem transmitida: “Não termos medo de sermos mulheres e em cargos e funções que são muito importantes na nossa vida profissional. No final da conferência, gostava que as pessoas retivessem os exemplos das conferencistas, que estes servissem para inspirar outras mulheres e outras jovens a seguirem os passos das que lá estão. Se no final conseguirmos passar a mensagem de que dá trabalho chegar onde se chegou, mas que se consegue e que vale a pena. Que ser mulher não é um fator incapacitante ou impeditivo de se chegar mais longe, sinceramente isso é o mais importante”, vinca.

No que toca diz respeito à ordem de trabalhos e à conferência em si, a moderadora acrescenta que ficam a perder aqueles que não estiverem presentes: “Vamos ter várias conversas que se podem cruzar com áreas distintas de atuação, específicas de cada uma delas. Vão ser conversas dinâmicas porque as oradoras são excelentes, até porque já tive oportunidade de as ouvir e de conversarmos. A Sofia fez um trabalho notável na organização desta conferência e está completamente imbuída no espírito. Acho que podemos esperar uma excelente conferência, vamos sair de lá todos mais ricos porque a troca de experiências por si só já é muito importante, mas com os exemplos destas conferencistas vai ser uma mais-valia para todos aqueles que assistirem e participarem”, conclui.

A conferência é gratuita e aberta a todos os interessados. Inscreve-te, aqui!

A Taça de Portugal masculina passará, nas próximas duas temporadas desportivas, a ter a designação de Taça de Portugal Alfaloc. A Federação Portuguesa de Basquetebol chegou a acordo com a Alfaloc, operadora de transportes com mais de 25 anos no mercado, para que esta seja em 2020/21 e 2021/22 o naming sponsor da prova rainha do basquetebol português com vista à promoção da modalidade bem como da competição.

A Final Four da Taça de Portugal Alfaloc terá lugar no CDC de Matosinhos, nos próximos dias 10 e 11 de abril, e conta com a participação de Sporting CP, FC Porto, SL Benfica e Imortal LUZiGÁS. Os encontros das meias-finais e da final a serão transmitidos na RTP2 e na FPBtv.

Esta segunda-feira ficou marcada pela assinatura do protocolo que oficializa a parceria entre a FPB e a Ocean Medical, empresa de formação profissional na área da Emergência Médica.

A cerimónia de assinatura do protocolo, que contou com a presença do Presidente da FPB, Manuel Fernandes e Marco Castro, CEO da Ocean Medical, selou uma parceria fundamental no âmbito do Suporte Básico de Vida. A implementação deste protocolo implica não só a aquisição de dois desfibrilhadores para cada um dos Centros de Treino e Seleções Nacionais, mas também a formação dos seus fisioterapeutas em Suporte Básico de Vida. Além da estrutura federativa, o protocolo contempla igualmente condições preferenciais (em anexo) a todos os clubes associados da FPB.

Na cerimónia protocolar marcaram ainda presença o Selecionador Nacional masculino, Mário Gomes, a internacional portuguesa, Laura Ferreira, o especialista em medicina desportiva e colaborador da FPB, Dr. Valério Rosa e ainda Tiago Costa, fisioterapeuta da Seleção Nacional masculina.

O poste português de 21 anos, Neemias Queta, anunciou hoje a sua decisão de abdicar do seu último ano na Utah State University, e declarar-se elegível para o Draft da NBA 2021.

Em declarações ao site norte-americano, ESPN, o atleta afirmou: “Vou declarar-me ao draft porque me sinto preparado para elevar o meu jogo ao próximo nível e tornar realidade o sonho de jogar na NBA”.

Nesta última época as exibições do atleta luso ganharam uma notoriedade ainda maior, com Queta a integrar a equipa defensiva do ano na sua conferência, semifinalista do prémio Kareem Abdul-Jabbar – premeia o melhor poste universitário do país -, e finalista para o “Naismith Men’s Defensive Player of the Year”, o galardão para o melhor defensor do ano no basquetebol universitário norte-americano.

Devido à forma como se mostrou ao longo da época universitária, vários analistas norte-americanos colocam o português como um forte candidato a ser escolhido, com alguns a inserirem-no na primeira das duas rondas que compõem o Draft da NBA.

Forever a Aggie!!! pic.twitter.com/WQHmIlVxrO

— Quetão 🔥🤷🏿‍♂️ (@nemi1599) March 29, 2021

Em três anos com os Utah State Aggies, Neemias tornou-se uma das figuras da equipa e destacou-se como um dos melhores defensores da sua conferência. Venceu o prémio de melhor defensor em duas ocasiões (2018/19 e 2020/21), bateu o recorde da universidade para mais desarmes de lançamento por um único jogador (219), máximo numa época (97 em 2020/21), e num único jogo (nove frente Colorado State a 12 de março de 2021).

Estatisticamente, o internacional jovem por Portugal gravou o seu nome na história da “Mountain West Conference”, ao tornar-se o terceiro jogador na conferência com mais desarmes de lançamento, e tornou-se o segundo na história do basquetebol universitário norte-americano, a terminar uma época com médias de 14.5 pontos, 10 ressaltos, três desarmes de lançamento, 2.5 assistências e um roubo de bola por jogo.

No entanto, o talento do jogador, que começou a sua formação no FC Barreirense e passou pelo SL Benfica, não se limita ao plano defensivo. Neemias mostrou melhorias no plano ofensivo, e terminou a temporada 2020/21 com máximo de carreira em pontos marcados (14.9), e assistências (2.7), bem como ressaltos (10), desarmes de lançamento (3.3) e roubos de bola (1.1).

Em 2018/19, Neemias também anunciara que se iria declarar ao Draft da NBA, mas acabou por retirar o nome.

Com o fim das 22 jornadas que constituem a fase regular da Liga Skoiy, já são conhecidas as equipas que vão seguir para os playoffs e lutar pelo título de campeã nacional, bem como os clubes que vão deixar o escalão máximo do basquetebol feminino nacional.

Segundo a classificação final, o emparelhamento para os playoffs será o seguinte:

• União Sportiva – Guifões SC
• SL Benfica – AD Vagos
• Quinta dos Lombos- CAB Madeira
• Vitória SC – GDESSA Barreiro

🏆 Com o fim da fase regular, já é conhecido o emparelhamento para os playoffs da Liga Skoiy, de onde vai surgir o campeão da época 2020/21.#SomosBasquetebol #LigaSkoiy pic.twitter.com/EDXl94NLyC

— Basquetebol FPB (@fpbasquetebol) March 29, 2021

No extremo oposto da tabela classificativa, CPN/Imopartner e CB Queluz foram os dois últimos classificados da edição 2020/21 da Liga Skoiy, e acabam despromovidos.

Depois de realizados os seis jogos referentes à 22.ª, e última, jornada da fase regular da Liga Skoiy, Myriam Ackerman surge como a jogadora mais valiosa da ronda, e vence o prémio de MVP Tissot pela primeira vez esta época.

A poste mexicana esteve em grande na vitória do Guifões SC sobre o Vitória SC (78-68), ao apontar 15 pontos, 14 ressaltos, três assistências e dois desarmes de lançamento, para 29.5 pontos de valorização, a mais alta da jornada.

Nausia Woolfolk (20pts, 7res, 4ast, 4rb – valorização 27.5) e Raquel Laneiro (16pts, 4res, 2ast, 3rb – valorização 21) do União Sportiva, Mariana Teixeira (19pts, 4res, 5ast, 1rb – valorização 27.5) do Guifões SC, e Nike McClure (8pts, 21res, 1ast, 1rb, 3dl – valorização 27) do CAB Madeira, completam o restante cinco ideal da jornada.

Em Aveiro, o SL Benfica venceu o Galitos/Clínica Dr. Semblano por 75-51, e terminou a fase regular do campeonato no segundo lugar da tabela, em igualdade pontual com o líder.

As “águias” entraram fortes e depressa se distanciaram no marcador, mostrando-se muito ativas no plano defensivo (13 roubos de bola). Ao intervalo a vantagem “encarnada” era de 45-21, e apesar da resposta da equipa da casa no terceiro quarto, o conjunto lisboeta aproveitou as 25 perdas de bola do seu adversário para chegar à vitória, a sétima consecutiva na Liga Skoiy.

Ana Barreto (17pts, 5res, 1rb), Joana Soeiro (12pts, 2res, 9ast, 1rb), Mariana Carvalho (11pts, 1ast, 1dl) evidenciaram-se pelo SL Benfica, enquanto que na turma aveirense, Daniela Domingues (18pts, 6rs, 1ast) foi a mais esclarecida.

A Quinta dos Lombos recebeu e bateu o Olivais ABTF Betão por 73-45 e garantiu o terceiro lugar da Liga Skoiy. A equipa de Carcavelos dominou desde o início e aproveitou a vantagem no tiro exterior (nove convertidos contra um do Olivais) para dilatar a diferença. O parcial de 22-9 no terceiro período acabou por ser determinante, e permitiu às lisboetas vencer de forma segura.

Raphaella Monteiro (4pts, 15res, 5ast, 2rb), Célia Sumbane (14pts, 10res, 3rb), Inês Vieira (13pts, 3res, 1ast, 1rb), e Jade Phillips (13pts, 2res, 1rb) estiveram em grande plano na equipa da casa, e Milena Santos (17pts, 6res, 1rb) e Eva Carregosa, (7pts, 11res, 2ast, 5rb) foram as principais figuras das visitantes.

O União Sportiva venceu a AD Vagos por 61-75, e terminou a fase regular da Liga Skoiy como primeiro classificado.

Com uma entrada forte, a equipa da casa depressa tomou a dianteira do encontro e conseguiu criar uma pequena vantagem de quatro pontos (19-15). Contudo, as açorianas responderam no segundo quarto e conseguiram restabelecer a igualdade à entrada para o descanso (32-32). Depois do intervalo o conjunto do Sportiva passou para a frente do marcador, e nos derradeiros dez minutos distanciou-se ainda mais graças a um parcial de 14-3 a abrir o quarto período.

Nas visitantes sobressaíram Nausia Woolfolk (20pts, 7res, 4ast, 4rb), Raquel Laneiro (16pts, 4res, 2ast, 3rb) e Vânia Sengo (10pts, 2res, 1ast), e pelo Vagos importa mencionar Chelsie Schweers (20pts, 4res, 3ast, 1rb), Susana Carvalheira (12pts, 4res, 3ast, 4rb, 1dl), e Joana Cortinhas (11pts, 5res, 2ast, 1rb, 1dl).

No frente a frente entre CAB Madeira e CB Queluz, as madeirenses saíram por cima e conseguiram o seu segundo triunfo consecutivo (60-51). Depois de um início de jogo em que as defesas se superiorizaram (9-6 favorável ao CAB), no segundo quarto a equipa da casa conseguiu aumentar a intensidade e chegou aos 11 pontos de diferença (32-21), tendo gerido a sua vantagem até ao final, em parte graças ao seu forte jogo interior (49 ressaltos frente a 34 do CB Queluz).

Paige Cannon (16pts, 9res, 3rb), Jelena Nikpaljevic (10pts, 6res, 3ast, 2rb), Nike McClure (8pts, 21res, 1ast, 1rb, 2dl) e Carolina Bernardeco (4pts, 3res, 10ast, 1rb) foram as principais figuras na equipa do Funchal. Nas visitantes o destaque vai para Filipa Cruz (12pts, 11res, 2ast, 4rb), Marta Roseiro (10pts, 3ast) e Djenifer Monteiro (10pts, 1res, 1ast, 1rb, 2dl).

Em Matosinhos, o Guifões SC pôs fim a série de três jogos consecutivos sem vitórias, ao ultrapassar o Vitória SC por 78-68.

A equipa da casa entrou melhor e saiu na frente depois dos dez minutos iniciais (22-18), mas não demorou até as vimaranenses responderem e voltarem à luta pelo resultado. Ao intervalo o marcador assinalava 37-36 favorável ao conjunto de Matosinhos, mas com um parcial de 22-11 no terceiro período, que colocou a diferença na casa das dezenas, o Guifões criou um “fosso” que o Vitória não conseguiu ultrapassar.

Mariana Teixeira (19pts, 4res, 5ast, 1rb), Myriam Ackerman (15pts, 14res, 3ast, 2dl), Tylinn Carter (15pts, 7res, 3ast, 1rb) e Renata Ribeiro (11pts, 1ast) foram as grandes figuras na equipa da casa. No Vitória, Tatiane Nascimento (17pts, 3res), Luiana Livulo (11pts, 6res, 1dl) e Catarina Mateus (10pts, 1res, 2ast) assumiram as despesas.

O GDESSA Barreiro venceu o CPN/IMOPARTNER por 66-37, num encontro em que dominou desde o início. Graças a uma primeira parte de muita intensidade, que permitiu às comandadas de Miguel Minhava chegar aos 41-13 de vantagem, a equipa da casa conseguiu gerir o jogo e utilizar todas as jogadoras disponíveis.

No GDESSA importa mencionar Márcia Robalo (13pts, 2res, 2rb), Jennifer Nonato (10pts, 8res, 2ast, 1rb) e Rita Rodrigues (8pts, 12res, 1rb, 1dl). Já pelo CPN, Martha Burse (20pts, 3res, 1ast, 5rb) foi a melhor em campo.

Os highlights da jornada podem ser vistos, aqui.