Artigos da Federaçãooo

Fátima Freitas protagonizou “Área Restritiva”

Fátima Freitas, madeirense que marcou uma geração enquanto jogadora e que agora dá cartas no papel de treinadora, foi a convidada da “Área Restritiva” do último domingo. Podem ver o episódio na FPBtvFacebook ou na IGTV.


“Em Linha” com Teresa Xavier

Recém-chegada ao BCR, Teresa Xavier faz parelha com Daniel Pereira no comando da APD Lisboa e denota já um envolvimento ao nível dos técnicos mais experimentados. A vontade de aprender, que emana de todo o seu discurso, colocam-na com justiça no lote dos treinadores em ascensão na modalidade. 

Em anexo podem encontrar todos os dados sobre o percurso de Teresa Xavier.

Que mensagem dirigias a um treinador hesitante em treinar BCR?
Aceita, porque pode ser o maior desafio desportivo da tua vida. Mais do que os capítulos técnico-táticos, é o poder treinar com pessoas diferentes, que tinham tudo para desistir, mas que são entusiasmantes, que te ensinam mais pessoalmente do que tu jamais pensaste aprender. É cativante perceber os esforços que todos os participantes neste desporto fazem e é reconfortante entender o que o grupo e a modalidade fazem aos participantes de BCR. Quando tu tens oportunidade de viver isto, já ganhaste um grande desafio na tua vida.
Quais os treinadores que exercem maior fascínio sobre ti e porquê?
No basquetebol a pé tenho duas grandes referências com quem tive o privilégio de privar, o professor José Tavares da Silva, meu professor na faculdade e tutor de curso, pela sua forma de estar na modalidade, pelo treinador que foi e pelo que alcançou; o San Payo Araújo pelo que representa para o minibasquete em Portugal e por todos os ensinamentos que partilhou comigo em treinos, formações, torneios e outros eventos. No BCR, o Ricardo Vieira, não só pelo que tem construído e conquistado com a APD Braga, mas também pela partilha e vários ensinamentos ao longo dos últimos anos.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por treinar BCR.
Com frequência, os meus atletas de Mini 10 vão assistir aos jogos da APD Lisboa. Um momento caricato que se tornou um ritual é, no final, os meus atletas de Mini 10 juntarem-se aos meus atletas de BCR e, nas cadeiras, lançarem ao cesto. A confraternização e o gosto fazem com que os meus Mini 10 me perguntem regularmente quando tenho jogo e os meus atletas de BCR, sempre que veem os meus Mini 10 na bancada, não abandonam o recinto sem fazerem uns lançamentos em conjunto.
Quais as competências que considera essenciais para ser uma treinadora de sucesso?
Para além do conhecimento técnico-tático e saber intervir no jogo, a componente emocional/psicológica é para mim cada vez mais importante. A forma como conseguimos mobilizar os jogadores, encorajá-los a ser melhores em cada treino, a gestão do feedback corretivo, assertivo e positivo, mas fundamentalmente fazer com que acreditem que, apesar de todas as limitações ou adversidades, é possível atingir a excelência individual e coletiva. Somos treinadores de sucesso quando conseguimos que as partes e o todo na nossa equipa atinjam a excelência.
Em linha (ou em banana), a defesa que todos os treinadores querem, mas poucos conseguem. Qual a receita para lá chegar?
É um modelo de defesa em que acredito, mas obedece a um conjunto de requisitos nem sempre fáceis de conciliar: comunicação exímia entre todos, excelente técnica de cadeira e disponibilidade física. Quando bem executado, cria muitas dificuldades à equipa adversária, mas se não o conseguirmos implementar de forma eficiente, vamos ser permeáveis. Por outras palavras, usa-o se o sabes fazer bem, se não sabes, treina-o melhor antes de o usares.

Jorge Araújo marcou presença na “Área Restritiva”

Jorge Araújo, um dos treinadores que marcaram o basquetebol nacional, e que conquistou muitos títulos ao serviço do FC Porto e da Ovarense, foi o convidado deste domingo da “Área Restritiva. Programa para ver na FPBtv, no Facebook ou na IGTV.


Carlos Sosa é um dos preletores do Seminário Internacional de Preparadores Físicos

A FPB/ENB, no âmbito da formação contínua, promove o I Seminário Internacional de Preparadores Físicos de Basquetebol e associa-se a um conjunto de treinadores que se têm dedicado à preparação física na modalidade, e que pretendem criar uma associação nacional de preparadores físicos. Decorre na plataforma Zoom, a 11 de julho (9h-18h).

Um dos formadores do Seminário Internacional é Carlos Sosa, preparador físico do Real Madrid.
Eis alguns dos pontos do currículo de Carlos Sosa:
– Combina a docência na Universidade Europeia de Madrid com a vertente profissional no basquetebol do Real Madrid, como Coordenador da Área de Preparação e Readaptação Física;
– Professor Investigador do Departamento de Fisioterapia da Universidade Europeia de Madrid;
– Licenciado em Ciências da Atividade Física e do Desporto pela Universidade Politécnica de Madrid, Diplomado em Fisioterapia pela Universidade San Pablo CEU e Doutorando pela Universidade Politécnica de Madrid;
– As suas linhas de investigação são a prevenção e tratamento de lesões no desporto e a readaptação física e funcional desportiva;
– Autor de mais de 20 comunicações e apresentações em congressos nacionais e internacionais.

João Horta, João Sabbo, Paulo Vinhas e Valter Dias recordados

A 5 de julho de 1990, há 30 anos, ocorria um trágico acidente de viação que vitimou cinco dos ocupantes do veículo que transportava a equipa de iniciados da então AB Faro, que regressava de uma fase final inter-seleções, em Aveiro. 
Homenageamos, com saudade, João Horta, na altura Diretor-Técnico Regional da Associação, e os atletas João Sabbo, Paulo Vinhas e Valter Dias.
Foi um dia que não se esquece, e que este domingo é recordado por quem de perto privou com as vítimas. Caso de Eduardo Cruz, atual presidente da AB Algarve, que lembra as profundas marcas deixadas pelo acidente: “O Professor João Horta e esta geração de jovens atletas, que espelhava o potencial desportivo, superiormente treinada pelo Tito Real, tinham sido vencedores do torneio inter-seleções realizado em Aveiro. Existiam justificadas expectativas futuras para esta geração. O acidente retrai a participação dos jovens e faz nascer um receio dos pais. Foi um período difícil”, afirma.
Tito Real, treinador da talentosa equipa, descreve João Horta como “um dos melhores Diretores-Técnicos Regionais que passaram pela AB Algarve, gerador de consensos assertivo, conhecedor e competente”. Para os jogadores são também muitos os elogios, apelidando João Sabbo como “o mais humilde”, Paulo Vinhas de “o abnegado, um leão do Farense” e Valter Dias de “o indomável, com um nível técnico fantástico”.
Tiago Torégão, atual presidente da mesa da Assembleia Geral da AB Algarve, e que fazia parte da comitiva enquanto jogador, tem tudo bem presente: “O percurso que fizemos nas competições inter-seleções, com esta equipa de iniciados, foi um percurso que nos encheu de orgulho porque tínhamos uma equipa com atletas muito altos, evoluídos tecnicamente, e que foi muito bem orientada, o que foi fundamental para a criação de uma grande auto-estima entre todos. O regresso a casa, depois da cerimónia de entrega de prémios, foi feito com muita felicidade apesar do cansaço, pois ganhámos o torneio e tivemos três jogadores no cinco ideal. O momento do acidente ficará para sempre na memória – lembro-me de tudo como se fosse hoje. O Professor João Horta, o João Sabbo, o Paulo Vinhas e o Valter Dias serão para sempre recordados por mim como homens e atletas de eleição, pois era isso que eram”, vinca.
Outra testemunha do acidente e que se notabilizou nessa equipa foi João Rocha, antigo internacional português. O ex-jogador do FC Porto, entre outros, refere que se tratou de “um momento muito triste, muito duro, e que envolveu pessoas fantásticas, que tinham grande futuro e uma vida brilhante à sua frente”.

Lisboa acolheu a segunda promoção da Seleção Nacional à Divisão B

Ao período de marasmo, marcado por uma crise económica que motivou o cancelamento das competições internas numa época e a ausência dos Europeus C de 2011 e 2013, Portugal respondeu categoricamente e, no regresso, alcançou a subida à Divisão B. Jorge Almeida, selecionador à data, e Márcio Dias, agora capitão, relembram o êxito. 

O desconhecimento dos adversários e a parca preparação, em virtude das limitações financeiras, anteviam dificuldades e o objetivo traçado não tolerava mãos trémulas nos momentos decisivos. Márcio Dias vinha de uma época em alta ao serviço do Servigest Burgos – 2.º escalão espanhol – e correspondeu à exigência da ocasião com o seu melhor desempenho pela Seleção, na meia-final contra a Finlândia. “A minha preparação nesse ano tinha como foco o Campeonato da Europa. Ao mesmo tempo, queria ajudar a minha equipa a conseguir vencer a 1.ª Divisão espanhola. Treinava todos os dias, mais ou menos 1h30 no ginásio, mais 1h hora de técnica de cadeira e quatro sessões de 2h com a equipa”, um volume de trabalho condizente com o praticado ao mais alto nível e que catapultou (ainda mais) o seu jogo para um patamar de excelência.
À margem da prestação individual, o camisola #4 sublinha a elevada competência do grupo selecionado, com “vários jogadores a atuar ou com experiência em ligas estrangeiras”, opinião corroborada pelo então selecionador, Jorge Almeida, que destaca “a entrega, o querer e a qualidade” dos atletas escolhidos. “Não tivemos condições para preparar o Campeonato dignamente, pelo que procurámos, eu e o Rui Lourenço (adjunto), escolher os atletas mais pela sua qualidade individual, visto não ser possível trabalhar o coletivo como desejaríamos, fazendo-os acreditar que era possível”.
O começo titubeante, e até desanimador, pontuado por uma derrota pesada frente à Bósnia-Herzegovina (34-58) e novo “tropeção” frente à Finlândia (47-49) deixaram a seleção sob pressão extrema, circunstância que não afrouxou a crença na subida de escalão. Portugal embalou para vitórias frente à República da Irlanda (54-51), Grécia (34-58), Sérvia (74-50), desforrou-se contra os nórdicos na meia-final (50-61) e, já com a promoção garantida, sucumbiu pela segunda vez ante o poderio dos bósnios (51-75), cuja altura e traquejo não permitiram uma discussão para lá do 2.º período.
Para se repetir a história em 2021, Jorge Almeida reconhece valia para se voltar ao segundo degrau do BCR europeu, embora assinale a premência dos jogadores dedicarem mais tempo ao trabalho individual, “dando uma especial importância à técnica de cadeira com e sem bola”, além de considerar vital desenvolver rotinas ofensivas e anular o “maior problema da equipa nacional no último Campeonato”, a defesa. Em sintonia com o ex-selecionador, Márcio Dias acredita estarem reunidas condições similares às de 2015, atendendo aos muitos atletas da Seleção “a jogarem fora ou que já o fizeram”, pelo que só falta mesmo “voltar a treinar normalmente para limar arestas e vencer o próximo Campeonato da Europa”.

“Em Linha” com Domingos Marinho

Domingos Marinho, um dos treinadores há mais anos em atividade, os seus pares e atletas reconhecem-lhe paixão e carisma, características palpáveis na forma acalorada com que vive os encontros. A caminho da 11.ª época como treinador da APD Paredes, Domingos Marinho aceitou o desafio de treinar BCR em 1997, quando convidado para orientar a APD Porto, onde permaneceu 13 anos.  

Ano de iniciação como treinador (basquetebol a pé e/ou BCR): 1978-1997
Clubes/seleções orientados (basquetebol a pé e BCR): FC Gaia, GD Bolacesto, APD Porto, APD Paredes
Jogo da sua vida: (Como jogador) Último jogo, devido a uma lesão no joelho, contra o Sporting, onde fomos vice-campeões nacionais.
Resumo do percurso no desporto: Joguei 17 anos no FC Gaia, onde dei os meus primeiros passos como treinador. Foi em 1997 que um membro da família (Domingos) me convidou para assumir a APD Porto, um desafio que aceitei ainda que relutante, porque não sabia o que iria encontrar. Passados uns anos (6 ou 7, não tenho a certeza) um amigo convidou-me para assumir o comando (juntamente com ele) do basquetebol feminino no GD Bolacesto. Durante 5 anos assumi ambas as equipas. Depois de muita insistência por parte do Adão Barbosa (presidente da APD Paredes), lá resolvi aceitar o desafio de ir para a APD Paredes.
Que mensagem dirigia a um treinador hesitante em treinar BCR? 
É um projeto desafiante, que nos obriga a pensar fora da caixa e a testar limites, tanto nossos como dos atletas.
Quais os treinadores que exercem maior fascínio sobre si e porquê? 
Casimiro Silva, que foi meu treinador durante muitos anos, e o falecido Fernando Rema, com quem fui vice-campeão nacional.
Recorde-nos um momento caricato que tenha vivido por treinar BCR. 
Enquanto treinador da APD Porto, numa jornada em Lisboa, ficámos instalados numa residencial e num dos quartos ficou o Abel, um jogador bi-amputado que deixou as próteses à janela com um chapéu em cima. Na manhã seguinte, o funcionário da receção, muito preocupado, reportou-me que o atleta daquele quarto passou toda a noite à janela, sem dormir.
Quais as competências que considera essenciais para ser um treinador de sucesso?
É necessário gostar e, de forma quase irracional, fazer uma escolha entre o desporto e a família. Sim, porque esta última fica sempre prejudicada. É amor! Claro que isto tem que estar lado a lado com uma aprendizagem constante, um querer saber mais.
Em linha (ou em banana), a defesa que todos os treinadores querem, mas poucos conseguem. Qual a receita para lá chegar?
Cada treinador tem que olhar para a equipa que tem e perceber as limitações da mesma. No entanto, com jogadores com uma boa agilidade e capacidade de leitura de jogo é uma defesa fácil de aplicar e com muitos bons resultados. É necessário frisar que necessita que os cinco elementos estejam completamente entrosados, unidos e concentrados, porque à mínima falha é também fácil de ultrapassar.

Entrevista a Rui Dias, presidente do Basket Clube de Gaia

Rui Dias, presidente do Basket Clube de Gaia (BCG), aborda com ambição a época de estreia do clube na 1.ª Divisão do basquetebol em cadeira de rodas (BCR) nacional e transmite a vontade de promover um paradigma mais competitivo na modalidade. Recorde-se que o emblema gaiense foi o único candidato ao Playoff de subida à 1.ª Divisão.  

Quais as expectativas do BCG no seu ano de estreia na 1.ª Divisão?
As expectativas são de ficar entre os quatro primeiros lugares da competição. Para além disso, pretendemos alargar o número de jogadores e começar a formar novos atletas. A nossa maior presença em atividades de sensibilização e demonstração nas escolas e no Centro de Reabilitação do Norte, na época passada, reflete esse mesmo desejo.
Quais são os fatores diferenciadores deste projeto? 
Somos o único clube da região do Grande Porto e contamos com atletas das Seleções Nacionais A e Sub22. Estamos a falar de uma população de 1,5 milhões de habitantes, onde só existe o nosso clube neste desporto adaptado!
Como surgiu a ideia de criar uma equipa de BCR (em resumo, o que te motivou a fazê-lo e a abordar-me)?
Sendo o Pedro Bártolo de tão perto de onde o clube nasceu e desenvolve a atividade, não poderíamos esperar outra coisa! O facto de o conhecer e ver o gosto que ele tem pela modalidade, em particular pelo desporto adaptado, foi uma questão de tempo para desenvolvermos este projeto. É uma paixão mútua pelo basquetebol nas diferentes variantes.
Que pretensões tem o BCG a longo prazo no BCR (pode falar do BCR e da ambição global no clube)?
Queremos, em geral, que o basquetebol cresça em Portugal. Pretendemos que os mais jovens atletas, e principalmente os pais, não vejam este desporto apenas como um “hobby”, ou algo para passar o tempo, mas como uma forma de vida, tal como se passa em muitos dos países por esse mundo fora, principalmente nos mais desenvolvidos. Este desporto em Portugal, infelizmente, por forças maiores, não é publicitado, pelo que é muito complicado que surjam muitos atletas com qualidade para que se possa competir ao mais alto nível europeu, e desta forma, atrair um maior interesse em todas as vertentes.
Quais os principais entraves à concretização do projeto do BCR?
O maior entrave é, sem dúvida, o equipamento, por forma a que os atletas estejam preparados para a alta competição. As cadeiras são bastante dispendiosas e sem isso a performance competitiva baixa consideravelmente.

“Em Linha” com Bruno Silva

Um convite para integrar o Basket Clube de Gaia colocou Bruno Silva na rota do BCR, em 2017. O entusiasmo e o profissionalismo, evidentes na “pequena” revolução operada no treino de condicionamento físico na modalidade, despertaram o interesse do Comité Nacional de BCR, e Bruno Silva acumula agora as funções de treinador-adjunto na formação gaiense e na Seleção A.  

Que mensagem dirigias a um treinador hesitante em treinar BCR?
Foi difícil entrar no clube e sentir que os atletas conheciam melhor a modalidade do que eu, mas havia condições para crescer, e por isso a hesitação passou. Nunca iremos estar totalmente preparados para um desafio, caso contrário não seria um desafio. Faz sentido que ponderem bem os vossos passos, mas terão sempre de aceitar correr alguns riscos.
Quais os treinadores que exercem maior fascínio sobre ti e porquê? 
Mike Frogley (Canadá), por todo o contributo na evolução do BCR. Os DVDs criados pela Universidade de Illinois foram uma enorme referência para mim. Obviamente que tenho de mencionar o Marco Galego e o Ricardo Vieira, com quem tenho aprendido bastante. Fora do BCR, o Phil Jackson. Existem treinadores que conseguem “criar algo mais” dentro dos grupos. Um verdadeiro espírito de união, confiança e entrega. Acredito numa abordagem holística do treino, e o Phil Jackson tinha-a. Não existem muitos treinadores que usem a meditação por exemplo, e esse crédito já foi dado ao Phill Jackson. Claramente um treinador que não percebe “apenas de basquetebol”, e valorizo muito isso.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por treinar BCR. 
Um atleta caiu após um contacto normal. Não havia risco, mas o árbitro interrompeu o jogo, parando assim o ataque da equipa adversária. O treinador reclamou e isso não foi bem aceite pelo público que começou a protestar, o que demonstra que ainda há muito desconhecimento da modalidade em Portugal. Noutra modalidade, ninguém ficaria chocado com o protesto do treinador. Revela que existe ainda um sentimento demasiado “protetor”, apenas porque se trata de desporto adaptado.
Quais as competências que consideras essenciais para ser um treinador de sucesso?
Difícil responder, porque não estou nesse patamar. Diria que é preciso ter bom conhecimento, capacidade de comunicação, de organização, de gestão (do treino e atletas) e de transmissão de conhecimentos. Não saltar etapas se estivermos na formação e saber definir objetivos! Também é muito importante saber ouvir e compreender os atletas, porque não os podemos obrigar a nada.
Em linha, a defesa que todos os treinadores querem, mas poucos conseguem. Qual a receita para lá chegar?
O BCR é muito exigente do ponto de vista coletivo e físico. Para se alcançar essa defesa é preciso ter níveis de comunicação e uma capacidade física muito acima da média. Basta um segundo de atraso no aviso de um bloqueio ou no impulso da cadeira que já poderá ser demasiado tarde para realizar as compensações/ajudas necessárias.
Em anexo podem consultar dados e curiosidades sobre Bruno Silva.

Os melhores jogos da Liga Feminina 2019/20

Entramos numa semana dedicada aos três jogos mais vistos da Liga Feminina 2019/20. No YouTube/FPBtv ou no Facebook da FPB, para ver esta segunda, quarta e sexta-feira, às 21h30, duelos que prenderam a atenção dos adeptos da modalidade.


APD Braga, o primeiro (e único) campeão a norte

Os minhotos despertaram para as conquistas na época 2012/13, quando ergueram os troféus de campeão nacional e de vencedor da Taça de Portugal. Manuel Vieira, jogador e presidente da APD Braga, e Ricardo Vieira, treinador, narram as bases do êxito, antecâmara de um ciclo dominador, que perdura, no BCR nacional.

Após um ano atípico, sem competições de BCR em Portugal, a APD Braga surgia em força, uma vez maturado o processo cujo fito passava por vencer títulos. Em primeiro lugar, rumou a Braga a Taça de Portugal, e a jogar em “casa”, empurrada por uma das maiores enchentes da modalidade no país, a equipa festejou o campeonato. “Foram pelo menos 4 épocas a trabalhar para conseguir esse título, com um aperfeiçoamento de várias situações: passámos a 2 treinos semanais e a dispor de ginásio grátis”, descreve o treinador Ricardo Vieira, que salienta também o investimento pessoal e a aquisição de cadeiras. “Fiz inúmeros cursos internacionais, alguns quilómetros sozinho e sem dormir, para perceber mais e melhor. Além disso, tivemos cadeiras novas ao abrigo de um apoio importante, que veio demonstrar que tínhamos mão de obra, faltavam material e verbas para apoio aos atletas”.
Manuel Vieira, presidente e jogador da APD Braga, subscreve as premissas de sucesso elencadas pelo técnico, seu irmão, e frisa o impulso dado pelo pai, Carlos Vieira, na “criação de condições para a prática desportiva das pessoas com deficiência”, numa primeira fase voltada para “a integração”. Angariados novos parceiros, a APD Braga começaria “a marcar pontos no panorama desportivo nacional”, dinâmica na qual reconhece o papel de João Correia, atleta paralímpico e figura incansável nos bastidores, a quem presta um “reconhecimento especial”.
Do desejo à realidade distaram 20 anos, pois fora na época 1992/93 que a APD Braga, fundada em 1982, constituiria as secções de atletismo e BCR. A transição do pendor recreativo para uma orientação mais competitiva custaria momentos de tensão e exigiu firmeza. “Numa saída, uma dirigente pediu aos atletas dinheiro para ajudar a pagar o almoço e o meu pai disse que se assim fosse tirava as cadeiras todas da sua carrinha, deixava-as na estrada e trazia todos os atletas que pudesse. Foi para mim o ponto de viragem e perceção de que o atleta não pode pagar algo em que vai fazer o nome da instituição crescer”, sublinha Ricardo Vieira.
Atualmente, embora saliente o “muito trabalho a fazer”, o técnico considera que “a cidade e concelho estão mais atentos” ao desporto paralímpico, consequência indesmentível das múltiplas ações de sensibilização e demonstração de BCR realizadas pela APD Braga, com um impacto que ultrapassa até o território continental. “Um dos pontos altos foi a ida aos açores. Receberam-nos como verdadeiros atletas; outdoors luminosos a anunciar a nossa presença, nas escolas havia entusiasmo, pediram-nos autógrafos, fotos, queriam saber mais de nós. Para culminar, houve um jogo entre os atletas com direito a pavilhão cheio e entrevistas, assim como invasão do campo, onde as pessoas nos pediram camisolas, calções e até meias”.
Se uma longa espera antecedeu os primeiros títulos, desde então a APD Braga inaugurou uma verdadeira dinastia no BCR nacional, ao arrecadar todos as provas em disputa a partir da temporada 2015/16. E a motivação não se esfuma. “Todos os anos desportivos fazemos um reset, pois o passado já era”, explica Manuel Vieira, filosofia a que se juntam as ambições expressas por Ricardo Vieira em “colocar o máximo de atletas na Seleção Nacional” ou a “dar o salto” para o estrangeiro “e ser a melhor equipa de sempre do BCR em Portugal (com formação feita no clube)”.

“Famalicense esteve na luta pelo apuramento ao Playoff”

O Famalicense Atlético Clube (FAC) faz um balanço positivo da época 2019/20, apesar das competições terem sido interrompidas definitivamente no início do mês de março. Os seniores do FAC lutavam pelo apuramento ao Playoff do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão. Depois de uma primeira volta menos conseguida, o FAC estava a realizar uma segunda volta de luxo. Na formação, o grande objetivo – aumentar o número de atletas – também estava a ser alcançado.
Miguel Correia, diretor da secção de basquetebol do FAC, em entrevista à Associação de Basquetebol de Braga fala das razões que levaram a equipa sénior a fazer uma primeira volta menos conseguida e como deu a volta e se recolocou na luta pelo apuramento para o Playoff.
Miguel Correia fala ainda da formação e do grande objetivo que é colocar atletas jovens nos séniores.
Entrevista para ler aqui.

Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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