Artigos da Federaçãooo

Hugo Maia: “Estou cá pelo orgulho e honra que sinto a representar o nosso país”

Hugo Maia, figura emblemática do GDD Alcoitão, lidera o balneário da equipa das quinas, naquele que será o seu nono Campeonato da Europa. Único resistente da conquista da divisão C em 2007 – só superado em número de participações em Europeus pelo antigo jogador e capitão da selecção Pedro Gonçalves -, exemplo maior de longevidade, acompanhada de rendimento inequívoco, totalista de convocatórias desde 2007, sobram os factos ilustrativos do peso do capitão na história do BCR nacional e na selecção. Exímio na arte de contra-atacar, defensor-nato, imprime uma intensidade elevada em qualquer sector do campo e, pela capacidade agregadora dentro e fora das quatro linhas, tem no grupo reconhecimento e admiração unânimes.

Número: #15

Palmarés: Campeão da Europa C em 2007, Vice-Campeão da Europa C 2015, 8 Campeonatos Nacionais (1 pentacampeonato entre 2003 e 2008 pela APD Sintra), 8 Taças de Portugal, 8 Supertaças

Referências na modalidade: Nacionais: Pedro Bártolo, Carlos Arrais, Hugo Lourenço, João Cardoso, Pedro Gonçalves, Ricardo Vieira, Fernando Lemos. Internacionais: Patrick Anderson, Mustafa Kormaz, Harry Brown, Inês Lopes, Nils Anders. Seguramente que a esta lista se juntarão a actual equipa técnica, composta pelo Óscar e Javier pelo impacto positivo que já tiveram nesta nossa campanha.

Jogos da tua vida: 5º jogo da final do Campeonato Nacional frente à APD Leiria que culminou na vitória e conquista do 1º pentacampeonato Português; Jogo muito bem conseguido por mim, frente à Bósnia-Herzegovina, no Campeonato da Europa Divisão B 2010; Vitória necessária sobre a APD Braga que ditou o nosso (GDD Alcoitão) apuramento aos playoffs.

Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): ECMC 2007, ECMB 2008, ECMB 2010, ECMC 2015, ECMB 2016, ECMC 2017, ECMC 2019, ECMBC 2022

1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?

As minhas expectativas para este Campeonato da Europa, depois da vitória em Dublin e do 2º lugar em Lisboa é conquistar o 2º Campeonato da Europa Divisão C e o respectivo acesso à Divisão B. É um objectivo que esteve muito perto de ser alcançado em Sófia, 2019 quando fomos derrotados na meia-final por uma Grécia que quase não falhou e, mesmo assim, estivemos perto de alcançar a vitória. Neste Europeu, face aos adversários já anunciados, não podemos pensar em nada mais do que ganhar todos os jogos e conquistar o Campeonato da Europa.

2 – Será o teu nono europeu. Em que aspetos achas que podes ser útil à selecção e causar impacto?

O meu nono Europeu…parece que foi ontem o primeiro, e que primeiro!… O que eu já tive de explosividade e rapidez, não que a tenha perdido completamente, mas naturalmente que não são já características tão realçadas em mim. A liderança em campo, a capacidade de ajudar a equipa a organizar-se principalmente a nível defensivo, o tiro exterior de rápida execução e a capacidade de executar qualquer papel ofensivo, julgo que sejam os principais pontos em que posso ajudar a nossa selecção neste momento.

3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?

Apesar de continuar a ser um 2,5 rápido, considero-me neste momento um jogador muito mais cerebral. A capacidade defensiva sempre foi uma das minhas mais valias, mas apesar de ser um jogador que normalmente tem bola e gera jogo ou o último lançador, sempre fui no ataque um jogador muito polivalente e tenho-me distribuído pelos vários papéis a desempenhar pela nossa selecção sempre que necessário. O meu lançamento exterior tem vindo a melhorar, fruto da insistência do meu treinador em corrigi-lo e acredito que possa ser uma arma a usar nos desafios que nos esperam.

4 – Até onde gostavas de chegar com a selecção? Tens uma meta para te retirares ou estarás a jogar enquanto conseguires?

Gostava de conseguir ajudar a nossa selecção a voltar a subir e manter-se na Divisão B. Sei que a manutenção pode ser o desafio mais complexo, mas tanto o grupo de atletas actual, como os valores em ascensão nos sub23, com esta equipa técnica podemos almejar e sonhar com o topo da Divisão B e quem sabe, a elite do BCR Europeu. Não defini nenhuma meta a alcançar na selecção, não estou cá por estar, estou cá pelo orgulho e honra que sinto a representar o nosso país na modalidade que mais amo e naturalmente pela qualidade de jogo que ainda consigo manter. Enquanto for uma peça útil aos seleccionadores nacionais e me sentir fisicamente bem para representar condignamente o nosso país, cá estarei.

5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López, na equipa técnica, pode contribuir para a evolução da selecção?

O Óscar e o Javi deram-nos uma lufada de ar fresco relativamente a conceitos, conhecimento, organização e estruturação de trabalho, segmentação do treino e trabalho para capacitar os atletas do que têm que fazer e principalmente numa mudança de paradigma relativamente à forma como temos que jogar BCR. Temos apenas que usar todo o conhecimento e ferramentas que nos têm passado, seguir e executar cegamente o que nos pedirem.

Estou 100% certo de que com esta equipa técnica podemos elevar Portugal ao lugar que o seu talento e potencial merece.

 

 

 

 

 

 


Pedro Bártolo: “Temos uma forma de jogar mais coletiva do que nunca”

Pedro Bártolo, figura central do Basket Clube de Gaia, transmite uma mensagem de confiança, relativamente às possibilidades de Portugal alcançar a promoção à divisão B, no Campeonato da Europa C, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, de 18 a 24 de setembro. Referência da selecção nacional, o experiente base será um dos pêndulos da formação orientada por Óscar Trigo, particularmente, atendendo à juventude do lote de convocados.

Número: #6

Palmarés: 2x Campeonato Nacional, 1x Taça de Portugal, 1x Supertaça, Vice-Campeão Europeu C 2015

Referências na modalidade: Hugo Lourenço, Pedro Gonçalves, Hugo Maia e Henrique Sousa. Treinadores: Nicola Damiano e Óscar Trigo.

Jogos da tua vida: Supertaça 2021 vs APD Braga; Fase preliminar da Champions League 2019 vs Thuringia Bulls; Final Four da 2ª Divisão espanhola 2015.

Europeus passados (ou provas de seleções anteriores): ECMC 2015, ECMB 2016, ECMC 2017, ECMC 2019, ECMBC 2022.

1 – Quais são as tuas principais expectativas para o Europeu?

Inevitavelmente, ganhar. Queremos dar uma afirmação demonstrativa da nossa capacidade, porque só pode ser assim, se a pretensão for singrar na divisão B. Temos uma forma de jogar mais coletiva do que nunca, uma noção plena do que temos de fazer dentro do campo e um grupo de jogadores que prima pela versatilidade.

2 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?

Considero-me um jogador eclético, com uma capacidade técnica acima da média e, não menos importante, com o passar da idade, cada vez mais cerebral. Preservo o meu lançamento de média a longa distância, mas, atualmente, procuro gerar mais a partir dessa ameaça.

3 – Até onde gostavas de chegar com a seleção?

Realisticamente, o ponto de chegada que fará sentido para mim, na seleção, seria atingir a divisão A. Contudo, em termos estruturais, o nosso BCR não está apetrechado com as condições necessárias para irmos além da divisão B. Creio que, além de cobiçarmos resultados, temos de nos preocupar em ampliar a base de atletas, capacitar os treinadores e lutar para que a comunidade do basquetebol nacional nos encare da mesma forma que a qualquer outra seleção. Parece descontextualizado, mas o êxito da seleção implica mesmo uma revolução no modo de se olhar a modalidade, até porque, não esqueçamos, é a mais profissionalizada do universo paralímpico.

4 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López na equipa técnica pode contribuir para a evolução da seleção?

Falamos de alguém que alcançou sucesso à escala paralímpica, que colocou Espanha no pódio nos europeus sénior e sub23, por isso seria hipócrita negar que não nos têm a acrescentar algo diferente. Já se sente uma identidade própria dentro do campo, o envolvimento extra treino dos atletas com o processo é notório e a implementação gradual dos conceitos táticos tem sido muito bem feita. Esperamos preservar esta equipa técnica durante muitos anos.

5 – Que impacto pode ter a subida de divisão da seleção no BCR nacional?

Depende. Se a promoção à divisão B for acompanhada por maior compromisso dos atletas, bem como apoio ao lote de selecionáveis, podemos almejar um crescimento sustentável. Caso contrário, continuaremos a ser conhecidos como a seleção ioiô, que sobre e desce, constantemente, de divisão. Não podemos basear o nosso desenvolvimento na saída de jogadores para ligas semiprofissionais ou profissionais.


João Castro: “Quero chegar à divisão B e um dia alcançar a divisão A”

João Castro, bicampeão nacional pelo Basket Clube de Gaia, faz a estreia em provas oficiais pela selecção sénior, no Europeu C de BCR, de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. A sua juventude não é sinónimo de falta de experiência, ou não fosse ele peça-chave dos êxitos da sua equipa, o Basket Clube de Gaia, onde despontou para a prática do BCR em 2016. Irrepreensível na defesa, arma no contra-ataque e disciplinado tacticamente, o extremo promissor amplia o leque de escolhas de Óscar Trigo, Javier López e Ricardo Vieira.

Número: #14

Palmarés: 2 Campeonatos nacionais; 1 Supertaça; 1 Taça de Portugal; Bronze EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022

Referências na modalidade: A nível nacional – Pedro Bártolo e Hugo Maia; a nível internacional – Patrick Anderson e Steve Serio. Treinador – Óscar Trigo

Jogos da tua vida: O jogo da Supertaça 2021 vs APD Braga, quando marquei o lance livre decisivo para levar a equipa a prolongamento

Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022

1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?

A nível coletivo, espero que a selecção consiga a subida à divisão B. A nível individual, sei que vou dar sempre o meu melhor e espero ter muitos minutos de jogo, se não tiver muitas oportunidades, sei que faz parte.

2 – Este é o teu primeiro Europeu. Em que aspetos achas que és útil para a selecção? Quais os teus pontos fortes?

A minha agilidade, a minha capacidade defensiva e bloqueadora, assim como a velocidade.

3 – Até onde gostavas de chegar com a seleção nacional?

Quero chegar à divisão B e quem sabe um dia alcançar a divisão A.

4 – O que é que a selecção nacional precisa de evoluir para alcançar a divisão A?

A parte da comunicação, o aspeto defesivo, mais especificamente ao nível do contacto e da “tripla ajuda”, e a nossa organização dentro de campo.

5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López, na equipa técnica, pode contribuir para a evolução da selecção?

O foco no aspeto defensivo, aplicando exercícios específicos para evoluirmos. E a frontalidade em dizer o que fazemos mal e o que temos de melhorar. Também acho que acrescentam no aspecto táctico e de organização. E ajudam-me tanto dentro, como fora do campo.

6 – Alguns colegas estão a sair para jogarem no estrangeiro. Ambicionas sair de Portugal? É algo que tens como objetivo?

Sim. Ver os meus colegas a irem jogar para fora deixa-me feliz, porque sei que vão aprender coisas e, se um dia regressarem, vão melhorar a qualidade do BCR nacional. E isso faz-me ambicionar ir jogar para fora.

7 – No que é que tens de melhor como classe 2 e como jogador para ires para o estrangeiro?

Tenho de ser mais versátil. Saber exatamente quando abrir, quando tenho de fazer bloqueios, como tenho de defender; ter a capacidade de defender um atleta de classe 4; evoluir na leitura de jogo e melhorar o meu tiro. Tenho de comunicar mais dentro do campo, mas também fora. E tenho de ter mais maturidade. Em termos de atitude, demonstrar mais a minha garra e a minha força.

 


Europeu C de BCR: as palavras de quem brilhou na última subida

Em 2015, a jogar em casa (Lisboa), Portugal alcançou a ambicionada subida à divisão B, ao obter um segundo lugar no Campeonato da Europa C de BCR. Volvidos oito anos, alguns dos protagonistas de então destrinçam as chaves do sucesso e avaliam as hipóteses lusitanas de se repetir a façanha em Sarajevo, de 18 a 24 de setembro.

Jorge Almeida, seleccionador à data, lembra a coesão do grupo de 2015. “Tínhamos um leque de jogadores muito experientes e uma união muito grande em torno do objetivo traçado”. Nos anos seguintes, o técnico da APD Sintra identifica uma “evolução extraordinária do BCR a todos os níveis”, que Portugal não soube acompanhar. “A profissionalização foi fundamental para a evolução da modalidade. Em relação ao nosso BCR, penso que houve alguma evolução, mas mínima”, lamenta.

Contudo, constata circunstâncias encorajadoras no presente para que o objectivo traçado seja exequível. “A seleção tem uma equipa técnica com muita experiência e conhecimento, o que, aliado às condições que hoje a federação coloca ao serviço da seleção, perspectivo um bom futuro para a selecção. Temos também jogadores com experiência internacional como em 2015, o que pode ser determinante no final do campeonato”, resumiu. Para a consecução de metas ainda mais ousadas, o histórico treinador frisa a importância da profissionalização do BCR. “Só assim poderemos pensar em mais altos voos, porque o nível da divisão A é tremendo e inatingível nos próximos anos para nós. Mas subir à divisão B e permanecer na mesma trará grandes benefícios para o BCR nacional”.

Do elenco que contribuiu para o sucesso de 2015, salta à vista o nome de Nelson Oliveira (1.0), extremo ex-Rovteam, APD Leiria e BC Gaia, cujo desempenho lhe valeu a escolha para o cinco ideal da competição, que narra em retrospectiva. “Um campeonato muito bem disputado, sempre com a incerteza se conseguiríamos os objetivos de subida de divisão a que nos tínhamos proposto e a gratificação no final, com tão poucas condições de trabalho proporcionadas e talvez as possíveis pela entidade reguladora da altura”.

No tocante à distinção individual, o atleta natural da Figueira da Foz vinca a sensação de realização, depois dos esforços em prol da modalidade. “Sacrifiquei a familia, abdiquei de muito convívio com amigos, passei horas e horas a treinar sozinho num pavilhão, fiz muitos kms na estrada sozinho para representar o meu clube, pois perto da minha área de residência não havia clube de BCR, e por fim ter aquele prémio foi muito gratificante”, resume.

Na origem da promoção à divisão B conquistada em Lisboa, Nelson Oliveira aponta como factores essenciais a complementaridade e profundidade dos escolhidos à época. “A experiência dos mais internacionalizados, a força e dedicação dos recém-chegados e o respeito e humildade dentro do grupo de trabalho, potenciaram em muito a probabilidade da concretização do objetivo da subida”. Convicto em nova subida de divisão, reitera a preponderância da profissionalização e salienta a necessidade de formação de jogadores. “A aposta na formação tem de continuar e, enquanto o BCR não for mais profissional, o atleta tem de ter um compromisso mais pessoal. Quero dizer com isto que não chega o trabalho e treinos nos clubes, embora tenha a noção que nem sempre é fácil conciliar a vida laboral com o desporto. Mas, se queremos estar ao nível das restantes equipas da europa, temos de trabalhar mais que eles e cada atleta tem de fazer um trabalho individual extra clube”, diagnostica.

Pedro Gonçalves, antigo capitão da selecção nacional e recordista de participações em Campeonatos da Europa (10), sem esquecer o feito de 2015, enaltece o caminho trilhado a partir de 2007. “As bases começaram em 2007 e foram uma combinação de vários fatores. A chegada de um selecionador experiente e conhecedor, com uma mentalidade totalmente nova até então, exigente, extremamente competitiva e ganhadora”, sublinha, dando relevo igualmente ao investimento material e às diligências do staff.

O virtuoso base partilha da opinião de Jorge Almeida relativamente às possibilidades de Portugal voltar a consumar a subida. “As expectativas para o próximo europeu são necessariamente altas! Creio que é preciso ainda mais um esforço de todos os intervenientes do BCR para podermos estar num patamar acima. Ainda assim, e sem querer fazer comparações, acho que temos uma situação semelhante à de 2007, com um grupo jovem, mas com qualidade e muita vontade”, descreveu. Do longo trajecto na modalidade, que inclui mais de duas décadas ao serviço da selecção, o icónico jogador da APD Sintra rotula os Europeus de 2007 e 2015 como “o momento mais alto da carreira” e deixa uma mensagem ao grupo que ruma a Sarajevo. “Representar a Selecção Nacional é o expoente máximo na carreira de qualquer atleta e que “obriga” a dar tudo o que temos e ainda mais um bocadinho”.

 

 

 

 


Hélder Freitas: “Tento dar o meu máximo e nunca desisto”

Hélder Freitas oferece robustez ao jogo interior da selecção nacional, no Campeonato da Europa C de BCR, que decorre de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. Um dos elementos mais possantes e abnegados dos doze convocados, poderá revestir o cinco luso de maior solidez defensiva, altura e combatividade no desejado percurso rumo à promoção à divisão B.

Número: #9

Palmarés: 1 Campeonato nacional, 2 Taças de Portugal, 2 Supertaças

Referências na modalidade: Pedro Bártolo e Márcio Dias.

Jogos da tua vida: Os jogos com o BC Gaia exigem sempre mais de mim e por isso destaco esses jogos. E, também, um dos jogos contra a APD Leiria, na época passada – 22/23 -, em que tive oportunidade de jogar bastante tempo e fui o melhor marcador.

Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): ECMC 2017, ECMC 2019, ECMBC 2022

1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?

É conseguirmos fazer o que não conseguimos fazer nos outros europeus: subir de divisão e ficar na história.

2 – Em que aspetos achas que és útil para a seleção?

Sei as qualidades que tenho. Sei que há jogadores “à minha frente” para entrar e para jogar mais tempo, mas sei que posso ser útil para a rotação. Um dos meus pontos fortes é o aspecto defensivo e sei que o “meu jogo” ofensivo é dentro da área restritiva, por isso vou empenhar-me ao máximo para conseguir entrar e fazer o meu melhor.

2 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?

Considero-me um atleta com força. Apesar de saber que sou um pouco inexperiente na leitura do jogo, sei que tento dar o meu máximo e nunca desisto.

3 – Até onde gostavas de chegar com a seleção nacional?

Considero que, possivelmente, este vai ser mesmo o meu último europeu. Gosto disto, mas acho, sinceramente, que tenho colegas com capacidade para estar no meu lugar no futuro.

5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López, na equipa técnica, pode contribuir para a evolução da selecção?

Vieram contribuir muito, porque têm muita “escola”. Já tínhamos qualidade, mas ganhámos ainda mais.


Sílvio Nogueira: “Gostava de deixar a seleção na divisão B”

Sílvio Nogueira, jogador da APD Braga, faz parte do lote dos convocados para o ECMC 2023, pela segunda vez, já que esteve, em 2019, no ECMC, na Bulgária. O extremo trabalhador, que se destaca pela sua polivalência, pode assumir funções na organização de jogo, como proporcionar a aproximação dos jogadores interiores da equipa das quinas de situações de finalização mais cómodas.

Número: #7

Palmarés: 6 Campeonatos Nacionais, 8 Taças de Portugal, 7 Supertaças

Referências na modalidade: Jogadores: Gregg Warburton, Pedro Bártolo; Treinadores: Ricardo Vieira e Óscar Trigo.

Jogos da tua vida: Primeiro título por Braga, em 2013, quando vencemos a Taça de Portugal. O penúltimo jogo na Bulgária, contra a Grécia, no Europeu C de 2019

Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): ECMC 2019

1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?

Espero que consigamos levantar o troféu, no final do Europeu, uma vez que é para esse objetivo que temos vindo a trabalhar juntamente com o Óscar e o Javier. A nível individual, espero acrescentar o mesmo que acrescentei quando fui ao europeu, na Bulgária, assim como dar o melhor de mim e todo o meu empenho.

2 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?

Penso que sou um jogador que pode ser fundamental ao nível de organização de jogo, mediante a equipa que esteja em campo. Também acho que, sendo um ponto baixo, posso ser importante para colocar os postes dentro da área restritiva.

3 – Até onde gostavas de chegar com a seleção nacional?

Já estou quase com 40 anos, por isso a idade começa a “pesar”, mas gostava de, pelo menos, deixar a seleção na divisão B. E estabilizá-la na B.

5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López, na equipa técnica, pode contribuir para a evolução da selecção?

Há certas coisas que nós já tinhamos, mas que esta nova equipa técnica soube despertar em nós, novamente, como, por exemplo, ver jogos de BCR e conseguir pôr em prática o que vemos. E, nesse sentido, acho que a vinda do Óscar e do Javier veio ajudar a colocar em prática aquilo que nós já sabíamos na teoria. Acredito que vamos levantar a taça e, com a continuação deles cá, a seleção vai ficar muito melhor.

 


Ângelo Pereira: “Para mim, é obrigatório alcançar o primeiro lugar na divisão C”

Ângelo Pereira, um dos mais prolíficos atiradores nacionais, vai disputar o seu quarto Campeonato da Europa, de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. O “benjamim” da edição de 2017, na qual protagonizou uma estreia memorável, justificando o rótulo de um dos mais talentosos jogadores da nova geração do BCR português, surge no lote de eleitos com maior maturidade e capacidade de gerir os ritmos de jogo, sem perder o “faro” pelo cesto a que habituou os seguidores da modalidade, muitas vezes bem para lá dos 6,75m.

Número: #8

Palmarés: Finalista vencido Taça de Portugal, finalista vencido Supertaça, Medalha de Bronze nos EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022

Referências na modalidade: Hugo Lourenço e Jorge Almeida. A nível internacional, Patrick Anderson, Steve Serio, Gregg Warburton e Phill Pratt.

Jogos da tua vida: A estreia com a selecção no Europeu de 2017, em que fui o melhor marcador. O jogo contra a França nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2019, em que levámos uma tareia e sofremos uma pressão campo inteiro. Não tínhamos capacidade de reacção. Mudou a nossa forma de trabalhar.

Europeus passados (ou provas de seleções anteriores): Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2019 e 2022, ECMC 2017, ECMC 2019, ECMBC 2022.

1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?

Ganhar o Europeu. Do ponto de vista individual, procurar ter o máximo de minutos e fazer o meu melhor, enquanto estiver lá dentro, e também, quando estiver no banco, ajudar os meus colegas. Para mim, é obrigatório alcançar o primeiro lugar na divisão C. Quero ter a sensação de chegar ao ouro.

2 – É o teu quarto Europeu. Em que aspetos evoluíste e podes dar mais à seleção?

Ganhei mais experiência, tenho a capacidade de acalmar e compreender o jogo, apoiar os meus colegas mais jovens e sem presença em Europeus, casos do Alexandre [Conde], João Castro e Ibra[him] Mandjam. Ainda tenho o nervoso miudinho antes dos jogos, mas já estou mais calmo. Ainda me lembro do meu primeiro jogo, em que não conseguia sair do balneário com o nervosismo.

3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?

Sou melhor no ataque. Um atirador, bom a decidir, a ver o jogo e a fazer aquele passe no último instante. Tenho de melhorar a nível defensivo.

4 – Até onde gostavas de chegar com a seleção?

Vencer a divisão C, subir da B para a A e ficar na A. Gostava de estar lá em cima no topo e experimentar a sensação dos melhores jogos.

5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López na equipa técnica pode contribuir para a evolução da selecção?

Têm uma mentalidade diferente, vieram da divisão A e sabem o que é competir na elite. Podemos ver na televisão, mas sentir, jogar a esse nível é totalmente diferente.

 

 


Miguel Reis: “Acredito plenamente que este pode ser o ano de Portugal”

Miguel Reis, jovem poste em ascensão no BCR internacional, na sequência de uma época positiva ao serviço do Unes FC Barcelona, é um dos rostos da renovação da selecção nacional. Certeiro na média e longa distância, o seu poder de fogo e capacidade de sacrifício no aspeto defensivo fazem dele uma peça indispensável no jogo da equipa das quinas.

Número: #13

Palmarés: 1x Campeonato Nacional, 1x Supertaça, Medalha de Bronze nos EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022, 5 ideal European Parayounth Games.

Referências na modalidade: Pedro Bártolo, Hugo Lourenço e Márcio Dias. A nível internacional, Alexander Halousky, Efrain “Flaco” Martinez e Phill Pratt.

Jogos da tua vida: Tenho dois jogos que me saltam à mente como sendo os “jogos da minha vida”: o jogo da conquista da supertaça, em 2021, sendo este o primeiro título que ganhei a jogar a modalidade, contra a APD Braga; e o segundo, o jogo da meias-finais da Final Four da 2ª divisão espanhola, contra Servigest Burgos.

Europeus passados (ou provas de seleções anteriores): Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2019 e 2022, ECMBC 2022.

1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?

Acredito plenamente que este pode ser o ano de Portugal, se trabalharmos e remarmos todos para o mesmo lado em uníssono. Estou mesmo confiante que podemos sair de Sarajevo com um sorriso no rosto.

2 – Será o teu segundo europeu em que te será exigido um papel diferente. Em que aspetos evoluíste e podes dar mais à seleção?

Principalmente na leitura de jogo e no aspeto defensivo. Posso ajudar muito mais defensivamente e no transporte de bola.

3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?

Acredito ser um jogador versátil que pode ocupar várias posições dependendo do que o jogo pedir e, apesar de muitas vezes cometer o erro de me “agarrar á bola”, gosto de ser solidário com a bola nas mãos e dar jogo aos meus companheiros de equipa e não querer tudo “só para mim”. Quanto aos pontos fortes, tenho de destacar o lançamento exterior e a mobilidade que tenho.

4 – Até onde gostavas de chegar com a seleção?

Alcançar a divisão A. Sei que será um sonho distante, mas possível com muito trabalho.


Luís Domingos: “É a prova mais importante na qual alguma vez participei”

Luís Domingos, referência dos Mohawks Wheelchair Basketball da Premier, máximo escalão britânico, volta a estar no lote de selecionados da equipa nacional para um campeonato da Europa. Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, acolhe a selecção nacional de BCR pela terceira vez (depois das edições de 2016 e 2022), de 18 a 24 de setembro, com o campeonato da Europa C de BCR como pano de fundo. O versátil jogador, capaz de desempenhar praticamente todas as funções no campo, exibe um compromisso com o processo defensivo acima da média, apresenta-se como ameaça no contra-ataque e denota cada vez maior solidez no lançamento de média distância. Luís Domingos encara Sarajevo com máximo optimismo e espera que Portugal possa reclamar e manter uma posição na divisão B do BCR continental de selecções.

Número: #12

Palmarés: Division 2 – terceiro escalão britânico; 1 campeonato nacional; 1 Supertaça

Referências na modalidade: Pedro Bártolo, Márcio Dias, Hugo Maia. A nível internacional: Gregg Warburton e Mateusz Filipski. Treinador: Ricardo Vieira

Jogos da tua vida: Playoffs vs APD Braga na época 2021/2022 (especialmente jogos 3 e 4). Jogo contra Zuzenak na División de Honor [máximo escalão espanhol], ao serviço do Servigest Burgos.

Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): ECMC 2019, ECMBC 2022, EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude – 2019

1 – Quais são as tuas principais expectativas para o Europeu?

As minhas expectativas vão para lá do campeonato da Europa. Não só quero vencer o Europeu, como desejo que sejamos fortes o suficiente para competir e permanecer na divisão B.

2 – Chegas a esta competição com maior maturidade. Sentes-te preparado para assumir um papel mais importante no grupo?

Será o meu terceiro Europeu e seguramente a prova mais importante na qual alguma vez participei. Relativamente a campeonatos da Europa anteriores, sinto-me mais maduro, motivado e preparado mentalmente para o que teremos de atravessar para vencer a competição, que não será fácil, mas acredito plenamente que temos o que é preciso para ganharmos.

3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?

Antes, descrevia-me como lutador e sonhador. Mas agora vejo-me como um verdadeiro colega de equipa e alguém disposto a sacrificar-se pelo bem da equipa. Uma das minhas principais qualidades, que quero continuar a desenvolver e elevar, é a defesa.

4 – Até onde gostavas de chegar com a selecção?

No passado, acreditava que a selecção nacional era apenas uma selecção nacional, na qual sempre quis destacar-me de todos os outros. Mas hoje compreendo que é uma segunda casa, onde conheci pessoas que levo para a vida, portanto quero fazer parte dela e dar o meu melhor para que se possam atingir patamares só ao alcance de alguns “gigantes” europeus.

5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López na equipa técnica pode contribuir para a evolução da selecção?

O Óscar e o Javi não são apenas treinadores extraordinários, mas também pessoas que compreendem verdadeiramente o que os jogadores enfrentam e necessitam para terem a melhor performance. Estão a criar uma cultura basquetebolística, algo que nunca vi na selecção nacional.

6 – Tiveste um ano de transição, depois de uma época a jogar em Portugal ao serviço do BC Gaia. Como foi esse reajuste a uma nova/antiga realidade? E como foi voltar a jogar em Inglaterra?

Se pudesse descrever o BC Gaia como uma universidade, diria que foi a minha universidade de Cambridge! Não só porque aprendi muito acerca de Basquetebol, mas também sobre trabalho duro e outros aspectos que me fizeram melhor jogador do que antes. Voltei a Inglaterra uma pessoa muito mais madura e alguém com ensinamentos que podem ajudar outros jovens jogadores da minha equipa.

 

 

 


Torneio Internacional Cidade da Covilhã de BCR inaugura a época 2023/2024

A primeira bola ao ar da temporada, no BCR, acontece este fim de semana, na Covilhã, no pavilhão nº1 da UBI, Universidade da Beira Interior, e reúne emblemas de três países. A representação dos clubes nacionais será da APD Leiria, adversária da selecção nacional, na primeira meia-final, agendada para as 15h. Segue-se, às 16h45, o embate a opor os espanhóis do Basketmi Ferrol, conjunto galego que militou na elite do país vizinho na época transacta, e a selecção do Pará, estado brasileiro. No domingo, tomam lugar os encontros de disputa do terceiro lugar, às 8h45, enquanto a final está reservada para as 10h30.

O evento, organizado pela delegação distrital de Castelo Branco da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), conta com o apoio da Federação Portuguesa de BasquetebolAssociação de Basquetebol de Castelo BrancoCâmara da CovilhãUnião de Freguesias de Covilhã e CanhosoServiços Sociais da UBI e UBI – Universidade da Beira Interior. Constitui ainda a última oportunidade de preparação da selecção nacional de BCR para o campeonato da Europa C.

 

 


Alexandre Conde: “A única expectativa é que Portugal ganhe”

Alexandre Conde, futuro jogador do Unes FC Barcelona (onde militou Miguel Reis e o seleccionador Óscar Trigo), é um dos debutantes na convocatória. O imponente poste, formado na APD Leiria, mereceu a confiança da equipa técnica nacional para dar força à “candidatura” de subida à divisão B, no Europeu C, a realizar de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. Incisivo e determinado, Alexandre Conde oferece uma envergadura pouco antes vista nas fileiras da selecção nacional, argumento que se poderá constituir decisivo perante alguns dos rivais mais possantes presentes na prova.

O jovem leiriense acompanha a toada optimista dos companheiros. “A única expectativa para este Europeu é que Portugal ganhe”, afirmou, para depois discorrer acerca dos domínios do jogo onde considera que contribuirá para o êxito luso. “Poderei causar mais impacto dentro da área restritiva, por ser um jogador alto e muito físico. Não tenho medo do contacto e posso causar estragos”, afiançou convictamente.

Desejoso de “cantar o hino nacional antes do primeiro jogo”, o reforço do Unes FC Barcelona traça metas ousadas para o futuro do BCR nacional. “Gostava de chegar quem sabe a um mundial ou a uns Jogos Paralímpicos. Apesar de ser algo muito improvável, acredito que não seja impossível”. A confiança emanada pelo atleta de 22 anos não é alheia ao impacto e esperança geradas pela aposta em Óscar Trigo (seleccionador nacional) e Javier López (treinador-adjunto), técnicos habituados a palcos ilustres. “Ter connosco um Óscar e um Javi vai-nos trazer muitas ideias novas, que em Portugal não se encontram. São duas pessoas com muito experiência no BCR ao mais alto nível, o que nos fará crescer muito a nível internacional”, projectou.

Portugal faz a estreia no campeonato da Europa C, no dia 19 de setembro, às 9h – hora portuguesa -, diante da Arménia. O canal de transmissão da prova e o acesso à estatística ao vivo serão divulgados brevemente pela IWBF (Federação Internacional de BCR) Europe.

Número: #10

Palmarés: Medalha de bronze nos EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022

Referências na modalidade: Reo Fujimoto e Matthias Guntner

Jogos da tua vida: Liga BCR 22/23 vs APD Braga, em casa.

Europeus passados (ou provas de selecções anteriores): EPYG – Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude 2022

 

 


Ibrahim Mandjam: “Há muitos jovens a sair para ligas mais competitivas, o que será benéfico para a selecção”

Sede de cesto e entrega total são garantias dadas por Ibrahim Mandjam à selecção nacional de BCR, no campeonato da Europa C, que vai decorrer em Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina. De 18 a 24 de Setembro, Portugal vai lutar por uma das duas vagas de subida à divisão B, com o “reforço” do poste formado na APD Sintra, que há muito perseguia a meta de figurar nos eleitos para uma grande competição. Recém-contratado pelo campeão italiano Amicacci Abruzzo, Ibrahim Mandjam oferece novo fôlego ao jogo interior da equipa das quinas e intensidade máxima em todas as acções.

Número: #11

Palmarés: 2ª divisão com a APD Sintra “B”, Melhor marcador do Torneio Internacional de Barcelona 2022, MVP Taça de Portugal 2017

Referências na modalidade: Pedro Gonçalves, Hugo Lourenço, Márcio Dias. A nível internacional, Brian Bell (poste dos EUA). Treinadores: Ricardo Vieira, Jorge Almeida e Óscar Trigo.

Jogos da tua vida: A experiência na Finlândia (EPYG) mudou a forma de viver o BCR. Levámos um choque, especialmente o jogo contra a França, em que fomos massacrados. Não vou esquecer. Acabou por ser bom, ao mostrar-me que para chegar àquele nível os treinos que fazíamos não eram suficientes. Depois disso, voltámos do torneio e passámos a treinar todos os dias. Mudou a minha forma de ver o BCR. Marcou-me muito aquele jogo. Foi um torneio que mudou a minha vida.

Europeus passados: Participação nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude (EPYG) 2019 e no Torneio Internacional de Barcelona 2022

1 – Quais as tuas expectativas para este campeonato da Europa?

É ganhar. Não tem como fugir muito disso. Subir à divisão B é o único objectivo.

2 – Será o teu primeiro europeu. Em que aspectos achas que podes ser útil à selecção e causar impacto?

Vai ser uma nova experiência. Estou ansioso e pronto para vivenciar isso. Posso ser útil a fazer pontos, na luta pelo ressalto, a ajudar na defesa.

3 – Como te descreves como jogador? Quais os teus pontos fortes?

Jogador forte, agressivo, veloz. Tenho facilidade em penetrar na área adversária. Gosto de lutar por todas as bolas.

4 – Até onde gostavas de chegar com a selecção?

Gostava de experimentar uns Jogos Paralímpicos um dia. Mas sei que isso é quase impossível. Envolve um processo de trabalho de muitos anos. Estamos no caminho para que isso possa vir a ser possível. Num plano mais real, chegar à divisão A, experimentar um europeu e enfrentar das melhores selecções do mundo. Com essa geração que temos, talvez haja possibilidades, se continuarmos a trabalhar. Há muitos jovens a sair para ligas mais competitivas, o que será benéfico para a selecção. É um dos motivos para eu próprio sair.

5 – Em que medida a incorporação do Óscar Trigo e do Javier López na equipa técnica pode contribuir para a evolução da selecção?

Podem mudar a selecção, principalmente em termos de mentalidade. A forma como trabalhamos, a intensidade que se emprega e a forma como vivemos o BCR. São pessoas com uma experiência brutal, já participaram em Paralímpicos, não precisam de apresentação. Com a ajuda deles, se o projecto continuar, não tenho dúvidas que há grande possibilidade de se chegar à divisão A. Trabalham a uma intensidade mais elevada. Nunca tinha trabalhado com tanta intensidade como no último estágio [em Grijó, VN Gaia, em Julho].

6 – Tiveste uma longa travessia até à obtenção da nacionalidade. Como viveste esse processo?

Foi frustrante para mim. Participei em alguns estágios e não poder ir a europeus por causa de não ter a nacionalidade foi frustrante para mim. Mas ainda bem que já está tudo resolvido.

7 – Tens um trajecto particular. Como foi a tua iniciação no BCR?

Em 2014, quando fiz a amputação, a minha psicóloga recomendou que praticasse algum desporto. Primeiro, foi Atletismo. Jogava Futebol, por isso nunca fez muito sentido para mim aquilo. Quando comecei a fazer Fisioterapia no hospital, recomendaram-me falar com o Hugo Lourenço. Não estava com a mente para isso, por ter acabado de fazer a cirurgia. Até que encontrei um dia o Renato Fonseca, que me convidou e eu aceitei. Em 2017. A primeira vez que me sentei, queria logo lançar. Depois do treino, não queria voltar mais. Mas o Renato insistiu. Comecei a ir a todos os treinos e a participar nas competições.

 

 


Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Aliquam iaculis blandit magna, scelerisque ultricies nisi luctus at. Fusce aliquam laoreet ante, suscipit ullamcorper nisl efficitur id. Quisque id ornare est. Nulla eu arcu neque. Sed ornare ex quis pellentesque tempor. Aenean urna enim, commodo ut nunc sit amet, auctor faucibus enim. Nullam vitae felis ipsum. Etiam molestie non enim quis tincidunt. Pellentesque dictum, nulla id ultricies placerat, neque odio posuere orci, quis vestibulum justo odio ut est. Nullam viverra a magna eu tempor. Nullam sit amet pellentesque magna. Vestibulum vel fermentum turpis, nec rhoncus ipsum. Ut et lobortis felis, sed pellentesque dolor. Nam ut porttitor tellus, ac lobortis est. Fusce vitae nisl vitae ante malesuada venenatis. Sed efficitur, tellus vel semper luctus, augue erat suscipit nunc, id hendrerit orci dui ac justo.

Pellentesque eleifend efficitur orci, et pulvinar dui tempus lobortis. Proin accumsan tempus congue. Cras consectetur purus et lacinia rhoncus. Ut eu libero eget quam semper malesuada. Aliquam viverra vulputate tempor. Sed ac mattis libero, a posuere ligula. Quisque tellus dui, placerat vel ex in, fringilla fringilla tellus. Aliquam erat volutpat. Aenean convallis quis eros vel ornare. Aliquam et lorem vestibulum, posuere quam ac, iaculis arcu. Fusce feugiat blandit mattis.

Legenda

Praesent sed metus euismod, varius velit eu, malesuada nisi. Aliquam aliquet quam tempor orci viverra fermentum. Sed in felis quis tortor accumsan vestibulum. Aliquam erat volutpat. Maecenas pretium sem id enim blandit pulvinar. Pellentesque et velit id arcu feugiat hendrerit ac a odio. Sed eget maximus erat. Phasellus turpis ligula, egestas non odio in, porta tempus urna. Fusce non enim efficitur, vulputate velit in, facilisis metus.

Nulla sagittis risus quis elit porttitor ullamcorper. Ut et dolor erat. Ut at faucibus nibh. Cras nec mauris vitae mauris tincidunt viverra. Donec a pharetra lectus, vitae scelerisque ligula. Integer eu accumsan libero, id sollicitudin lectus. Morbi at sem tincidunt augue ullamcorper tristique. In sed justo purus. Aenean vehicula quam quis pellentesque hendrerit. Fusce mattis mauris lorem, in suscipit diam pretium in. Phasellus eget porttitor mauris. Integer iaculis justo ut commodo eleifend. In quis vehicula nisi, non semper mauris. Vivamus placerat, arcu et maximus vestibulum, urna massa pellentesque lorem, ut pharetra sem mauris id mauris. Vivamus et neque mattis, volutpat tortor id, efficitur elit. In nec vehicula magna.

Miguel Maria

“Donec Aliquam sem eget tempus elementum.”

Morbi in auctor velit. Etiam nisi nunc, eleifend quis lobortis nec, efficitur eget leo. Aliquam erat volutpat. Curabitur vulputate odio lacus, ut suscipit lectus vestibulum ac. Sed purus orci, tempor id bibendum vel, laoreet fringilla eros. In aliquet, diam id lobortis tempus, dolor urna cursus est, in semper velit nibh eu felis. Suspendisse potenti. Pellentesque ipsum magna, rutrum id leo fringilla, maximus consectetur urna. Cras in vehicula tortor. Vivamus varius metus ac nibh semper fermentum. Nam turpis augue, luctus in est vel, lobortis tempor magna.

Ut rutrum faucibus purus ut vehicula. Vestibulum fermentum sapien elit, id bibendum tortor tincidunt non. Nullam id odio diam. Pellentesque vitae tincidunt tortor, a egestas ipsum. Proin congue, mi at ultrices tincidunt, dui felis dictum dui, at mattis velit leo ut lorem. Morbi metus nibh, tincidunt id risus at, dapibus pulvinar tellus. Integer tincidunt sodales congue. Ut sit amet rhoncus sapien, a malesuada arcu. Ut luctus euismod sagittis. Sed diam augue, sollicitudin in dolor sit amet, egestas volutpat ipsum.