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Custódio Coelho: “Ser nomeado para o Europeu A é uma grande conquista para mim”

Depois das nomeações para o Europeu B/C e a fase final da Euroliga 2, Custódio Coelho tem reservado o maior desafio da carreira. O juiz, que atingiu o estatuto de árbitro internacional no Campeonato da Europa B/C, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, em Junho de 2022, faz a estreia no ponto alto das competições de seleções à escala europeia. Integrado nos Campeonatos Paralímpicos Europeus de 2023, o Europeu A decorre de 11 a 19 de agosto, em Roterdão, e arranca com um Espanha vs Turquia, no torneio feminino.

Apesar do timing menos propício ao melhor desempenho, atendendo ao facto das competições nacionais estarem paradas desde o último jogo do campeonato nacional a 17 de junho, o entusiasmo de poder pôr à prova os conhecimentos adquiridos nas experiências prévias num palco tão ilustre não esmorece. O jovem árbitro abordou, em entrevista à FPB, como vive os momentos que antecedem a entrada em cena no Campeonato da Europa da divisão A de BCR.

1 – Como tem decorrido a preparação para o Campeonato da Europa?

Tendo em conta a paragem competitiva, em Junho, e o Europeu ser em Agosto, tenho aproveitado para me preparar da melhor forma possível, ou seja, com treinos físicos e com análise de jogos, essencialmente do Mundial, para analisar algumas das estratégias chave das equipas que irei encontrar e assim estar preparado para tomar as melhores decisões.

2 – Em que medida as anteriores experiências internacionais contribuíram para a tua evolução?

Arbitrar um Europeu B/C e uma Euroliga 2 foram momentos fundamentais para a minha evolução como árbitro de BCR. Nestas duas competições, fui exposto a um critério de arbitragem diferente e, de certa forma, mais exigente do que normalmente se aplica internamente, em competições nacionais. Foi necessário tomar decisões a uma velocidade mais rápida, onde a qualidade das equipas e dos jogadores é de nível superior, em termos de controlo de cadeira e intensidade dos contactos. Ambos foram um desafio que obrigaram a elevar o meu nível e a evoluir como árbitro de BCR.

Estas experiências também me permitiram trabalhar com árbitros experientes e receber feedback construtivo dos instrutores sobre o meu desempenho, o que foi essencial para o meu crescimento. Além disso, os diferentes estilos de jogo proporcionaram uma compreensão mais profunda das situações específicas no jogo de BCR.

3 – Quais as tuas expectativas para esta participação numa competição tão desafiante?

São altas, pois trabalhei bastante para alcançar este nível e ser nomeado para arbitrar o Europeu Divisão A é uma grande conquista para mim. Estou muito motivado para contribuir de forma positiva para o sucesso do campeonato, permitindo que os atletas demonstrem todo o seu talento em campo. O objetivo é garantir um ambiente competitivo e justo para todas as equipas e, ao mesmo tempo, continuar a assimilar conhecimentos.

Estou ansioso para fazer parte de um evento de alto nível como vai ser este Europeu e contribuir para a promoção e o desenvolvimento do basquetebol em cadeira de rodas nacional e internacional.

 

 

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Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio


Alexandre Conde vai jogar no Unes FC Barcelona

Alexandre Conde, internacional sub23, aceitou o convite do Unes FC Barcelona para a temporada 2023/2024. O poste, medalhista de bronze com a seleção sub23 nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude em 2022 e atualmente nos quadros da seleção A, deixa a APD Leiria para representar os catalães do Unes FC Barcelona, do terceiro escalão do BCR espanhol – uma descida por opção, já que a equipa cobiçou mesmo a subida à Divisón de Honor, máximo escalão.

A turma blaugrana contou, na época transata, com o selecionador nacional Óscar Trigo ao leme e Miguel Reis como uma das suas principais figuras. Apesar de ambos estarem de saída do clube (Miguel Reis ruma a Itália e Óscar Trigo foca-se em exclusivo na seleção), o conhecimento próximo contribuiu para a decisão do atleta.

“Já há muito tempo que era algo que queria. Sair de Portugal, ter uma nova experiência e elevar o meu nível. Surgiu a oportunidade de ir para o Unes FC Barcelona, onde já esteve o Miguel Reis. Falou-me muito bem dos colegas e do staff. Por isso decidi abraçar o desafio”, comentou.

A participação no Campeonato da Europa da divisão C, uma estreia no escalão sénior, antecede a ida para a Catalunha, um momento que aguça a motivação para a época que se avizinha. “Espero poder mostrar que já estou num bom nível para participar no Europeu e ajudar Portugal a ganhar”, projetou. A prova irá decorrer de 18 a 24 de setembro, em Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, organizador neutro, já que a nação dos Balcãs milita na divisão B.

 

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Ibrahim Mandjam alarga o contingente luso no BCR italiano

Ibrahim Mandjam, poste que militou na APD Sintra, terá a sua primeira experiência internacional, no Amicacci Abruzzo, vigente campeão de Itália. Ao cabo de sete épocas de prática da modalidade, sempre na APD Sintra, o poste internacional A e Sub23 (participou nos Jogos Paralímpicos Europeus da Juventude em 2019) sente que chegou a hora de tentar a sorte numa liga de topo. “Quero crescer como atleta. A liga italiana é muito competitiva e, por isso, uma das ligas que me dá essa possibilidade”, afirmou.

Aos 25 anos, ruma ao Amicacci Abruzzo, emblema em estado de graça após a conquista do primeiro título de campeão de Itália, onde militam alguns nomes cimeiros do BCR internacional, como Matteo Cavagnini, um histórico da “Azzura”, ou os israelitas Amit Vigoda e Shay Barbibay. Ao comando, surge outra figura credenciada na nação transalpina, o treinador Carlo Di Giusto, reconhecido como um dos mais competentes a nível mundial, fator que não foi menosprezado pelo atleta luso. “Vai ser uma época de muita aprendizagem e evolução. Quero melhorar o controlo da cadeira, uma das lacunas que tenho, e igualmente melhorar o meu lançamento exterior. Vou ser treinado por um dos melhores treinadores do mundo. Tem tudo para dar certo”, rematou com otimismo.

Embora reconheça um menor conhecimento da liga italiana face a outras, sabendo que mora “no top 3 ou 4 a nível europeu”, Ibrahim Mandjam parte com a motivação em alta e anseia por enfrentar alguns atletas em particular. “Quero jogar contra o Sabri Bedzetti. Tem um controlo de cadeira absolutamente brutal. Também vai ser um prazer defrontar o Miguel [Reis] e o Ismael [de Sousa]”. Recorde-se que Ismael de Sousa alcançou a promoção à Série A com o Santa Lucia, um regresso muito acalentado à elite da formação romana, e Miguel Reis aceitou a proposta do Menarini Wheelchair Sport Firenze, de Florença, embarcando na segunda etapa da sua carreira internacional, depois de uma passagem bem-sucedida pelo Unes FC Barcelona, em Espanha.

 

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BCR arranca competições em outubro

Na temporada 2023/2024, repete-se o sistema de competição, que contempla uma primeira fase com quase todos os clubes nacionais. A reunião de clubes de BCR, celebrada a 16 de julho, viu ser aprovada novamente a disputa de uma etapa de pré-qualificação, que integra o BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto, APD Braga, APD Leiria, APD Sintra, APD Lisboa, GDD Alcoitão, APD Paredes e Lousavidas.

Face à temporada transata, de registar a renúncia da ACD Cotovia/UDI, que, tal como o CD “Os Especiais”, do Funchal, optou por participar somente na Divisão de Honra, segundo patamar que englobará também os dois últimos classificados da pré-qualificação, bem como as equipas “B”.

Já os seis melhores da pré-qualificação reúnem-se na Liga BCR, o escalão de elite desta vertente, a partir de Janeiro, e irão bater-se pelo apuramento para as meias-finais, em sistema de playoff (à melhor de três partidas), modalidade privilegiada igualmente na final, no apuramento do campeão nacional (à melhor de cinco jogos). Na Divisão de Honra, primeiro e segundo medem forças pelo título de vencedor da prova, num playoff à melhor de três encontros.

A fase de pré-qualificação descola a 21 e 22 de outubro. Antes, há lugar para a Supertaça, a opor BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto e APD Braga, no dia 5 de outubro, em local a designar. No calendário já divulgado, no que toca à pré-época, salta à vista a realização do Torneio Internacional da Covilhã, a 9 e 10 de setembro, onde a seleção nacional de seniores BCR terá uma última oportunidade de limar arestas para, de 18 a 24 de setembro, procurar um dos dois primeiros lugares – e consequente subida de divisão -, no campeonato da Europa da divisão C, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina. De realçar ainda a realização da XXII edição do emblemático Torneio Internacional de Lisboa, a 30 de setembro e 1 de outubro.

Na Taça de Portugal, tomam lugar os encontros da 1ª eliminatória a 8 e 9 de dezembro. A luta pela conquista da prova tem como epílogo a Final Four a 27 e 28 de abril.

Nota: Miguel Fonseca – @mfportefolio


Seleção nacional de BCR fecha época com estágio produtivo

De 2 a 9 de julho, decorreram os trabalhos da seleção nacional de seniores BCR, em Vila Nova de Gaia, entre Grijó e Canidelo. No terceiro momento preparativo para o campeonato da Europa C, na Bósnia-Herzegovina, de 18 a 24 de setembro, o mais extenso até ao momento, os comandados de Óscar Trigo tiveram a oportunidade de realizar alguns jogo-treino contra um conjunto de jogadores espanhóis, oriundos das equipas do Unes FC Barcelona e Fundación FDI Villa de Leganés, aos quais se juntaram outros do BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto.

O capitão Hugo Maia realçou a necessidade de pôr em prática as aprendizagens e conceitos desenvolvidos. “É de extrema importância termos contacto com jogadores de um nível diferente do nosso. Provocam-nos uma série de dificuldades com que não nos deparávamos há algum tempo. É uma parte do processo extremamente importante para percebermos que lacunas ainda há a limar”, frisou o mais veterano dos convocados.

Satisfeito com o que rotula de “evolução notória” e “progressão bastante rápida”, a caminho do seu nono campeonato da Europa, o base/extremo do GDD Alcoitão transparece otimismo no seu discurso. “Todos os atletas deste grupo ambicionam levar o nosso país ao nível que ele pertence. Temos uma equipa técnica que nos potencia e que nos dá garantias que merecemos estar na divisão B”.

O selecionador nacional Óscar Trigo corrobora a visão positiva do seu pupilo. “Saio com sensações muito positivas. As duas concentrações anteriores serviram para criar um pouco as bases do que queríamos… gerar o nosso ADN, o que pretendemos como forma de jogar na competição que enfrentamos no mês de setembro”, explicou.

Questionado sobre os principais rivais que Portugal terá que enfrentar, o experiente técnico catalão prefere manter o foco no crescimento da própria equipa. “Temos de ter na mente que queremos ser uma das equipas a abater, porque isso é mentalidade ganhadora. Quanto a outras equipas, Irlanda e Bulgária devem ser as que têm mais experiência e com as quais nos teremos de bater pelo primeiro lugar.”

A seleção nacional de seniores BCR volta a reunir-se no princípio de setembro e participará no Torneio da Covilhã, cujos participantes estão ainda por definir.

 


Christophe da Silva regressa ao CS Meaux, do primeiro escalão francês

Christophe da Silva deixou o CAPSAAA Paris e vai representar novamente o CS Meaux, com o qual ergueu o título de campeão francês em 2017.

“Voltei ao Meaux, porque me permite conciliar a vida familiar e o desporto de alto nível. Quero estar pronto para o próximo europeu com Portugal e a melhor maneira é treinar num clube que dá as melhores condições para chegar ao objetivo. Além disso, está perto de casa e permite-me cuidar um pouco mais dos meus filhos”, explicou o internacional A, que conta no currículo com três participações em campeonatos da Europa – 2017, 2019 e 2022.

Na segunda etapa com a camisola do reputado emblema à escala nacional e continental, o extremo atuará pela equipa principal e pela segunda equipa, que disputa um patamar abaixo da elite, um projeto que considera atrativo. “Gostei do objetivo do presidente do clube, de ter duas equipas competitivas para fazer evoluir os jovens para que reforcem a equipa principal. Vou jogar com a segunda equipa, procurar manter o nível e partilhar conhecimento com os novos jogadores. Estarei pronto para jogar com a equipa principal quando for preciso”, resumiu.

Com a memória da conquista do título de campeão em 2017 ainda “fresca”, o atleta luso acredita que, apesar do campeonato ter “um nível muito mais alto hoje”, o CS Meaux “pode voltar a ganhar”, mercê da estratégia da direção do clube em potenciar os jogadores jovens na segunda divisão.

Ao longo da sua carreira, além de CAPSAAA Paris, onde se iniciou em 2009, e CS Meaux, Christophe da Silva militou também nas equipas de Gennevillier e Clichy, então no segundo e primeiro patamar francês, respetivamente.

 

 


Miguel Reis prossegue carreira internacional em Itália

Depois de uma estreia no BCR estrangeiro bem-sucedida, Miguel Reis, 23 anos, ruma à Série A italiana, escalão máximo do país e um dos principais campeonatos europeus. Na temporada 2022/2023, o poste representou o Unes FC Barcelona, do segundo patamar espanhol, com o qual atingiu a Final Four nacional e venceu a liga catalã.

O elevado grau de exigência do novo desafio foi um dos fatores a pesar na decisão da mudança. “A oportunidade de abraçar uma liga superior e continuar a evoluir mais ainda, aliada à descida do Unes FC Barcelona para o terceiro escalão espanhol [renunciou à atual categoria] foram determinantes”, referiu. O Menarini Wheelchair Sport Firenze, coletivo de Florença, terminou a Série A no sexto posto e disputou provas europeias, outro universo por explorar para o jovem atleta luso. “Quero conseguir marcar a diferença na liga italiana e, a nível coletivo, almejo ganhar a uma Euroliga”.

A resolução de rumar à nação transalpina saiu reforçada após visita à capital da região Toscana para conhecer a equipa técnica e instalações. “A primeira impressão foi bastante boa, todos muito prestáveis e simpáticos, disposto a ajudar em tudo para que me possa integrar no grupo”, vincou.

No contexto competitivo da Série A, que acredita “rivalizar com a División de Honor em Espanha [considerada a melhor liga da Europa na atualidade]”, o internacional A considera que pode ter um impacto imediato, embora sinalize também aspetos onde espera melhorar. “Enquanto jogador sou versátil e posso acrescentar um bocadinho de tudo que o jogo esteja a pedir. Espero evoluir nas tomadas de decisões, na defesa e a gerar jogo para a minha equipa”, resumiu.

Antes da partida, o poste, que conta no currículo com um campeonato nacional e uma supertaça ao serviço do BC Gaia, uma participação num campeonato da Europa pela seleção A e duas em Jogos Europeus da Juventude pela seleção sub23 – uma das quais saldada por uma medalha de bronze -, encara como prioridade o campeonato da Europa da divisão C, de 18 a 24 de setembro, na Bósnia-Herzegovina.

 


Regina Costa recebeu prémio de mérito da IWBF no mundial do Dubai

Regina Costa, Presidente da Comissão de Classificação do Conselho Executivo da IWBF, foi distinguida pelos seus colegas no decurso do Campeonato do Mundo do Dubai. A prova, que decorreu no emirado de 9 a 20 de junho, serviu de ensejo para que os demais elementos da comissão de classificação votassem e atribuíssem à responsável máxima da área a nível mundial um “Award of Merit”, prémio de mérito, da IWBF – Federação Internacional de BCR.

“Devo dizer que estou muito feliz por ver o meu trabalho na IWBF reconhecido nestes últimos anos, desde que fui eleita para o cargo. Durante o Congresso [da IWBF, aproveitando-se para o efeito a realização do mundial], recebi este prémio que me deixa muito orgulhosa. Fui completamente surpreendida pelos meus colegas de trabalho do Conselho”, conta a representante lusa neste campeonato do mundo.

A competição, que teve como palco o Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tornando-se na segunda edição disputada no Médio Oriente (a primeira decorreu em Israel em 1975), suscita os comentários mais elogiosos por parte de Regina Costa. “O início foi um pouco atribulado com o adiamento e mudanças de instalações, mas, uma vez que ficou tudo definido, devo dizer que correu muito bem. De salientar o facto que foi a primeira vez que esta competição teve a participação de 28 equipas – 16 masculinas e 12 femininas – e que não é fácil organizar uma competição desta dimensão. A competição decorreu em dois campos e tínhamos mais quatro campos de treino, todos dentro das mesmas instalações! Nem todos os países têm esta possibilidade e facilita imenso a logística, no que diz respeito a transporte e convívio entre atletas”, frisou.

Como único fator negativo, a classificadora portuguesa referiu a “falta de público durante quase toda a prova”, assumindo que era algo “esperado nesta parte do mundo”.

No que respeita à classificação propriamente dita, Regina Costa enaltece a postura das equipas, “que já aceitaram e entenderam as alterações que tiveram de ser feitas no sistema de classificação para que o BCR pudesse continuar a ser modalidade paralímpica”. Na sequência da aplicação das mudanças exigidas pelo código, seis atletas deixaram de ser considerados elegíveis para a prática de BCR, fruto da sua lesão não ser considerada suficiente à luz do entendimento do IPC – Comité Paralímpico Internacional.

“Sabíamos que alguns dos nossos jogadores corriam o risco de não cumprir os Critérios de Incapacidade Mínima e, por isso, acordámos com o IPC que haveria um período de transição que iria permitira a esses atletas terminar a carreira no final de um ciclo, que seria o campeonato mundial”. Deste modo, os seis atletas em foco deixam de ter a possibilidade de integrar competições internacionais IWBF, embora o possam fazer em provas domésticas (grosso modo, nos campeonatos nacionais de clubes).

As próximas paragens – confirmadas – para Regina Costa serão a participação no Campeonato da Europa da divisão A, em Agosto, em Roterdão, Holanda, e no Campeonato do Mundo Sub-25 Feminino, em Banguecoque, Tailândia, em Outubro.

 


Óscar Trigo: “Esta é a concentração mais importante da época”

Óscar Trigo, selecionador nacional de seniores BCR, aguarda com expetativa a próxima concentração, que terá como palco, Vila Nova de Gaia, de 2 a 9 de julho. Para o timoneiro da equipa nacional, a maior disponibilidade de tempo permitirá amadurecer conceitos de jogo, introduzir outros, mas, acima de tudo, colocar à prova os convocados do ponto de vista competitivo.

“É a concentração mais importante da época. Precisávamos de uma semana para recapitular aquilo que trabalhámos nas concentrações anteriores, tanto a nível defensivo, como ofensivo, e introduzir a transição ofensiva e a saída de pressão. A partir daí, começaremos a trabalhar rotações de jogo, ter claros que cincos vamos utilizar. E isso só se pode fazer competindo com equipas, que sejam alheias à dinâmica interna do grupo”, sumarizou, desvendando em que moldes se processará a necessária vertente de competição.

Se as manhãs serão vocacionadas para o treino, as tardes vão privilegiar o jogo, com a seleção nacional a enfrentar um “combinado” de jogadores, onde sobressai Alexis Ruiz, internacional espanhol recém-contratado pelo campeão espanhol e da Europa BSR Amiab Albacete. No grupo de oponentes de Portugal, constarão ainda outros jogadores espanhóis e alguns atletas do BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto, formação bicampeã nacional. A intensidade vai ser a palavra de ordem, até porque, frisa o técnico, o timing desafiante do Campeonato da Europa C – 18 a 24 de setembro – não proporcionará oportunidade para reajustes. “No mês de setembro, não podemos desenvolver nada. Apenas insistir nos conceitos. Esta concentração é essencial. Precisamos que os jogadores tenham a condição física adequada para suportar as seis horas de treino diário”.

Com as fases decisivas das competições nacionais “frescas” na memória, Óscar Trigo debruçou-se ainda sobre o estado atual do BCR português, confessando uma melhor impressão face à inicial. “Há uma diferença muito ampla entre as duas equipas [APD Braga e BCG/Hosp. Sta. Maria – Porto] que jogaram a fase final e as demais. São algo mais completos, baseiam-se num jogo bastante mais coletivo, onde há preponderância da defesa”, sintetizou.

Contudo, a margem para evolução é evidente: “Continuo a pensar que o jogador português tem de dar um passo ao nível do contacto, de marcar a linha e não permitir que ninguém passe a partir daí. Fisicamente, há progresso. Mas falta esse ponto de tensão defensiva. Falta também um ataque muito mais trabalhado e isso só pode acontecer a partir do momento que a defesa gere dificuldades”, sintetizou.

A seleção nacional de seniores BCR reúne-se de 2 a 9 de julho, em Vila Nova de Gaia, e treinará maioritariamente no Pavilhão Municipal Dr. Manuel Ramos. No último dia de trabalho, 8 de julho, a comitiva irá utilizar o Pavilhão Municipal Carlos Resende.

 


Augusto Pinto: “Há um maior número de jovens a praticar a modalidade”

Augusto Pinto, presidente do Comité Nacional de BCR, debruçou-se, em entrevista à FPB, sobre o progresso da modalidade na temporada que agora finda. Na ótica do dirigente do órgão responsável pela gestão do Basquetebol em cadeira de rodas, a modalidade Paralímpica coletiva mais popular à escala mundial, é vital existir a estabilização de um modelo competitivo interno, promover a captação de atletas, louvando o maior número de jovens no universo de praticantes, e rumar à semi-profissionalização, ponto de partida essencial para que um dia a seleção portuguesa possa sonhar com a chegada à Divisão A.

1 – Que balanço faz do modelo competitivo adotado para a presente época?

Sabendo todos nós que é difícil encontrar um modelo ideal, porque muitas das vezes está refém da capacidade financeira para o executar, pensamos, no entanto, que o que prevaleceu nesta época é aquele que se afigura mais equilibrado em todos os seus vetores. Transpôs mais desenvolvimento para a modalidade, com o estabelecimento de diferentes graus competição. Gostaríamos de continuar a manter este modelo na próxima época, pois consideramos contraproducente todos os anos testar novos modelos competitivos. Temos que consolidar o atual, ainda que com possíveis pequenos ajustes.

2 – Constatam-se ainda resultados baixos no BCR, particularmente no segundo escalão, inclusive entre equipas já com muitos anos de competição. Que pechas subsistem no nosso BCR a combater?

Ao delinear e criar a Divisão de Honra pensámos em dois enfoques importantes. Primeiro, possibilitar que as equipas que iniciam a modalidade tenham um período inicial de desenvolvimento da estrutura competitiva, não só a nível de atletas, mas também de treinadores e dirigentes. Não obstante este primeiro objetivo, não quisemos deixar de lhes proporcionar um contacto inicial com a alta competição de BCR. Essa foi uma mais valia desta primeira fase de Pré-qualificação. Evidentemente, suscitou resultados mais desnivelados, mas, ao mesmo tempo, obrigou a pensar que o caminho a trilhar seria fazer mais captação a nível de atletas e restante estrutura de recursos humanos.

Em relação às equipas com mais tempo no BCR e que não atingem um bom grau de competição, porque entendemos que possa ser uma fase ultrapassável, desejamos sempre manter esse grau transitório em contraposição do cancelamento de atividade desportiva. Gostaria ainda de realçar que a filosofia inerente à competição no escalão principal (Liga BCR) terá que ser repensada por todos nós e evoluir a médio prazo para uma capacitação no mínimo semiprofissional, se queremos outros patamares de desenvolvimento da modalidade.

3 – Que aspetos positivos realça e o que ficou aquém das expectativas na época decorrida?

Verificou-se um evidente maior grau de visibilidade da modalidade, muito fruto do trabalho desenvolvido pelos clubes da Liga BCR, mas, mesmo no escalão inferior, houve uma evidente aposta da parte de alguns clubes de serem mais competitivos. Verificamos uma evolução na forma de encarar a competição e pensamos que isso também deriva da implementação do projeto Valorizar da FPB, pois pode parecer, à primeira vista, um pequeno grão na engrenagem, mas acaba por ser paulatinamente um fator de desenvolvimento.

Não se perdeu o enfoque na captação de novos atletas, em especial há um maior número de jovens a praticar a modalidade. Não podemos, no entanto, dar-nos por satisfeitos e ir mais além. Continua a existir um grande défice na captação de atletas do género feminino, percebemos quão difícil é integrar as mesmas em equipas masculinas, mas é um esforço que tem que ser feito, possivelmente temos que encontrar novas fórmulas de trabalho para ultrapassar esta situação.

Realçamos um dos aspetos que ficou aquém do programado para esta época: a evidente falta de capacidade de passar à divisão seguinte no ranking das seleções europeias [em alusão ao facto de Portugal não ter subido à divisão B em junho de 2022]. Esta situação levou-nos a encetar uma série de procedimentos capazes de alterar este rumo, pois entendemos que isso afetou de forma significativa os atletas que participaram no último europeu.

4 – Qual o porquê da aposta numa nova equipa técnica para a seleção nacional e quais os objetivos a curto/médio e longo prazo?

Na sequência natural das medidas que foram tomadas para alterar os condicionalismos frisados no ponto anterior. Esta contratação teria que recair numa equipa já com resultados devidamente comprovados e mais que isso, no nosso entender, fosse capaz de alterar este constante estado de espírito resignado, pois estamos certos que a nossa seleção tem qualidade técnica evidente para estar num patamar superior na Europa.

Para além da capacidade técnica, esta nova equipa teria que conseguir criar grande empatia com os atletas e uma nova linguagem capaz de motivar toda a equipa. Não podemos deixar de realçar o excelente trabalho que está a ser efetuado na seleção mais jovem – Sub23 -, que está já a trazer mais capacitação ao plantel da equipa principal. Estamos convencidos que esta seleção jovem estará em boas condições para participar no europeu do próximo ano se a prova se vier a concretizar, pois é importante projetar dinâmicas positivas.

Ao nível da seleção sénior, a curto prazo, o objetivo é a subida à divisão B e, a médio prazo, conseguir atingir o patamar principal da europa, Divisão A. Para concretizar este último objetivo, alguns paradigmas a que estamos habituados no BCR terão que ser alterados e um deles, senão o principal, é o caminho para uma cada vez maior e melhor competição nacional, que tenha reflexos no desenvolvimento da modalidade a todos os níveis, ou seja, uma via para uma postura mais profissionalizante de todos os vetores do BCR.

5 – Continua a haver um baixo número de praticantes de BCR. Na presente época, este número aumentou, desceu ou manteve-se? Que estratégias concretas pretende o CNBCR adotar para promover a maior captação de potenciais talentos?

Esta época houve mais captação de atletas no BCR. Se a consideramos suficiente? Não, mas, como disse atrás, ela tem repercussão mais positiva pela faixa etária onde foi conseguida e que levou a uma diminuição da média etária dos praticantes. Este vetor de captação é o que tem o nosso primeiro objetivo. Temos de encontrar novas formas de desenvolver a captação e consideramos aqui que um ponto primordial a atuação que deve ser efetuada no desporto escolar. No entanto, consideramos que a estratégia atual tem que ser redefinida, pois esse trabalho de captação deve ser efetuado de forma continuada e não por impulsos. Para isso, temos que contar com o apoio essencial do CPP – Comité Paralímpico Português – e a tutela do governo nas áreas desportivas e educacionais.

 


Yuri Fernandes continuará a defender as cores do campeão francês

Yuri Fernandes prossegue nas fileiras do campeão francês, Hornets Le Cannet, na temporada 2023/2024. A formação da Costa Azul, potência do BCR gaulês e participante habitual das provas europeias de topo, é a casa do extremo ex-Trovões desde 2018. Com a sua ação a dividir-se entre a equipa principal e a formação de reservas, Yuri Fernandes vinca a competitividade como fator catalisador da sua decisão.

“Tenho o prazer de estar numa equipa que só pensa em ganhar. Quero aproveitar os minutos de jogo que tenho tido, na elite do campeonato francês, onde tenho uma carga de cinco treinos por semana. A intensidade dos treinos e dos jogos em si, e especialmente o espírito de família que se tem nesta equipa, pesaram na minha decisão”, sintetizou.

No que respeita ao futuro, as pretensões para a época que se avizinha passam pela “revalidação do título de campeão francês e ganhar todos os títulos possíveis”. O regresso a Portugal parece não estar em equação: “Só mesmo para representar a equipa nacional. Tenho a minha vida estabilizada aqui em França”.

Observador atento da realidade lusa na modalidade, Yuri Fernandes constata evolução. “Tenho acompanhado o BCR português, onde a equipa do BC Gaia tem vindo a rivalizar com a equipa da APD Braga, que durante anos dominou, depois da APD Sintra. O facto de outros jogadores darem o salto para campeonatos estrangeiros demonstra a evolução do BCR português. A divulgação da modalidade evoluiu desde que deixei Portugal, mas ainda há um longo caminho a percorrer, comparando com outros países”, rematou.


Seleção Nacional de Seniores BCR continua preparação para o europeu

A seleção nacional de seniores BCR irá estagiar de 2 a 9 de julho, em Grijó, Vila Nova de Gaia, dando continuidade à preparação para o Campeonato da Europa C. A prova será disputada em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, de 18 a 24 de setembro.

Para a mais longa das etapas de treinos até ao momento, Óscar Trigo, seleccionador nacional, e a sua equipa técnica, composta por Javier López, Ricardo Vieira e Daniel Pereira, não promovem qualquer alteração face ao último estágio, decorrido de 2 a 4 de junho, no Luso, Mealhada. Desta feita, os treinos tomarão lugar no pavilhão Dr. Manuel Ramos, em Grijó, Vila Nova de Gaia.

CONVOCADOS

APD Braga

Sílvio Nogueira – 2.0

José Miguel Gonçalves – 3.0

Hélder Freitas – 3.5

BC Gaia

João Castro – 2.0

Pedro Bártolo – 2.5

GDD Alcoitão 

Hugo Maia – 2.5

André Gomes – 2.5

APD Sintra

Ibrahim Mandjam – 4.0

APD Leiria

Alexandre Conde – 4.0

APD Lisboa 

Ângelo Pereira – 2.5

Unes FC Barcelona (Espanha)

Miguel Reis – 4.0

CAPSAAA Paris (França)

Christophe da Silva – 1.0

Mohawks Wheelchair Basketball (Reino Unido)

Luís Domingos – 2.5

 

Diretor responsável: João Crucho

Diretor adjunto: Luís Sintra

Fisioterapeutas: Sara Rodrigues

Staff: Carlos Peixoto

 


Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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Miguel Maria

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