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Na hora de fazer a análise estatística da primeira jornada da Liga Betclic Feminina, o maior destaque vai para Briana Green, reforço do GDESSA Barreiro, que se sagrou MVP graças a uma valorização de 32.5 (16pts, 6res, 2ast, 7rb, 1dl, 6/7 2pts) no triunfo por 103-50 sobre o Guifões SC.

No cinco ideal, a acompanhar a jogadora norte-americana, surgem Joana Soeiro (valorização de 26.5 – 20pts, 3res, 7ast, 2rb, 1dl, 5/5 2pts), do SL Benfica, Martha Burse (valorização de 30 – 29pts, 10res, 2ast, 7rb, 1dl), da AD Vagos, Laura Westerik (valorização de 27 – 15pts, 5res, 10ast, 2rb), a alinhar no Sportiva AzorisHotels, e Madison Torresin (valorização de 30.5 – 24pts, 8res, 4ast, 2rb, 4/6 3pts), do CAB Madeira.

Este domingo decorreram mais quatro jogos da Liga Betclic Feminina, com o GDESSA Barreiro, CAB Madeira, SL Benfica e AD Vagos a venceram os seus jogos.

No resultado mais desnivelado do dia, o GDESSA ganhou por 103-50 na receção ao Guifões SC. Com parciais de 33-11, 21-15 e 32-6, o conjunto da margem sul do Tejo obteve uma vantagem indiscutível, que se alicerçou em 71% de ficácia da linha de dois pontos, 10 triplos, 39 ressaltos, e nas boas prestações de Maianca Umabano (21pts, 3res, 1ast, 1rb), Briana Green (16pts, 6res, 2ast, 7rb, 1dl), Márcia Costa (15pts, 3res, 6ast, 5rb), Margarida Junqueira (12pts, 2res, 2ast, 3rb) e Rita Rodrigues (10pts, 2res, 1ast). Por seu turno, no emblema de Matosinhos, o sinal mais pertenceu a Cynita Webb (15pts, 10res, 3ast).

Em Aveiro, o CAB ultrapassou o Galitos Cl. Dr. Semblano por 72-52. A uma primeira parte equilibrada (31-35), sucedeu-se um terceiro quarto com ascendente insular (parcial de 23-8), que se revelou decisivo para o desfecho final. Na formação do Funchal sobressaíram Bria Dial (25pts, 4res, 2ast, 2dl) e Madison Torresin (19pts, 5res, 2ast, 4rb), ao passo que nas donas da casa deram nas vistas Jeanne Morais (19pts, 5res, 1ast, 4rb) e Mariana Oliveira (12pts, 2res, 1ast, 2rb).

Uma semana depois o Benfica voltou a bater o Vitória SC, agora em Guimarães, por 73-60. As “encarnadas” estiveram quase sempre na dianteira do marcador, num encontro em que beneficiaram dos 25 turnovers das “conquistadoras”. No campeão nacional assumiram protagonismo Joana Soeiro (20pts, 3res, 7ast, 2rb, 1dl), Taylor Peacocke (17pts, 4res, 1rb) e Laura Ferreira (11pts, 2res, 2ast, 3rb), enquanto no Vitória SC despontaram Kahlia Lawrence (26ps, 7res, 5ast, 1rb), Catarina Mateus (10pts, 3res, 3ast) e Kamera Harris (10res).

No duelo mais equilibrado, o Vagos levou a melhor (72-71) no reduto do Sportiva AzorisHotels. Assistiu-se a uma partida imprevisível, com a turma açoriana a chegar ao intervalo com um avanço de 14 pontos (44-30). No regresso dos balneários deu-se a reação do conjunto forasteiro, que obteve um parcial de 23-9. No derradeiro quarto, e com sete pontos consecutivos, o Vagos assegurou uma importante vitória, num embate em que teve como maiores figuras Martha Burse (29pts, 10res, 2ast, 7rb, 1dl) e Devon Brookshire (15pts, 12res), ao passo que do lado insular há a salientar as exibições de Nausia Woolfolk (18pts, 3res, 2ast, 1rb, 1dl), Laura Westerik (15pts, 5res, 10ast, 2rb), Emília Ferreira (12pts, 6res), Joana Alves (12pts, 7res, 2ast, 1dl) e Kasiyahna Kushkituah (12res).

Bola lançada ao ar na Liga Betclic Feminina, com Quinta dos Lombos, CAB Madeira e Galitos/Clínica Dr. Semblano a levarem a melhor sobre Esgueira Aveiro OLI, Olivais FC e CDE Francisco Franco, respetivamente.

O recém-promovido Esgueira Aveiro OLI estreou-se na Liga Betclic Feminina em casa da Quinta dos Lombos que levou a melhor sobre a formação do distrito de Aveiro. No arranque do encontro as duas equipas surgiram muito equilibradas e ao intervalo o conjunto da casa vencia por apenas um ponto (39-38). As diferenças entre as duas equipas não eram muitas e antes da entrada no último quarto a Quinta dos Lombos conseguiu aumentar a sua vantagem para dois pontos (57-55). Apesar do equilíbrio verificado nos decisivos dez minutos finais, Letícia Rodrigues e Ndioma Kane, conseguiram dar uma vantagem de quatro pontos às anfitriãs que fecharam o resultado final em 68-64.

Na formação de Carcavelos destaque para Ndioma Kane (22pts, 6res, 4ast) e Filipa Cruz (10pts, 6res, 1ast), já o Esgueira contou com as boas exibições de Trudy Walker-Benjamin (21pts, 9res, 6ast), Inês Ramos (14pts, 3res) e Ana Raimundo (13pts, 3ast, 7rb).

Em Coimbra, o CAB Madeira não teve problemas para ultrapassar o Olivais FC conquistando logo no arranque do encontro uma vantagem na casa das dezenas (18-28). A formação conimbricense tentou operar a reviravolta no marcador, mas não foi bem-sucedida já que ao intervalo as madeirenses venciam por 28-49.

Depois do tempo de descanso o jogo manteve a mesma toada com a equipa do Funchal a ir para o derradeiro quarto a liderar com mais de 30 pontos de vantagem (44-78). Nos restantes dez minutos do jogo o Olivais esteve melhor, mas o jogo esteve sempre controlado pela formação visitante que acabou por vencer por 64-96.

O Olivais teve em Eva Carregosa (15pts, 4res, 7ast), Raquel Alves (13pts, 4res, 4rb) e Mafalda Pompeu (12pts, 2res) as jogadoras em maior evidência, enquanto no CAB Madeira brilharam Madison Torresin (24pts, 8res, 4ast), Bria Dial (16pts, 5res, 2ast), Carolina Bernardeco (14pts, 3res, 3ast), Laura Silva (12pts, 4res, 6rb) e Isabel Berenguer (11pts, 3ast, 6rb).

O encontro mais equilibrado deste primeiro dia de Liga Betclic Feminina teve lugar no Pavilhão do Clube dos Galitos, já que para superar a formação recém-promovida do CDE Francisco Franco, o Galitos/Clínica Dr. Semblano teve de recorrer ao prolongamento. O encontro começou por sorrir às madeirenses que logo no 1.º quarto se colocaram na dianteira do marcador (9-11).

Antes do intervalo o Galitos deu a volta e colocou-se na frente do marcador (25-24). No regresso dos balneários, o conjunto forasteiro voltou a mostrar todo o seu poderio aplicando um parcial de 10-17. O equilíbrio era o tónico dominante na partida, com as duas formações a digladiaram-se pela vitória final que só apareceu após prolongamento graças aos dois lances livres convertidos por Ana Ramos que colocaram as anfitriãs a vencerem por 57-55.

Jeanne Morais (14pts, 11res, 5ast), Ana Ramos (12pts, 4res, 3ast), Daniela Domingues (10pts, 9res, 4ast) e Bárbara Souza (9pts, 15res, 3ast, 5rb) foram as jogadoras mais inspiradas da formação da casa, enquanto as madeirenses tiveram em Katherine Andersen (19pts, 8res, 4ast) e Dayna Rouse (13pts, 10res, 2rb) as suas grandes referências.

Depois do grande espetáculo verificado na Supertaça, Vitória SC e SL Benfica voltam a encontrar-se, agora em jogo da jornada inaugural da Liga Betclic Feminina. O duelo entre “conquistadoras” e “águias”, que está agendado para as 11 horas de domingo e que conta com transmissão n’A Bola TV e FPBtv, foi projetado por Sara Ressurreição e Marta Martins.

Na turma minhota, Sara Ressurreição reconhece a qualidade das “encarnadas”: O Benfica é uma equipa que apresenta uma panóplia de soluções, onde todas as jogadoras do plantel são capazes de acrescentar qualidade ao jogo e o facto do núcleo ter transitado, da época anterior, facilita os processos de integração das novas jogadoras às ideologias e forma de trabalhar. Isto, aliado à aquisição de uma jogadora como a Raphaella Monteiro, que apresenta uma aptidão física fora do comum e uma facilidade enorme na marcação de pontos, coloca o Benfica numa situação de favorito à conquista do campeonato. Na ótica das características mais predominantes do Benfica, em “jogo jogado”, claramente, preciso realçar a transição defesa-ataque, e a forte presença de várias jogadoras no ressalto ofensivo”, examina.

A base do Vitória SC dá a receita para um bom resultado: “O aspeto mental, especialmente nos minutos iniciais, será determinante para sermos bem sucedidas. Depois, controlar o ritmo do jogo e manter consistência e solidariedade defensiva são fatores que permitem oxigenar a nossa confiança e colocar todo o potencial dentro do campo”, refere.

Sara Ressurreição pretende continuar a assistir à evolução do basquetebol feminino: “Aquilo que desejo é que, todos os anos, as equipas possam adicionar mais valores aos seus plantéis e, consequentemente, elevar o nível basquetebolístico da Liga. Caso isso aconteça, a promoção do basquetebol feminino influenciará muitas jovens a ingressar nesta modalidade e às atletas já inseridas no meio a procurarem referências que lhes permitam sonhar, trabalhar e continuar a dedicar-se à modalidade. No fundo, é crucial que as novas gerações sejam mais evoluídas e capazes do que a geração presente, só assim conseguimos compreender se o trabalho, enquanto agentes desportivos, está a ser bem feito ou não”, expressa o desejo.

Quanto à sua equipa, a atleta de 27 anos descreve o Vitória SC, edição 2021/22: A equipa do Vitória SC sofreu algumas alterações desde a época transata, prevalece uma maior juventude, com as aquisições das jovens internacionais Mariana Pereira e Filipa Barros, e através da contratação de três estrangeiras há uma maior robustez no jogo interior e capacidade de colocar a bola no cesto. Por outro lado, a manutenção de atletas-chave, como a Catarina Miranda, a Bárbara Miranda, e a capitã, Ana Moura, são essenciais para o grupo conseguir elevar o seu nível a patamares que permitem competir por títulos, bem como facilitar o processo de adaptação e transmissão dos valores do clube. Enquanto conjunto, considero que o Vitória SC assenta o seu jogo numa pressão alta e constante da bola, induzindo o adversário ao erro e precipitação; ofensivamente, há uma grande capacidade de criar desequilíbrios do exterior, seja a partir do drible ou lançamento, sendo que existem mais jogadoras capacitadas para contribuir de forma positiva. O Vitória SC é um clube grande, com uma mentalidade vencedora e um ADN que lhe permite encarar todos os desafios de forma resiliente e promissora”, vinca.

No Benfica, campeão nacional, Marta Martins enumera pontos fortes do adversário: “O Vitória SC é uma equipa que conta com jogadoras muito capazes de desequilibrar, para além de que tem uma grande presença na luta das tabelas”, descreve.

A jovem base do clube da Luz apela à consistência: “Temos de conseguir ser consistentes ao longo dos 40 minutos do jogo, em todos os aspetos defensivos e ofensivos”, diz.

O Benfica viu chegar várias atletas, o que pode aumentar a hipótese de escolha, segundo Marta Martins: “Somos uma equipa competitiva, que gosta muito de trabalhar e que conta com novas soluções”, afirma.

Marta Martins espera uma época difícil: “Espero uma Liga muito imprevisível. Somos uma equipa competitiva, que gosta muito de trabalhar e que conta com novas soluções”, conclui.

O União Sportiva AzorisHotels não conseguiu alcançar a fase de grupos da EuroCup feminina, apesar do triunfo por 81-79 sobre as islandesas do Haukar, que não chegou para reverter a derrota (76-81) da primeira mão.

A formação portuguesa entrou a todo o gás, o que se traduziu num parcial de 10-0, com a vantagem das donas da casa a chegar a ser de 19 pontos (21-2).

O primeiro quarto não fazia adivinhar a recuperação do Haukar, que depois de estar a perder por 28-15, começou a recuperar terreno, e por isso este embate entrou nos derradeiros dez minutos com um ponto de diferença (58-57).

Na reta final da partida, dois triplos de Simone Costa colocaram o conjunto açoriano em posição de apuramento (79-72), contudo o Haukar reagiu e garantiu a passagem.

Em termos estatísticos, o Sportiva dominou a luta das tabelas (52-35 em ressaltos), mas averbou mais turnovers (19-10), tendo como melhores em campo Nausia Woolfolk (25pts, 7res, 6ast, 2rb), Raquel Laneiro (14pts, 7res, 4ast, 1rb), Emília Ferreira (14pts, 8res, 1ast), Simone Costa (13pts, 3res, 1rb) e Kasiyahna Kushkituah (11res).

O SL Benfica conquistou a Supertaça feminina pela primeira vez na sua história, após ultrapassar o Vitória SC por 77-75, em Coimbra.

Seria difícil pedir um melhor início de temporada, depois do espetáculo protagonizado por “águias” e vitorianas, com o resultado a estar em aberto até final.

O Benfica entrou a todo o gás, o que se traduziu num parcial de 26-12 no primeiro quarto, mas o adversário minhoto não se rendeu e começou a recuperar terreno, tornando a segunda parte do encontro bastante equilibrada e imprevisível.

Já nos derradeiros dez minutos, o Vitória SC chegou a saltar para a liderança do marcador, mas um parcial de 6-0 colocou a turma da Luz, definitivamente, na rota do triunfo.

Em termos estatísticos, Raphaella Monteiro (30pts, 5res, 1ast, 2rb), MVP deste encontro, provou ser um grande reforço para as “encarnadas”, numa partida em que também se destacaram Laura Ferreira (12pts, 10res, 5ast, 1dl) e Marta Martins (12pts, 2res, 4ast). Por seu turno, no conjunto da cidade-berço, realce para as exibições de Kahlia Lawrence (20pts, 9res, 7ast, 1rb, 1dl), Nikita Telesford (16pts, 7res, 1ast) e Catarina Mateus (15pts, 3res, 8ast, 2rb).