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BC Gaia e APD Braga encaram fase decisiva da final

BC Gaia e APD Braga defrontam-se este sábado, às 14h30, em Grijó, no quarto encontro da final do campeonato nacional da 1ª divisão de BCR. Depois de um arranque favorável aos minhotos, os gaienses responderam com dois triunfos consecutivos, fora e em casa, e lideram por 2-1 o playoff disputado à melhor de cinco partidas.

Miguel Reis, jovem poste da formação comandada por Pedro Bártolo, identifica a capacidade defensiva como fator fulcral num eventual desenlace favorável às suas cores. “Apesar de sermos uma equipa que produz muito ofensivamente, neste momento, estamos a ganhar jogos pura e simplesmente na defesa. Portanto, apesar do desgaste físico, acredito que a defesa será o mais importante”, salienta.

O internacional sub22 exprime um discurso ponderado, pois manifesta-se ciente do poderio da equipa pentacampeã nacional. “A APD Braga é uma equipa muito forte fisicamente, agressiva na defesa, com muita experiência e espírito de luta dentro de campo. Os pontos fortes a anular são, sem dúvida, o jogo interior e a transição defesa ataque”, sinaliza o camisola #18.

Numa final marcada por dois jogos iniciais com um marcador mais desequilibrado do que o expectável, particularmente o primeiro – que pendeu para os bracarenses -, no terceiro duelo, recuperou-se a toada de equilíbrio que pontuou os confrontos entre ambos os conjuntos na fase regular e Supertaça e assistiram-se a sucessivas alternâncias na liderança. O equilíbrio de forças supõe máxima concentração, no olhar de Miguel Reis. “Para repetir a receita, temos de manter a disciplina, o foco, o discernimento e a cabeça dentro das quatro linhas”.

Por seu turno, José Miguel Gonçalves vinca a importância de haver maior entreajuda, nas hostes do conjunto orientado por Ricardo Vieira, para aplacar a estratégia defensiva rival. “Teremos de ser muito solidários e intensos para desmontar a pressão gaiense e aliar a isso um maior discernimento no passe e nas trocas defensivas”, aponta.

Na ótica do internacional A, não causam espanto os marcadores “magros” dos jogos até aqui disputados, tendo em conta a matriz defensiva que ambas as equipas exibiram. “Estimo que a produção ofensiva se mantenha ao nível do último jogo, ou seja, relativamente baixa, mas equilibrada, fruto da intensidade defensiva das equipas e da capacidade de ambas em forçar o erro do adversário”, perspetiva.

Questionado sobre a influência do público para inclinar a balança, José Miguel Gonçalves sublinha a volatilidade deste aspeto e enaltece a atmosfera vivida. “Têm sido jogos com uma afluência muito interessante para a realidade dos desportos amadores em Portugal. Pode ser uma influência positiva ou negativa, em momentos distintos. De qualquer modo, o ambiente tem sido incrível, em Ferreiros e Grijó, e espero que se mantenha assim no futuro”, analisa o número 24 do coletivo minhoto.

De recordar que o quarto jogo do playoff, agendado para sábado, 14 de maio, às 14h30, no pavilhão municipal de Grijó, tem transmissão na FPBtv, bem como o hipotético quinto encontro, este no terreno dos bracarenses, no domingo, 15 de maio, às 16h00, no pavilhão municipal de Ferreiros.

 

Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio

 

 

 

 

 

 


Torneio serviu de apresentação à ACD Cotovia/UDI

A ACD Cotovia/UDI, de Sesimbra, cumpriu os seus primeiros encontros, num torneio que visava apresentar a nova formação do BCR nacional. A prova de caráter amigável decorreu no pavilhão municipal de Sampaio, a 7 de maio, e viu a APD Lisboa “B” sagrar-se vencedora.

Na partida inaugural, a ACD Cotovia/UDI perdeu por 10-71 ante a APD Lisboa “B” – 01-06 / 02-23 / 07-20 / 00-22 -, conjunto que se proclamaria vencedor fruto do triunfo no embate seguinte, diante do GDD Alcoitão “B”, por 43-33 – 14-13 / 14-09 / 11-07 / 04-04. No duelo a opor a ACD Cotovia/UDI ao GDD Alcoitão “B”, os cascalenses impuseram-se, sem sobressalto, por 16-50 – 04-09 / 06-16 / 04-19 / 02-06.

A ACD Cotovia/UDI pretende, agora, integrar a jornada nacional da 2ª divisão, prevista para se realizar no mês de junho.


BC Gaia vence terceiro jogo e lidera a final do Nacional de BCR

No Campeonato Nacional da 1ª divisão de BCR, o Basket Clube de Gaia passou a comandar por 2-1 a final frente à APD Braga. Os gaienses deram continuidade ao bom desempenho da véspera e triunfaram, agora perante o seu público, por 55-52. No segundo encontro do playout, a APD Paredes bateu categoricamente a Lousavidas – 76-20 – e garantiu a permanência no principal escalão.

 

No mais equilibrado dos duelos da final, até ao momento, o BC Gaia superou a APD Braga – 55-52 -, e está na dianteira da eliminatória – 2-1 -, que prossegue com a realização do quarto jogo, no próximo sábado, no municipal de Grijó, às 14h30. Com sucessivas alternâncias de marcador e uma primeira parte marcada pela entrada forte dos anfitriões e pela resposta de igual calibre por parte dos pentacampeões nacionais (16-07 / 10-22), a incerteza viria a manter-se até ao último segundo, uma vez que a posse de bola derradeira pertenceu aos bracarenses. Nos gaienses, saltaram à vista as prestações de Luís Domingos – 2.5 – (18pts) e Pedro Bártolo – 2.5 – (13pts), enquanto, na turma bracarense, despontaram Márcio Dias – 4.5 – (25pts) e Eduardo Gomes – 4.0 – (12pts) – 16-07 / 10-22 / 15-11 / 14-12.

No playout, a APD Paredes voltou a vencer por margem dilatada – 76-20 – a congénere da Lousavidas e assegurou assim o sétimo posto, bem como a manutenção. Flávio Cardoso – 4.0 – (44pts) e Paulo Araújo – 1.0 – (12pts) assumiram a batuta nos paredenses. Pela formação lousadense, esteve em evidência Carlos Cardoso – 1.0 – (8pts) – 24-03 / 16-05 / 16-04 / 20-08.


BC Gaia empata final do Nacional de BCR

No Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de BCR, o BC Gaia superou a APD Braga, em Ferreiros, no segundo jogo da final. Agora empatada, a eliminatória, discutida à melhor de cinco partidas, prossegue amanhã, em Grijó, casa do BC Gaia, com a realização do terceiro jogo, às 14h30. Face à igualdade, está também garantido o quarto jogo, no mesmo local, no dia 14 de maio.

 

Depois de uma vitória inaugural, a APD Braga voltou a entrar melhor no encontro, conforme atesta o parcial do primeiro quarto – 13-8 -, onde voltou a conseguir anular com sucesso o ataque organizado do adversário. A estratégia de pressão a campo inteiro imposta pelo BC Gaia começou a dar frutos, no segundo quarto, altura em que os forasteiros passaram para a frente do marcador – 15-18. A toada e a abordagem defensiva da equipa gaiense mantiveram-se, rendendo novamente dividendos claros nos primeiros dez minutos da segunda parte – 07-17.

No parcial derradeiro, os bracarenses reagiram, contudo, sem conter os ataques rápidos do seu rival – 16-16. No final, o placar assinalava 38-51. Nos anfitriões, sobressaíram as prestações de Márcio Dias – 4.5 – (11pts, 9res, 2ast) e Hélder Freitas – 3.5 – (10pts, 5res, 4ast), ao passo que, nos visitantes, Pedro Bártolo – 2.5 – (17pts, 3res, 6ast, 2rb) e Miguel Reis – 4.0 – (11pts, 6res, 1ast, 1rb) reclamaram as atenções.

 

Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio


APD Braga adianta-se na final do Nacional de BCR

No Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de BCR, a APD Braga mostrou-se superior ao BC Gaia na partida inaugural da final. O segundo e terceiro encontro estão agendados para 7 e 8 de maio. No playout, a APD Paredes venceu, de forma contundente, a formação da Lousavidas, no primeiro jogo.

 

Em Ferreiros, a APD Braga depressa dissipou qualquer expetativa de equilíbrio e vincou a sua supremacia no marcador – 66-35 -, ante uma equipa do BC Gaia extremamente perdulária. Após um primeiro quarto com vantagem anfitriã, mas que fazia antever uma maior discussão do resultado – 14-8 -, seguiu-se uma atuação em crescendo da formação orientada por Ricardo Vieira, com a distância pontual a acentuar-se até ao descanso – 30-17. A toada não se alterou e os minhotos, ora a atacar, exibindo muita assertividade e boas percentagens, ora a defender, manietando o lançamento exterior dos gaienses, encaminharam facilmente a partida a seu favor. Márcio Dias – 4.5 – (21pts, 12res, 6ast, 4rb), Filipe Carneiro – 2.0 – (9pts, 5res, 4ast, 1rb) e Hélder Freitas – 3.5 – (8pts, 11res, 1ast) despontaram nos pentacampeões nacionais. No BC Gaia, os mais destacados foram Miguel Reis – 4.0 – (11pts, 12res) e Luís Domingos – 2.5 – (6pts, 4res, 2ast, 2rb) – 14-08 / 16-09 / 15-12 / 21-06. No próximo fim de semana disputam-se o segundo e terceiro jogo. No sábado, 7 de maio, às 16h, em Ferreiros, a APD Braga recebe o BC Gaia. No domingo, 8 de maio, às 14h30, em Grijó, invertem-se os papéis, com a eliminatória a rumar ao terreno dos gaienses. De recordar que a final se disputa à melhor de cinco jogos.

Na primeira partida da eliminatória derradeira do playout, a APD Paredes superou, de modo convincente, a resistência da Lousavidas – 26-72. Nos paredenses, Flávio Cardoso – 4.0 – (49pts) voltou a apresentar os dotes que lhe valem o estatuto de um dos mais preponderantes do campeonato. António Ribeiro – 2.5 – (14pts) também ofereceu um contributo de relevo no triunfo da formação dirigida por Domingos Marinho. Por seu turno, na Lousavidas, Carlos Cardoso – 1.0 – (5pts) e João Monteiro – 4.5 – (5pts) dividiram as atenções – 7-18 / 9-22 / 2-16 / 8-16.

 

Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio


APD Braga e BC Gaia arrancam disputa do título nacional

APD Braga e BC Gaia enfrentam-se este sábado, às 16h, em Ferreiros, no primeiro jogo da final do campeonato nacional da 1ª divisão de BCR. Numa inédita final nortenha na competição, estarão frente a frente duas equipas com um saldo de partidas muito equilibradas, na corrente temporada (60-56 favorável a bracarenses; 63-61 e 59-57 para os gaienses), e que se batem novamente pela conquista de troféus. Na época passada, a APD Braga levou a melhor na Taça de Portugal e campeonato nacional, ao passo que, já no decurso do presente ano desportivo, o BC Gaia triunfou na Supertaça.

Filipe Carneiro, dos pentacampeões nacionais, e Nelson Oliveira, atleta dos gaienses, perspetivaram o duelo.

Do lado bracarense, o MVP da Final Four do campeonato nacional 2020/2021, antecipa uma luta cerrada. “Prevejo jogos bastante emotivos, em que nós queremos claramente voltar à conquista de títulos, depois do desaire da Supertaça. Não espero jogos fáceis para ambos. Vão ser decididos pelos detalhes e a mínima desatenção que possamos ter vai ser difícil para recuperar. É importante tentar estar sempre à frente no marcador”, analisa.

À luz da competitividade constatada em embates anteriores, o internacional português salienta a importância do jogo minhoto exibir máximo discernimento. “Temos que ser uma equipa mais concentrada, unida e ciente do que quer e sabe fazer em campo, sem inventar jogadas, passes e lançamentos precipitados. O nosso nível de jogo tem que melhorar a cada quarto e não vamos esperar que um jogador nosso faça o milagre no último lance da partida”, adverte o camisola #12.

Consciente das dificuldades impostas pela equipa do BC Gaia, nomeadamente no que toca ao lançamento exterior, Filipe Carneiro dá a receita para embalar a APD Braga rumo ao sexto título nacional consecutivo. “Penso que o que nos falta é a concentração nas ajudas defensivas (que temos vindo a trabalhar muito), principalmente nos minutos iniciais do jogo. Bem como o tiro exterior, que não tem sido certamente o nosso trunfo para ganhar os jogos, mas num bom dia pode ajudar muito contra equipas que sabem defender bem à zona, como é o caso de Gaia”, concretiza.

Nas hostes gaienses, Nelson Oliveira, o único que sabe o que é vencer um campeonato nacional, corrobora a opinião adversária. “Prevejo jogos muito equilibrados, em que a vitória pode sorrir para ambos os lados. Isso já ficou demonstrado nos jogos entre as duas equipas na presente época”, salienta o ex-APD Leiria e Rovteam.

Com uma derrota no último confronto diante da APD Braga ainda fresca na memória, o antigo internacional aponta a importância de estancar o poder de fogo dos campeões nacionais. “Penso que a chave se prenderá na defesa. Teremos que defender muito bem, evitar as penetrações na nossa área restritiva, onde Braga é muito forte, e ganhar as segundas bolas. Além disso, é importante contrariar as transições ataque-defesa, não pode haver o mínimo desleixo. Tem de haver uma entreajuda muito grande entre os atletas em campo. Depois, há que pôr em prática o nosso ataque com tranquilidade e sermos eficazes nas vantagens criadas”, resume.

Um dos mais experientes no plantel, Nelson Oliveira apela à fidelidade às ideias de jogo: “Se defendermos bem, formos disciplinados no ataque em relação ao que é trabalhado no treino e estivermos com concentração máxima, poderemos minimizar erros efetuados no passado, que se podem traduzir nalguns cestos concretizados, e fazer a diferença no final de cada jogo”, remata.

 

Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio

 

 

 

 

 

 


Seleção nacional de BCR intensifica preparação para o europeu

Com o Campeonato da Europa B/C a menos de dois meses, a seleção nacional de BCR ultima os preparativos. Entre 23 e 25 de abril, catorze atletas estiveram às ordens de Marco Galego – selecionador nacional – e Ricardo Vieira – selecionador adjunto -, no Luso, Mealhada, etapa acompanhada pela FPBtv. O timoneiro da equipa das quinas e o capitão Márcio Dias analisaram o momento atual do grupo e fizeram o balanço do trabalho realizado nas cinco sessões de treino, cumpridas entre o pavilhão municipal do Luso e o pavilhão municipal de Ventosa do Bairro.

Portugal tem no horizonte a participação num europeu com contornos inéditos, que reúne as divisões B e C, de 12 a 22 de junho, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, onde o objetivo passa pelo alcance de um dos oito primeiros lugares, num total de catorze seleções, e da correspondente subida ao grupo B.

Antes da partida, a seleção nacional de BCR volta a concentrar-se de 25 a 29 de Maio, em Famalicão, altura em que realizará alguns encontros particulares.


Barcelos será palco da Final Four da Taça de Portugal de BCR

A Final Four da Taça de Portugal de BCR terá a cidade de Barcelos como anfitriã, nos dias 21 e 22 de maio. A organização da prova está a cargo do município de Barcelos e tem como parceiros a Escola Secundária de Barcelos, local dos três encontros (meias-finais e final), e o Basquete Clube de Barcelos.

No tocante ao programa da competição, a 21 de maio, a primeira meia-final opõe APD Braga e BC Gaia, às 15h, enquanto o segundo encontro de acesso à final se disputa logo a seguir, às 17h, e tem como protagonistas APD Lisboa e APD Paredes. No domingo, 22 de maio, a final toma lugar às 15h.

De relembrar que, para alcançar a etapa derradeira da prova, a APD Paredes superou a Lousavidas – 72-21 -, a APD Braga, atual detentora do troféu (venceu as últimas seis edições), ultrapassou a APD Leiria – 49-46 -, o Basket Clube de Gaia impôs-se no reduto da APD Sintra – 60-61 – e a APD Lisboa derrotou o GDD Alcoitão – 53-30.

À margem da prova, o Comité Nacional de BCR (CNBCR), em conjunto com as entidades organizadoras, irá divulgar, em tempo oportuno, atividades paralelas de divulgação e experimentação da modalidade no decurso da Final Four.


Gustavo Costa apita máxima prova europeia de clubes de BCR

Após múltiplas finais internacionais e internas, Gustavo Costa alcança novamente o patamar mais ilustre do BCR europeu de clubes, a Champions Cup. Na maior “montra” do BCR continental, vão competir, em Erfurt, Alemanha, casa dos RSB Thuringia Bulls, oito equipas – incluindo o anfitrião – de 6 a 8 de Maio.

No currículo do experiente juiz, com vinte anos de BCR na bagagem, ressaltam as nomeações para mais de uma dúzia de Final-8 de provas internacionais de clubes, dois campeonatos da Europa femininos – divisão A – ou o Europeu C masculino de 2017, cuja final entre República Checa e Bélgica esteve a seu cargo. Entre as fases derradeiras das agora designadas Euroligas (existem três – 3, 2 e 1 -, que precedem hierarquicamente a Champions Cup), são de realçar a escolha para dirigir a final da Challenge Cup (atual Euroliga 3), em 2013, em Badajoz, de boa memória para os compatriotas Hugo Lourenço (4.0) e Marco Gonçalves (1.5), então peças da equipa vencedora, Mideba Extremadura, e primeiros atletas lusos a triunfarem num torneio europeu; bem como da final da Taça Willi Brinkmann (corrente Euroliga 2), em 2016, igualmente na cidade fronteiriça.

 

1 – Após uma ausência forçada na arbitragem, regressas e atinges este ponto alto de carreira. Como recebeste a notícia? 

Tenho que reconhecer que foi com alguma surpresa. Não posso esquecer que o meu último jogo internacional foi a final do Europeu de Brno (Verão de 2017) e que depois disso fui submetido a 3 cirurgias (março/2018; janeiro/2019 e agosto/2020). Para além disso, temos que recordar tudo o que se relacionou com o Covid (paragem quase total das provas europeias entre o início de 2018 e o final de 2021). Por isso, na presente época, não estava à espera de regressar diretamente para uma competição de topo. Pensava que seria possível ser nomeado para uma das F8, mas não para a F8 da Champions Cup.

 

2 – De que forma te irás preparar para apitar um evento desta magnitude, a mais importante prova de clubes a nível europeu – e arrisco dizer – mundial? 

Vai ter que ser uma preparação realizada com muito cuidado. Não posso esquecer que estive três anos parado devido às cirurgias, algumas delas com recuperações bastante complicadas e que isso provocou algumas alterações profundas no meu corpo. Desde então, assim que forço um pouco no treino, surgem sucessivas pequenas lesões. Por isso, a prioridade tem incidido em trabalho de reforço muscular e cardiovascular, mas sempre muito ligeiro e com muito cuidado. Quanto à componente técnica, vou tentar fazer o maior número de jogos possíveis de BCR, mas, infelizmente, nas semanas que antecedem a F8, não há muitos jogos de BCR em Portugal. Assim resta-me o trabalho teórico com as regras e ver o maior número possível de jogos com as equipas que vão estar na F8.

 

3 – És o único português nomeado para as provas europeias de BCR. Vês potencial para termos mais árbitros nacionais a apitar na elite europeia e mundial? 

Infelizmente, nos últimos vinte anos, os outros portugueses que foram aprovados no exame de árbitro internacional da IWBF (Nuno Carocha, Rui Ribeiro, Ricardo Vieira e José Cardoso) acabaram por abandonar por motivos diversos, o que me torna no único português no ativo. Considero muito importante a existência de, pelo menos, um árbitro internacional português, como forma de garantir a transmissão da informação e do conhecimento que a IWBF proporciona. Aliás, esse tem sido o principal motivo que me faz lutar para manter a licença internacional. Quanto ao futuro, penso que o mesmo pode ser sorridente. Na minha opinião, há pelo menos três árbitros com capacidade de passar no exame de árbitro internacional a curto prazo, aliás, tenho esperança de que isso seja possível na presente época, pelo menos para alguns deles. Poderia retirar-me com uma sensação de dever cumprido acrescida.

 

4 – A arbitragem portuguesa atravessa um momento de profunda renovação. Como avalias o trabalho realizado nos últimos anos? E o que é preciso ser feito para se continuar num trajeto de evolução? 

Sem dúvida nenhuma que a arbitragem “BCR” portuguesa está a atravessar uma profunda renovação. Uma geração está a terminar, dos quais destaco, pela sua importância, o João Silva e o José Almeida que já abandonaram, o Fernando Resende e o Alexandre Oliveira que ainda continuam no ativo e que espero que continuem por mais algumas épocas, garantindo o crescimento sustentado da nova geração. Por outro lado, nos últimos três a quatro anos, foram recrutados entre trinta a quarenta novos árbitros, através da realização de dois cursos de conversão ao BCR. Mas ninguém pense que o curso de conversão é uma solução mágica que transforma alguém num árbitro de BCR. São necessários, no mínimo, três a cinco anos de trabalho constante após o curso de conversão, até que se alcance um nível razoável de conhecimento do jogo.

Neste contexto, devo reconhecer ao atual Conselho de Arbitragem da FPB um papel muito importante nessa renovação, desde logo, porque atribuiu uma importância à arbitragem de BCR que ainda não tinha sido reconhecida até agora. É óbvio que não há trabalhos perfeitos e que existem sempre dores de crescimento, mas o presente é muito mais risonho do que era há alguns anos atrás. Hoje existe uma boa base de trabalho que pode garantir um futuro positivo, para tal, considero essencial que no próximo CA se garantam três elementos essenciais:

– que se continue a reconhecer à arbitragem no BCR a devida importância;

– que continue a existir um membro especializado em BCR, à imagem do que se passou com o José Cardoso no atual CA;

– que na competição de topo se altere para três árbitros por jogo.

 

5 – O que torna o BCR uma vertente do jogo tão difícil e especial de apitar?

É algo inerente às próprias características desta vertente do basquetebol. Eu diria mesmo que resulta da própria essência do BCR. Existem imensas situações táticas em que os jogadores estão espalhados pelo campo todo, com potenciais pares de jogadores em todas as zonas do campo e com tentativas contínuas de bloqueios e de cruzamentos entre as cadeiras. O jogo fica tão espalhado que é extremamente difícil conseguir vigiar todos os jogadores.

E quando o jogo é arbitrado por apenas dois árbitros, como acontece na esmagadora maioria dos jogos em Portugal, torna-se quase impossível garantir uma adequada cobertura. Na vertente do basquetebol a pé, é muito raro ter jogadas com uma dispersão de jogadores deste tipo. Por fim, importa salientar que o nível de contacto num jogo de BCR de topo é elevadíssimo (certamente, ainda maior do que na vertente do basquetebol a pé), sendo essencial o posicionamento dos árbitros para garantir uma correta seleção dos contactos que devem ser sancionados; em especial, as transições (quando as cadeiras se cruzam) são extremamente complexas de analisar. Apenas uma pequena parte destes contactos são faltosos.

 

Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio

 


GDD Alcoitão e APD Lisboa vencem eliminatória do playout

No Campeonato Nacional da 1ª divisão de BCR, APD Lisboa e GDD Alcoitão asseguraram o quinto e sexto posto, respetivamente, bem como a continuidade no escalão.

 

No Casal Vistoso, a APD Lisboa cedo descolou no marcador para averbar a vitória no segundo jogo do playout por esclarecedores 62-21. Os comandados de Daniel Pereira deram sequência positiva ao resultado obtido no encontro inaugural, com Ahmat Afashokov – 3.0 – (18 pts) e Ângelo Pereira – 2.5 – (13pts) em plano de destaque. Pela formação nortenha, sobressaiu Carlos Cardoso – 1.0 – (16pts) – 15-04 / 17-04 / 16-05 / 04-08.

Por sua vez, o GDD Alcoitão defrontou a APD Paredes, em Queluz, depois de triunfar na partida disputada no reduto do emblema liderado por Domingos Marinho. Desta feita, imperaram os visitantes – 48-55 -, mercê, em larga escala, do notável contributo do internacional brasileiro Flávio Cardoso – 4.0 – (28pts), secundado por Paulo Araújo – 1.0 – (11pts). Do lado cascalense, emergiram as atuações de Pedro André Gomes – 3.5 – (13pts) e Pedro Macedo – 4.0 – (10pts) – 16-09 / 14-16 / 10-18 / 08-12.

Na fase final do playout, as equipas vencidas nesta eliminatória, Lousavidas e APD Paredes, irão enfrentar-se com a manutenção em jogo, à melhor de três encontros, o primeiro dos quais agendado para o dia 30 de abril.


Portugueses lá fora: Christophe da Silva, Ismael de Sousa e Nuno Silva em foco

Na rubrica “Portugueses lá fora”, saltam à vista os resultados cem por cento vitoriosos obtidos por Christophe da Silva, na Nationale B, em França. Ismael de Sousa, do Santa Lucia Basket Roma, também obteve um saldo positivo. No campeonato suíço, Nuno Silva, dos Ticino Bulls, enfrentou uma maré de jogos com elevado grau de dificuldade.

 

FRANÇA

Nationale A

Christophe da Silva – 1.0 -, extremo do Cap Sport Art Aventure Amitie (CAPSAAA Paris), vive um momento favorável, conforme ilustra o registo imaculado das últimas partidas. Na visita ao Les Tiger’s Douai Handibasket, o conjunto parisiense impôs-se por 41-51, com o atleta luso a atuar 27 minutos, ao longo dos quais amealhou 7 pontos – 08-17 / 12-12 / 10-10 / 11-12. Seguiu-se a receção vitoriosa a Quercy Scorpions Caussadais – 59-42 -, novamente com intervenção direta do internacional português, que registou 20 minutos e 2 pontos – 17-12 / 12-10 / 10-12 / 20-08. Novamente na condição de anfitrião, o CAPSAAA Paris prevaleceu ante o Piranhas Es Blanquefort Handisport – 55-32. Desta feita, Christophe da Silva contribuiu com 4 pontos e atuou os 40 minutos – 17-23 / 21-14 / 21-10 / 16-11. A equipa da capital gaulesa ocupa o quarto posto, entre dez emblemas.

 

ITÁLIA

Série B

Com mais duas partidas disputadas face ao segundo classificado, o SSD Santa Lucia comanda o grupo D, da Série B. Entre os duelos a narrar, começamos pelo triunfo frente à ASD Disabili Don Orione – 52-39 -, embate no qual se destacou o poste Ismael de Sousa – 4.0 -, com uma colheita de 13 pontos – 12-10 / 03-09 / 26-08 / 11-12. Em novo compromisso caseiro, em sentido inverso, o conjunto romano saiu desfeiteado pelo Giovani Tenaci, único invicto da série, por 55-66. Ismael de Sousa repetiu a sua produção ofensiva, cifrada em 13 pontos – 15-11 / 13-17 / 12-19 / 15-19. Na jornada seguinte, o SSD Santa Lucia reergueu-se e superou a concorrência da ASD Crazy Ghost Battipaglia – 37-46 -, num confronto em que Ismael de Sousa apontou 12 pontos – 09-12 / 09-08 / 11-18 / 08-08. O coletivo da capital do país transalpino embalou para três êxitos. Em Roma, a histórica formação do BCR europeu dominou o dérbi com a Lázio – 62-26 –, com Ismael de Sousa a surgir como o quarto mais concretizador da sua equipa (9pts) – 20-08 / 16-00 / 19-06 / 12-12 -, e contornou igualmente a oposição da ASD Fly Sport Molise – 53-45. Fora de portas, no encontro em atraso relativo à primeira jornada, o SSD Santa Lucia vergou a ASD Disabili Don Orione, outro conjunto romano, por 45-55. O atleta ex-APD Sintra emergiu como uma das principais figuras nos vencedores, ao marcar 13 pontos – 07-18 / 12-10 / 09-11 / 17-16. Em novo frente a frente com outra das equipas da cidade, o já mencionado Giovani Tenaci, o SSD Santa Lucia não foi capaz de vingar a derrota da primeira volta e caiu por 57-42. Com 9 pontos, Ismael de Sousa dividiu com Sbuelz o estatuto de melhor marcador na formação vencida – 16-04 / 11-10 / 18-10 / 12-18.

 

SUÍÇA

No campeonato suíço, Nuno Silva – 1.0 –, dos Ticino Bulls, teve pela frente vários compromissos desafiantes, a começar pelo embate com os Rolling Rebels, vitoriosos por expressivos 78-50. O atleta dos quadros da seleção nacional sub22 apontou 6 pontos – 12-16 / 16-10 / 28-12 / 22-12 Seguiu-se o frente a frente contra o consagrado – e líder – Pilatus Dragons, autoritários na receção ao conjunto fronteiriço – 73-23. A participação do extremo luso saldou-se por 3 pontos concretizados dos 6,75m – 12-02 / 25-06 / 22-09 / 14-06. Novamente ante os Rolling Rebels, desta feita em casa, os Ticino Bulls voltaram a ceder, embora por margem mais reduzida – 42-53. Nuno Silva amealhou 2 pontos – 12-16 / 09-12 / 13-09 / 08-16. Ausente por lesão, o jovem atleta nacional não pôde participar, devido a lesão, no encontro contra os Zuri Highland Bulls, que trouxe aos Ticino Bulls o primeiro triunfo de 2022 – 58-22. Já regressado, Nuno Silva foi a jogo na derrota diante dos Pilatus Dragons – 31-61.

 

Nota: fotografia da autoria de Laurent Bagnis.

 

 


Convocados da Seleção de BCR para o penúltimo estágio

A Seleção Nacional A de BCR prossegue o trabalho conjunto com o objetivo de preparar o Campeonato da Europa B/C, a decorrer entre 12 e 22 de junho. Marco Galego, selecionador nacional, e Ricardo Vieira, selecionador adjunto, procedem apenas a uma alteração entre os 14 atletas escolhidos, fazendo regressar o subcapitão Hugo Maia – 2.5 – (GDD Alcoitão). Em sentido oposto, face ao estágio realizado no final de fevereiro, Ibrahim Mandjam – 4.0 – (APD Sintra) sai do lote de convocados.

Portugal aguarda ainda o sorteio da prova, onde o objetivo assumido é de alcançar um posto nas oito primeiras nações e, assim, assegurar a subida ao grupo B, meta perseguida nas últimas duas edições do Campeonato da Europa C, em 2017 e 2019.

O Centro de Estágios do Luso, na Mealhada, repete o estatuto de “quartel-general” da Seleção de BCR. Estão previstas sessões de trabalho nos dias 23, 24 e 25 de abril, no Pavilhão Desportivo Municipal do Luso e no Pavilhão Municipal de Ventosa do Bairro.

 

CONVOCADOS

APD Braga

Henrique Sousa – 1.0

Filipe Carneiro – 2.0

Sílvio Nogueira – 2.0

José Miguel Gonçalves – 3.0

Hélder Freitas – 3.5

Márcio Dias – 4.5

 

Basket Clube de Gaia

Pedro Bártolo – 2.5

Luís Domingos – 2.5

Miguel Reis – 4.0

 

APD Lisboa

Ângelo Pereira – 2.5

Ahmat Afashokov – 3.0

 

GDD Alcoitão

Hugo Maia – 2.5

 

APD Leiria

Iderlindo Gomes – 4.0

 

CAPSAAA Paris (França – Nationale B)

Christophe da Silva – 1.0

 

Nota: fotografia da autoria da federação búlgara de basquetebol.

 

 


Noticias da Federação (Custom)

“Foi um jogo muito competitivo e o benfica levou a melhor”

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Miguel Maria

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