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Tamara Milovac, jogadora do CP Natação, foi a mais valiosa da final.

Guifões S.C. 72-63 CP Natação

O Pavilhão São Miguel, na Guarda, recebeu a grande final do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão feminina que terminou com a vitória da formação de Matosinhos. Além da já garantida subida de divisão, a equipa de Pedro Dias conquistou o título que escapou na final da temporada passada.

Depois de uma primeira parte bastante disputada, com as duas equipas a irem para o tempo de descanso separadas por apenas um ponto (36-35), o Guifões S.C. recolocou-se na liderança do marcador ainda durante o 3.º quarto e nunca mais de lá saiu até à buzina final.

A vantagem máxima no encontro (11 pontos) foi alcançada já durante os últimos minutos da partida, sem o CP Natação conseguir reverter a situação desfavorável. Além de controlar a luta das tabelas (43 ressatos contra 36), o Guifões S.C. foi mais eficaz no momento de lançar ao cesto. 

Na formação de Ermesinde sobressaíram Tamara Milovac (17pts, 9res, 1as e 2dl), Catarina Rolo (11pts, 3res, 1as e 1dl) e Sofia Almeida (7pts e 10res), já nas campeãs nacionais realçar as performances de Joana Cruz (15pts, 17pts e 1as), Renata Ribeiro (18pts, 5res e 3as), Isabel Leite (14pts, 7res e 2rb) e Filipa Marques (13pts e 1res).

Um duelo para ver em direto na FPBtv.

CLIP e CB Queluz, que já asseguraram a subida de escalão, disputam o jogo do título, que tem transmissão na FPBtv.

Entrevistámos Francisco Costa, treinador do clube de Ermesinde, um dos rostos deste grande feito.

Nota: Foto de MaryBasket

Qual é a sensação após esta subida do CPN, num regresso de um histórico à Liga Feminina? 

Sensação de dever cumprido, acima de tudo! Uma alegria, uma satisfação enorme por finalmente devolvermos o nosso CPN ao patamar mais alto do basquetebol feminino nacional.

 A subida de divisão era um objetivo definido desde o início da temporada?

Inicialmente eu não estava diretamente ligado ao grupo sénior do clube, mas sabendo e conhecendo bem o “ar que se respira na nossa casa”, o objetivo sempre passou por lutarmos pela subida à Liga Feminina. Quando comecei a trabalhar com este grupo de trabalho estabelecemos outros objetivos face à situação em que nos encontrávamos, mas apesar disso, creio que nunca escondemos que estávamos sempre com o “olho na subida”, tentando alcançar a melhor posição possível em lugar de Playoff, para depois estarmos prontos para o verdadeiro “mata-mata”.

O CPN terminou a Fase Regular no sexto lugar, tendo eliminado depois a ESA e o Galitos na "negra". Quais as principais razões que explicam esta carreira em crescendo da vossa equipa?

 A mentalidade do grupo! Sem dúvida alguma de que foi a principal razão para o nosso crescendo durante a época, pois a qualidade sempre esteve presente. Faltava apenas um “clique” para encarreirarmos como queríamos. Esse  “clique” ficou demonstrado na vitória no início da segunda volta, no reduto da ESA. Daí em diante, o estado de espirito no grupo começou a ser outro, encarando cada jogo com a seriedade e foco necessário, para chegarmos onde chegámos.

Como perspetiva a próxima temporada? A final da 1.ª Divisão, diante do Guifões, ainda é o objetivo mais importante?

Acho que antes de sequer pensar na próxima temporada, temos ainda uma final da 1.ª Divisão para jogar, e claro, uma final é uma final, e se lá estamos é para tudo fazermos para sair com a vitória. Independentemente do resultado, o trajeto cumprido por este grupo foi fantástico, fruto do trabalho não de meses, mas de anos rumo a um “sonho” que no próximo ano vai ser de novo a nossa realidade. Ficaria muito satisfeito se no próximo sábado conseguíssemos encher a bancada com todos os que sempre apoiaram esta equipa, este nosso clube – pais, familiares, amigos, apoiantes e atletas de outros escalões – e que ainda no último sábado criaram um excelente ambiente em Aveiro. A todos eles, o meu, o nosso obrigado.

Destacamos, desde já, o grande apoio prestado pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira tendo em vista a preparação das partidas.

Fiquem a conhecer as 13 jogadoras convocadas por Ricardo Vasconcelos (selecionador) e José Araújo (treinador adjunto), ficando o staff completo com Inês Antunes (team manager), Ana Rola e Ana Pinto (fisioterapeutas).

De referir que Portugal efetuará ainda dois jogos na República Checa.

– Ana Carolina Rodrigues (Quinta dos Lombos)

– Catarina Mateus (União Sportiva)

– Emília Ferreira (GDESSA Barreiro)

– Inês Viana (Olivais Coimbra)

– Joana Soeiro (União Sportiva)

– Josephine Filipe (União Sportiva)

– Laura Ferreira (South Florida – EUA)

– Lavínia da Silva (BA London Lions – Inglaterra)

– Maria João Correia (Valência BC – Espanha)

– Maria Kostourkova (Washington State – EUA)

– Marcy Gonçalves (Olivais Coimbra)

– Sofia da Silva (Belfius Capitale Namur – Bélgica)

– Susana Carvalheira (AD Vagos)

O CPN ganhou no reduto do Galitos/CL Dr. Semblano por 55-51, na “negra” da meia-final dos Playoffs do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Feminina, e assim garantiu a subida à Liga!

Contas feitas, o clube de Ermesinde junta-se ao Guifões SC, que bateu a SIMECQ,  na Liga Feminina 2019-2020, tendo ambos encontro marcado para a final da 1.ª Divisão, na qual se discutirá o título.

Galitos/CL Dr. Semblano 61-59 CPN

O Galitos/CL Dr. Semblano começou por levar a eliminatória à “negra”, num jogo muito equilibrado.

Na formação aveirense as melhores em campo foram Joana Lopes (22pts, 9res, 3as, 6rb), Daniela Domingues (18pts, 7res, 3as, 2dl) e Mariana Oliveira (15pts, 3res, 2as, 1rb, 2dl), enquanto no CPN há que mencionar as prestações de Ana Oliveira (17pts, 3res, 2as, 1rb) e Catarina Rolo (13pts, 1res, 1as).

Galitos/CL Dr. Semblano 51-55 CPN

O CPN levou a melhor no jogo decisivo, sendo que nunca esteve em desvantagem no marcador, apesar da reduzida diferença.

No conjunto de Ermesinde assumiram o papel principal Eva Carregosa (12pts, 1res, 1as, 1rb), Tamara Milovac (11pts, 7res, 1as, 1dl), Sofia Almeida (10pts, 14res, 1rb) e Ana Oliveira (10pts, 3res, 2as, 3rb), ao passo que no Galitos estiveram em evidência Joana Lopes (18pts, 11res, 4as, 1rb), Ana Santos (13pts, 9res, 1as, 1rb) e Daniela Domingues (11pts, 7res, 3as, 1rb).

Guifões SC 83-64 SIMECQ

O Guifões SC venceu a SIMECQ pela segunda vez em outros tantos jogos, tendo contribuído para isso o parcial de 31-15 alcançado no terceiro quarto.

No emblema de Matosinhos assumiram preponderância Filipa Marques (19pts, 3res, 2as, 2rb), Djenifer Monteiro (17pts, 6res, 1as, 1dl), Joana Cruz (14pts, 14res, 2as, 1rb), Mariana Teixeira (12pts, 3res, 1as) e Renata Ribeiro (11pts, 1res, 2as, 2rb), sendo que no opositor da Cruz Quebrada ditaram leis Carolina Costa (29pts, 1res, 3as) e Lauren Varney (17pts, 11res, 2as).

Num Pavilhão Engenheiro Augusto Correia repleto de público e de entusiasmo, as donas da casa confirmaram o quarto título da sua história e também a “dobradinha”, esta temporada, após a conquista da Taça de Portugal.

Desde já, parabéns para o Olivais, Quinta dos Lombos e restantes intervenientes que deram muito brilho a esta Liga Feminina 2018-2019!

O Olivais Coimbra entrou com tudo, e com parciais de 25-12 e 23-17 colocou-se com uma vantagem de 19 pontos (48-29) ao intervalo.

Mas a Quinta dos Lombos reagiu em grande estilo no regresso dos balneários, ficando a apenas três pontos das anfitriãs (65-62).

Contudo, o Olivais não se deixou ultrapassar, avançando para o triunfo mais importante da temporada e que lhe vale um título há muito desejado.

No conjunto orientado por Eugénio Rodrigues sobressaíram Norianna Haynes, a MVP Tissot da final (23pts, 14res, 2as, 4rb), Inês Viana (23pts, 3res, 7as, 2rb), Raquel Alves (13pts, 4res, 1as, 1rb) e Tyler Gilbert (11pts, 5res, 1rb, 1dl), enquanto nos Lombos deram nas vistas Nassira Traore (17pts, 4res, 2as), Ana Carolina Rodrigues (17pts, 4res, 3as, 2rb) e Márcia Costa (11pts, 5res, 5as, 1rb, 1dl).

O Olivais venceu a Quinta dos Lombos no primeiro encontro, em Carcavelos, e por isso está a um triunfo da conquista da prova, dez anos depois, estando o segundo desafio agendado para as 16h30 deste sábado, com transmissão na FPBtv.

Por seu turno, os Lombos, que não se sagram campeões desde 2014, pretendem levar o duelo para a “negra”, marcada para as 18h30 de domingo, igualmente com a FPBtv na jogada.

Em jeito de antevisão entrevistámos as atletas Inês Viana (Olivais) e Merissa Quick (Quinta dos Lombos).

Inês Viana – Olivais Coimbra

O Olivais encontra-se a uma vitória de conquistar um título que lhe foge há 10 anos. Como se encontra o vosso grupo perante este momento? Pressão acrescida?

Estamos motivadas, mas conscientes das dificuldades de um jogo como este. Queremos muito ganhar o campeonato e sabemos que nos temos de superar para tal.

O fator casa dá-vos claro favoritismo?

Não! Não há favoritos numa final. Temos o privilégio de jogar no nosso campo, com os nossos adeptos, mas isso, por si só, não nos torna favoritas.

Em que aspetos o Olivais terá de ter mais atenção no segundo encontro?

Os Lombos são uma equipa muito atlética, com a melhor rotação da Liga e que vem com tudo para nos vencer. Temos essa noção, mas vamos tentar condicioná-las ao máximo.

Merissa Quick – Quinta dos Lombos

A Quinta dos Lombos tem que vencer o segundo jogo para permanecer na luta pelo título. De que forma terão de melhorar o vosso rendimento para o conseguir?

Embora o primeiro jogo não tenha sido a nosso favor, acreditamos que jogámos bem, e por isso tentaremos competir com toda a força nesta segunda partida.

A pressão pode ser um fator contra a vossa equipa?

Nós tentamos não olhar para os jogos como tendo pressão. Queremos que os próximos dois desafios terminem a nosso favor. Só queremos continuar a jogar.

Qual é o vosso estado de espírito antes de um momento tão decisivo?

Estamos entusiasmadas por sermos uma das duas únicas equipas ainda em prova. Estamos gratas por essa oportunidade.

Sábado, dia 4 de maio, a final regressa para o jogo 2, disputado em Coimbra, no Pavilhão Engenheiro Augusto Correia.

O Pavilhão Desportivo dos Lombos encheu para o 1.º jogo da final do Playoff da Liga Feminina e viu a equipa da casa ficar limitada a apenas 9 pontos no quarto inicial da partida. Mais eficazes e com uma entrada de rompante no jogo, o Olivais foi para o 2.º quarto a vencer pela confortável margem de 19 pontos (9-28).

Ainda antes do descanso a Quinta dos Lombos conseguiu recuperar um pouco da desvantagem obtida nos dez minutos iniciais do encontro, porém, foi no regresso dos balneários que a aproximação ao Olivais se confirmou. O parcial de 14-2 a abrir a 2.ª parte colocou a fomação da casa a uma posse de bola das adversárias, que souberam manter a compostura e a liderança da contenda. 

No derradeiro quarto e apesar das novas investidas das anfitriãs, as conimbricenses conseguiram manter-se na dianteira do marcador, fixando o resultado final em 61-68.

Nassira Traore (14pts, 3res e 1rb), Chanaya Pinto (13pts, 8res, 1as, 1rb e 4dl) e Márcia Costa (10pts, 5res, 10as, 1rb e 1dl) foram as melhores na Quinta dos Lombos, ao passo que no Olivais sobressaíram Norianna Haynes (23pts, 17res e 1as), Inês Viana (18pts, 13res, 5as e 1rb) e Hristina Marjanovic (13pts, 1res, 1as e 1rb).

Em jeito de antevisão, falámos com Luís Oliveira, elemento da equipa técnica do GDESSA Barreiro, que “caiu” nas meias-finais do campeonato aos pés do Olivais, e comentador da FPBtv.

Na tua opinião quais são os pontos fortes de Olivais e Lombos? E quais os aspetos que cada equipa pode explorar relativamente à outra?

Antes de mais, começar por parabenizar ambos os finalistas, Olivais Coimbra e Quinta dos Lombos. Começando pelo Olivais, que foi o primeiro classificado da Fase Regular, é a equipa da Liga que faz mais pontos, com uma média de 78 por jogo, sendo que esta produção ofensiva está muito dependente do seu cinco inicial. As cinco jogadoras mais utilizadas são responsáveis por 85% das decisões do conjunto, com a química criada pela liderança da Inês Viana e o rendimento da Norianna Haynes a serem os pontos mais fortes, na minha opinião. Já a Quinta dos Lombos foi a equipa que esteve mais tempo no comando da prova, acabando por terminar como terceira classificada apenas nas últimas jornadas. É a formação que utiliza a maior rotação, com um misto de experiência e juventude, utilizando em média 9/10 jogadoras por partida, e sendo, a meu ver, a equipa mais física da Liga. A rotação permite-lhes manter uma intensidade constante, que sob a égide da líder e experiente Márcia Costa pode vir a fazer a diferença.

Para ti há um favorito nesta final? Ou estamos a falar de duas equipas com a mesma valia?

Não consigo arriscar nenhum favorito. Se olharmos para toda a Liga e, mais recentemente, para os primeiros resultados da meia-final, percebemos que existiu bastante equilíbrio e uma constante incerteza nos resultados. Olivais e Lombos são duas equipas que chegam à final depois de nas duas eliminatórias anteriores não terem conseguido vencer sem qualquer derrota, mais uma confirmação de todo o equilíbrio da competição. Em 2018-2019 consigo encontrar alguns dados a favor do Olivais, mas que nestas circunstâncias têm o valor que lhes quiserem dar. Já venceram uma competição (Taça de Portugal), o facto de terem terminado em primeiro na Fase Regular confere-lhes o fator casa, e em três jogos disputados entre as duas equipas o Olivais tem duas vitórias e uma derrota. Por outro lado, não nos podemos esquecer de que, tal como em 2017-2018, a Quinta dos Lombos está novamente na final.

O que esperas desta final? O percurso de ambas as equipas surpreendeu-te nalgum aspeto ao longo deste campeonato?

Espero uma final recheada de equilíbrio, na qual os ataques se vão sobrepor às defesas e em que o vencedor apenas será encontrado nos pequenos detalhes. Tendo em conta todo o equilíbrio que se viveu ao longo da época, penso que qualquer um dos quatro primeiros classificados seriam justas presenças na final. O meu desejo é que existam prolongamentos em todos os jogos, que a eliminatória apenas se decida na “negra” e que ninguém se lesione. Espero que todos os envolvidos desfrutem e que continuem a dignificar o que de bom se faz no basquetebol feminino.

Fiquem com a sua antevisão.

O que esperas desta final entre Olivais e Quinta dos Lombos? Há algum favorito, na tua opinião?

Sendo uma final e com tudo o que isso implica, espero, sem dúvida, muita emoção e equilíbrio em todos os jogos. Nesta altura, e sendo as equipas que são, não há favoritos, até porque nos confrontos diretos sempre houve muito equilíbrio. São os detalhes e a atitude com que cada equipa entrar dentro de campo que vão ditar o vencedor desta edição da Liga Feminina.

Quais são os pontos fortes de cada uma das equipas?

Temos um Olivais com atletas com muita experiência e com um jogo interior fortíssimo, enquanto os Lombos têm um banco com maior profundidade e um jogo pautado por transições rápidas e tiro exterior, o que acabam por ser as suas maiores armas.

Olhando para toda a Liga, surpreendem-te estes finalistas?

Não me surpreende de forma alguma, acabam por estar na final as duas equipas mais consistentes desta época e a prova disso mesmo é terem chegado até este momento de decisão. Que ganhe a melhor e que seja um bom espetáculo!