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Uma das grandes figuras do basquetebol português, Mery Andrade representou Portugal ao mais alto nível numa carreira que se alongou por duas décadas e a levou a diferentes pontos do globo.

Numa altura em que se celebra o “Mês da Mulher”, a atual treinadora-adjunta do Birmingham Squadron, equipa de desenvolvimento dos New Orleans Pelicans, falou à FPB sobre a evolução a que assiste na modalidade.

A ligação ao basquetebol iniciou-se cedo: “Tinha 14 anos e praticava todos os desportos, sempre na Escola Secundária de Massamá, e uma das raparigas com quem jogava nos intervalos, a Sandra Lucas, jogava basquetebol num clube. Um dia a Sandra perguntou-me se eu não queria ir a um treino dela, na Escola Secundária da Amadora e eu fui”, relembra.

“Foi um treino duro! No final o treinador pediu-me desculpa, disse que tinha tido azar porque na véspera tinham perdido o jogo, mas eu gostei bastante. Perguntou-me em que equipa estava, eu respondi que só jogava na escola, e ele disse “Então ficas connosco”. No fundo foi assim que a minha “carreira” no basquetebol começou”, elabora.

Mery recorda o momento em que conheceu José Leite, antigo selecionador nacional e atual treinador da Quinta dos Lombos, figura que foi importante para o seu crescimento: “Tivemos um jogo em que não tínhamos árbitros e chamaram alguém da bancada para apitar. Depois fiquei a saber que essa pessoa era o José Leite, que na altura era o selecionador. Ajudou-me a tratar das questões referentes à nacionalidade e depois convidou-me para um estágio em Oeiras. A partir daí tive a oportunidade de representar Portugal”.

Com uma carreira que se estendeu durante duas décadas, são várias as memórias e momentos que a antiga internacional lusa viveu. Na altura de recordar qual o episódio que mais a marcou a resposta é rápida: “Diria que a que mais me marcou e mudou a minha vida foi quando decidi ir para os Estados Unidos. Primeiro, porque acho que foi a coisa mais complicada que tinha feito na vida até então, ir para um país do qual não falava a língua, o inglês não era o meu forte e graças a Deus que tinha a Ticha [Penicheiro] e a Clarisse [Machanguana]”.

É com bons olhos Mery Andrade, a sexta atleta mais internacional pela equipa das Quinas com 129 internacionalizações pelas várias seleções nacionais, assiste à evolução da modalidade em Portugal:

“A evolução no nosso basquetebol é clara. Lembro-me quando eu e a Ticha estávamos na seleção a prepararmo-nos para um campeonato da europa, ouvimos falar da Vera Jardim, que tinha sido a primeira jogadora portuguesa a vir para os Estados Unidos para a Universidade de Georgia. Era um sonho, só a Vera é que o tinha conseguido, e agora quando olho para o nosso basquetebol feminino já temos equipas portuguesas a competirem bem nas provas europeias, muitas jogadoras a irem para os Estados Unidos para a Universidade, vão jogar para Espanha, Itália, entre outros países, o que mostra que a formação em Portugal é boa. Esses países são conhecidos pelo basquetebol e se estão dispostos a receber portuguesas como estrangeiras, então quer dizer que o nível é elevado e isso vê-se nas seleções”

Confessa ser uma “apaixonada” pela modalidade e aconselha as jovens que agora iniciam a sua caminhada na modalidade a encontrarem o que as motiva: “O basquetebol é um jogo, para mim é uma paixão. Quando se começa a jogar é que se descobre o amor pela modalidade e isso pode ser em várias áreas do jogo: para mim era a defesa e foi isso que me marcou e marcou a minha carreira”, explica.

“É preciso encontrar aquela coisa que nos leva para o pavilhão e a ir para fora, atualmente até têm mais oportunidades do que as que eu tive quando comecei a jogar que é o 3×3. Eu fazia 3×3 mas tinha que jogar contra rapazes, não tinha muitos sítios. Eu começava logo muito cedo no parque central da Amadora porque depois vinham os jogadores todos das seleções e eu não conseguia jogar. Agora existem muitos campos, que estão a ser renovados o que é uma ótima iniciativa porque também ajuda a fazer crescer essa paixão pela modalidade”, conclui.

Caído o pano sobre a Final Four da Taça de Portugal Skoiy, é hora de fazer o balanço de um ponto alto que acabou por sorrir à Quinta dos Lombos.

A Maia acolheu a competição, no Pavilhão Municipal de Pedrouços, e muita animação e espetáculo não faltaram durante dois dias, com uma final emocionante a ser a cereja no topo do bolo, perante bancadas repletas de público. Sem esquecer o exterior do recinto, com um insufláveis e a presença de uma carrinha do Associativismo Juvenil – Escola para a Igualdade.

No rescaldo da Final Four, a FPBtv falou com Hernâni Ribeiro, vereador do desporto da Câmara Municipal da Maia, Ricardo Santos, diretor da Skoiy (sponsor da prova), Gil Cruz (diretor de competições da FPB), Sara Ferreira (vice-presidente da FPB) e Manuel Fernandes (presidente da FPB).

O colorido foi constante: dentro e fora do pavilhão.

A primeira edição da iniciativa “Time Out”, ligada ao movimento “Impulso Feminino”,  sob o slogan
“Eu quero. Eu posso. Eu consigo!”, foi um verdadeiro sucesso, com a presença de 60 crianças do sexo feminino, praticantes de basquetebol, no Pavilhão Municipal de Pedrouços, na Maia, este domingo.

A FPBtv marcou presença no evento e ouviu as reações de pequenos e graúdos, que não esconderam a satisfação.

Este “Time Out” contou com quatro convidados especiais: Ana Costa, árbitra da Liga Betclic Feminina e Proliga, que agradeceu esta oportunidade; Francisco Amiel, jogador internacional português ao serviço da Ovarense GAVEX, que falou da responsabilidade que os atletas de alta competição relativamente a lutar por estas causas; Daniela Gomes, coordenadora de basquetebol do Maia BC, que se mostrou muito feliz por receber um evento do género; e Márcia Costa Robalo, jogadora internacional portuguesa do GDESSA Barreiro, que se mostrou sensibilizada com o cenário que encontrou.

Com Cátia Mota e Diogo Carreira, elementos do marketing e eventos da FPB, como apresentadores, estiveram presentes jogadoras do Maia Basket, Juvemaia, Guifões, António Aroso, Académico, Coimbrões, Núcleo de Valongo e CPN.

Para “ajudar à festa”, as mascotes federativas, Blitz e Tiry, foram outro dos destaques do evento, que contou ainda com a atuação de Axelle OG, que habitualmente dá espetáculo nos jogos sob a chancela da Betclic.

Os convidados falaram sobre os seus percursos no basquetebol e na vida e responderam às perguntas das crianças, numa manhã pontuada por muitos exercícios e quizzes sobre a modalidade.

A Quinta dos Lombos é a grande vencedora da 60.ª final da Taça de Portugal Skoiy depois de ultrapassar o SL Benfica por 53-51. Numa final de grande equilíbrio entre as duas formações, foi a equipa de Carcavelos que conseguiu interromper a hegemonia encarnada que se alargou às duas últimas edições da Taça de Portugal Skoiy.

O SL Benfica começou melhor, mas rapidamente a Quinta dos Lombos mostrou ao que vinha e encerrou o 1.º quarto na dianteira do marcador (17-12). A formação encarnada conseguiu superiorizar-se antes do intervalo e através de um parcial de 13-15 conseguiu reduzir a diferença para apenas uma posse de bola (30-27). A entrada na segunda metade do jogo voltou a mostrar a superioridade da Quinta dos Lombos que apenas deixou escapar a liderança já nos últimos segundos do 3.º quarto (43-46).

O Benfica passou para a frente da partida, mas viria a marcar apenas cinco pontos no último quarto, face aos dez da Quinta dos Lombos. A equipa de carcavelos foi mais forte na luta das tabelas e mostrou-se mais eficaz no momento de lançar ao cesto, fechando a partida com um 53-51. Depois de ter conquistado a Taça de Portugal em 2011 e 2020, a equipa de Carcavelos reconquista a prova rainha do basquetebol nacional.

Nos Lombos, realce para a exibição da MVP Luiana Livulo que contribuiu com nove pontos e 10 ressaltos num total de 18 pontos de valorização, Rosemarie Julien (12pts, 7res, 2rb, 1dl) e Inês Faustino (16pts, 4res, 4ast). Nas “águias”, Carolina Rodrigues (10pts, 8res, 2ast, 3rb) e Raphaella Monteiro (8pts, 8res, 3ast, 1dl) foram as mais inspiradas.

Este domingo de manhã, no Pavilhão Municipal de Pedrouços, palco da Final Four da Taça de Portugal Skoiy, realizou-se a primeira edição do “Time Out”. Sob o lema do “Impulso Feminino”, com o slogan “Eu quero. Eu posso. Eu consigo!”, cerca de 60 crianças do sexo feminino deram brilho ao evento, que contou com a presença das convidadas Márcia Costa Robalo (jogadora internacional portuguesa ao serviço do GDESSA Barreiro, eleita basquetebolista da década 2010-20), Ana Costa (árbitra da AB Porto da Liga Betclic Feminina/Proliga) e Daniela Gomes (coordenadora técnica do Maia Basket), e do convidado Francisco Amiel (jogador internacional português da Ovarense GAVEX).

Com Cátia Mota e Diogo Carreira, elementos do marketing e eventos da FPB, como apresentadores, estiveram presentes jogadoras do Maia Basket, Juvemaia, Guifões, António Aroso, Académico, Coimbrões, Guifões e CPN.

Para “ajudar à festa”, as mascotes federativas, Blitz e Tiry, foram outro dos destaques do evento, que contou ainda com a atuação de Axelle OG, que habitualmente dá espetáculo nos jogos sob a chancela da Betclic.

Os convidados falaram sobre os seus percursos no basquetebol e na vida e responderam às perguntas das crianças, numa manhã pontuada por muitos exercícios e quizzes sobre a modalidade.

A Quinta dos Lombos e o SL Benfica vão encontrar-se na final da Taça de Portugal Skoiy, agendada para este domingo (15 horas, transmissão em direto na FPBtv, cujo acesso é gratuito, e RTP2), no Pavilhão Municipal de Pedrouços, na Maia.

O emblema de Carcavelos chega ao jogo decisivo depois de eliminar o Galitos Cl. Dr. Semblano, com um resultado de 71-60, enquanto as “águias” bateram o CP Natação Imopartner por 57-44.

A Quinta dos Lombos tem duas Taças de Portugal no palmarés, sendo que, curiosamente, com a sua conquista de 2019-20 foi a última equipa a ganhar uma prova nacional antes do Benfica. As “encarnadas”, desde aí, ganharam os últimos nove títulos nacionais em disputa, onde se incluem duas Taças de Portugal, as duas únicas do seu currículo.

Este vai ser o terceiro duelo entre ambas as equipas da temporada, depois de dois triunfos benfiquistas na Liga (82-66 em Carcavelos e 83-62 na Luz).

No campeonato, e quando estamos a duas jornadas do final da Fase Regular, a Quinta dos Lombos ocupa o quinto lugar da classificação, enquanto o Benfica é o líder invencível.

Na flash-interview do Lombos vs. Galitos, Raquel Alves, jogadora da turma de Carcavelos, afirmou que a equipa necessita de “estar assertiva a nível ofensivo”, vincando que a defesa “vai ser o ponto-chave”. Já o treinador, José Leite, garantiu que a equipa se vai preparar da melhor forma possível, tendo referências sobre as “águias”.

Por seu turno, no Benfica, o seu técnico, Eugénio Rodrigues, destacou que a equipa vai ter de melhorar na eficácia de lançamento, comparativamente a este sábado, e que terá de condicionar a Quinta dos Lombos. Já a capitã das “encarnadas”, Joana Soeiro, relembrou que recentemente houve um embate entre estas duas equipas, salientando ainda a “experiência” do grupo de trabalho e que “não há finais iguais”.

O SL Benfica ultrapassou o CP Natação Imopartner por 57-44 e marcou encontro com a Quinta dos Lombos na final da Taça de Portugal Skoiy, que se realiza este domingo (15 horas), com transmissão em direto na FPBtv, cujo acesso é gratuito, e na RTP2.

As “encarnadas” estiveram quase sempre na liderança do resultado, com um parcial de 18-8 no primeiro quarto a mostrar-se importante para o desfecho final.

Mas as campeãs nacionais, que são detentoras das duas últimas Taças de Portugal, tiveram bastante réplica da formação de Ermesinde, que nos derradeiros 10 minutos chegaram a estar a seis pontos do Benfica.

O Benfica apontou nove triplos, ganhou 54 ressaltos e contou com as exibições de Marta Martins (13pts, 3res, 4ast), Carolina Rodrigues (11pts, 3/6 3P, 2res, 2ast, 1rb), Raphaella Monteiro (9pts, 18res, 1ast, 2rb) e Courtney Warley (15res).

Quanto ao CPN, que converteu 15 dos seus 20 lances livres, sobressaiu na defesa, provocando 15 turnovers nas “águias”, com as suas principais figuras a serem Mykea Gray (21pts, 9/9 LL, 7res, 2ast, 2rb), Alison Lewis (10pts, 4/4 LL, 7res, 1rb) e Isabela Quevedo (11res).

A Quinta dos Lombos assegurou lugar na final da Taça de Portugal Skoiy, depois de vencer o Galitos Cl. Dr. Semblano por 71-60.

Após um primeiro quarto equilibrado (23-19 para os Lombos), a formação de Carcavelos acabou por fugir no marcador graças a parciais de 17-11 e 18-15.

Os Lombos, que chegaram a dispor de vantagens de 16 pontos no derradeiro quarto, avançaram para o apuramento, numa partida em averbaram 14 dos 17 lances livres a seu favor, 46 ressaltos e 24 assistências.

No capítulo individual, no emblema da Linha de Cascais, sinal mais para as exibições de Michaela Porter (16pts, 17res, 1ast), autora de um duplo-duplo, e de Rosemarie Julien (16pts, 5/10 2P, 6/6 LL, 4res, 5ast, 1rb), enquanto no Galitos deram nas vistas Bárbara Souza (15pts, 6/11 2P, 6res, 1ast, 1rb) e Sydne Wiggins (14pts, 4/6 3P, 4res, 6ast).

A Quinta dos Lombos espera agora pelo desfecho entre SL Benfica e CP Natação Imopartner para conhecer o adversário na final. O emblema de Carcavelos conta com duas Taças de Portugal no seu palmarés.

A Taça de Portugal Skoiy marca o calendário competitivo do basquetebol nacional durante o fim de semana. A segunda meia-final, marcada para amanhã, sábado, a partir das 17h30, coloca frente a frente SL Benfica e CPN Imopartner num encontro para acompanhar na FPBtv, cujo acesso é gratuito.

Na antecâmara do encontro, Marta Martins, das “águias”, e Laura Silva, da formação de Ermesinde, falaram à FPB.

“Os dois jogos que disputámos contra o CPN foram intensos e disputados até ao final. É uma equipa agressiva, que gosta de correr o campo. Para além disso, vem de uma vitória importante no campeonato, o que lhes pode dar uma motivação extra”, explica Marta Martins.

O Benfica, que esta época ainda não perdeu nas competições internas, procura vencer esta prova pela terceira vez consecutiva e levantar o seu quarto troféu da presente temporada. “Sabemos que temos uma responsabilidade acrescida por tudo aquilo que temos conquistado. Aceitamos essa responsabilidade, mas em finais não há favoritos”, confessa.

“Sabemos que tudo aquilo que fazemos, dentro e fora de campo, vai ter impacto nos resultados da equipa. Por si só, isso já é algo que não nos deixa relaxar. E, na verdade, a conquista de um título é sempre tão boa como se fosse a primeira vez”, elabora.

A internacional lusa considera que “a equipa que conseguir ser mais consistente durante os 40 minutos, quer a nível físico, quer a nível mental, vai ser feliz”, e afirma que a experiência nas competições europeias lhe permitiu “sentir na pele que há toda uma realidade que vai muito para além daquilo que vivo em Portugal. Estas experiências fazem-nos crescer e querer mais, a todos os níveis. Sinto-me fisicamente e psicologicamente bem e, quando assim é, tudo se torna muito mais fácil”.

Pela frente o Benfica vai encontrar o CPN Imopartner, equipa de Ermesinde que regressou esta temporada à Liga Betclic Feminina após um ano no Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Feminina. Laura Silva, base internacional pelas camadas jovens de Portugal, destaca o poderio do Benfica, mas afirma que a equipa também tem objetivos.

“O Benfica ainda não perdeu em jogos a contar para as competições nacionais, o que mostra que estamos perante uma equipa de grande qualidade e muito consistente. É um adversário recheado de grandes jogadoras e que está muito bem orientado. É forte em todos os aspetos do jogo, contando com atletas internacionais em praticamente todas as posições”, atenta.

A jovem recorda o embate anterior entre as duas equipas e explica que o grupo retirou ilações da forma como atuou: “No último jogo entrámos muito mal na partida, permitindo que ganhassem uma vantagem confortável. Perante clubes com a qualidade do Benfica não podemos deixar que isto aconteça, temos de entrar concentradas e manter essa concentração durante o jogo todo”.

“Neste jogo temos de repetir o que fizemos de bom na segunda parte do encontro anterior, durante todos os parciais, e não apenas em momentos únicos. Penso que grande parte das nossas possibilidades de sucesso passam pela forma como iremos defender e lutar por cada bola. Somos uma equipa jovem, mas com capacidade e ambição. Acreditamos que podemos vencer”, assevera a base.

A internacional jovem por Portugal considera que a vitória frente ao GDESSA foi um “grande estímulo” porque mostrou que “conseguimos lutar e ombrear contra as melhores equipas da prova”. “Foi um tónico importante antes da Final Four. Estamos muito motivadas para fazer história pelo CPN”, afiança.

“Conquistar a Taça de Portugal seria sempre um sonho tornado realidade. Tratando-se de um facto inédito na história do CPN, juntar o meu nome à lista de atletas responsáveis por esse possível feito seria algo inesquecível. Ainda para mais pela forma como fui recebida no clube. Se partilhar um momento como esta Final Four com este grupo de atletas, colegas e treinadores já é recompensador, imagino como será levantar o troféu”, conclui a base.

O encontro tem início marcado para as 17h30 e decorre no Pavilhão Municipal de Pedrouços, na Maia. As entradas para cada um dos dias de Taça de Portugal Skoiy são livres, mas sujeitas à lotação máxima do pavilhão. Os ingressos têm de ser levantados à entrada do recinto. A “Taça” tem transmissão em direto na FPBtv, cujo acesso é gratuito

A Final Four da Taça de Portugal Skoiy arranca com um duelo entre Quinta dos Lombos e Galitos Cl. Dr. Semblano, este sábado, a partir das 15 horas, com transmissão em direto na FPBtv, cujo acesso é gratuito.

Na antevisão da partida falámos com Suraya Rijal e Daniela Domingues, jogadoras do emblema de Carcavelos e das aveirenses, respetivamente.

“Encaramos todos os jogos da mesma forma. Ganhámos as duas partidas anteriores frente ao Galitos, mas trata-se de uma equipa forte e com jogadoras experientes, então pensamos neste duelo como pensamos no primeiro e no segundo, com a mesma atitude de sempre”, começa Rijal, atleta da Quinta dos Lombos.

O conjunto lisboeta está de regresso à fase decisiva da competição pela primeira vez desde 2019/20, época em que conquistou a prova. Atualmente na 5.ª posição da Liga Betclic Feminina com 11 vitórias e nova derrotas, Suraya aponta à consistência como fator que pode ser decisivo: “Temos de ser mais consistentes, principalmente na segunda parte. Penso que esse é um aspeto que nos poderá levar ao sucesso. São encontros de maior concentração e em que têm de se cometer menos erros”, elabora.

“O nosso objetivo será sempre vencer, qualquer que seja a competição, e a Taça de Portugal não é uma exceção. Somos uma equipa trabalhadora e intensa, que tem vindo a crescer. Temos muito para aprender, mas estamos num bom caminho”, explica a atleta da formação de Carcavelos.

Formada na Quinta dos Lombos, Suraya Rijal descreve o clube como uma “família” e confessa que “seria um momento muito especial poder alcançar mais um objetivo, que é levantar o troféu”.

Pela frente terá o Galitos Cl. Dr. Semblano, equipa sediada em Aveiro e que conta com Daniela Domingues, internacional portuguesa e uma das figuras da equipa.

“Não era um objetivo traçado no início da época, até porque não é algo que dependa apenas de nós, os adversários que o sorteio dita, ajuda mais ou menos a marcar presença na Final Four. Mas temos sempre a ambição de competir o melhor possível para vencer o maior número de jogos”, afirma a base.

Uma equipa que terminou na 9.ª posição nas duas últimas temporadas da Liga Betclic Feminina, Daniela explica que o “plantel que não é muito longo, mas tem grupo com uma excelente relação interpessoal e com capacidade suficiente, nas diversas áreas do jogo, para competir com qualquer adversário”.

Com perto de 100 internacionalizações por Portugal nas diferentes seleções nacionais, a base analisa o seu adversário da meia-final:

“A capacidade para criar a partir do 1×1, aliada à manutenção dessas vantagens criadas até encontrar lançamentos abertos, onde jogadoras como a Rosemarie, Inês Faustino e a Porter são determinantes. É também uma equipa forte na luta das tabelas, o que devemos evitar pontos através de segundos lançamentos”

O plano é simples, ainda que difícil de concretizar: “Defensivamente queremos melhorar a defesa dos bloqueios diretos e o 1×1. Ofensivamente queremos explorar melhor as vantagens que podemos ter ao longo do jogo e partilhar melhor a bola, de forma a controlar o número de turnovers, até encontrar lançamentos abertos”.

A cumprir a quinta temporada na formação aveirense, para onde se mudou proveniente da AD Vagos, Daniela Domingues explica que neste tempo desenvolveu “um carinho especial pelo clube e, embora conquistar a Taça de Portugal seja sempre especial, seria mágico poder levantar o troféu com este grupo e por este clube”.

O encontro tem início marcado para as 15 horas e decorre no Pavilhão Municipal de Pedrouços, na Maia. As entradas para cada um dos dias de Taça de Portugal Skoiy são livres, mas sujeitas à lotação máxima do pavilhão. Os ingressos têm de ser levantados à entrada do recinto. A “Taça” tem transmissão em direto na FPBtv, cujo acesso é gratuito.

A esperada Final Four da Taça de Portugal Skoiy está a chegar e reúne alguma da elite do basquetebol feminino em Portugal. Entre as quatro equipas que vão marcar presença na Final Four, realce para as estreias de CP Natação Imopartner e do Galitos Cl. Dr. Semblano, que se juntam a SL Benfica e Quinta dos Lombos. Olhando para aquilo que têm sido as temporadas das quatro equipas, importa destacar o percurso que as levou até esta fase final da prova rainha do basquetebol nacional, mas sobretudo aquilo que as principais protagonistas do jogo têm feito ao longo da época.

Raphaella Monteiro, do SL Benfica, surge como a jogadora mais valiosa do campeonato, com 24.0 de valorização MVP, destacando-se igualmente nos pontos marcados (15.9 pontos por jogo, a 7.ª melhor marca da Liga Betclic Feminina), nos ressaltos conquistados (9.9 por jgo) e ainda na eficácia de lançamento onde apresenta a percentagem mais elevada (63%), tal como a colega de equipa Courtney Warley que também apresenta a mesma eficácia. As águias contam ainda com a pontaria de Darien Huff, a 5.ª mais eficaz a lançar da linha dos 6.75m, com uma percentagem de 40%. Nas assistências, a internacional portuguesa, Joana Soeiro, é a “rainha” da temporada com a impressionante média de 7.1 passes para cesto, por encontro.

A compatriota da internacional brasileira das “águias”, Barbara Souza, também surge em destaque ao ser a terceira jogadora mais valiosa do campeonato (22.1 valorização MVP) fruto daquilo que produz dentro de campo. A poste canarinha do Galitos é a líder dos ressaltos (12.2), mas juntado os mais de 13 pontos por jogo, ainda consegue ser a 4.ª mais forte no capítulo do passe com 4.5 assistências por partida. Além do experiente poste, o Galitos conta com a eficácia de Maria Neto (41% lançamento dos 3pts – terceira melhor marca do campeonato) e Sydne Wiggins (59% lançamento de campo). No capítulo defensivo, realce para o desarme de lançamento que a norte-americana Maeve Carroll consegue em média, figurando no top3 de jogadores com média mais elevada de desarmes de lançamento por partida.

O estreante CP Natação Imopartner também apresenta alguns destaques dignos de referência. A jovem cubana, Isabela Quevedo, é a 8.ª mais valiosa da Liga Betclic Feminina, com 18.7 pontos de valorização MVP e a 2.ª melhor ressaltadora da Liga (11.6 ressaltos por jogo). Além da poste do CPN, sobressai a norte-americana Mykea Gray, com uma média de 19.2 pontos por jogo, a segunda melhor marcadora do campeonato. A base do conjunto de Ermesinde, surge ainda como a sexta melhor a passar a bola (3.8) assistências e integra o top3 no que diz respeito aos roubos de bola no campeonato, com 2.7 por partida.

Na Quinta dos Lombos, quem assume protagonismo é Michaela Porter. A extremo-poste norte-americana da formação de Carcavelos tem estado em grande plano na estreia no basquetebol europeu e surge como a sétima jogadora mais valiosa da Liga (19.5 valorização MVP). A jogadora de 23 anos junta a capacidade anotadora – 14.8 pontos por jogo – com a luta nas tabelas (8.9 ressaltos por partida), sendo um dos principais chamarizes da Final Four agendada para este fim de semana.

As entradas para cada um dos dias de Taça de Portugal Skoiy são livres, mas sujeitas à lotação máxima do pavilhão. Os ingressos têm de ser levantados à entrada do recinto. A “Taça” tem transmissão em direto na FPBtv, cujo acesso é gratuito, e a grande final de domingo (15h00) a contar também com transmissão na RTP2.

Peça importante do GDESSA Barreiro, clube que representa, e da seleção nacional, Márcia Costa é uma das principais figuras do basquetebol português da atualidade. Em celebração do “Mês da Mulher”, que decorre em Março, a atleta falou à FPB sobre o seu crescimento na modalidade e a forma como vê o futuro.

“Sempre fui gulosa e aos 10 anos disseram-me que se fosse jogar basquetebol, recebia um gelado. Nem pensei duas vezes e fui jogar”, relembra. Foi assim que começou a caminhada desportiva da internacional lusa.

Num percurso que já a levou por Clube Naval Setubalense, Palmelense, Montijo Basket, Quinta dos Lombos, Atomeromu Szekszard (Hungria) e GDESSA Barreiro, onde colecionou diferentes títulos, Márcia recorda a memória mais “doce” que tem do basquetebol.

“Tenho uma memória muito antiga de ir ao Jamboree, de ficarmos numa escola e dormirmos no chão, de ser algo muito informal, mas super enriquecedor”. A base acrescenta: “Lembro-me bem dessa sensação de estarmos todas juntas, de passarmos o dia a jogar basquetebol e depois estarmos juntas durante a noite. Claro que ganhar títulos são coisas boas e que marcam, mas a memória mais antiga e doce que tenho é desse Jamboree”.

Com passagem por diferentes realidades, tanto no plano interno como no estrangeiro, Márcia vê “com bons olhos” a evolução da modalidade em Portugal: “Acho natural que a competitividade nas ligas tenha altos e baixos, há muitos fatores que o influenciam, mas fico orgulhosa ao perceber que a nossa modalidade está a ganhar algum espaço nos media. Deixa-me feliz e com esperança para o que aí vem”.

A atleta de 33 anos também não esconde a felicidade em ver o basquetebol nacional aliar-se a causas sociais, destacando a importância do desporto para os jovens. “Fico muito feliz por nós, enquanto modalidade, tocarmos em pontos importantes para a sociedade e lutarmos por causas sociais. O desporto é um meio que tem esse poder e fico orgulhosa ao ver que a minha modalidade também está nessas lutas”.

“É importante para as crianças que estão na formação terem acesso a estas lutas e perceberem que podem ultrapassar determinadas problemáticas que possam aparecer no seu percurso”, elabora.

A jogadora da década 2010-20 também tem esteve em destaque quando, em 2020, foi mãe. Poucos meses depois do nascimento do seu filho, Márcia estava de regresso aos trabalhos da seleção nacional e a competir ao mais alto nível. Conciliar a maternidade com o desporto profissional nem sempre é fácil, confessa, mas afirma que é importante mostrar as diferentes opções que as mulheres têm.

“Faço questão de mostrar as minhas opções depois de ser mãe para as pessoas perceberem que é um dos caminhos. Não vejo nada de mal se uma atleta decidir ser mãe e deixar de jogar basquetebol. Acho é que se uma mulher quer ser mãe não tem que “parar de viver” para isso acontecer, há que criar soluções para esta situação que existe na vida de uma mulher”, atenta.

“Não quero de todo passar a ideia de que tudo é um mar de rosas, porque não é, há dias complicados em que realmente a logística não é fácil, mas isso não é por ser mãe, é porque a vida assim o é. Nem sempre é fácil, mas o importante é que possamos fazer o que gostamos. Há sempre uma solução para mantermos a nossa vida, apenas requer esforço das jogadoras e abertura das entidades”.

Recordando o seu percurso, a atleta de 33 anos deixa um conselho para as jovens que agora iniciam a sua caminhada no basquetebol: “Existem várias maneiras de viver o desporto, várias maneiras de ser feliz a jogar basquetebol. Por vezes é seguir o caminho do profissionalismo, outras é conciliar o basquetebol com outra profissão. O nosso ponto alto não deve ser apenas entrar na WNBA, o basquetebol não é só isso, há várias maneiras de sermos felizes na modalidade e todas elas são válidas”.

“Aproveitem o percurso na formação, que é tão importante e de certeza que vão ter muitas memórias bonitas dessa altura. Não existe um só caminho para termos sucessos e sermos felizes”, conclui.