“Objectivos são os mesmos”

Depois de uma época ímpar na sua história, o clube do Corpo Santo não embarca em aventuras.

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19 JUL 2006

Chegar “aos play-off e o mais longe possível na Taça”, são os objectivos do presidente. Na formação não deverá haver grandes mudanças. Depois de alcançar um espaço entre as melhores do país, com a presença nas meias-finais da Liga Feminina e na final da Taça de Portugal (só perdendo nas duas ocasiões frente ao favorito CAB Madeira), poderíamos pensar que dirigentes e equipa técnica do Boa Viagem iríam apostar tudo na próxima época, de forma a garantir algo mais, arriscando também a estabilidade do clube… Mas Paulo Jorge Silva, não se deixa embalar pelos sonhos. Para o presidente é preciso manter os pés vem assentes no chão…

“Os objectivos na época passada foram ultrapassados. Conseguimos chegar às meias finais da Liga e à final da Taça, por isso excedemos as expectativas. Para o ano, os nossos objectivos são os mesmos. Ou seja, chegar aos play-off e ir o mais longe na Taça”, refere opresidente, sem esconder a satisfação pelo alcançado em 2005/2006: “Estou muito satisfeito com o ano que acabou. O clube mais uma vez conseguiu atingir patamares pouco habituais no basket açoriano feminino; mais uma vez conseguimos classificações inéditas e isso foi óptimo. Para além disso, tudo o resto correu bem…”. Para continuar na rota do êxito, o Boa Viagem aposta na manutenção da estrutura da época passada. Com Marcos Couto no comando da equipa, permanecem no plantel as portuguesas Ana Fonseca (base), Ana Teixeira (ext/poste), e Dora Gomes (ext.); para além da americana Shannon Howell, a melhor jogadora da Liga Feminina em 2006. Bárbara Silva (Babi) é outra presença assegurada no plantel, que deverá contar ainda com outras jogadoras formadas no clube. Exemplos, são as ainda juniores, Eliana Costa, Ana Carvalho e Renata Borges. Segundo Paulo Jorge Silva “temos um ponto positivo, que é conseguir manter algumas atletas de base da época passada. Esta foi uma conquista impor tante… Agora vamos tentar fazer uma equipa para lutar pelos nossos objectivos… Para além das cinco atletas que já referimos, andamos à procura da segunda estrangeira e vamos tentar contratar mais uma portuguesa. Estes são os dois lugares em aberto no plantel”. A estrangeira que falta deverá ser brasileira (a segunda opção é norte-americana); o nome da outra portuguesa está no ‘segredo dos deuses’. Outras dúvidas são as ‘estudantes’ Mónica Seidi, Sílvia Andrade e Joana Gomes… “Temos o problema de todos os anos haver jogadoras que querem tirar os seus cursos universitários e que para isso têm de saír da ilha… Temos três casos em que isso acontece, porque têm as suas metas e nós temos de respeitar isso… Só temos é de nos orgulhar, porquepara além de boas jogadoras, temos boas estudantes”, refere o presidente, preferindo olhar o problema pelo lado positivo… VENCER NA FORMAÇÃO Se no escalão de seniores os objectivos do Boa Viagem são comedidos, na formação o caso muda de figura. Na época que agora termina o clube do Corpo Santo venceu todas as provas locais em que participou e quer manter o mesmo registo na época 2006/2007. O presidente promete “equipas em todos os escalões”, dos minis às juniores, todas com ambições e vontade de vencer. “Os objectivos? Na época passada acho que vencemos todas as provas locais e por isso vamos tentar vencer outra vez”, refere Paulo Jorge Silva, reconhecendo que as coisas podiam ter corrido melhor nos Regionais de cadetes e juniores, que acabaram com as vitórias do Fayal Sport e do U. Micaelense… “Estávamos habituados a vencer sempre nos últimos anos e na última época deixamos fugir os títulos regionais de cadetes e juniores, mas acho que para o ano podemos dar a volta a esta situação. Mesmo assim acho que o saldo é positivo, porque lutamos sempre pelas vitórias nestes escalões e vencemos tudo nas Iniciadas… Por isso o objectivo para todos os escalões é chegar aos Nacionais”, refere o presidente. Para levar as equipas às vitórias deverão continuar nos escalões de formação Rita Barcelos, Sérgio Alves, Carla Toste e Laura Lemos, técnicos que este ano estiveram no clube. Paulo Jorge Silva é da opinião que são “técnicos em quem o clube confia e com quem esperamos contar”, no entanto ainda é cedo para definir lugares, sendo que a maior dúvida se prende com o escalão de juniores, “porque tem muito a ver com a equipa sénior. Ainda não nos sentamos para definir esta situação, mas com a coordenação do treinador principal vamos arranjar a melhor solução”, refere o dirigente, que fez um balanço positivo da formação na época que agora termina… “Na época passada o clube federou mais de cem atletas, que estiveram em actividade e não apenas inscritos. No escalão de cadetes, pela primeira vez, tivemos duas equipas. E fizemos muita competição. Nisso acho que a Associação está a trabalhar bem, porque tem tentado fazer mais jogos e mais provas, de forma a dar mais competição…”

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19 JUL 2006

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