2ª divisão BCR: Lousavidas aponta à subida no segundo ano em prova

A presidente da Lousavidas, Fátima Esteves, e o diretor desportivo, Óscar Silva, fizeram o balanço do jovem projeto, que acalenta escalar ao topo do BCR nacional.

Na época 2019/2020, Lousada inscreveu mais um nome no mapa de competições do BCR português, graças à entrada em cena da Lousavidas. O começo titubeante, patente no plantel de apenas 6 elementos, adversidade comum na constituição de equipas de modalidades Paralímpicas, não impediu o arranque, nem causa desânimo no presente a Fátima Esteves, que pressagia o alcance de objetivos ambiciosos a breve trecho. “É nossa intenção consolidar o projeto através da fidelização dos atletas atuais, captar outros atletas, manter e atrair mais patrocinadores e, aí sim, o nosso foco passa pela subida à divisão principal”, uma perspetiva partilhada por Óscar Silva, diretor desportivo, que salienta em específico a “necessidade de criar condições financeiras” para tamanho propósito.

Além do desafio inerente à vinda de novos praticantes, combatido em várias frentes – “promoção da equipa nas redes sociais, demonstrações nas escolas e comunidade, e o ‘passa-a-palavra’ dos atletas e membros diretivos” -, Fátima Esteves adverte para uma necessidade que recrudesce quando o público-alvo tem limitações motoras: o transporte. “Estamos sempre dependentes de aluguer e isso requer uma verba bastante avultada. Neste momento, o nosso principal apoio é a Câmara Municipal de Lousada, que nos disponibiliza o pavilhão para os treinos e verba financeira para despesas, e a União de Freguesias de Cristelos, Boim e Ordem, que nos garante o transporte, sendo que não tem veículo adaptado, e isso dificulta os cadeirantes”, explicita o obstáculo, contornado numa fase inicial com o apoio da APD Paredes, formação do 1º escalão que cedeu igualmente 4 cadeiras de BCR e acordou o empréstimo de jogadores ao conjunto novato. Somam-se “as despesas com o treinador”, acrescenta Óscar Silva, que enaltece, porém, o “apoio e carinho” de parceiros e patrocinadores, “quase todos do concelho de Lousada” e o amparo do município, verdadeiramente comprometido. “Já tivemos a presença em alguns treinos e jogos do vereador do Desporto, Professor António Augusto, e do Vereador da Ação Social, Dr. Nelson Oliveira. Sentimos também uma grande ajuda por parte dos funcionários do município nos pavilhões. São sempre muito prestáveis e competentes”, sublinha.

Entre o investimento material, atrair potenciais praticantes e a logística de transporte, o BCR assume-se como uma das modalidades de gestão mais exigente, panorama que não fez hesitar a escolha da Lousavidas na hora de trilhar oportunidades de prática desportiva para as pessoas com uma limitação motora no concelho. Conta a presidente que “o BCR se impôs a outra modalidade, porque a Câmara de Lousada, no âmbito das comemorações do Dia 3 de dezembro, promoveu uma atividade de demonstração, numa parceria com a FPB e a APD Paredes, e solicitaram a presença e participação das entidades ligadas à área da deficiência”. Daí se rumou ao lançamento das bases para a descolagem da Lousavidas no BCR, “modalidade Paralímpica muito apoiada em alguns países da Europa e da América Latina”, realça Óscar Silva, sem esquecer os países asiáticos em franca ascensão, Japão, Irão e Coreia do Sul, ou as potências Estados Unidos, Canadá e Austrália. O início do segundo “assalto” da Lousavidas, no Campeonato Nacional da 2ª divisão de BCR, está agendado para 24 de Outubro, frente à APD Braga “B”, no reduto da turma minhota.

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4 SET 2020