“A estrutura do GDESSA está ansiosa pelo começo desta aventura”
As campeãs nacionais entrarão em ação diante do Basketball Nymburk (20h30), ainda invicto na liga checa, à semelhança do GDESSA no nosso campeonato.
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12 OUT 2017
De referir que o emblema da Margem Sul do Tejo faz parte do Grupo H juntamente com KSC Szekszard (Hungria) e Virtus Eirene (Itália), além do adversário da primeira jornada.
Em entrevista à FPB, João Cardoso, treinador do GDESSA, foi o porta-voz do entusiasmo e da responsabilidade que se vive no clube.
Muita confiança nas hostes do GDESSA, com a aventura europeia aí a chegar, ainda para mais com o percurso até agora realizado na Liga?
Foi muito importante começar a Liga Feminina com duas vitórias. Toda a estrutura do GDESSA está ansiosa pelo começo desta aventura europeia que é a participação na Eurocup Women, e como é obvio estamos todos confiantes, mas também sabemos as enormes dificuldades que iremos encontrar ao defrontarmos adversários de tão grande qualidade.
Que análise faz do Nymburk, equipa que lidera o campeonato checo?
O Nymburk tem “passeado” na liga checa, vencendo os cinco jogos que disputou, alguns deles por diferenças muito significativas. É uma equipa com jogadoras muito altas e fortes (o seu jogo interior será seguramente um dos pontos fortes da equipa), dominam claramente a luta das tabelas e têm boa percentagem nos lançamentos de dois pontos, marcando em média 91 pontos por jogo.
O GDESSA terá que ser mais forte em que aspetos?
O GDESSA terá que ser forte em todos os aspetos do jogo. Pressionar sempre, não permitir ressaltos ofensivos controlando a tabela defensiva, jogar rápido em contra ataque e, fundamentalmente, controlar muito bem as posses de bola, selecionando os lançamentos e lançando com boas percentagens.
Olhando para os restantes adversários no Grupo H (KSC Szekszard e Virtus Eirene), como caracteriza este lote de equipas?
A equipa húngara disputou a pré-eliminatória da Euroliga, perdendo para as francesas possibilidade de estar na fase de grupos, sendo que a época passada venceu a fase regular e foi finalista da liga. Não tive a oportunidade de as ver jogar (irei fazê-lo aquando do nosso confronto com elas), mas estou a prever um adversário muito difícil que se preparou claramente com o objetivo de poder estar na fase de grupos da Euroliga. O Ragusa é uma equipa que sabe o que é participar na Eurocup Women, já que o ano passado chegou aos oitavos-de-final da competição e na fase de grupos esteve, curiosamente, no mesmo grupo do Nymburk, acabando estas por ser as duas equipas a passar em frente. Portanto, espero muitas dificuldades neste grupo que tem equipas de muita qualidade.
A passagem à próxima fase da EuroCup é um objetivo primordial?
Nesta competição não existem grupos fáceis. O nosso grupo, para além do valor dos nossos adversários, vai obrigar-nos a deslocações complicadas, de logística difícil. Quando temos Nymburk e Ragusa, que na época passada passaram em primeiro e segundo do respetivo grupo, e a elas se junta uma equipa húngara, que disputou o acesso à Euroliga, obriga-nos a traçar objetivos coerentes. O principal objetivo da nossa participação é tentar competir “de igual para igual”, proporcionar ao nosso lote de jogadoras portuguesas mais uma experiência internacional, agora ao nível de clubes (relembro que o plantel do GDESSA tem jogadoras que estão habituadas a competir ao nível de seleções em todos os escalões) e, fundamentalmente , ficarmos mais fortes e mais competitivos com a participação na EuroCup Women.