A nova geração

Aos poucos os escalões de formação vão-se renovando, permitindo o aparecimento de novas promessas e novas ‘estrelas’.

Associações | Atletas
7 NOV 2007

As certezas não são muitas nesta idade, mas Carolina é uma aposta de risco, que merece o destaque pela vontade e pelos pontos que vão valendo vitórias às iniciadas do Boa Viagem.

No ano passado foram cerca de vinte, que quinzena após quinzena fomos dando a conhecer nesta página de jornal. Esta época deram lugar a coisas mais urgentes nos dois primeiros números da temporada, mas agora estão de volta… As figuras da semana vão continuar por aqui, num pequeno espaço que quer (e vai) continuar a destacar as prestações dos atletas locais.Decididos a encontrar a primeira figura da época, passamos por alguns pavilhões, falamos com alguns treinadores, à procura do primeiro destaque. E dois jogos bastaram para a encontrarmos… Num dos escalões mais competitivos da época, aparece Carolina Costa. Uma ilustre desconhecida, que depois de meia época nas iniciadas do Boa Viagem, aparece esta temporada mais decisiva e mais influente no seio do grupo. Aos 13 anos, depois da iniciação na Ilha do Porto Santo e da passagem pela Escolinha de São João de Deus e minis do Boa Viagem, a nossa figura da semana revela que “o basket é divertido” e que está a trabalhar com vontade de progredir… “Sinto que estou a melhorar, mas acho que podia fazer melhor. Ainda é preciso mais trabalho. Tenho algumas dificuldades, no lançamento na passada por exemplo e também sou um bocadinho individualista. Tenho de melhorar um pouco isso… Foi importante ajudar a equipa nestes primeiros jogos, mas vamos ver. Este ano o que quero é marcar mais pontos, ganhar jogos e ver depois o que se passa”. Numa frase nota-se a timidez, a vergonha em falar demais e os pés assentes no chão. Carolina não embarca em fantasias, nem tem pressa de viver o futuro. Faz o seu trabalho, dá tudo o que tem em campo, mas fica por aí. Revela que “não foi difícil” a subida de escalão, nem o início da época, “porque já conhecia este grupo” e reconhece que ainda não ouviu falar na Selecção da Terceira, mas que gostava de estar no grupo e vai “trabalhar para isso”. Sobre o Regional, “ainda é cedo para falar”… Respostas telegráficas, que não nos ocupam espaço mas vão dando para conhecer uma das promessas da época 2007/2008.“Temos de ter paciência”Quando falamos da equipa deste ano e das suas ambições, vai balançando entre o “assim-assim” e o “bom”. Primeiro é rápida em referir que as iniciadas do Boa Viagem têm “jogado bem” e que “muitas jogadoras têm melhorado”… Mas ao mesmo tempo, “tem sido difícil” reconhece, “ainda estamos no princípio, mas vamos trabalhar. Temos de ter mais paciência. O treinador pede para defender melhor, aproveitar melhor o contra-ataque, muita coisa, e nós temos de trabalhar”.Para Carolina, “a equipa ainda não está muito forte. É verdade que ganhamos dois, mas ainda temos muito trabalho a fazer”. Tudo porque a concorrência é de peso. Há muito que não tínhamos um escalão de iniciadas tão competitivo. A atleta é a primeira a reconhecer o perigo… “Não sei se vamos ganhar sempre, até porque as outras equipas também estão fortes. A melhor? Talvez o TAC. Até agora foi a mais difícil, porque também tem mais jogadoras da época passada, mais velhas e parece-me que vai ser mais difícil”. Mesmo assim “acho que podemos ganhar e espero ganhar. Estamos com força mas é preciso esperar”, refere a estudante do 8º ano, que vai esperando também para decidir o futuro. Certezas são poucas, mas uma destaca-se pela voz mais firme com que foi revelada… “O que gosto mais de fazer? Desporto. É assim que ocupo os meus tempos livres”.Temos um bom grupoResponsável pelo desenvolvimento da atleta nos próximos meses estará o técnico André Ramos. Também ele recém-chegado ao Boa Viagem, é lesto em referir que “ainda não é tempo de notar grandes progressos, mesmo assim a equipa tem evoluído e espero que continue neste ritmo”. Sobre a nossa figura da semana, vai mais longe. Para o treinador, “ela tem bastante margem de progressão e se continuar a trabalhar pode vir a ser uma grande jogadora”.Uma atleta que ganha mais espaço para se impor, devido à subida de escalão de algumas iniciadas do clube (que passaram para a equipa de Cadetes, menos numerosa). Algo que não incomoda André Ramos, nem desvia o clube dos seus principais objectivos… “Estou satisfeito com o projecto que tenho e gosto muito da realidade em que estou inserido. Acredito que tenho um bom grupo, homogéneo, e acho que vamos alcançar os objectivos. Passando sempre por formar jogadoras. Se for a ganhar jogos, melhor ainda… Toda a gente gosta de ganhar e elas muito mais”.

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7 NOV 2007

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