“A subida de divisão e o título nunca foram uma obsessão”

O Rio Maior Basket é uma das equipas que estará presente na Fase Final da 2.ª Divisão Feminina, que irá decorrer em Guimarães, no fim de semana que aí vem.

Competições | Treinadores
7 MAI 2016

Teresa Barata, treinadora do clube da Cidade do Desporto, elogia o paradigma do mesmo, esperando ainda que haja concentração para superar as dificuldades que surjam na luta pela subida de divisão e pelo título.

Quais são as perspetivas do Rio Maior Basket para esta Fase Final?

Todos os jogadores esperam um dia, poder jogar uma final! É para estes momentos que todos os jogadores se preparam, mas infelizmente, estes momentos não estão ao alcance de todos. Sentimo-nos uns privilegiados, porque vamos lá estar. As nossas expectativas para esta Fase Final passam por pôr em prática o que temos trabalhado durante a época e aproveitar o melhor possível estes momentos de competição, para fazer crescer as nossas jogadoras.

 

A subida de divisão e conquista do título sempre foram grandes objetivos do clube para esta temporada?

O RMB ao longo dos seus (poucos) anos de existência, tem-se afirmado por ser um clube formador, que tem dedicado o seu trabalho à etapa inicial da formação dos jogadores (minis até Sub-16/18), uma vez que a partir dos 18 anos os nossos atletas rumam às grandes cidades, para prosseguirem os seus estudos. Esta época, com o projeto de satelização do Rio Maior Basket com o Clube Desportivo de Torres Novas, embarcámos nesta aventura de formar uma equipa sénior, baseada essencialmente em jogadoras Sub 19 (apenas temos 3 jogadoras séniores de idade, sendo que 2 delas são de 1º ano), que estavam inicialmente destinadas a participar numa competição distrital pouco aliciante (poucas equipas e um nível de competição que não nos iria permitir grande evolução). Não estarei a ser modesta, se vos responder que nem a subida de divisão nem a conquista do título se afiguraram no início da época como objetivos do clube para esta temporada. Tal como já referi atrás, o primeiro grande objetivo de participar neste campeonato da 2ª Divisão, foi proporcionar uma competição mais diversificada a este grupo, contribuindo assim para que estas jogadoras pudessem chegar mais longe. Claro que com o desenrolar da época e com os resultados alcançados por nós e pelas outra equipas “a subida de divisão e a conquista do título” foram pensamentos que se afiguraram no horizonte, mas nunca se tornaram numa obsessão, nem atrapalharam o nosso trabalho. Antes, nos deu mais alegria e motivação para estar presente nesta Fase Final.

 

Avaliando os adversários, que espera desta prova?

Só conheço o Carnide, com quem já jogamos duas vezes esta época, e nos temos encontrado nas provas nacionais em anos anteriores. Das equipas do Norte, não tenho qualquer conhecimento, até porque nunca nos defrontamos em anos anteriores. Apenas sei que na equipa da Oliveirense estão algumas atletas que já trabalharam comigo, numa equipa de iniciadas há dez anos atrás (época 2001/2002) quando estive na UDO. Estou com muita curiosidade para as ver jogar. Mesmo não conhecendo a totalidade dos adversários, por serem as 2 equipas que melhores resultados fizeram nas suas zonas, só posso esperar um fim de semana com 3 jogos difíceis, espero que equilibrados, capazes de proporcionar boas experiências e bons momentos de aprendizagem.

 

Em que aspetos acha que as suas jogadoras terão que ser mais fortes?

O ideal seria que conseguissem ser fortes em todos os aspetos que condicionam o jogo. Mas destaco talvez, a concentração como aspeto essencial para potenciar todos os outros. Conseguir momentos em que todas as jogadoras estejam concentradas ao mesmo tempo, é uma capacidade muito difícil num desporto coletivo. É nosso objetivo aumentar esses momentos durante o jogo. 

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7 MAI 2016

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