Algés na final da Proliga
Foi num pavilhão a abarrotar e num ambiente fantástico que o Algés venceu a negra da meia-final do campeonato da Proliga.
Competições
17 MAI 2012
O triunfo por 83-72 diante da Oliveirense garantiu a subida à Liga, bem como o direito a disputar o título da prova frente à Física de Torres Vedras. Com um primeiro período fantástico, destaque para os atiradores de longa distância, os algesinos construíram uma vantagem pontual que não mais viria a ser colocada em causa durante todo o encontro. Um belo espetáculo de basquetebol, principalmente do ponto de vista ofensivo, como uma moldura humana de fazer inveja a muitos jogos da Liga.
O ambiente era perfeito para a disputa de um 5º jogo que significava a subida ao principal escalão da modalidade, bem como a passagem à final da prova. Não faltaram os fieis adeptos da equipa de Oliveira de Azeméis, que fizeram questão de acompanhar a sua equipa neste tão importante momento para o clube.Depois de duas derrotas os comandados de Mário Silva iniciaram o encontro com enorme determinação e a revelar a mão quente nos lançamentos triplos. De facto, os sucessivos triplos conseguidos pelo Algés nos primeiros 10 minutos fizeram disparar o resultado (26-13), algo que do ponto de vista psicológico, num encontro com estas caraterísticas, é extremamente positivo para a equipa que sai na frente.Quando as bolas não caíam o ressalto ofensivo da formação de Algés fazia-se sentir, pelo que os segundos lançamentos, ou pontos após ressalto, faziam mossa na equipa forasteira, não só marcador, como também psicologicamente. O norte-americano Desean White (28 pontos e 18 ressaltos) mostrava-se imparável, que fosse pelo tiro exterior, como também de cada vez que colocava a bola no chão, já que as ações terminavam quase sempre em cesto ou falta, ou então as duas coisas. Mas não foi o único problema defensivo que a Oliveirense tinha que resolver, uma vez que João Manuel (21 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências) assumia a responsabilidade do ataque, alternando o tiro exterior com as penetrações, assim como algumas pedras influentes do Algés davam mostras de estar em noite inspirada, como os casos de Danilson Vieira (10 pontos, 11 ressaltos e 2 assistências) e António Pires (5 pontos, 7 assistências e 5 ressaltos), este último mais no papel de base.A Oliveirense bem tentava aproximar-se no marcador, embora sem nunca ter conseguido até ao intervalo, fazer baixar a diferença das dezenas de pontos. Um triplo do meio-campo de José Torres mesmo sobre a buzina, colocava os visitados na frente por 19 pontos de diferença em tempo de intervalo (49-30).No segundo tempo a história não foi muito diferente, João Abreu (16 pontos, 5 ressaltos,4 assistências e 3 roubos de bola) bem tentava desequilibrar a defesa algesina através dos bloqueios diretos, para atirar ou tirar vantagens interiores das trocas defensivas com assistências para o norte-americano Deantre Jeffreson (25 pontos, 16 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola), MVP do jogo com 37.5 de valorização. Que sem ser uma referência interior foi incansável no trabalho “sujo” da luta das tabelas, batendo-se até final por cada posse de bola que era discutida nas duas tabelas.À entrada do último quarto e a perder por 22 pontos de diferença, o técnico da Oliveirense Sérgio Salvador decide arriscar tudo, sobe a defesa no campo e tenta uma zona 2×3 com algum sucesso. Nesta fase do jogo a eficácia do lançamento alterou-se, Renato Azevedo (21 pontos e 3 ressaltos) foi um desses exemplos, razão pela qual a Oliveirense se aproximou no marcador, embora sem nunca ameaçar realmente a liderança do Algés.A grande final inicia-se já este fim-de-semana, novamente em Algés, com a equipa lisboeta a defrontar sábado e domingo a Física de Torres Vedras, a outra finalista da competição, após ter derrotado por 3-0, na outra meia-final, a formação do Galitos – Tley.