Angra pode virar Angrense,TAC continua a ser TAC

Ainda nada está definido e, segundo os responsáveis de ambas as partes, “é prematuro falar sobre esse assunto”.

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18 MAI 2006

Apesar disso já houve contactos entre Angrense e AngraBasket, que podem levar o basquetebol ao popular clube de Angra do Heroísmo.

Do lado do Angrense as palavras são: “estamos a estudar esta situação”. Do lado do AngraBasket: “Não posso responder ainda… O único comentário que posso fazer é que hoje, dia 15 de Maio, ainda somos o AngraBasket. O que não quer dizer que não surjam outros desenlaces… Mas até agora não há nada de concreto”. Estas foram as reacções oficiais dos dois clubes à pergunta, “poderá o AngraBasket passar os direitos desportivos de participação na Proliga para o Angrense, já na próxima época”? Por enquanto nenhuma das partes quer ‘pôr o carro à frente dos bois’. O que é certo, e confirmado por ambos, é que houve uma reunião informal, para conversar sobre uma hipótese, que passaria pela entrada do Angrense no basquetebol nacional. Segundo apurou o Jornal do Basquetebol, para o Angrense esta é uma oportunidade a aproveitar, mas tem de ser bem ponderada. Há que pesar prós e contras, saber se o projecto é viável financeiramente e só depois avançar. Para já, segundo os dirigentes, “Houve apenas uma reunião, para expôr toda a situação”. Do outro lado as palavras também são poucas. Mas parece óbvio que esta é uma situação que interessa aos responsáveis do AngraBasket. Depois de conseguir a manutenção na Proliga e garantir os apoios institucionais (“que preenche mais de 50% do orçamento”), quer dar força ao seu projecto. Resolvendo alguns problemas financeiros por resolver, através do apoio da massa popular adepta do clube, que abre portas no mercado dos apoios privados, pensamos nós. A única coisa que diz Rui Fagundes (dirigente/treinador), é que, “os objectivos do clube passam por uma aposta maior na formação. Enquadrar nos nossos quadros técnicos pessoas mais qualificadas, de forma a fazer uma base sólida no clube. Dentro da equipa da Proliga, vamos tentar fazer uma época mais descansada, quer ao nível de jogadores, quer ao nível das estruturas, quer ao nível financeiro… O grande objectivo é sempre solidificar este projecto”. Uma solidificação que passaria por um projecto forte a nível financeiro e desportivo. “A nossa ilha não é muito rica a nível comercial e industrial e existem muitas equipas. No entanto vamos organizar as coisas com aquilo que temos”, é o que revela Rui Fagundes acerca da nova época. Sobre a que acabou em Guimarães, no passado fim de-semana, as palavras são de satisfação… “Os objectivos foram completamente alcançados. Estruturamos a equipa e o clube de maneira a não ter grandes sobressaltos na primeira participação na Proliga e conseguimos. A Proliga é muito competitiva e desgastante a nível físico e psicológico, mas penso que tivemos uma estreia bastante boa. Cumprimos os objectivos e podíamos até ter chegado mais além…”. TAC CONTINUA ‘Um pouco mais acima’, no TAC, as coisas estão mais definidas. Também existem incertezas, mas há pelo menos uma coisa definida. “O TAC vai efectivamente continuar ligado ao basquetebol. Eu vou continuar também no TAC e o Departamento de Basquetebol não vai passar os seus direito desportivos para ninguém. Esta decisão deve-se essencialmente a um factor: o Gerardo Rosa transmitiu-nos que o clube estava de braços abertos para continuar com o basquetebol, nos moldes utilizados até agora… Com um departamento autónomo, que seja auto-suficiente”, refere Cesário Relvas, responsável pelo departamento e técnico do clube. Segundo o próprio, “em termos de formação, é ponto acente que vamos continuar com o Minibasquete (Mistos A e B) e vamos ter os escalões de Iniciadas e Cadetes, ou seja, substituimos uma equipa de Juniores, por uma de Cadetes. Desta forma continuamos a ter a “base da pirâmide” bem preenchida”. Cesário Relvas revela também que ainda é preciso “limar algumas arestas”, para “não cometer erros do passado”. Por isso quer mais qualidade na formação. “É o quinto ano do TAC, por isso acho que temos de acrescentar alguma qualidade à quantidade, e este ano pode ser um ano de viragem. Para a próxima época, com as jogadores que vamos ter, podemos ter alguémna Selecção de Iniciadas e ter alguém no Centro de Treino, de forma a melhorar a capacidade das nossas jogadoras. Para além disso temos de ter mais treinos, mais competição, de forma a que o nosso basket continue a ser o melhor da Região”, refere o técnico. Menos definidas estão as coisas no escalão de seniores e a data limite para o fazer deverá ser o final do mês de Junho. Segundo Cesário Relvas, “existem vários cenários e eu não posso adiantar nada neste momento, mas garanto que a equipa que aparecer vai ser a melhor que conseguirmos formar. Não nos podemos esquecer da crise financeira, que afecta particularmente os clubes mais pequenos e por isso é prematuro falar no futuro. De qualquer forma vamos ter equipa sénior, apesar de ainda não podermos traçar outros objectivos”. Objectivosque deverão ser definidos em função do orçamento conseguido. “Todos os clubes vivem muito dos contratoprograma. Nós vamos voltar a estabelecer estes contratos e esse será o “dinheiro mãe” do orçamento do TAC. Para além disso, ainda bem que existem algumas pessoas que vão patrocinando o basquetebol, e nós para a próxima época vamos tentar negociar a ‘venda’ do nome do TAC. Isto seria uma receita a três anos que nos ia ajudar muito… Ainda estamos a negociar esta situação e não posso adiantar nada para já, mas penso que há várias hipóteses. Nós já temos alguma projecção nos Açores, por isso acho que existem empresas na Terceira com capacidade e vontade de aliar o seu nome ao TAC”, revela o dirigente, que deixa sempre transparecer a ideia de que, se fôr para continuar, a subida de divisão terá que ser o objectivo… Novidades, só depois das Sanjoaninas.

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18 MAI 2006

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