Ano em grande

A época de estágios e presença em grandes competições deu frutos para Luís Godinho.

Associações
3 JUL 2009

No fim de uma etapa, o jogador do AngraBasket está mais adulto e com armas suficientes para fazer frente à subida de escalão… É sem dúvida um candidato a promessa.

Foi sempre um dos melhores marcadores nas equipas do Angra e um jogador de ‘cinco inicial’ quer nos Iniciados quer nos Cadetes. Mas demorava em explodir. Por uma ou outra razão, ficava sempre a ideia de que era possível fazer mais… Esta época confirmamos esta ideia, porque vimos mais.Aos 16 anos Luís Godinho deu o salto. Cresceu em centímetros e afirmou-se como uma das promessas do basquetebol terceirense… “Sinto-me mais à vontade e acho que evoluí mais. Adquiri mais experiência, mais técnica e o Pedro Loth foi uma ajuda muito grande. Para além disso, a preparação para os Jogos das Ilhas, com os treinadores Nuno Barroso e Rui Fagundes, também ajudou muito a melhorar a defesa e outros aspectos”.Como reconhece o próprio jogador, a presença em momentos importantes, quer na Selecção Açores quer no Angra, fez a diferença. Hoje refere que entra no campo “sem medo”. Algo determinante para a boa prestação na Taça Nacional, apesar da derrota da equipa nas meias-finais. “Saímos da Terceira com uma atitude vencedora, mas à chegada ao jogo havia muitos com medo. O treinador disse-nos que não era preciso ter medo e que já estávamos habituados a enfrentar adversários fortes, mas a maioria não percebeu isso”. A equipa começou mal o jogo, não conseguiu contrariar o poderio físico dos adversários e perdeu… Mesmo assim nem tudo foi mau em Viseu… “Foi engraçado pela viagem, pelo convívio e o treinador disse-nos sempre que perdendo ou ganhando tínhamos de voltar com o mesmo sorriso… Isso também ajudou”.“Selecção é família”Acima de tudo Luís Godinho está mais activo em campo. Trabalho do clube, complementado pelo Projecto de dois anos e meio dos Jogos das Ilhas, que valeu a presença em duas Festas Nacionais (Portimão), em Iniciados e em Cadetes. Uma experiência que não esquece. “A partir daí deixei de ter problemas em jogar contra jogadores mais fortes. Essa experiência ajudou muito e deu-nos mais força para trabalhar e melhorar as coisas em que somos bons, para enfrentar adversários mais fortes… Eu entrei nos Jogos sem medo nenhum e a equipa entrou sempre forte para jogar”, refere a nossa figura da semana.Chegado a Palma de Maiorca, tudo foi mais fácil, apesar das derrotas frente a Guadalupe e Sicília. “Foi o que estávamos à espera”, diz o atleta, “mas mostramos que estávamos preparados… Valeu a pena o trabalho. A viagem foi muito divertida. Pensava que o treinador Nuno Barroso ia ser mais tipo sargento, mas não… Teve sempre bem connosco e gostei muito da atitude dele. Deixou-nos à vontade e nós também correspondemos bem”. Importante foi conseguir a manutenção e cimentar amizades. Como o próprio confessa, “esta Selecção foi como uma família. Para mim foi uma boa experiência estar com este grupo e foi isso que me aguentou este tempo todo a trabalhar. Sejam ou não de equipas adversárias eu gostei de estar com todos eles”. Mais uma prova de que o desporto dá frutos… “A maioria dos meus amigos são do basket e do meu clube… O meu melhor amigo hoje é um colega de equipa e mesmo outros jogadores de outros clubes são considerados amigos… Essa é uma coisa muito boa do basket”.“Quero ser campeão”Depois de algumas presenças nos Juniores B do Angra durante a época, em 2009/2010 Luís Godinho muda-se definitivamente para o escalão. Um ano de desafios que o jogador quer aproveitar. “Já é tudo diferente, mas acho que vai ser divertido e acho que podemos ganhar. Temos alguns jogadores que evoluíram muito, como o Hugo ou o Brian e acho que vamos ter mais hipóteses. O treinador Rui Fonseca fez um bom trabalho com eles e parece-me que vamos lutar pelas vitórias nos Juniores B”.Confiança, no clube de sempre. Começou a aparecer nos treinos ainda mini, “porque vivia perto do Ciclo” e ficou porque se integrou num grupo de amigos liderados pelo treinador Pedro Loth, “um amigo”, refere o atleta. Hoje está pronta para abraçar o futuro… “Quero sempre ir o mais longe possível. Para o ano o meu objectivo é ganhar no meu escalão e tentar treinar com a equipa sénior, para ter mais experiência e jogar com atletas mais velhos. Sei que eles são mais fortes, mas acho que posso aprender muito… Depois é evoluir o meu basket. Vontade tenho, agora vamos ver!!!”

Associações
3 JUL 2009

Mais Notícias