Arnette Hallman: «Admiro muito o Betinho»

O jovem extremo do Leche Río Breogán conta nesta sua entrevista ao site do clube, entre outras coisas, como recebeu a notícia do seu salto da EBA para a primeira equipa, a forma como foi recebido pelos seus novos companheiros de balneário, como cumpriu um dos seus sonhos ao estrear-se em Pazo e a sua visão relativamente à equipa na presente temporada.

Atletas | Competições
9 MAR 2010

Como recebeu a noticia de que passaria do plantel da EBA para a do Leche Río Breogán ainda esta temporada? Foi uma grande surpresa pela qual não esperava. Tinha mais um ano de contrato com a EBA. Recebi a noticia com grande alegria e vontade de trabalhar muito para justificar o grande passo que significa saltar da Liga EBA para a LEB Ouro. Que aspectos do seu jogo acredita que deve melhorar, de modo a que o treinador o coloque mais minutos em campo? Estou convencido que tenho de melhorar em muitos aspectos. Sou um jogador jovem, que ainda tem muito para aprender. Quando o treinador me coloca em campo acredito que seja para aumentar a intensidade defensiva e nesse aspecto julgo estar a cumprir. No entanto, continuam a existir muitas outras facetas nas quais eu devo melhorar, como são os casos do tiro exterior e a minha visão de jogo. É que em Portugal não existe essa visão de jogo, e aqui em Espanha o basquetebol é muito táctico. Continuo a ter muitos aspectos em que tenho de melhorar, trabalhando sério para diariamente aprender com o Rúben (Dominguez). Como se sente de cada vez que entra para dentro de campo e o público o aplaude tanto Com uma grande alegria. Vir da EBA e chegar à LEB de Ouro com gente a aplaudir-me deixa-me imensamente satisfeito e faz-me sentir em casa. Quem sabe se não é justamente por ter vindo da EBA que as pessoas me têm mais carinho, dando a sensação que os nervos se transmitem ao público. Por isso recebo os aplausos com muito agrado, ajudam muitíssimo e transmitem-me motivação para jogar e treinar mais. Já deu para perceber que tem uma excelente relação com o Betinho. O que mais admira no seu jogo? Eu admiro muito o Betinho. Para mim é um dos jogadores que está um nível superior, alguém a quem se deve seguir os passos. Recordo que em Portugal não me agradava e via-o como um rival (Betinho foi formado no Barreirense, e Arnette no Benfica e no Belenenses). Ele estava sempre na mó de cima e agora acabo por ter uma grande admiração por ele. A forma intensa como joga, com coração, de entrega em todas as partidas e treinos é um exemplo para qualquer jogador que queira seguir os seus passos. É muito importante tudo aquilo que ele transmite dentro e fora do campo. É ainda muito jovem. Como se imagina daqui a alguns anos? Até onde gostaria de chegar no mundo do basquetebol? Eu trabalho todos os dias para subir numa escala, ver até onde poderei chegar e qual será o próximo passo a perseguir nos meus sonhos. Posso contar uma pequena história sobre tudo isto: o meu primeiro jogo em Espanha foi exactamente neste pavilhão (El Pazo), num torneio em que participou a minha equipa de Portugal. Recordo-me que o Breo estava na ACB e assistimos a uma partida em que o pavilhão estava completamente cheio. Lembro-me de comentar que um dos sonhos era jogar naquele piso. Esse sonho acabou por se realizar. Aliás, ainda tenho uma bola que ofereciam em todos os torneios, bola essa do Breo, que encontrei em minha casa, em Portugal, quando lá estive da última vez que tivemos uns dias livres, trazendo-me de novo à memória tudo aquilo que desejei quando a recebi nesse encontro. Agora devo pensar em continuara a evoluir, e se puder ser com o Breo, melhor ainda. De que forma é tratado pelos veteranos da equipa? Apreciou alguma praxe em especial? Fui muito bem recebido. Pensei que pelo facto de ter vindo da EBA, iria “sofrer” muito mais. No entanto, aqueles que o fazem mais, acabam por ser o Nacho (Ordín), Javi (Román) e o Jordi (Vallmajó). Mas mesmo assim, acabam por não ser praxes muito duras. São mais do tipo: vai buscar as toalhas, traz as bolas, leva o saco… coisas normais, nada de especial. Estamos a lutar para que isso aconteça. Nunca se sabe, esta Liga é muito imprevisível, bastam dois jogos para tanto poderes estar em cima como em baixo. Eu pessoalmente não tenho grande experiência nesta Liga, contudo se continuarmos a trabalhar e a lutar todos os dias, podemos manter a fé em tornar possível a subida.

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9 MAR 2010

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