“As competições europeias são a minha motivação. Para ser melhor, tenho que defrontar as melhores”

Sofia da Silva, internacional portuguesa, faz balanço da temporada

Competições
24 MAR 2020

Sofia da Silva, internacional portuguesa ao serviço do Basket Namur Capitale, voltou a ser peça importante na equipa belga. Com a época terminada, é tempo de balanço em entrevista à FPB, na qual a jogadora de 29 anos assume querer experimentar uma liga mais competitiva.

O campeonato belga já terminou e o Namur classificou-se no terceiro lugar, sendo que te voltaste a assumir como uma peça importante na equipa. Como avalias esta temporada? Que aspetos mais positivos retiras?
Foi uma época com alguma complexidade. Por diversos fatores a equipa não pôde estar reunida desde o primeiro momento, o que dificultou o nosso arranque de Liga (ainda que as estatísticas apresentem vitórias). Considero positiva a resposta dos membros do clube às adversidades e o esforço por fazer uma equipa mais competitiva do que na época anterior. Apesar das derrotas, jogar EuroCup é sempre positivo.
Percebes o terminar definitivo da competição? Ou preferias que fosse retomada?
Inicialmente tive esperança, uma vez que até dia 26 de março íamos obter uma resposta conclusiva. Entendo perfeitamente e aceito. A saúde pública deve ser sempre uma prioridade.
Voltaste a estar presente na EuroCup e melhoraste os teus números. Sentes que o teu bom momento na carreira também passa por estas campanhas europeias?
Sem dúvida! Tenho-me preparado, nos últimos verões, em Espanha e Portugal para estar ao meu máximo nível. As competições europeias são a minha motivação. Se quero ser melhor, tenho que defrontar as melhores.
O teu futuro passa pela Bélgica depois de duas épocas no Namur? Tens algum objetivo em especial?
Normalmente levo estas coisas ano a ano. O clube queria/quer que eu fique por algum tempo, mas cheguei a uma fase  em que estou demasiado confortável, preciso de mudança. Não está nos meus planos voltar. O meu objetivo é estar numa Liga mais competitiva.
És treinada pelo selecionador belga, equipa que faz parte do grupo de Portugal na corrida pelo Europeu. Apesar de ainda faltar algum tempo, o que podemos esperar dos jogos frente à Bélgica? Quais são as suas maiores qualidades?
Na verdade foi criada uma relação muito especial com este treinador, é muito humano! Deu-me uma liberdade enorme e impagável de ser eu mesma em campo. Melhorei aspetos de jogo, criei novas habilidades que vão servir, e muito, para o futuro. Basicamente, as opções que criava para a Emma Meessemen, criava para mim. Isso é um privilégio! Assim sendo, sei perfeitamente o que nos espera em novembro. A Bélgica tem jogadoras dominantes em todas as posições do campo, sabem perfeitamente para quem jogam e quando.Como uma peça de teatro, não saem muito do seu papel. Gostam de jogar em transições rápidas, 80% das jogadas acabam em pick&roll. Da nossa parte, somos uma Seleção com uma base defensiva sólida, eu diria (quando cumprimos o plano de jogo), e por isso devemos desacelerar o seu jogo, a começar pela base, Julie Allemand. Sei perfeitamente como vai reagir o treinador em termos táticos e emocionais, o que joga a nosso favor.
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24 MAR 2020

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