Barreirense vence em sofrimento

Competições | FPB
5 MAR 2010

No jogo que encerrou o primeiro dia de prova da Final 8 Jogos Santa Casa, o Barreirense sofreu para continuar em prova, ao bater, num emotivo jogo de basquetebol, o Sangalhos, por 80-77. Excelente a réplica da única equipa dos escalões secundários, proporcionando uma fantástica propaganda à modalidade e valorizando a vitória do Barreirense, que soube sofrer para carimbar a presença nas meias-finais, onde defronta, no próximo sábado, a Ovarense Dolce Vita.

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Depois do parcial inicial de 5-0 favorável ao Barreirense, bastou a conversão dos primeiros 2 pontos à equipa de Sangalhos para que os seus atletas se soltassem dentro de campo, dando inicio a uma exibição de luxo durante a 1ª parte do encontro. Depois do primeiro baque, os pupilos de Francisco Gradeço responderam na mesma moeda, impondo 10 pontos sem resposta à jovem equipa do Barreiro. Com o norte-americano Arturo Dubois a dominar nas áreas próximas do cesto, e o atirador Nuno Bizarro com a mão quente – 3 em 4 lançamentos de 3 pontos –, o Sangalhos começou a dar os primeiros sinais de querer discutir o resultado na eliminatória. O técnico António Paulo mantinha a constante rotação de atletas, alertando constantemente os seus jogadores para os erros que estavam a ser cometidos, mas de nada valia, atingindo-se o termo do 1º quarto com um empate a 20 pontos. Mas se a formação da Bairrada tinha surpreendido no 1º período, o que dizer dos segundos 10 minutos do encontro… Assistia-se, uma vez mais, à clássica história do mais fraco ganhar confiança, agigantando-se depois perante o mais forte. Foi o que aconteceu até ao intervalo, com Dubois a acentuar o seu poderio (14 pontos e 8 ressaltos), dando o mote a uma extrovertida equipa do Sangalhos, perante um adversário que começava a dar os primeiros sinais de nervosismo, bem patentes na forma pouco invulgar como jogava no ataque, individualizando cada vez mais as acções ofensivas da equipa. Foi sem surpresa para quem assistia ao encontro, que o conjunto da Proliga foi para o descanso a vencer por 8 pontos (44-36). Com tempo para rectificar, ou pelo menos abordar, tudo aquilo que de mal estava ser feito, o Barreirense voltou ao jogo com a lição bem estudada nas prioridades ofensivas da equipa – privilegiar o seu jogo interior, onde teoricamente a percentagem de sucesso é mais elevada. Mas é sabido que um jogo tem dois momentos, e o defensivo continuava ser o tendão de Aquiles da formação da margem sul, que à passagem dos 5 minutos perdia por 10 de diferença (44-54). Dois triplos consecutivos de José Silva, seguidos de uma defesa zona, ao qual se juntou uma falta técnica assinalada a Dubois, recolocaram a equipa do Barreiro em números mais próximos (52-56). Nos minutos finais do período a zona press do Barreirense deu os seus frutos, causando alguma atrapalhação à bem organizada equipa do Sangalhos, que só não foi coroada de maior sucesso porque os turnovers teimavam em persistir. A vencer por 3 pontos com 10 minutos para jogar, o Sangalhos continuava com tudo em aberto para vencer a partida. Na parte final do encontro a estratégia do técnico António Paulo, que procedeu à constante rotação dos seus atletas, começou a fazer-se sentir. O norte-americano Arturo Dubois começou a demonstrar sinais de cansaço as decisões ofensivas já não eram tão esclarecidas, obrigando o técnico Francisco Gradeço a colocar Justin Marshall, que ficou de fora durante todo o 3º período por não estar nas melhores condições físicas, arriscando tudo para não ficar para trás no resultado. Nos últimos 4 minutos, António Paulo fez regressar a sua equipa à defesa hxh num derradeiro esforço de resolver a eliminatória a seu favor. A turma do Barreiro passou para frente (74-72) a 1.14 minutos do termo do encontro, sendo que a partir desse momento a turma de Sangalhos acumulou uma série de más decisões, em parte motivadas pela falta de discernimento provocado pelo cansaço acumulado, falhando situações de fácil concretização debaixo do cesto. Sem jogar bem, o Barreirense teve o mérito de nunca desistir, lutando sempre contra as adversidades e a falta de inspiração colectiva. No meio de tanta falha, realce-se o bom aproveitamento da linha de lance-livre por parte do Barreirense, excepção feita a Shane Clark que falhou 1 (80-77), possibilitando ainda uma tentativa de lançamento ao Sangalhos para levar o jogo para prolongamento. No Barreirense, a noite não foi de grande inspiração, mas mesmo assim Pedro Pinto (14 pontos, 4 assistências e 3 roubos de bola) assumiu a responsabilidade do jogo quando a equipa mais precisava, e uma nota para a exibição mais conseguida de Manuel Sicó (9 pontos, 9 ressaltos e 5 assistências) que ficou muito próximo de um duplo-duplo. Do lado do Sangalhos, é caso para dizer que todos estiveram brilhantes, indo o destaque por inteiro para o colectivo. Se quisermos particularizar, o norte-americano Arturo Dubois (24 pontos, 16 ressaltos, 3 assistências e 2 desarmes de lançamento) foi enorme enquanto aguentou, acabando por ser o MVP do encontro.

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5 MAR 2010

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