«Basquetebol foi a minha cura»

A atleta do Lousada viveu um “pesadelo”, mas a vontade de iniciar a competição esta época junto das suas companheiras foi uma forte motivação e ajudou-a nos momentos difíceis.

Atletas | Competições
4 NOV 2015

A paixão que sente por esta modalidade contribuiu para que conseguisse superar o problema e Isabel já só pensa em jogar e desfrutar cada dia que passa. Na próxima jornada, a equipa visita o Benfica.

 

O treino ajudou-a a vencer o jogo mais importante da sua vida? Encara de forma diferente a competição e o basquetebol?

 

Sim, sem dúvida. Infelizmente não pude terminar a época passada e ajudar a equipa a chegar ao playoff, porque era esse o objetivo, mas mais difícil era pensar que poderia não voltar a praticar este desporto que tanto amo e que acabou por me salvar a vida. Durante a quimioterapia, sempre tive todos os cuidados para não adiar nenhum tratamento, não só para o “pesadelo” acabar mais depressa mas, principalmente porque queria começar a época com as minhas colegas, e assim foi, ainda com algumas limitações mas consegui!

A competição é cada vez mais exigente e com tudo o que passei, tenho noção que tenho de trabalhar o dobro para conseguir alcançar a forma física desejada e necessária. O basquetebol sempre foi a minha paixão mas agora é também a minha “cura”.

 

Também na Liga o Lousada está obrigado a ser persistente. O que tem faltado à equipa para que pudesse ter somado mais vitórias?

 

O nosso trabalho é contínuo. Somos uma equipa jovem, mas que está focada desde o início da época em trabalhar arduamente para nos prepararmos mais e melhor para todos os jogos. Nenhuma equipa nasce equipa sem trabalho diário. As vitórias surgirão fruto desse trabalho.

 

Ainda assim, têm conseguido retirar coisas positivas, mesmo nos jogos em que não conseguiram vencer?

 

Sim, sem dúvida. Há sempre ilações a tirar dos jogos, principalmente dos que se perde. Mas temos conseguido disputar todos os jogos até ao fim e com muitas coisas positivas.

 

O facto de já terem perdido alguns jogos nos momentos decisivos teve algum tipo de impacto negativo da equipa? E o que faltou ao grupo para ser mais forte nesses períodos em que a pressão aumenta?

 

Ninguém gosta de perder e nós não somos exceção. Mas temos de aprender com as nossas falhas, com os erros e ter a capacidade de os corrigir. No entanto, nos momentos de pressão falta-nos alguma experiência. Mas acredito que tudo isso mudará, pois somos uma equipa determinada, consciente dos seus objectivos e que trabalha diariamente para os alcançar.

 

Deslocam-se a Lisboa na próxima jornada para defrontar o SL Benfica. Preparadas para parar o jogo interior do Benfica? E se a Joana Ramos vai merecer atenções especiais?

 

Sem dúvida que o jogo interior do Benfica e a boa forma da Joana Ramos são uma preocupação nossa e merecem uma atenção especial, assim como todas as outras atletas do Benfica. Mas estamos a trabalhar na melhor forma de anular os pontos fortes do Benfica, e assim tirá-los da zona de conforto.

 

A percentagem de lançamento de dois pontos tem sido um problema recorrente nos vossos jogos. Destacaria mais alguma área do jogo em que o Lousada está obrigado a melhorar de forma a aumentar as suas possibilidades de somar a sua segunda vitória no próximo sábado?

 

Temos noção que temos muito a melhorar, em todas as áreas do jogo. O trabalho é contínuo e nunca estamos satisfeitas. Por isso, vamos continuar a trabalhar porque somos uma equipa que quer sempre mais e mais. 

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4 NOV 2015

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