Benfica e FC Porto em vantagem

Mais fácil o triunfo dos portistas diante o Vitória de Guimarães (72-48), já que o Benfica sofreu mais para levar de vencida uma Académica bem mais próxima daquilo que sabe e pode fazer. O resultado final de 67-52 é bastante enganador, ainda que em momento algum os actuais campeões nacionais deixassem de ter o controlo do encontro.

Neste segundo encontro a equipa de Coimbra não se deixou surpreender no arranque do jogo, bem pelo contrário, foram os pupilos de Norberto Alves a comandarem o jogo no final do 1º quarto (19-13).Reagiu bem o Benfica, impondo-se defensivamente, apenas 9 pontos sofridos no 2º quarto, de tal forma que no final da primeira parte os benfiquistas já tinham dado a volta ao marcador, recolhendo aos balneários a liderar por três pontos (31-28).Os comandados de Henrique Vieira regressaram ao jogo decididos a fugir no marcador – impulsionados pelo seu base Miguel Minhava, muito bem nas penetrações em drible, e pelo atirador Ben Reed –, rapidamente chegaram à vantagem na casa das dezenas (44-34). Os conimbricenses, desastrados no tiro exterior, conseguiram suster o aumento da diferença pontual, minimizando os estragos por forma a não comprometer o jogo no final do 3º quarto (42-52).No derradeiro período, o jogo interior voltou a ser a opção ofensiva preferencial dos estudantes, na maioria das vezes no seguimento do bloqueio directo, com Matthew Shaw a destacar-se nesta fase do encontro. A formação de Coimbra chegou aos 6 pontos de diferença, isto a meio do período, mas o venenoso contra-ataque do Benfica, bem como uma falta técnica averbada ao técnico Norberto Alves fizeram a diferença pontual retornar à casa das dezenas, decidindo em definitivo o jogo.O base Miguel Minhava (17 pontos, 6 ressaltos e 5 assistências) foi o motor da encarnada, bem acompanhado pelo capitão Sérgio Ramos (16 pontos, 5 ressaltos, 4 roubos de bola e 4 assistências).O lançamento exterior não foi uma arma ofensiva para o conjunto de Coimbra neste segundo jogo da eliminatória, que contrastou com a eficácia revelada pelo norte-americano Matthew Shaw (22 pontos, 7 ressaltos e 2 assistências) nas áreas próximas do cesto. O seu compatriota Tommie Eddie apesar dos 12 pontos, 9 ressaltos, 6 assistências, 3 roubos de bola e desarme de lançamento, foi um bom exemplo da falta de inspiração colectiva no tiro, como demonstram os 5 lançamentos de campo convertidos em 20 tentados, sendo que de 3 pontos a percentagem foi nula (0/6).Tudo mais simples no 2º jogo para o FC PortoO FC Porto, alertado pelo que se tinha passado na jornada inaugural, começou o encontro decidido a não ter que sofrer da mesma forma que aconteceu no jogo 1. Os portistas tomaram a liderança desde o apito inicial do encontro, e embora conseguissem aumentar a vantagem em alguns momentos da 1ª parte, quase sempre perdiam-na pelas boas reacções dos vimaranenses. Foi assim até aos 27-23, favorável aos dragões, a 3 minutos do termo da 1ª parte, altura em que os dragões com um parcial de 9-0 fechavam os primeiros 20 minutos do jogo na frente com uma confortável almofada pontual de treze pontos (36-23).No inicio segunda parte, num período que ficou marcado pela superioridade das defesas (16-10), os minhotos foram incapazes de encurtar distâncias, deitando tudo a perder com mais um final de período desastroso (52-33).A vencer por 19 pontos muito dificilmente a vitória fugiria aos comandados de Moncho López, que mesmo assim não abrandaram o ritmo, acabando por serem superiores (20-15) nos dez minutos finais da partida.O atirador Sean Ogirri (18 pontos, 5 ressaltos e 4 assistências) voltou a dar um ar da sua graça, já Greg Stempin (14 pontos, 12 ressaltos e 3 assistências) foi uma vez mais o MVP do encontro.Face à boa defesa dos dragões, o extremo Paulo Cunha foi o mais anotador com 16 pontos, terminando o jogo com um duplo-duplo, já que somaria ainda 10 ressaltos e 2 roubos de bola.