Benfica vence no Dragão

Um jogo digno de uma final foi aquele que opôs o FC Porto e o SL Benfica no jogo 2 da final do playoff da LPB.

Competições
13 MAI 2012

A vitória dos encarnados (82-80) empata a eliminatória, o que garante desde logo mais dois encontros entre estas duas equipas. Apesar de não terem entrado bem no jogo, os benfiquistas deram a volta ao resultado durante o 2º período e, quando pareciam ter a vitória controlada, 12 pontos de vantagem com pouco mais de 2 minutos para o final do encontro, 4 triplos consecutivos dos azuis e brancos, trouxeram de novo a incerteza ao resultado. Um cesto de Diogo Carreira, a “inventar” um lançamento, dava o triunfo aos benfiquistas, não antes sem Carlos Andrade falhar uma bandeja, aparentemente de fácil concretização. A final promete ainda muito equilíbrio, as lesões poderão ter a sua influência, na certeza porém que nada está decidido nesta grande final.

O jogo prometeu muito desde o seu arranque, até porque, contrariamente ao que tinha sucedido no 1º jogo, os pontos sucediam-se, especialmente para o lado dos dragões que dominaram durante o 1º quarto (24-15). Bem no lançamento exterior, a alternar com as soluções interiores, os portistas destacavam-se no marcador, já que contrastava com a falta de eficácia dos atletas lisboetas.Carlos Lisboa foi descobrir a solução no banco, ao colocar dentro de campo o seu base Diogo Carreira (8 pontos, 4 assistências, 3 ressaltos e 1 roubo de bola). O Benfica passou a encontrar soluções para ultrapassar a defesa zona utilizada pelos portistas, quase sempre através da exploração das penetrações em drible para dividir a zona adversária. À passagem do 5º minuto, o Benfica assumia o comando do jogo (34-32), diferença que continuaria a aumentar até se atingir o intervalo (46-38). Na segunda parte, jogou-se muito do ponto de vista tático, com Moncho López a arriscar mais em diferentes formas de parar o ataque encarnado. E foi com uma dessas soluções, boxe and one a Ted Scott (17 pontos e 4 ressaltos), que Moncho López volta a encostar o resultado, e não fossem dois triplos de Betinho, e a vantagem dos visitantes teria esfumado.Mas a segunda parte pertenceu a Heshimu Evans (18 pontos e 8 ressaltos), MVP do jogo com 23 de valorização, pela sua presença nas áreas próximas do cesto, quer na luta dos ressaltos, bem como a tirar vantagens dos seus opositores nas zonas de poste baixo. Notava-se que os dragões acusavam sofrer cestos de segundos lançamentos, a disciplina tática no ataque já não era a mesma. E quando a 4.27 minutos do final, após mais um cesto de ressalto ofensivo de Heshimu e um contra-ataque de Ted Scott, o Benfica atingia máxima vantagem do jogo, 12 pontos (77-65), o jogo começava a pender para as águias que viam mais perto ser atingido o objetivo para este jogo.Os turnovers sucediam-se para ambos os lados, com o tempo a jogar a favor de quem liderava por uma almofada pontual bastante confortável. Mas para momentos complicados, nada melhor do que poder contar com os triplos de José Costa (9 pontos, 2 ressaltos e 2 assistências),2 consecutivos, a dar o mote para os 4 seguidos alcançados pelos dragões que empatavam de novo o jogo a 80 pontos, com pouco mais de 30 segundos para serem jogados. Diogo Carreira assume a responsabilidade do jogo, e numa situação de 1×1, onde ele é exímio e mortífero, o base encarnado consegue os dois pontos da vitória, um cesto a coroar uma exibição que em muito contribuiu para que o Benfica conseguisse empatar a eliminatória.Embora o técnico Carlos Lisboa não tenha podido contar com Seth Doliboa, o já referido Heshimu Evans, bem como João Betinho (14 pontos, 7 ressaltos e 3 roubos de bola) tenham preenchido o papel que lhe competia. O poste Elvis Évora (12 pontos, 7 ressaltos e 2 desarmes de lançamento), desta vez sem problemas de faltas, demonstrou a sua utilidade na equipa encarnada.Face à lesão no cotovelo direito de Greg Stempin que o impediu de ter o seu habitual rendimento, Miguel Miranda (19 pontos, 7 ressaltos, 2 roubos de bola e 1 assistência) saltou para o cinco inicial, tendo sido mesmo o jogador mais valioso do conjunto portista. Mesmo tendo ficado associado à falha do último lançamento, isso não retira em nada o brilho da exibição de Carlos Andrade que terminou o encontro com 15 pontos, 5 roubos de bola, 2 ressaltos e 2 assistências.

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13 MAI 2012

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