Carlos Andrade vs. André Bessa

Carlos Andrade, extremo dos “encarnados”, e André Bessa, base dos “dragões”, anteviram para a FPB este grande jogo.

Carlos Andrade – SL Benfica

Mais um grande clássico entre Benfica e FC Porto, o terceiro da temporada em termos oficiais (uma vitória para cada lado até agora). Tratando-se agora de um jogo a eliminar, será de esperar uma partida com características muito diferentes, também tendo em conta as duas alterações que o Benfica sofreu recentemente no plantel?

Todos os jogos têm a sua história, nunca são iguais, e tratando-se de um clássico enaltece-se ainda mais esse argumento. Tanto o FC Porto como o Benfica já conhecem os pontos fortes e pontos fracos um do outro, por isso este jogo, como todos os clássicos, vai resumir-se aos detalhes ou pormenores, por assim dizer. A equipa que estiver mais preparada para cometer menos erros, mais acertada ofensivamente e consistente defensivamente, sairá vencedora deste encontro. Quanto às alterações, tanto o Miroslav Todic como o Damier Pitts já estão perfeitamente integrados no plantel e darão o seu contributo para ajudar a equipa e o clube.

O FC Porto atravessa uma boa fase na Liga Placard, com oito triunfos consecutivos. Quais são os principais perigos dos "dragões"?

O FC Porto é e sempre será um candidato ao titulo ou a qualquer competição em que entre. Respeitamos o FC Porto, não somente por ter oito vitórias consecutivas, porque em caso contrário respeitaríamos o adversário da mesma maneira, tal como respeitamos todos os adversários que defrontamos.

Tens uma carreira longa, também já marcada por uma passagem pelo FC Porto. Sentes este clássico como um jogo especial, até pela rivalidade?

Tendo jogado no FC Porto e estando agora a representar o Benfica, estes jogos são sempre especiais. As emoções estão sempre à flor da pele, ainda para mais para um jogador emotivo como eu. Para estes jogos foco-me no meu profissionalismo e tento desfrutar ao máximo do momento. Cada jogo tem a sua história, como já disse.

André Bessa – FC Porto

O FC Porto defronta o Benfica, nos quartos-de-final da Taça de Portugal numa altura em que segue com oito vitórias consecutivas na Liga Placard. Este clássico surge na melhor altura para a vossa equipa?

É certo que temos estado numa boa fase, mas quando se fala em clássicos, não podemos ficar presos a estatísticas, vitórias consecutivas ou mesmo boas fases. No FC Porto trabalhamos sempre com objetivos a curto e a longo prazo também. Mas, por melhor que se treine e se trabalhe, há sempre fatores que não podemos controlar como, por exemplo, não ter toda a equipa disponível.  Tem o seu lado negativo, que é óbvio, e positivo, uma vez que nos deixa ainda com margem de manobra para trabalhar e melhorar. Falar sobre clássicos nunca será fácil, nunca haverá uma opinião certa, clássicos são os jogos que todos queremos jogar e que o público quer ver. O que queremos com toda a certeza é continuar o bom trabalho que temos feito na Liga Placard e, se possível, trazer a Taça de Portugal para o Dragão.

Na tua ótica, quais são os principais perigos do Benfica?

O Benfica é uma grande equipa, com bons valores individuais. O tiro exterior e os ressaltos ofensivos são, talvez, as principais armas.

Em que aspetos o FC Porto terá de ser superior para ficar mais perto da vitória?

Um FC Porto vs. SL Benfica, seja em que modalidade for, é um jogo com uma carga emocional muito forte e que normalmente se decide nos pormenores. Teremos de ser focados, agressivos e concentrados ao máximo. São 40 minutos de grande pressão onde teremos de ser fortíssimos na defesa e de ter boa tomada de decisão no ataque. Teremos de ser a equipa que menos erros comete.