Carlos Barroca: «Trata-se de um projecto importante»

O surgimento do projecto Mcell-Algés veio agitar um pouco do marasmo que se sentia no basquetebol feminino, pese embora os resultados desportivos até agora obtidos pelo clube nada tenham a ver com os objectivos propostos.

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12 NOV 2010

Como forma de tentar dar resposta e inverter o rumo negativo que a equipa atravessa, surgiu o convite ao técnico Carlos Barroca para assumir de novo o comando técnico da equipa, passando a ser coadjuvado por Fernando Brás.

Incapaz de ficar indiferente ao Algés, clube do seu coração, o experiente técnico aceitou o desafio de conduzir este novo e ambicioso projecto à senda das vitórias. “Um projecto importante, motivante e apaixonante como este é de todo o interesse que venha a ter sucesso. Sob pena que todo este glamour que rodeou a apresentação da equipa se perca passado tão pouco tempo”, refere o treinador.Mas para que projectos como o do Algés possam ter viabilidade e sejam bem sucedidos, “do ponto de vista desportivo tem que haver vitórias e resultados positivos.”Sem esquecer, como faz questão de referir Carlos Barroca, a vertente humana de um clube como este, com toda tradição que o envolve e acompanha. “Uma das grandes responsabilidades do Algés é formar pessoas e, aproveitando este novo ‘elan’ no clube, temos de ser capazes de criar o apetite para que cada vez mais gente adira ao Algés, ao basket e aprenda os bons valores que ele transmite. Boas equipas, bons clubes e bons projectos são sempre bem-vindos a qualquer modalidade”, acrescenta.É notório o mau momento que a equipa atravessa, cabendo agora a responsabilidade a Barroca de tentar alterar dentro de campo a pálida imagem até agora deixada pelo plantel que tem à sua disposição. “Não é uma situação nova para mim ter de pegar numa equipa com o campeonato já a decorrer. Nunca é agradável, nem para o treinador que entra nem para o que é substituído. No fundo, o que vou tentar fazer é renovar o interesse, a alegria, a participação, o espírito colectivo, tentando recriar formas de potenciar o valor que a equipa efectivamente tem. E para que isso aconteça, acredito na experiência e estruturação como forma de objectivar melhores resultados.”O próximo encontro é já no próximo domingo, em Vagos, frente às actuais campeãs nacionais, uma tarefa difícil já que o tempo para preparar a partida vai ser curto. “Vamos ter 3 treinos para preparar o jogo de Vagos. Não existem pozinhos mágicos nem jogadas milagrosas, embora esteja consciente que, se puder contar com a Angelica Robinson para este jogo, tudo muda de figura.”O regressado treinador não tem problemas em assumir o desejo de vencer provas, até porque no passado mais recente a equipa esteve quase sempre presente em todos os pontos altos do calendário feminino. “Se nos últimos anos, e com planteis bem mais limitados, fomos capazes de cumprir na grande maioria dos casos com o objectivo de estarmos em todas as final-four, com este grupo temos de assumir que queremos ganhar, até porque é bom para a competição que apareçam treinadores, clubes e projectos a demonstrarem essa vontade.”

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12 NOV 2010

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