Chuva de triplos

O FC Porto venceu de forma indiscutível (103-84), esta quarta-feira à noite, no Pavilhão Império Bonança, o SL Benfica, em jogo atraso da 15ª jornada da Liga Portuguesa de Basquetebol.

Competições
24 MAR 2011

Os portistas apresentaram-se determinados, focados, descomplexados e, fundamentalmente, com eficácia terrível. Com uma primeira parte demolidora, período durante o qual converteram doze triplos, os dragões praticamente sentenciaram o jogo, deitando por terra qualquer estratégia defensiva definida pelos encarnados.

Embora o encontro não fosse decisivo para definir posições na tabela classificativa, um Benfica-FC Porto é sempre um jogo especial, que envolve emoções muito próprias, onde perder tem outro significado tendo em conta o adversário em questão.Os comandados de Moncho López, depois de algum equilíbrio nos minutos iniciais, dominaram por completo a marcha do marcador, fruto do ritmo elevado que colocava no jogo, procurando sempre o contra-ataque ou transições ofensivas rápidas que na maioria das vezes terminava com mortíferos lançamentos de longa distância. Sem surpresa, no final do 1º período a vantagem dos azuis e brancos já era de doze pontos (31-18).Poder-se-ia pensar que o acerto revelado pelos atiradores portistas tinha sido uma inspiração momentânea, e que muito provavelmente não iriam conseguir manter a eficiência exibida nos primeiros 10 minutos de jogo. Puro engano. Não fosse a estreia promissora de Marquin Chandler, tudo que lançou converteu (15 pontos na 1ª parte), e a primeira parte poderia ter-se tornado num pesadelo para os benfiquistas. Isto porque, com 12 triplos convertidos nos primeiros 20 minutos, Ogirri e Marçal com 5 cada, o FC Porto tinha 54 pontos marcados ao intervalo, mais dezoito que o seu adversário (54-36), sem que tenha diminuído a eficiência do 1º período.No recomeço do jogo o Benfica ainda tentou aproximar-se no marcador de forma a voltar a entrar na discussão do jogo, tendo chegado a dez de diferença, coincidindo com o melhor período dos encarnados, sobretudo defensivamente, resultante da forma como atacava. A preferência dada ao jogo interior, causava problemas aos jogadores interiores do FC Porto, ao mesmo tempo que reduzia as possibilidades de ataque rápido por parte dos nortenhos, obrigando-os a jogar em meio campo.Mas tudo se alteraria assim que a mão certeira dos atiradores azuis e brancos se fez sentir de novo. Bastou uma sequência de transições rápidas para que a vantagem voltasse a subir para a casa das duas dezenas colocando um ponto final na partida. A inspiração ofensiva do FC Porto tornou praticamente impossível ao Benfica discutir o jogo, que em termos ofensivos foi conseguindo fazer pontos que deveriam ter sido suficientes para garantir o triunfo.Na equipa vencedora destacaria o colectivo, pelo espírito de entreajuda revelado, obviamente que uns se destacam mais pelos pontos convertidos, mas todos cumpriram perto da perfeição com o seu papel dentro de campo, mesmo que em tarefas menos apreciadas ou espectaculares. Foram cinco os atletas que terminaram com mais de dez pontos, com Nuno Marçal a ser o melhor marcador (23 pontos) e Carlos Andrade (15 pontos, 7 assistências, 6 roubos de bola e 5 ressaltos) a ser eleito o MVP do jogo, com 25.5 de valorização.O norte-americano Marquin Chandler (23 pontos), exibiu pormenores ofensivos de grande qualidade e deu para perceber que tem uma enorme facilidade de lançamento. O base Miguel Minhava (15 pontos, 6 assistências e 4 ressaltos) acabaria por ser o mais valioso de entre os benfiquistas.

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24 MAR 2011

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