Clássico agita 6.ª jornada da Liga Betclic Masculina

Este domingo (18h) há FC Porto vs. SL Benfica, clássico da Liga Betclic Masculina que tem transmissão na RTP2 e FPBtv.

Miguel Correia e José Barbosa, jogadores de “dragões” e “águias”, respetivamente, estiveram à conversa com a FPB sobre um jogo sempre desejado.

Nos “azuis e brancos”, Miguel Correia alerta para a qualidade do rival e dá a receita para que a vitória fique mais perto: “O Benfica é uma equipa bem organizada, com um plantel extenso, em que vários jogadores podem contribuir para o seu jogo. Sentimos que se conseguirmos ser mais consistentes em todas as fases defensivas, teremos sempre hipóteses de discutir o resultado em qualquer jogo”, afirma.

O calendário é apertado, com provas europeias pelo meio, mas o jogador de 21 anos garante um FC Porto à altura: “O desgaste quer da competição europeia, quer da jornada dupla, vai acumulando e terá a sua influência, mas estamos prontos para este desafio”, vinca.

Depois do triunfo frente ao Sporting, bater o Benfica seria a maior demonstração de força?: “O campeonato é longo e ainda há muitos jogos pela frente, mas sem dúvida de que seria uma afirmação do nosso valor e é disso que vamos à procura”, aponta.

O base campeão europeu (Divisão B) de sub20, em 2019, salienta o fator casa: “O público portista é fundamental em qualquer jogo, principalmente num clássico, e o seu apoio contribui mais do que imaginam. Sei que os nossos fãs nos vão dar uma grande vantagem ao jogar em casa e é sempre um objetivo nosso corresponder às suas expectativas e dar-lhes as merecidas vitórias”, finaliza.

Do lado benfiquista, José Barbosa não poupa nos elogios ao adversário da Invicta e desvaloriza um eventual cansaço: “As qualidades do FC Porto são muitas, é difícil individualizar, e têm sido regra nos últimos anos, com o trabalho contínuo que o seu treinador tem vindo a fazer na última década. Uma equipa muito versátil, com sete estrangeiros, que lhe permite adotar várias facetas e colmatar qualquer ausência, lesão e/ou desgaste. Por último, têm um bom núcleo de portugueses, que conhece o nosso basquetebol como ninguém. É inegável o desgaste que os jogos europeus nos causam, não só pela intensidade imposta como pelas viagens que fazemos, com muito pouco descanso e recuperação pelo meio. Neste confronto em específico, penso que a balança está de certa forma equilibrada, porque o FC Porto também vem de uma jornada e viagem idênticas à nossa, por isso penso que não será fator decisivo neste encontro”, analisa.

O base internacional português não tem dúvidas de que os “encarnados” ainda podem crescer bem mais: “Honestamente, penso que ainda temos muito a evoluir. Conheço bem as ideias da equipa técnica e sei que há todo um processo, de forma a apresentarmo-nos na melhor forma numa fase mais dianteira da época. Acho que ainda é precoce falar do verdadeiro potencial da equipa, até porque temos tido várias lesões e muito pouco tempo para treinar mas, sem dúvida de que podemos crescer bastante”, garante.

O Benfica começou bem a época, com vitórias na Liga e nas competições europeias, e Barbosa explica o porquê: “Eu vou apenas realçar a resiliência e o espírito de grupo que esta equipa conseguiu criar em tão pouco tempo. Sei que poderia mencionar várias qualidades ofensivas e defensivas, individuais e coletivas, mas eu prefiro realçar a nossa resiliência e união, porque nos momentos apertados é o que faz a diferença e nós temos vencido algumas batalhas dessa forma”, diz.

José Barbosa, chegado esta época às “águias”, descreve os primeiros meses na Luz: “Sinceramente, têm sido tempos muito positivos. Sabia que, se quisesse continuar a evoluir nesta fase da carreira, que teria de sair da minha zona de conforto. Não porque a Oliveirense não me oferecesse todas as condições para isso, mas sim porque tenho como defeito acomodar-me com alguma facilidade e iria acabar por acontecer se não procurasse um novo desafio. Prometi a mim mesmo que o enfrentaria sem nunca virar a cara à luta, sempre de cabeça erguida e mantendo os meus princípios. Tem corrido bem até agora, penso eu!”, conclui.