Clinic Internacional de Cantanhede pela voz dos protagonistas
Mário Gomes, Sérgio Ramos e Rafael Ramos abordam momento importante da formação basquetebolística
FPB | Treinadores
9 JUN 2023
Caminhamos a passos largos para mais uma edição do Clinic Internacional de Cantanhede, que vai decorrer a 24 e 25 de junho – inscrições aqui.
Estivemos à conversa com Mário Gomes, Sérgio Ramos e Rafael Vaz, três dos preletores que estarão presentes neste importante da formação para os treinadores.
Mário Gomes, selecionador nacional masculino, explicou qual o tema que vai abordar: “A minha intervenção no Clinic vai ser em equipa, com o Sérgio Ramos e o André Cardoso, e abordará as Orientações Nacionais para a Formação de Jogadores, mais concretamente a sua aplicação prática. A nossa intervenção terá dois momentos: o primeiro, em que após uma breve introdução, que estará a meu cargo, o Sérgio e o André (com a ajuda da Seleção Nacional masculina de sub15) conduzirão uma sessão prática, exemplificando a aplicação das orientações nacionais, centrada num tema/conteúdo e num determinado escalão (sub16, no caso); o segundo momento será em forma de workshop, organizado a partir de questões colocadas (sobre a aplicação das orientações técnicas) pelos participantes no Clinic”, afirmou.
Experiente neste tipo de formações, Mário Gomes não esconde que os Clinics são sempre especiais: “Para quem gosta de basquetebol, de aprender e de trocar experiências, para além de viver os momentos de encontro e convívio que os Clinics sempre proporcionam, todos eles são especiais… Este também o será, por estas razões e também pela qualidade dos preletores e por um momento sempre marcante em Cantanhede, que é a homenagem a uma referência da modalidade, sendo que este ano será homenageado alguém que me é muito querido”, revela.
Para o técnico, há sempre algo a aprender num Clinic: “Ao contrário do que muitos pensam, embora poucos digam, aprendemos sempre alguma coisa em qualquer Clinic, assim tenhamos a mente aberta para tal. Direi apenas, citando o Professor Teotónio Lima, que “quem deixa de aprender, deve deixar de ensinar”. Espero que os participantes venham com a mente aberta para aprender, que estejam particularmente atentos às “coisas simples” e que tenham sempre presente que, enquanto treinadores de formação, a sua missão é formar jogadores, é cuidar da sua evolução individual, para que possam desenvolver todo o seu potencial. E que só vale a pena ser treinador de formação se a motivação de cada um for essa, se se gostar mesmo de o ser, independentemente do “resultado ao fim de semana”, termina.
Tal como referido por Mário Gomes, Sérgio Ramos, seu adjunto na Seleção Nacional masculina, vai estar a acompanhá-lo. O treinador e antigo jogador internacional português vinca a importância destas formações: “Estas ações de formação são sempre importantes para os treinadores. Há sempre algum detalhe que nos obriga a refletir sobre o nosso processo de treino. Todos os Clinics são importantes, apesar do de Cantanhede, habitualmente, contar com preletores internacionais de renome”, afirma.
Sérgio Ramos deixa elogios a duas entidades: “A Escola Nacional de Basquetebol tem feito um bom trabalho, juntamente com a Associação Nacional de Treinadores de Basquetebol, porque têm oferecido ações de formação durante o ano para os treinadores se atualizarem, melhorarem e refletirem”, salienta.
O técnico aconselha todos os inscritos: “Apareçam com a mente aberta, qualquer que seja a idade. Estejam atentos, disponíveis para ouvir. Esperamos que os temas apresentados “obriguem” os treinadores a aprender”, deixa o desejo.
Na área da preparação física, Rafael Vaz é outros dos preletores: “Vou falar de preparação física no basquetebol. Mais concretamente, irei apresentar uma proposta metodológica de trabalho físico para os escalões de formação. é sempre muito importante poder contar com alguém da área da preparação física num Clinic de basquetebol. É uma área em claro desenvolvimento em Portugal e este Clinic, pelo seu elevado número de participantes, é uma excelente oportunidade de sensibilizar pessoas para o desenvolvimento deste trabalho nos seus clubes”, diz.
O preparador físico espera uma elevada interação: “É mais um excelente momento de partilha de conhecimento e experiências. Cantanhede tem a particularidade de poder contar com um elevado número de participantes e por isso espero que a interação e partilha seja elevada”, acentua.
Rafael Vaz dá conta do seu trajeto até ao momento: “Comecei a trabalhar no Basket Clube Vila Real, onde fui responsável pelo treino físico de todo o clube, de seguida tive uma época na cantera do Unicaja Málaga. A partir daí trabalhei sempre com equipas profissionais, no México, Espanha e Portugal. Atualmente, sou preparador físico na UD Oliveirense e na Federação Portuguesa de Basquetebol”, conclui.