«Competir até ao limite»

A beleza da competição na Taça de Portugal é colocar em confronto equipas de escalões diferentes e proporcionar que equipas teoricamente mais fracas se superem na tentativa de conseguir fazer história.

Competições
14 JAN 2016

Permite também que clubes com enorme tradição, como é o caso do Académico FC, regressem à ribalta, nem que seja por um fim de semana. O treinador Diogo Perdigão, com todas as limitações que a equipa tem, espera que possa acontecer um “pequeno milagre”, se bem que os objetivos propostos para esta competição já tenham sido atingidos. Defrontar o Eléctrico FC é um prémio para a época muito positiva que o Académico tem vindo a realizar, no qual o técnico conta com o apoio dos adeptos e garante ambição e talento para tentar ser competitivo diante de um adversário favorito.

 

A equipa do Académico está a realizar um excelente campeonato nacional da 1ª divisão masculina, já que leva 11 vitórias nos 12 jogos até agora disputados,  no Grupo Centro/Norte da prova. “Neste que é o meu segundo ano à frente dos seniores do Académico os objetivos têm sido atingidos na plenitude. No primeiro ano queríamos reabilitar a imagem da equipa sénior, voltar a ser um exemplo para os mais novos e ser competitivos na CN1, apurando-nos para a 2ª Fase. Acabámos, no entanto, por fazer mais do que estávamos à espera. Ficámos em 2º lugar na 2ª Fase, apenas atrás do Dragon Force B, que viria a sagrar-se campeão. Este ano, com uma equipa com média de idades de 22 anos, queremos discutir efetivamente a subida. Para já estamos completamente dentro dos objetivos, empatados no 1º lugar com Gaia e Sanjoanense, com 11-1, recebendo ambas as equipas na 2ª volta. Mas nada se decide nesta 1ª Fase, afirma Diogo Perdigão.

 

As metas traçadas para esta competição já foram alcançadas, razão pela qual Diogo Perdigão encara esta eliminatória como uma recompensa pelo percurso da equipa, se bem que queira discuti-la até onde for possível: “Definimos como objetivo para a Taça de Portugal não ser eliminados por nenhuma equipa da CN1. Atingimo-lo ao vencer GDB Leça, CD Póvoa e SC Braga. Agora, com o Elétrico, mais do que um prémio e um privilégio, é um fantástico desafio. E nós gostamos de desafios que nos obrigam a competir em superação! Naturalmente que reconhecemos o favoritismo total do nosso adversário, mas não reconhecemos a superioridade. Essa terá de ser demonstrada no campo!".

 

Naturalmente que existem diferenças entre os dois conjuntos, mas o treinador confia no talento dos seus atletas e na sua capacidade de superação: “Em primeiro lugar somos totalmente amadores. Treinamos (no campo) 3 vezes por semana, entre as 22h00 e as 23h30. Depois há, claro, as diferenças técnicas e físicas. Este último aspeto é claríssimo, principalmente se tivermos em conta que, fisicamente, estamos num momento complicado, com alguns atletas lesionados. Mas nada disto é desculpa! Lidero um grupo de jovens com muita ambição e muita qualidade e no domingo vamo-nos apresentar preparados para competir até ao limite das nossas possibilidades!”.

 

Sem estar à espera que nada caia do céu, Perdigão tem consciência que as probabilidades não jogam a favor da sua equipa. Promete muita entrega, até como forma de recompensar o apoio dos adeptos que espera que sejam muitos. “Nestas alturas lembro-me sempre do ‘Milagre no Gelo’, de 1980, quando a equipa Olímpica de Hóquei em Gelo dos EUA, composta apenas por amadores e atletas estudantes, eliminou nas meias-finais a superfavorita e 4 vezes medalha de ouro URSS. E penso, por que não nós?’ Preparamo-nos para isso. Fazemos o nosso trabalho para estarmos prontos para aproveitar qualquer janela de oportunidade que se abra! E acreditamos que com o apoio da bancada, que tenho a certeza de que vai estar cheia, poderemos ser competitivos! No final logo se vê mas, independentemente do resultado, não tenho dúvidas de que vamos orgulhar os Academistas! Esse é o nosso objetivo!”

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14 JAN 2016

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