«Contra-ataque é o ponto forte»

O trabalho de casa está feito, os vídeos já foram visionados, as estratégias muito provavelmente também já estão definidas, sendo que parar o contra-ataque adversário poderá ser, na opinião de Miguel Minhava, um dos pontos-chave da eliminatória frente aos ucranianos do Ferro-ZNTU.

Depois de estudada a equipa adversária, e embora tendo em atenção o que vale o visionamento de um vídeo, Miguel aponta o “contra-ataque como o ponto mais forte” da equipa ucraniana, até porque “ofensivamente não parecem ser muito organizados.”É uma equipa que “vive muito da criatividade do base norte-americano”, mas como tem que jogar o jogo todo, “defensivamente”, um pouco à imagem do resto da equipa, “não parecem ser muito agressivos.”Mas é inquestionável que o conjunto ucraniano tem bons atletas, nomeadamente o extremo Christian Burns “que já conhecemos dos tempos do FC Porto, e continua a ser um atleta muito forte a jogar em campo aberto.” Dos restantes elementos do Ferro-ZNTU, o base encarnado destaca o norte-americano que actua na posição 4, como sendo “um bom atirador.”Sendo esta uma equipa ucraniana não foge às características próprias dos atletas desta parte da Europa, daí não seja de surpreender o facto de Minhava recear o poderio atlético do adversário. “Fisicamente parecem ser muito fortes e é natural que nos possam causar alguns problemas. Os próprios atletas estrangeiros, também eles, são jogadores altos.”Por aquilo que puderam observar do primeiro jogo que esta equipa realizou a contar para o campeonato ucraniano, “a pouca rotação do banco”, poderá ser uma vantagem a ser explorada pelos campeões nacionais.Mas infelizmente para os benfiquistas e para o técnico Henrique Vieira, essa vantagem não poderá ser explorada na plenitude, uma vez que não vai poder contar com o capitão Sérgio Ramos e o base Diogo Carreira.O capitão encarnado está de cama com gripe desde sábado passado e ainda não é certo que possa deslocar-se à Luz para apoiar os seus companheiros. “Desde sábado que tenho estado com gripe, e só esta terça consegui levantar-me da cama. Senti dores de cabeça como nunca tinha sentido, chegando ao ponto de não suportar qualquer barulho. Fui aconselhado pelo médico a manter-me por casa de modo a não contagiar o balneário, mas gostaria imenso de ir assistir ao jogo, até para ficar a conhecer a equipa adversária.” O extremo benfiquista já pensa no futuro, desejando preparar-se da melhor forma possível. “Conto estar presente no jogo da segunda mão, como tal gostaria de estudar os jogadores ucranianos.”Já Diogo não vai dar o seu contributo à equipa, porque é imprescindível que comece esta quarta-feira um tratamento especial ao tumor benigno que tem na cabeça. Infelizmente a data foi coincidente mas a prioridade, obviamente, é a saúde do atleta, sendo impossível adiar o inicio do tratamento, já que o tumor está a aumentar e isso poderá ter implicações mais graves para o atleta.