Custódio Coelho: “Ser nomeado para o Europeu A é uma grande conquista para mim”
Árbitro setubalense prepara participação inédita na principal prova de seleções continental
Competições
7 AGO 2023
Depois das nomeações para o Europeu B/C e a fase final da Euroliga 2, Custódio Coelho tem reservado o maior desafio da carreira. O juiz, que atingiu o estatuto de árbitro internacional no Campeonato da Europa B/C, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina, em Junho de 2022, faz a estreia no ponto alto das competições de seleções à escala europeia. Integrado nos Campeonatos Paralímpicos Europeus de 2023, o Europeu A decorre de 11 a 19 de agosto, em Roterdão, e arranca com um Espanha vs Turquia, no torneio feminino.
Apesar do timing menos propício ao melhor desempenho, atendendo ao facto das competições nacionais estarem paradas desde o último jogo do campeonato nacional a 17 de junho, o entusiasmo de poder pôr à prova os conhecimentos adquiridos nas experiências prévias num palco tão ilustre não esmorece. O jovem árbitro abordou, em entrevista à FPB, como vive os momentos que antecedem a entrada em cena no Campeonato da Europa da divisão A de BCR.
1 – Como tem decorrido a preparação para o Campeonato da Europa?
Tendo em conta a paragem competitiva, em Junho, e o Europeu ser em Agosto, tenho aproveitado para me preparar da melhor forma possível, ou seja, com treinos físicos e com análise de jogos, essencialmente do Mundial, para analisar algumas das estratégias chave das equipas que irei encontrar e assim estar preparado para tomar as melhores decisões.
2 – Em que medida as anteriores experiências internacionais contribuíram para a tua evolução?
Arbitrar um Europeu B/C e uma Euroliga 2 foram momentos fundamentais para a minha evolução como árbitro de BCR. Nestas duas competições, fui exposto a um critério de arbitragem diferente e, de certa forma, mais exigente do que normalmente se aplica internamente, em competições nacionais. Foi necessário tomar decisões a uma velocidade mais rápida, onde a qualidade das equipas e dos jogadores é de nível superior, em termos de controlo de cadeira e intensidade dos contactos. Ambos foram um desafio que obrigaram a elevar o meu nível e a evoluir como árbitro de BCR.
Estas experiências também me permitiram trabalhar com árbitros experientes e receber feedback construtivo dos instrutores sobre o meu desempenho, o que foi essencial para o meu crescimento. Além disso, os diferentes estilos de jogo proporcionaram uma compreensão mais profunda das situações específicas no jogo de BCR.
3 – Quais as tuas expectativas para esta participação numa competição tão desafiante?
São altas, pois trabalhei bastante para alcançar este nível e ser nomeado para arbitrar o Europeu Divisão A é uma grande conquista para mim. Estou muito motivado para contribuir de forma positiva para o sucesso do campeonato, permitindo que os atletas demonstrem todo o seu talento em campo. O objetivo é garantir um ambiente competitivo e justo para todas as equipas e, ao mesmo tempo, continuar a assimilar conhecimentos.
Estou ansioso para fazer parte de um evento de alto nível como vai ser este Europeu e contribuir para a promoção e o desenvolvimento do basquetebol em cadeira de rodas nacional e internacional.
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Nota: fotografia da autoria de Miguel Fonseca – @mfportefolio