Débora Escórcio: «Melhoramos diariamente»
Os encontros de preparação não correram de feição, a equipa tem marcado poucos pontos, mas, como diz Débora Escórcio, esses jogos não passam de “pré-exames”, onde a ideia é precisamente avaliar para depois corrigir o que está mal.
Atletas | Seleções
12 JUN 2012
A atleta conta que a Seleção tem trabalhado bem e que no seio do grupo reina o otimismo: “Vamos competir, dar o nosso melhor e, se pudemos, ganhar”, afiança nesta entrevista.
O estrangeiro, há oito épocas a jogar fora de Portugal, continua a ser a sua opção para dar continuidade à carreira. Quais os motivos pelos quais continua a jogar em Espanha?Não há nenhum motivo em especial. Para mim estar em Espanha, poder desfrutar de mais perto da melhor ou das melhores ligas europeia e com isso aprender, ver o basquete de outra maneira, além de as jogadoras em geral terem outro caráter (mais duras e competitivas), uma liga que mesmo com as grandes diferenças económicas sempre resulta mais fácil, de jornada para jornada haver alguma supressa: equipas que lutam para não descer podem ganhar a equipas que estão em postos de playoff! Emocionante!Mas sempre disponível para ajudar a Seleção, que está muito próxima de começar a fase de apuramento. Os últimos resultados não são os mais desejados, o que não significa que não se retirem coisas boas dos últimos jogos. Que aspetos positivos destacaria dos jogos de preparação até agora efetuados pela Seleção portuguesa? Do meu ponto de vista os jogos de preparação são os “pré-exames”, onde se testa o que trabalhamos a diário nos treinos. Sei que as pessoas em geral se guiam por estatísticas e mesmo havendo melhoras neste aspeto, temos muito trabalho pela frente. Eu sou mais das sensações dentro e fora de campo e aí sem dúvida estamos mais compactas! Não prometemos vitórias, mas prometemos fazer o nosso melhor, que o público se identifique, desfrute com esta equipa e quem sabe dar algum susto!A equipa tem tido dificuldades em fazer pontos. Encontra alguma explicação para que isso tenha sucedido? Motivos… Poderia numerar alguns, mas para mim o principal é que não estamos habituadas! Sempre há quem é contratada para essa função, em geral estrangeiras. Estamos aos poucos mudando mentalidades e tenho a certeza que acabaremos por mudar esta nossa debilidade, além da ausência de jogadoras como a Sónia Reis e a Paula Muxiri sentir-se imenso… Está confiante que o rendimento da equipa irá melhorar durante a fase de qualificação para o próximo Campeonato da Europa?O rendimento da equipa melhora diariamente. Já no ano passado isso aconteceu-nos e o nosso melhor jogo foi o último contra a Suécia. Este ano repete muita gente e será mais fácil essa melhora! Suécia e Montenegro foram bons testes para aquilo que irão ter pela frente no grupo de qualificação?Ambas as equipas são compostas de jogadoras de grande envergadura e físicas o que, mesmo não conhecendo bem todos os nossos rivais, resulta sempre num bom treino! Se queremos progredir, sempre temos de comparar-nos aos melhores e estas equipas são belíssimos testes, pois o ano passado Montenegro ficou 6º classificado e Suécia tem vindo a surpreender com o seu básquete.O que definiria como sendo, tendo em conta a qualidade do grupo de apuramento, uma boa fase de qualificação?Como já referi anteriormente, vamos competir, dar o nosso melhor e, se pudemos, ganhar. As equipas que podem estar mais ao nosso alcance seriam Ucrânia e Hungria… Vamos ver.