Dérbi algarvio “aquece” terceira jornada da Liga Betclic Feminina
Rosinha Rosário e Márcia Carvalho projetam duelo entre Imortal e Ferragudo; Ronda agendada para domingo
Atletas | Competições
7 OUT 2023
A terceira jornada da Liga Betclic Feminina vai decorrer no domingo, com um dos jogos a colocar frente a frente o Imortal TCARS e a ACD Ferragudo.
Um dérbi algarvio que promete e que foi projetado para a FPB pelas jogadoras Rosinha Rosário e Márcia Carvalho. A FPBtv e A Bola TV transmitirão este jogo, marcado para as 11 horas.
No Imortal, Rosinha Rosário pensa que não terá grande influência o facto de várias atletas do Ferragudo serem provenientes do emblema de Albufeira: “Penso que as maiores qualidades do Ferragudo são o jogo interior e a intensidade que coloca. Em relação a conhecermos algumas jogadoras, acho que vai beneficiar os dois lados, pois nos conhecemo-las, assim como elas nos conhecem a nós. Independentemente disso, o scouting já permite, à partida, que todas as equipas se conheçam minimamente bem”, garante.
O Imortal conta com um triunfo e uma derrota, mas mesmo quando perdeu levou o SL Benfica a prolongamento. Rosinha enaltece a força da sua equipa: “Creio que, este ano, a Liga vai ser bastante competitiva, no sentido em que não haverá jogos fáceis. Estes dois resultados mostram que nos podemos bater de igual para igual com qualquer equipa. É o início da época, por isso é evidente que ainda teremos que afinar rotinas defensivas e ofensivas e criar dinâmicas entre as jogadoras da equipa”, analisa.
A internacional portuguesa, de 33 anos, caracteriza o grupo de trabalho e não esconde que assume um papel importante, já que esta é a sua terceira época em Albufeira: “Temos uma equipa bastante trabalhadora e focada, com boa capacidade de adaptação, mas sobretudo com um bom espírito de união e mentalidade vencedora. Creio que por ser a jogadora mais velha, e uma das mais antigas da casa, que o meu papel é trazer liderança, estabilidade e o sentimento de união e pertença. Sinto-me responsável por ser alguém com quem elas podem contar dentro e fora de campo”, revela.
Rosinha espera um ambiente efervescente: “Um dérbi é sempre um dérbi, e o calor nas bancadas certamente será reflexo disso. Contudo, a nossa motivação será sempre a mesma, ganhar, independentemente da equipa adversária”, assegura.
Na mesma linha, mas do lado do Ferragudo, Márcia Carvalho reconhece que este é um embate especial: “Um dérbi é, e será sempre, um dérbi. Toda a gente gosta de estar presente nestes jogos, seja a ver ou a jogar. E fico contente que os dérbis não aconteçam só na zona norte ou centro, agora já podemos dar enfase ao sul, está a crescer. Espero, sinceramente, que seja um bom jogo para todos”, deixa o desejo.
Márcia Carvalho é um dos reforços do primodivisionário Ferragudo, proveniente do Imortal, precisamente. Mas na ótica da base, o conhecimento mútuo não é assim tanto dadas as mudanças: “O Imortal é uma equipa equilibrada a nível exterior e experiente a nível interior. No entanto, não acredito que a nossa mudança seja um benefício a nosso favor, pois, os treinadores mudaram, as jogadoras mudaram e, consequentemente, alteraram as dinâmicas da equipa. Encaramos o Imortal como um adversário novo”, refere.
O Ferragudo ainda procura o primeiro triunfo na Liga. Márcia Carvalho não dramatiza: “A equipa acabou de subir, tem uma nova constituição, existem muitos processos para assimilar e adaptar, é perfeitamente normal existirem derrotas e alguma confusão no jogo coletivo. As coisas vão surgir a seu tempo, tal como as vitórias. Não me preocupa, temos uma equipa com muito potencial para crescer e surpreender.Esta equipa tem, claramente, uma entidade definida que é a agressividade. Penso que nestes últimos jogos deu para ver o que poderá ser o futuro, embora algo inconstante no início, mas faz parte das dores de crescimento de uma equipa que acabou de subir. O corpo técnico tem consciência de que o início pode ser conturbado, mas o que realmente importará será o fim” enfatiza.
A jogadora de 31 anos não se mostra indiferente por defrontar a antiga equipa, mas salienta os primeiros meses no Ferragudo: “É um jogo especialmente estranho, diante de uma equipa onde alinhei durante três anos. Acho, que na minha carreira, o máximo de tempo em que estive num clube foram cinco anos, no Montijo, uma família até hoje. Mudar de casa faz parte da vida e isso requer outras adaptações e hábitos. Gosto do nosso grupo, gosto dos hábitos de trabalho e exigência diária. Uma pessoa/equipa que trabalha diariamente com qualidade colherá os seus frutos mais cedo ou mais tarde, espero que assim seja. Vamos para a luta, jogo a jogo, seja ele qual for”, vinca.
Esta ronda da Liga Betclic Feminina contempla as seguintes partidas: