Dérbi aveirense anima domingo de Liga Betclic Feminina

A quarta jornada da Liga Betclic Feminina realiza-se este domingo, e um dos jogos (18h30, transmissão na FPBtv, cujo acesso é gratuito) opõe o Esgueira Aveiro TRIVGLASS ao Galitos/FFonseca.

Inês Ramos e Inês Neto, jovens jogadoras de Esgueira e Galitos, respetivamente, anteviram este dérbi para a FPB.

No Esgueira, Inês Ramos não se “ilude” com o facto do adversário ainda não ter vencido na Liga: “O Galitos é uma equipa com muita qualidade individual. Tem atletas que jogam bastante bem no 1×1 e que sabem ler muito bem o jogo. Além disso, conta com atletas experientes e também bastante novas, o que traz coisas diferentes ao seu jogo, mostrando uma possível grande margem de progressão durante a época”, analisa.

A base-extremo não esconde que esta é mesmo uma partida especial: “Todos os jogos são diferentes e contra o Galitos ainda mais. Se num jogo de basquetebol os números são relativos, porque já vimos que pode haver sempre surpresas, ou seja, não é certo quem ganha, nem quem perde, então num dérbi ainda mais. Em relação ao fator casa, claro que valorizamos, obviamente preferimos jogar no nosso pavilhão, com os nossos adeptos, mas o Galitos é de Aveiro e sabemos que também irá trazer imenso público, assim como se o jogo fosse lá, também iria estar imenso público do Esgueira. Um dérbi tem sempre um sabor especial. Se alguma das equipas não está numa boa fase do campeonato, vai buscar forças a algum lado que “não existe, parecendo que joga como se estivesse na melhor fase da competição. Não há uma razão específica para isto, mas sinto que é aquilo que acontece, tanto com a equipa, como com os adeptos. É um duelo que existe desde o minibasquete e que é implementado por toda a gente como ” jogo, de forma saudável, obviamente. Por fim, dizer só que sabemos que o Galitos vem com tudo, assim como nós, e o público estará à espera de um bom espetáculo de basquetebol”, projeta.

O Esgueira apresenta duas vitórias e uma derrota, até ao momento, no campeonato. Inês Ramos aponta os aspetos em que a equipa deve melhorar: “A nossa agressividade defensiva era algo que nos caracterizava e penso que, devido aos ritmos de jogo e à adaptação da equipa ao início da época, abdicámos um pouco dela. Os pontos que sofremos nos dois últimos jogos são prova disso. No entanto, queremos voltar a essa nossa identidade e melhorar nesse aspeto. Quanto ao nível ofensivo, acho que crescemos bastante, no entanto talvez devêssemos ser mais consistentes no tiro exterior”, considera.

A turma de Esgueira tem-se assumido como um dos emblemas do topo da classificação, tendo sido semifinalista da última edição da competição. Convidada a falar sobre um eventual candidatura ao título, a jogadora de 21 anos mostra-se prudente: “O nosso objetivo é ficar o melhor classificadas possível e fazer o nosso melhor, como temos feito ao longo das épocas. Nos últimos dois anos na Liga temo-nos superado sempre, estando melhores classificadas do que nos anos anteriores e isso mostra a personalidade, a vontade e o querer da nossa equipa. Claro que dentro disto que eu falei existe sempre aquele sonho do título, mas objetivamente não trabalhamos apenas para isso. Levamos as coisas com calma e pensamos jogo a jogo”, revela.

Por seu turno, no Galitos, Inês Neto afirma estar confiante no futuro: “Não começámos a época da melhor maneira, mas sinto que a equipa está a crescer, estamos a conseguir criar melhores rotinas que nos estão a permitir jogar a um melhor nível. Estamos a trabalhar coletiva e individualmente para conseguir chegar o mais rapidamente ao primeiro triunfo. Para revertermos a situação precisamos de ser mais organizadas ofensivamente, continuar intensas defensivamente e sermos fortes nos ressaltos. Neste momento, qualquer jogo seria ideal para darmos a volta, estamos a trabalhar todos os dias, focadas nos nossos objetivos para conseguirmos chegar a melhores resultados o mais rápido possível”, refere.

A internacional jovem portuguesa caracteriza o grupo de trabalho e aponta aos playoffs: “A equipa do Galitos é praticamente nova. Como referi, estamos a trabalhar para criar melhores rotinas e reforçar a nossa identidade enquanto equipa, para conseguirmos chegar ao nosso objetivo, jogar os playoffs. Não somos uma equipa muito forte fisicamente, por isso apostamos mais em saídas rápidas e em transição para o ataque, defensivamente somos intensas”, examina.

Para Inês Neto, o ambiente de dérbi também não passa ao lado: “Um dérbi é sempre um jogo muito especial e a motivação também é diferente. Conquistar a nossa primeira vitória neste momento é, obviamente, um objetivo importante, mas também sabemos que não nos devemos sentir pressionadas, mas sim jogar as nossas coisas, estarmos focadas e determinadas”, diz.

À semelhança de Inês Ramos, Inês Neto, até ao momento, só conheceu um clube. Aos 17 anos, a atleta fala da sua ligação ao Galitos: “Jogo no Galitos há 10 anos e o meu objetivo, desde sempre, foi deixar o melhor dentro de campo e conseguir, em equipa, obter os melhores resultados, não só para orgulhar o clube, mas também as pessoas que vêm assistir a todos os nossos jogos. Hoje em dia, o objetivo não mudou, mas tenho consciência de que tenho um papel mais importante, uma maior responsabilidade, o que me faz querer trabalhar para que, em equipa, deixemos uma boa imagem do clube”, conclui.

Recordamos os encontros da quarta ronda da prova, todos com transmissão na FPBtv.

 

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