“Desse por onde desse, a Liga tinha que ser nossa, à quarta é de vez”

Felicité Mendes, peça importante na manobra do União Sportiva, falou à FPB sobre a Liga Feminina conquistada no último sábado.

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9 MAI 2018

 

A jogadora do emblema açoriano realçou a união do grupo e a motivação para conquistar o campeonato depois de três finais perdidas.

 

 

O União Sportiva acaba de se sagrar campeão nacional ao vencer a Quinta dos Lombos por 2-0, equipa que para muitos tinha o plantel mais completo. Esta conquista ganha ainda mais sabor por isso?

Sem dúvida de que esta vitória tem outro sabor, porque para muitos a Quinta dos Lombos era a equipa favorita/com o melhor plantel e assim a maior candidata ao título, e o facto de termos conseguido provar o contrário com um 2-0 soube ainda melhor. Melhor do que isso foi poder levantar a taça em casa com o apoio incrível do nosso público e festejar esta vitória com eles.

 

Quais as principais razões, na tua opinião, que explicam este desfecho? Mesmo com menor rotação, o Sportiva levou a melhor. Houve algum momento-chave esta temporada?

Em ambos os jogos, a Quinta dos Lombos entrou melhor na primeira parte. E o facto de irmos para o intervalo atrás no marcador ou com uma vantagem mínima fez com que entrássemos na segunda parte com uma outra atitude e com mais vontade de resolver logo o jogo, mesmo para não termos que ir a um terceiro jogo, caso fosse preciso. Por isso, a vontade, garra e força de sacrifício nos momentos finais, quando as pernas já não podiam dar mais, levaram a que déssemos sempre um pouco mais de nós. E terminámos ambos os jogos esgotadas, mas sabendo que demos 150% daquilo que tínhamos e não tínhamos. O resultado final dos dois desafios mostra isso, que foram jogos equilibrados e renhidos, onde o resultado só foi decidido nos segundos finais.

 

O facto do Sportiva ter perdido algumas finais durante a temporada acabou por unir ainda mais o grupo no sentido de vencer o campeonato?

Ir a várias finais e perder por poucos pontos de diferença só mostra que a equipa tinha capacidades para ganhar, mas que faltava sempre uma coisinha no fim que acabava por cair para o lado do adversário. Após três taças perdidas, encarámos esta como a última do campeonato. Desse por onde desse, a Liga tinha que ser nossa, à quarta é de vez.

 

A nível individual, como avalias a tua época?

Comecei a época vinda de uma lesão grave e a pouco e pouco fui ganhando confiança e força para voltar à minha forma física. Não fiz uma época por aí além, mas sinto que ajudei bastante a equipa. Se não fosse com pontos, seria com ressaltos, assistências ou mesmo com a minha garra de dar sempre o melhor dentro de campo. E terminar a época com o título é sempre ótimo.

 

Olhando para trás, qual a tua opinião sobre esta edição da Liga Feminina?

Foi uma época bastante renhida, até mais do que há um ano. Houve equipas que me surpreenderam, como o Vitória SC. Para ano de estreia na Liga fizeram uma época bastante boa, conseguindo apurar-se para os playoffs.

 

 

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9 MAI 2018

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