Discutido até ao fim
Não chegou para vencer o Torneio Internacional de Coimbra, mas o resultado frente à forte seleção alemã, derrota por 74-79, confirmou que Portugal está no bom caminho.
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15 AGO 2016
Não só conseguiu ser competitivo, como discutiu até final a vitória no encontro, chegando mesmo a estar na frente já muito próximo do termo do jogo. Grande exemplo de superação, e a prova que quando o grupo está coeso, focado, e acima de tudo acredita que se pode bater frente a qualquer adversário, coisas boas podem acontecer. Foi extremamente reconfortante no final do jogo olhar para a bancada e ver os adeptos portugueses todos de pé a aplaudir a sua seleção, num sinal claro de satisfação pela forma como a equipa tinha lutado dentro do campo.
Inicio de jogo muito prometedor por parte de Portugal, que desde muito cedo deu sinais que iria disputar este jogo duma forma descomplexada e destemida. Os germânicos reagiram, e no final do 1º quarto a equipa nacional vencia pela diferença mínima (17-16). O 2º período foi o menos positivo para Portugal, sobretudo no seu desempenho defensivo, 30 pontos sofridos, muito por culpa de alguns erros na defesa dos bloqueios diretos, e incapacidade em controlar a tabela defensiva.
No 2º tempo, os alemães chegaram a dispor de várias vantagens nos dois dígitos, mas, à semelhança do que sucedeu em outros jogos de Portugal durante esta preparação, a equipa não se desuniu e muito menos desistiu de alterar o rumo dos acontecimentos. À entrada do último quarto a vantagem da Alemanha era de onze pontos (62-51), mas cinco minutos passados a diferença que separava as duas equipas era mínima (64-65). A boa defesa de Portugal permitia-lhe reentrar na discussão pela vitória, que esteve muito próxima de acontecer. Não só chegou a liderar o encontro a pouco mais de dois minutos do final, como teve posse de bola para tentar levar o jogo para o prolongamento.
Desta vez os comandados de Mário Palma não dominaram a luta das tabelas (24-31), o que não surpreende tendo em conta a média de alturas dos alemães, mas mesmo assim conquistou mais ressaltos ofensivos (9/8). A equipa tem melhorado no controlo da posse de bola (8 turnovers), e pena foi não ter conseguido repetir a eficácia dos jogos anteriores nos tiros de 2 pontos (44.4%). A linha dos 6.75 metros foi uma arma ofensiva (10/27 – 37%), bem como a linha de lance-livre (20/23- 87%). Os alemães dominaram nas finalizações próximas do cesto (40 vs 20 pontos), e aí residiu a grande vantagem dos germânicos neste encontro.
O extremo José Silva (19 pontos, 3 assistências e 2 ressaltos) foi o melhor marcador do encontro, revelador do seu acerto ofensivo e qualidade da sua exibição. Pena foi que João Betinho Gomes (15 pontos, 3 ressaltos e 2 roubos de bola), por lesão, não tenha conseguido dar o contributo à equipa durante todo o 4º período. O poste Cláudio Fonseca, mesmo com uma fortíssima oposição, ficou próximo de registar um duplo-duplo (11 pontos e 8 ressaltos). O base Mário Fernandes (9 pontos e 4 assistências) ficou a um ponto dos dois dígitos.