Domínio caseiro na Proliga

Na jornada inaugural da 1ª eliminatória do playoff do campeonato da Proliga, confirmou-se a teoria de que os 4 primeiros classificados são, à partida, os mais fortes candidatos a passar a fase seguinte, já que todos venceram os seus respectivos encontros disputados em suas casas.

Competições
18 ABR 2010

Se Penafiel e Lusitânia tiveram vitórias mais fáceis perante AngraBasket (89-63) e Galitos FC (89-60), respectivamente, já o Póvoa deu mais trabalho ao vizinho Barcelos (72-84). A partida entre Eléctrico e Sangalhos teve um resultado mais equilibrado (68-59).

No duelo entre vizinhos, a formação de Barcelos teve que lutar muito para levar de vencida os comandados de Carlos Cabral. Depois de uma 1ª parte de algum ascendente dos barcelenses (49-40), a forte reacção dos poveiros no recomeço da partida, colocava o resultado fechado no termo do 3º período (61-58). Com apenas 3 pontos de vantagem à entrada do derradeiro quarto, a maior maturidade de um cinco experimentado, como é aquele que compõe a formação de Barcelos, acabaria por vir ao de cima. O parcial de 23-14 demonstra bem a supremacia evidenciada pelos pupilos de José Ricardo nos últimos 10 minutos do jogo. As mais-valias do Barcelos exibiram-se ao mais alto nível, com trio formado por Pedro Silva (23 pontos, 15 ressaltos e 3 roubos de bola), John Winchester (39 pontos, 6 ressaltos, 3 roubos de bola e 2 assistências) e Akinyanju Oladoyin (13 pontos, 19 ressaltos e 3 assistências) a ser o expoente máximo. Nos poveiros, a dupla de estrangeiros composta por Ethan Jr. (25 pontos, 8 ressaltos, 6 roubos de bola e 3 desarmes de lançamento) e George Ehiagwina (14 pontos e 11 ressaltos) justificou a aposta que nela foi feita. Equilíbrio no Alentejo Na partida que colocou frente a frente o Eléctrico FC e Aliança Sangalhos o equilíbrio, tal como se previa, foi grande durante toda a partida. Os parciais registados ao longo dos 40 minutos – 20-16, 18-16, 15-11 e 15-16 – ilustram bem a forma como a partida foi disputada. Os visitantes ganharam a luta das tabelas (32-27), estiveram muito bem nos lançamentos de 2 pontos (61%) – algo que não conseguiram para lá da linha de 6.25 metros (19% 3 em 16) -, mas é sobretudo na forma como geriram a posse de bola que se encontra a justificação desta derrota da turma da Bairrada. Os 23 turnovers efectuados ao longo da partida, é um número muito elevado de situações que, em última análise, não possibilitam que a equipa lance ao cesto. Em duelos equilibrados é sabido que são os pormenores que fazem a diferença e a soma desses pequenos detalhes acaba por fazer a diferença entre o ganhar e o perder. Nesse aspecto o melhor aproveitamento da linha de lance-livre dos alentejanos, bem como os 14 roubos de bola efectuados ao longo do jogo, fizeram com que o Eléctrico se colocasse em vantagem na eliminatória. Na formação alentejana, naturalmente, foram os portugueses que brilharam, embora uns se tenham destacado mais, como foram os casos de Jorge Afonso (23 pontos, 7 ressaltos e 3 assistências), Tiago Pinto (15 pontos, 5 ressaltos, 5 roubos de bola e 4 assistências) e Aylton Medeiros (12 pontos, 5 ressaltos, 3 roubos de bola e 2 assistências). O norte-americano Arturo Dubois (28 pontos, 10 ressaltos, 11 faltas provocadas e 2 desarmes de lançamento) não fosse o número de turnovers que registou – 7 no total – teria conseguido mais uma valorização fantástica. Domínio dos favoritos Nas restantes partidas o favoritismo do Penafiel e do Lusitânia foi por demais evidente, nunca tendo estado em causa o domínio absoluto em qualquer fase do jogo. Em ambos os casos no final do 3º período os encontros estavam praticamente resolvidos, com as equipas da casa a beneficiarem de vantagens na casa das dezenas. A parte boa deste sistema de disputa do campeonato é que o encontro que passou não tem a mínima importância para o jogo seguinte do dia seguinte. Domingo é um novo filme, em que apenas os actores serão os mesmos, mas a história seguramente será diferente.

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18 ABR 2010

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