Dragões somam 2ª vitória

O FC Porto teve de sofrer para conquistar o segundo triunfo na Taça Hugo dos Santos (79-76), diante de uma Académica que teve uma enorme capacidade de sofrimento para regressar ao jogo no quarto final do encontro.

Atletas | Competições
15 JAN 2011

Grande espectáculo de basquetebol entre duas equipas que deram o melhor de si próprias, o que valoriza ainda mais a vitória dos dragões.

Com as duas equipas já com 40 minutos nas pernas, pois jogaram no dia anterior, a verdade é que ambas levaram alguns minutos a entrarem verdadeiramente no jogo. Depois de alguma incapacidade revelada pelos dois conjuntos em fazer pontos no ataque, o tiro exterior começou a ser a solução encontrada para fazer mexer o marcador.De tal forma que os 5 triplos convertidos pelos portistas nos primeiros 10 minutos de jogo, explicam em grande parte a vantagem com que terminou o primeiro período do encontro (25-16). No segundo quarto a formação azul e branca foi mais eficaz, tendo tido um maior equilíbrio nas soluções ofensivas procuradas, alternando o jogo interior com as penetrações em drible ou o lançamento exterior.A atenção defensiva dedicada pelos dragões a Tommie Eddie, com constantes sobremarcações obrigando-o sempre a ter que lutar muito para receber a bola, continuou a surtir os efeitos pretendidos – 6 pontos na 1ª parte -, levando mesma a momentos de frustração por parte do atleta.De qualquer forma, a equipa de Coimbra, após um período inicial em que falhou demasiadas situações de cesto fácil, fechou de novo o jogo, voltando a atrasar-se na parte final do período. Muito por culpa pelo trabalho desenvolvido pelos dragões na luta das tabelas (26/11), que ao intervalo tinham o mesmo número de ressaltos ofensivos que o adversário defensivos – essa era sempre a solução encontrada para resolver o menor acerto ofensivo, permitindo segundos lançamentos fáceis e de elevada percentagem (39-27).Para o segundo tempo o treinador Moncho López retomou a estratégia que tinha utilizado no dia anterior, voltando a apostar como solução defensiva a zona press que depois se transformava numa zona 2×3, recorrendo a Diogo Correia para desempenhar um papel de maior sacrifício mas ao mesmo tempo de maior desgaste no adversário.A rotatividade do banco portista foi-se mantendo, contrapondo com a disciplina táctica da Académica, que foi encontrando, na maioria das vezes, soluções para ultrapassar os problemas criados pelas alternâncias defensivas, permitindo-lhes manter-se no jogo apesar de a diferença pontual na casa dos dez pontos se ter mantido ao longo dos primeiros 7 minutos do período (52-43). Uma falta técnica averbada ao banco da Académica, em conjunto com três triplos, um deles com falta, convertidos, fizeram disparar a vantagem para a casa das dezenas nos 3 minutos finais do quarto (63-49).O último quarto esteve longe de ser um passeio para os dragões, que tiveram de sofrer para vencer o segundo jogo desta competição. Fiel à sua forma de jogar, a Académica teve paciência e disciplina táctica para paulatinamente ir recuperando no marcador, colocando-se a dois pontos de diferença (68-70) com três minutos para jogar.Apesar de ter estado em vários momentos sobre pressão – 74-71; 76-74 –, a experiência dos dragões deu-lhes a tranquilidade necessária da linha de lance-livre, bem como a serenidade e a maturidade de saber procurar em ataque o jogo interior de Greg Stempin. Vitória final dos FC Porto, por 79-76, que demonstrou capacidade de sofrimento perante um adversário que vendeu cara a derrota e teve o mérito de nunca desistir, funcionando sempre como um conjunto.O norte-americano Greg Stempin (27 pontos, 11 ressaltos e 5 assistências) voltou a ser o MVP do encontro, tendo sido bem secundado, embora sem o brilhantismo do dia anterior, por Sean Ogirri que contribuiu com 13 pontos e 3 assitências.A dupla formada por Fernando Sousa (18 pontos, 6 ressaltos e 4 roubos de bola) e Tommie Eddie (20 pontos e 7 ressaltos) foi o rosto mais visível do inconformismo do conjunto de Coimbra.

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15 JAN 2011

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