«É uma desilusão»

O Lusitânia acabou por não conseguir integrar o Grupo A na segunda fase da Liga e vai agora disputar o grupo da luta pela permanência, mas de onde vão sair duas equipas para o playoff.

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25 FEV 2016

O treinador lamenta a sorte dos açorianos, mas quer ver a sua equipa integrar a terceira e decisiva fase do campeonato, embora reconheça que não será fácil. Sábado, às 16 horas, na ilha Terceira, o Lusitânia começa a 2ª fase do Grupo B, diante do Eléctrico.

 

Acaba por ser uma desilusão não integrarem o Grupo A desta 2ª fase da LPB?

 

Sim, sem dúvida alguma que é uma desilusão.

 

Consegue identificar as razões pelas quais o Lusitânia não ficou entre os seis primeiros da 1ª fase?

 

A análise feita revela vários fatores, um deles tem muito a ver com o formato da competição e o seu início. A insularidade criou esta época ainda mais problemas, sendo que sem termos competido na fase de preparação ainda se torna mais difícil. Acabámos por pagar a fatura de ter entrado no campeonato sem ter realizado jogos de pré-época, de termos iniciado a temporada a 9 de setembro, já que desta forma só conseguimos ver se os jogadores que tínhamos contratado conseguiam adaptar-se já com o campeonato a decorrer. Esta época optámos por não participar no troféu António Pratas porque não tínhamos jogadores suficientes.

Após todos estes contratempos conseguimos, com muito trabalho, ficar em 7º lugar com 9 vitórias e 11 derrotas.

É inglório perder 3 jogos ao ficarmos no segundo grupo, sem dúvida alguma de que a minha equipa merecia ficar no primeiro grupo. Mas acabámos por ser os mais prejudicados com este modelo, pois tínhamos uma diferença de 4 vitórias para o 9º classificado e de 5 vitórias para o 10º, e com este formato acabámos por ter só duas vitórias de vantagem e de três para o 10º. Praticamente estávamos apurados e assim vamos ter muitas dificuldades em conseguir chegar ao playoff.

 

Certamente que o objetivo passa agora por terminar num dos primeiros dois lugares do Grupo B. Com o tempo de trabalho que têm pela frente, a competição que terão até ao playoff, e partindo do pressuposto de que se apuram, o Lusitânia pode ainda ser mais forte?

 

O nosso sentimento é de termos cumprido o nosso trabalho, porque chegámos onde foi possível chegar. O objetivo agora passa pela manutenção, porque é frustrante ter de voltar atrás para tentar novamente chegar ao lugar onde acabámos a fase regular com tanto sacrifício. Estamos a trabalhar muito para chegar ao playoff, mas sabemos as dificuldades por que vamos passar. Podemos acabar a segunda fase e no total termos mais vitórias e não chegar ao playoff.

 

O próximo adversário é o Eléctrico FC, com quem já perderam, em casa, esta temporada. O resultado do último embate foi uma vitória vossa pela diferença mínima. Dados suficientes para esperarem um jogo complicado? E que tipo de problemas vos coloca esta equipa de Ponte de Sor?

 

Esperamos encontrar ainda mais dificuldades, porque a equipa do Eléctrico FC tem muito bons jogadores, habituados a jogarem juntos há muito tempo, estando reforçada neste momento e com uma rotação mais alta.

 

O Lusitânia sofreu muitas alterações no plantel ao longo da 1ª fase. Agora que parece ter assentado em definitivo o seu grupo de trabalho, que tipo de equipa pretende ser o Lusitânia até final da temporada?

 

O Lusitânia pretende ser uma equipa a jogar basquetebol de qualidade como tem feito em muitos jogos, tentando ser mais equilibrada e regular, mas merecendo mais respeito. Para não acontecer o mesmo que tivermos numa das jornadas mais importantes para o apuramento para o playoff, em que éramos para jogar as 14h30m e acabámos por ser obrigados a jogar as 22h30m com árbitros regionais. Atenção que estes senhores tentaram fazer o melhor possível e agradeço-lhes a coragem e exposição a que foram alvo.

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25 FEV 2016

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