Eficácia sueca ditou o vencedor
Norrköping (Suécia) - A Suécia ao vencer ontem Portugal por 68-54, no jogo mais importante da 3ª jornada do Grupo A do Campeonato da Europa de Seniores Femininos, Divisão B, concluiu a 1ª volta na liderança, sem derrotas.
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15 AGO 2010
No outro encontro, realizado em Rykkinn (Noruega), a equipa anfitriã perdeu com a Eslovénia (61-81), com as eslovenas a defenderem a 2ª posição, com duas vitórias e uma derrota (com o líder).
A partida não correu de feição às portuguesas, logo desde os instantes iniciais. Denotando elevada eficácia de lançamento, nomeadamente nos duplos (75%-27%), as anfitriãs cedo ganharam vantagem que no final do 1º período se cifrava já em 4 pontos (17-13). A superioridade na luta das tabelas (39-32 ressaltos) começou logo a desenhar-se, ainda que as nossas representantes à custa de muita determinação fossem compensando a fraca percentagem de lançamentos, ao ganharem mais ressaltos na tabela ofensiva (8-12). No 2º quarto (25-17) a tendência acentuou-se após Joana Bernardeco ter reduzido para 19-16, com um triplo no minuto 11. As jogadoras lusas não conseguiam parar as lançadoras adversárias que ainda aumentaram a eficácia de lançamento (fizeram 11/12 neste período), para chegarem ao intervalo no comando (42-30) e com uma percentagem de 85% (17/20) nos tiros de 2 pontos.O sinal mais das jogadoras da casa manteve-se no reatamento, até à entrada do minuto 24 (51-33), quando a Suécia alcançou a maior vantagem (18 pontos). A partir daí e com a ida para o banco da poste Halvarsson (3 faltas) no minuto seguinte, o seleccionado luso iniciou uma recuperação fantástica, impondo um parcial de 15-0 (!). O treinador sueco, Lars Johansson, bem tentou travar a arrancada das nossas representantes, pedindo um desconto de tempo aos 51-39 (à entrada do minuto 38), mas em vão, porque as comandadas de Ricardo Vasconcelos, defendendo com grande agressividade e sentido de entreajuda, prosseguiram a cavalgada, tendo chegado ao final do 3º período (9-18), a perder por apenas 3 pontos (51-48).No derradeiro quarto (17-6) a Suécia reentrou com o seu cinco inicial (Halvarsson regressou do banco) e num ápice aplicou um parcial de 9-0 (60-48), obrigando o seleccionador nacional a parar o cronómetro, com 6.25 minutos para jogar. No minuto seguinte a capitã Elisabeth Egnell, que rubricou uma excelente actuação, sempre pendular, elevou para 62-48, fechando assim um parcial de 11-0. Portugal ainda reduziu para 10 pontos, por duas vezes (62-52 e 64-54), mas estava encontrado o vencedor. Destaque nas vencedoras para um quarteto: a poste Louice Halvarsson, MVP da partida (19 pontos, 73% nos lançamentos de campo com 7/9 nos duplos e 1/2 nos triplos, 7 ressaltos, duas assistências, 2 roubos, 1 desarme de lançamento e duas faltas provocadas), Elisabeth Egnell (15 pontos, 6/9 nos duplos, 1 triplo, 7 ressaltos defensivos, duas assistências, 2 roubos e duas faltas provocadas), Ann Kadidja Andersson (16 pontos, 6/10 nos duplos, 5 ressaltos sendo 2 ofensivos, 4 assistências e 3 faltas provocadas, com 4/6 nos lances livres) e Frida Eldebrink (13 pontos, 5/6 nos duplos, 7 ressaltos defensivos, 3 assistências e 3 faltas provocadas, com 3/3 nos lances livres), com o senão de ter estado desastrada no tiro exterior (0/6). Na selecção portuguesa, a melhor a grande distância, foi a poste Sónia Reis, melhor marcadora do encontro (20 pontos, 6 ressaltos sendo 1 ofensivo, 3 roubos, 2 desarmes de lançamento e 6 faltas provocadas, com 6/9 nos lances livres). Seguiram-se-lhe a base Carla Nascimento (9 pontos,1/6 nos triplos, 5 ressaltos sendo 1 ofensivo, 4 assistências, 2 roubos e uma falta provocad), com o senão de ter feito 6 turnovers (pouco habitual nela), Paula Muxiri, que fez uma boa 1ª parte (10 pontos, 4 ressaltos sendo 1 ofensivo, uma assistência, 1 roubo e duas faltas provocadas, com 2/2 nos lances livres) e Joana Bernardeco, bem nas tarefas ofensivas (5 pontos, 1/1 nos triplos e duas faltas provocadas, com 2/2 nos lances livres). Célia Simões e Ana Oliveira claudicaram no ataque, particularmente no tiro exterior (0/4 e 0/3, respectivamente), tendo estado bem nas tarefas defensivas, cada uma com 2 roubos e 2 ressaltos.No final registámos a opinião do seleccionador nacional, Ricardo Vasconcelos:«A principal diferença passa pelas percentagens de lançamento. Quando se conseguem mais roubos, ganhar mais ressaltos ofensivos e obrigar a que o adversário cometa mais turnovers, significa que temos mais posses de bola, lançámos mais vezes ao cesto mas marcámos menos pontos, isso sucede porque a eficácia de lançamento foi baixa. Do ponto de vista estratégico, conseguimos mais pontos e mais ressaltos vindos do banco. Isto é a tal consistência de que falava na antevisão do jogo. Obrigámos o adversário a consentir um parcial de 0-15 no final do 3º período (6 minutos sem marcar pontos) e começámos o último quarto com um parcial consentido de 11-0, porque deixámos de ter o discernimento nas acções ofensivas.».Concluiu: « Continua a haver 3 equipas a lutar por 2 lugares que dão acesso ao play-off. Nós tínhamos o pior calendário, porque jogámos fora contra os dois adversários directos.Continuo a acreditar 100% que nos iremos apurar para o play-off de promoção à Divisão A.».Em termos globais, a supremacia da Suécia assentou fundamentalmente na elevada eficácia dos lançamentos de 2 pontos (68%-35%) e na luta das tabelas (39-32 ressaltos), ainda que Portugal tenha ganho mais ressaltos ofensivos (8-12). Foi também mais colectiva (17-6 assistências).Por seu turno a selecção portuguesa roubou mais bolas (7-12), cometeu menos erros (23-19 turnovers) e foi mais eficaz da linha de lance livre (60%-78%), falhando 5 em 23 tentativas, enquanto as suecas só converteram 12 em 20 tentados.Resultados do Grupo A (3ª jornada):Suécia 68-54 PortugalNoruega 61-81 EslovéniaClassificação no final da 1ª volta:1º Suécia 3 vitórias – 6 pontos2º Eslovénia 2 vitórias – 1 derrota – 5 pontos3º Portugal 1 vitória – 2 derrotas – 4 pontos4º Noruega 3 derrotas – 3 pontos A 2ª volta da competição será disputada a partir de 19 de Maio de 2011.