“Em Linha” com Domingos Marinho

Treinador da APD Paredes

Treinadores
30 JUN 2020

Domingos Marinho, um dos treinadores há mais anos em atividade, os seus pares e atletas reconhecem-lhe paixão e carisma, características palpáveis na forma acalorada com que vive os encontros. A caminho da 11.ª época como treinador da APD Paredes, Domingos Marinho aceitou o desafio de treinar BCR em 1997, quando convidado para orientar a APD Porto, onde permaneceu 13 anos.  

Ano de iniciação como treinador (basquetebol a pé e/ou BCR): 1978-1997
Clubes/seleções orientados (basquetebol a pé e BCR): FC Gaia, GD Bolacesto, APD Porto, APD Paredes
Jogo da sua vida: (Como jogador) Último jogo, devido a uma lesão no joelho, contra o Sporting, onde fomos vice-campeões nacionais.
Resumo do percurso no desporto: Joguei 17 anos no FC Gaia, onde dei os meus primeiros passos como treinador. Foi em 1997 que um membro da família (Domingos) me convidou para assumir a APD Porto, um desafio que aceitei ainda que relutante, porque não sabia o que iria encontrar. Passados uns anos (6 ou 7, não tenho a certeza) um amigo convidou-me para assumir o comando (juntamente com ele) do basquetebol feminino no GD Bolacesto. Durante 5 anos assumi ambas as equipas. Depois de muita insistência por parte do Adão Barbosa (presidente da APD Paredes), lá resolvi aceitar o desafio de ir para a APD Paredes.
Que mensagem dirigia a um treinador hesitante em treinar BCR? 
É um projeto desafiante, que nos obriga a pensar fora da caixa e a testar limites, tanto nossos como dos atletas.
Quais os treinadores que exercem maior fascínio sobre si e porquê? 
Casimiro Silva, que foi meu treinador durante muitos anos, e o falecido Fernando Rema, com quem fui vice-campeão nacional.
Recorde-nos um momento caricato que tenha vivido por treinar BCR. 
Enquanto treinador da APD Porto, numa jornada em Lisboa, ficámos instalados numa residencial e num dos quartos ficou o Abel, um jogador bi-amputado que deixou as próteses à janela com um chapéu em cima. Na manhã seguinte, o funcionário da receção, muito preocupado, reportou-me que o atleta daquele quarto passou toda a noite à janela, sem dormir.
Quais as competências que considera essenciais para ser um treinador de sucesso?
É necessário gostar e, de forma quase irracional, fazer uma escolha entre o desporto e a família. Sim, porque esta última fica sempre prejudicada. É amor! Claro que isto tem que estar lado a lado com uma aprendizagem constante, um querer saber mais.
Em linha (ou em banana), a defesa que todos os treinadores querem, mas poucos conseguem. Qual a receita para lá chegar?
Cada treinador tem que olhar para a equipa que tem e perceber as limitações da mesma. No entanto, com jogadores com uma boa agilidade e capacidade de leitura de jogo é uma defesa fácil de aplicar e com muitos bons resultados. É necessário frisar que necessita que os cinco elementos estejam completamente entrosados, unidos e concentrados, porque à mínima falha é também fácil de ultrapassar.
Treinadores
30 JUN 2020

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