“Em Linha” com Martinho Santos

Figura ligada à APD Leiria

Atletas | Treinadores
16 JUL 2020

O nome de Martinho Santos não se pode dissociar das conquistas da APD Leiria, na qual acumulou as funções de jogador e treinador. Em 1984, residia em França, quando se iniciou no BCR, no Corbeil, clube que subsiste nos escalões inferiores gauleses. 

Ano de iniciação como treinador (Basquetebol a pé e/ou BCR): 1994
Clubes/seleções orientados (Basquetebol a pé e BCR):  APD Leiria
Palmarés: 3 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal, 1 Supertaça
Jogo da tua vida enquanto treinador de BCR (e porquê):
Houve diversos jogos que foram importantes, em várias competições. No entanto, houve um que me marcou de forma especial, quando ganhámos a Taça de Portugal, na cidade de Coimbra, no dia 11 de junho, na véspera do batizado do meu filho.
Resumo do percurso no desporto (enquanto atleta e treinador):
Comecei como jogador de BCR em França, país onde me encontrava a viver, em 1984, no clube Corbeil. Quando regessei a Portugal, integrei a equipa da APD Leiria, por volta de 1991, onde, passados 3 anos, passei a ser jogador e também treinador.
Que mensagem dirigias a um treinador hesitante em treinar BCR?
O conselho que daria era para não hesitar, porque tem muito em comum com basquetebol dito normal, apenas tem que haver uma adaptação ao nível do manuseamento da cadeira e alguns movimentos. Tudo o resto é muito idêntico, basta ser criativo.
Quais os treinadores que exercem maior fascínio sobre ti e porquê? 
Não tenho treinadores que me fascinem muito. Para mim, um treinador tem que ser um homem ou mulher muito inteligente, porque liderar um balneário de 15 ou 20 atletas, sejam homens ou mulheres, todos com uma identidade distinta, dá muito trabalho, exige criatividade e capacidade de transmitir confiança de forma a poder aplicar as suas ideias e fazê-las cumprir. Depois, no momento do jogo, manter uma elevada concentração, sobretudo naqueles momentos em que os jogos são disputados, onde cada decisão tomada pode resultar numa vitória ou numa derrota.
Recorda-nos um momento caricato que tenhas vivido por treinar BCR. 
Um momento caricato e terrível foi quando estávamos num playoff, empatados 2-2 no jogo final, e os atletas estavam concentradíssimos. Fizemos o aquecimento e, no momento do jogo, o pavilhão não tinha eletricidade. Apesar de todos os esforços feitos para que esta fosse reposta, não foi possível. As equipas tiveram de mudar para outro pavilhão, com todo o stress que isso gera. Efetuou-se o jogo, sempre bastante equilibrado, e a nossa equipa perdeu no ultimo minuto por 2 pontos! Foi terrivel!
Quais as competências que considera essenciais para ser um treinador de sucesso?
Muita criatividade, firmeza, confiança e capacidade de transmitir essa confiança. E muito trabalho.
Em linha (ou em banana), a defesa que todos os treinadores querem, mas poucos conseguem. Qual a receita para lá chegar?
Requer muito treino, muito trabalho, e atletas concentrados e empenhados. É necessário haver trocas certeiras entre os atletas, porque não pode haver falhas. Aqui o papel do treinador é muito importante, porque tem de aplicar todos os seus conhecimentos, de forma a levar os atletas a conseguirem atingir esta forma de defesa o mais corretamente possível. Pessoalmente, sou um admirador desta defesa, mas reconheço que muitas vezes não é fácil aplicar na prática.
Atletas | Treinadores
16 JUL 2020

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