Entrevista a Augusto Araújo

No rescaldo da participação portuguesa neste Campeonato da Europa de Sub-16, Augusto Araújo deu-nos a sua opinião sobre a prestação da Selecção Nacional de Sub-16.

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16 AGO 2009

Que balanço faz deste Campeonato da Europa?Quando no início dissemos que o objectivo era ficar nos 8 primeiros lugares, estávamos a falar a sério. Esse era realmente o nosso objectivo, e ao não conseguirmos alcançar sentimos que ficámos um pouco aquém das expectativas. Pareceu-nos que tínhamos condições para isso, mas depois de termos falhado na primeira fase a equipa deixou de sentir que todos continuavam a apoiar-nos, e como se trata de rapazes de 16 anos acabaram por ir um pouco abaixo.O que acha, então, que faltou?Penso que jogar em Portugal significou um claro aumento da exigência e da responsabilidade para a nossa equipa. E como é uma equipa muito jovem, sentimos alguma dificuldade em lidar com isso. Não sei até que ponto não seria importante incluir no staff uma especialista que desse apoio psicológico a todos estes jovens e mesmo aos treinadores, para que nos piores momentos soubéssemos lidar melhor com esta aura que envolve a equipa.Mas mais importante que isso, penso que não fizemos uma avaliação correcta das nossas capacidades. No período que antecedeu este Europeu apenas fizemos 3 jogos de treino contra a Eslováquia. De resto, e nos últimos 12 dias de preparação, os nossos jogos eram no treino – dividíamos os atletas em duas equipas de 6, e simulávamos ao máximo um jogo de basquetebol. Faltou-nos jogar contra equipas da Divisão A, e outras da nossa Divisão, para que nos fosse possível saber em que situação estávamos, e como nos encontrávamos em relação às outras selecções. Faltou-nos isso…Considera que depois do jogo frente à Roménia apenas neste último desafio frente à Irlanda, a equipa voltou a jogar como sabia?O jogo com a Roménia foi marcante. Até entrámos bem nesse jogo, durante 3 períodos estivemos sempre na frente, mas houve um momento no quarto período desse jogo que estivemos perto de 5 minutos sem marcar qualquer cesto, e os jogadores sentiram isso. E a partir daí penso que entrámos numa espiral negativa da qual foi difícil recuperar. Lembro-me de duas épocas em seniores, em que no primeiro ano a minha equipa era a mais baixa da competição, mas em que ganhámos 14 jogos seguidos e conseguimos apurar para a Taça Korac. No ano a seguir, só com duas trocas na equipa, tivemos uma série de 13 derrotas consecutivas. Ou seja, se com uma equipa de seniores a onda de vitórias ou a onda de derrotas é muito importante para a forma como uma equipa se comporta, imaginem numa equipa de Sub16…

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16 AGO 2009

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