Entrevista com o Selecionador Nacional, Marco Galego, e o Selecionador Adjunto, Ricardo Vieira

Centramos atenções no momento atual da Seleção Nacional de BCR, no rescaldo do último estágio da equipa das quinas, em Braga. Qual o rumo a seguir para ultrapassar as poderosas formações da República Checa e Bélgica – habituadas a competir na divisão A – e de que forma devem trabalhar os clubes para promover um crescimento sustentado da modalidade foram outros dos tópicos abordados. Recordamos que a Seleção Nacional de BCR disputará o Campeonato da Europa C, de 24 a 29 de julho, em Brno, República Checa, com a ambição de regressar à divisão B, de onde foi despromovida no verão passado, em Sarajevo, Bósnia-Herzegovina.

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21 JUN 2017

Portugal integra o grupo A juntamente com as seleções da Bélgica e da Grécia, enquanto no grupo B constam República Checa, Hungria, Sérvia e República da Irlanda. Só os finalistas da prova garantem a promoção à divisão B. Antes, Portugal volta a concentrar-se em Vila Nova de Gaia, de 7 a 9 de julho, e em Campo Maior, de 14 a 16. 

Que balanco fazem do último estágio?

M.G. – O balanco é muito positivo. Todos os atletas trabalharam nos limites físicos e psicológicos. A evolução foi notória, tanto eu como o Ricardo ficámos impressionados com o espirito de superação de todos.

R.V. – Foi um estágio importante para definir algumas estratégias e para ver que tipo de trabalho os atletas têm feito ao longo ou no intervalo dos estágios. Assim como seria importante pelo facto de ter de ficar decidido quais os 12 a levar para o Europeu.

 

Sem revelar segredos, que é a alma do negócio, qual a abordagem que a nossa Seleção terá de apresentar para se bater com seleções mais altas e habituadas a patamares superiores?

M.G. – O segredo, se é que existe, é estarmos fortes na defesa e não perder bolas, sem que o adversário faça muito para tal.

R.V. – Sabemos das qualidades da República Checa e da Bélgica, que são sem dúvida os adversários com maior qualidade. Sem grandes rodeios, sabemos que temos de estar no nosso melhor nível físico e psicológico, sermos inteligentes e rápidos em todos os aspetos do jogo será fundamental. Passará, sem dúvida, por uma abordagem algo diferente do que tem se vindo a abordar nos últimos anos.

 

Das carências que constatam, onde é que os nossos clubes têm de trabalhar mais para que a Seleção dê passos mais firmes?

M.G. – Temos de treinar mais em grande intensidade. O treino nunca pode ser para que o mais forte treine ao ritmo do mais fraco, mas sim ao contrário. Os nossos atletas precisam de mais horas semanais de treino nos limites. O que nós aqui trabalhamos pode ser aplicado a qualquer clube. Sem trabalho não há resultados, seja no desporto ou na vida particular/profissional.

R.V. – Equipas e Seleção têm de ter os mesmos objetivos, ou seja, pensarem em caminhar juntos. Sabemos que não somos propriamente gigantes em termos de altura, mas podemos ser de outra forma. Vimos neste estágio e noutros que o caminho a seguir é fácil desde que exista concordância, o que é sempre difícil, por isso cabe aos atletas remarem juntos e mostrarem que é possível fazer mais e melhor ao nível de equipa, mas também e principalmente ao nível individual.

 

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21 JUN 2017

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