Eslováquia na final com a Hungria
Nunca estivemos tão perto da subida à Divisão A. Frente à selecção da República Eslovaca (53-62) que conta por vitórias os jogos disputados (e já são 8) as comandadas de Ana Neves lutaram até ao limite das suas forças mas não conseguiram concretizar o sonho.
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22 AGO 2010
A menos de 5 minutos do termo da partida Portugal ainda encostou o resultado (50-55), após um parcial de 6-0, obrigando o treinador eslovaco a pedir um desconto de tempo, que acabou por trazer o discernimento às suas jogadoras, pois estas responderam com um parcial de 0-7, com Nikola Dudásová a acertar a sua única tentativa de triplo, elevando o marcador para 50-62, a 56 segundos do fim. Inês Viana viria a selar o resultado final (53-62) com um triplo a 32 segundos da buzina.O seleccionado luso entrou bem no jogo, sem complexos, com Mafalda Barros a acertar as suas duas primeiras tentativas de 3 pontos (3-0 e 8-4) comandando até à entrada do minuto 4, quando a base Barbora Bálintová colocou a sua equipa pela primeira vez na liderança (8-9). O parcial das eslovacas (0-9) prosseguiu até aos 8-13, sem resposta lusa, com a seleccionadora nacional a parar o encontro à entrada do minuto 6. Joana Canastra ainda reduziu para 11-13, com o seu 1º triplo, mas as adversárias aproveitaram da melhor maneira a circunstância de Portugal ter cometido a 4ª falta no minuto 7 para, da linha de lance livre e com elevada eficácia (7/8), consolidarem a sua vantagem que no final do 1º período se cifrava em 5 pontos (17-22).No 2º quarto (15-13), as nossas representantes continuaram a pôr em prática os seus pontos fortes e no minuto 14 Joana Canastra acertava o 2º triplo, pondo de novo Portugal na frente (25-24), para Inês Viana e Mafalda Barros (3º triplo) ampliarem a vantagem lusa (30-24, no minuto 16). Foi só no minuto 19 que Bálintová recolocou a Eslováquia de novo no comando (32-33), para em cima da buzina para o intervalo, após um desconto de tempo pedido pelo seleccionador adversário, em jogada estudada, Simona Marková, a MVP da partida, elevar para 32-35. Foi no 3º período (5-11) que as eslovacas ganharam uma diferença pontual que acabaria por ser decisiva. Balintová, com a mão quente, marcou 3 triplos em 3 minutos, dois deles consecutivos: 32-40 (minuto 23), 34-43 (minuto 25) e 34-46 (minuto 26). Ao invés as portuguesas que falharam numerosos lançamentos (7 duplos e 7 triplos) só conseguiram marcar 5 pontos, um duplo por Inês Viana (34-40) e um triplo por Mafalda Barros (37-46).No derradeiro quarto (16-16) Portugal deu tudo o que tinha e o que não tinha. A perder por 42-53 Ana Neves pediu um desconto de tempo no minuto 33 que deu frutos, pois em dois minutos as nossas representantes impuseram um parcial de 8-2, com Carolina Anacleto, que substituíra a base Inês Viana, a reduzir o prejuízo para 5 pontos (50-55), com 4.43 minutos para jogar. O técnico eslovaco parou de imediato o cronómetro, conseguindo devolver a tranquilidade e a clarividência à sua equipa, que arrancou de novo para uma vitória justa, impondo um parcial de 0-7. Nesse período Portugal arriscou o tudo por tudo, com Mafalda Barros, que já tinha acertado 5 triplos, a tentar mais 3 lançamentos do perímetro, sem resultado. Estava encontrado o segundo finalista que hoje decidirá o título de campeão com a Hungria, em encontro agendado para as 21h00. Nas vencedoras, destaque para um quarteto: a MVP do jogo, Simona Marková (12 pontos, 4/5 nos duplos, 6 ressaltos sendo 2 ofensivos, 4 roubos e duas faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres), Michaela Raková (10 pontos, 14 ressaltos sendo 5 ofensivos, duas assistências e 4 faltas provocadas, com 4/7 nos lances livres), Nikola Dudásová (14 pontos, 1/1 nos triplos, 3 ressaltos defensivos, 4 assistências e duas faltas provocadas com 3/3 nos lances livres) e a base Barbora Bálintová (16 pontos, 4/8 nos triplos, 7 ressaltos defensivos, 5 assistências e 2 roubos).Na selecção portuguesa a mais valiosa voltou a ser a base Inês Viana (15 pontos, 6/10 nos duplos, 1/1 nos triplos, 5 ressaltos sendo 1 ofensivo, 6 assistências e 1 roubo), bem acompanhada por Mafalda Barros (15 pontos, 5/16 nos triplos, 8 ressaltos sendo 2 ofensivos e 1 roubo) e Leonor Cruz (6 pontos, 3/4 nos duplos, 4 ressaltos defensivos, uma assistência, 1 roubo e 1 desarme de lançamento). Em termos globais, a República Eslovaca superiorizou-se na eficácia de lançamento, nomeadamente nos triplos (27%-42%), com 5 convertidos em 12 tentados, contra 8 em 30 tentativas e também nos lances livres (25%-72%), falhando apenas 5 em 18 tentados, enquanto as portuguesas só dispuseram de 4 tentativas, marcando apenas uma. Ganhou também a luta das tabelas (41-43 ressaltos), ainda que as nossas representantes tenham ganho a tabela ofensiva (17-14 ressaltos). Foi ainda mais colectiva (11-13 assistências) e provocou mais do dobro das faltas (8-17).Ao invés, Portugal roubou mais bolas (10-7), cometeu menos erros (15-17 turnovers) e conseguiu mais desarmes de lançamento (4-2). Na percentagem dos duplos registou-se equilíbrio (37%-38%).Resultados:Para 5º ao 8º lugares Roménia 50-52 BulgáriaAlemanha 51-36 EslovéniaPara 1º ao 4º lugares (meias-finais)Hungria 65-50 InglaterraPortugal 53-62 República EslovacaPortugal defronta hoje, antes da final entre Hungria e República Eslovaca, às 18h45, a Inglaterra, para atribuição da medalha de bronze (3º/4º lugares). Os dois finalistas garantiram a subida à Divisão A.