Estabilidade foi aposta ganha
Imortal AlgarExperience, imbatível na Proliga, já de olhos postos na Liga Placard
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21 MAI 2020
O Imortal/AlgarExperience foi um dos “reis” da temporada 2019/20, graças a um percurso imaculado na Proliga com 22 vitórias em outros tantos jogos, sem esquecer a conquista do Troféu António Pratas e a boa campanha na Taça de Portugal. Quisemos saber as razões do sucesso com o treinador, Luís Modesto, e com os atletas Rui Quintino, Hugo Sotta e António Monteiro.
Luís Modesto, técnico do Imortal, não esconde a ambição colocada no projeto: “O Imortal, quando construiu a equipa para participar na Proliga, foi com o principal objetivo da subida de divisão e uma das metas secundárias era ganhar jogo a jogo, porque tínhamos a consciência de que o plantel nos dava garantias de podermos alcançar estes dois objetivos”, lembra.
O treinador de 45 anos explica as razões que determinaram uma época tão positiva: “Este sucesso está alicerçado num conjunto de fatores em que cada um teve a sua quota-parte de responsabilidade. Em primeiro lugar, a qualidade individual dos nossos atletas e a sua dedicação, depois as excelentes condições de trabalho que a direção do clube proporciona, quer aos atletas, quer ao corpo técnico. Não podemos esquecer o apoio fundamental e precioso dos nossos patrocinadores, onde se destaca o do Município de Albufeira, e também o apoio incondicional dos nossos adeptos, assim como da equipa técnica”, enumera.
O emblema algarvio está de volta à Liga Placard, estando ainda na memória a curta passagem pelo campeonato em 2018/19. Para Luís Modesto, todos os esforços estão a ser feitos para que o futuro seja risonho: “Após uma experiência mal conseguida na época 2018/19, o principal objetivo na próxima temporada será, sem dúvida, assegurar a permanência na Liga Placard. Para isso se concretizar, a direção do clube está a fazer o seu trabalho para continuar a proporcionar excelentes condições de trabalho para todos, mesmo numa conjuntura desfavorável, devido à dificuldade em garantir apoios financeiros, motivada pelo problema da pandemia da COVID”, realça.
Rui Quintino foi um dos “craques” que chegou há um ano a Albufeira, sua cidade-natal, e por isso este ano foi especial: “O meu futuro passa pelo Imortal. Estou bastante satisfeito por representar o clube e poder ajudá-lo a crescer. A equipa foi contruída de raiz com o objetivo, não só de regressar à Liga, mas também de aproveitar a experiência adquirida por todos os intervenientes durante esta época. Estou bastante otimista porque acredito que este projeto, apoiado pela cidade de Albufeira, tem condições e potencial para ser uma referência do basquetebol no nosso país”, afirma.
Outro jogador garantido para a próxima temporada, no Imortal, é o influente poste Hugo Sotta, que destaca a estabilidade do plantel: “Todos os jogadores portugueses e estrangeiros tinham contrato de dois anos, e isso criou uma dinâmica de grupo que nos vai ajudar a entrar na Liga noutro patamar, com uma ligação já criada. Os novos jogadores que vierem vão colocar ainda mais qualidade nesta equipa, por isso só há razões para estar otimista. Sabendo que a Liga está bastante competitiva, teremos ainda de ser mais sérios e trabalhadores para poder dar o tal passo em frente”, avisa.
Ainda sem mostrar certezas quanto ao futuro, mas igualmente muito grato ao Imortal temos António Monteiro. Com uma carreira já bem preenchida, o jogador de 31 anos enaltece a importância da experiência no Algarve: “Sem dúvida de que foi a época de que eu precisava. Sou um jogador que já conquistou tudo o que havia para conquistar a nível coletivo em Portugal, e as pessoas pensavam que vir para o Imortal ou para a Proliga era um passo atrás. E no início foi um passo atrás, no sentido em que estava habituado a lutar por títulos e a jogar na Europa. A qualidade não é a mesma, isso é verdade, mas sinto que evoluí muito mais esta época, porque joguei muitos minutos e é isso que um jogador quer e precisa. Por isso, posso dizer que dei um passo atrás e que, logo em seguida, dei dois em frente”, vinca.